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quinta-feira, 15 de junho de 2017

Mulheres Contra o Feminismo e o Feminismo contra elas - parte 6 (ou: Antifeminismo ou morte 4): Thaís Azevedo na Universidade Federal de Goiás, como eu previ desde 2012

Palestra "antifeminista" causa confusão em universidade federal: "Fui expulsa"

Demétrio Vecchioli

Colaboração para o UOL

07/06/2017 13h35

Reprodução/Facebook

Thais Azevedo foi expulsa de uma palestra que dava na UFG

Thais Azevedo foi expulsa de uma palestra que dava na UFG

O que era para ser uma palestra de uma militante "antifeminista" acabou se tornando uma confusão no salão nobre da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás, segunda-feira à noite, no centro de Goiânia (GO). De um lado, Thais Godoy Azevedo, professora particular de inglês em São Paulo, reclama ter sido impedida de palestrar e de ter sido agredida verbalmente. De outro, estudantes que criticam o suposto discurso de ódio da militante - que estava em Goiânia para se defender de um processo aberto contra ela por ofensas na internet.

Thais chegou a fazer um vídeo ao vivo no Facebook falando do evento, que acabou abruptamente: "Fui expulsa pelos ditos tolerantes", afirmou ela.

Ao UOL, ela deu sua versão do ocorrido. "Eu estava numa ansiedade e num nervosismo absurdos já fazia uns dias. Imagina você falando para pessoas que te odeiam", conta Thais, que, ao chegar para a palestra, encontrou o salão trancado propositalmente, diz ela, e na porta um cartaz crítico à sua palestra.

O salão havia sido reservado com bastante antecedência por um aluno, para o advogado Giuliano Miotto, membro de uma comissão da OAB de Goiânia, que por sua vez convidou Thais, uma das administradoras da página "Moça, não sou obrigada a ser feminista". O título da palestra: "Desmascarando o feminismo".

A divulgação causou polêmica na universidade e professores e coletivos solicitaram à faculdade que a palestra fosse cancelada. A proposta foi rejeitada pela diretoria. "A universidade é pública, o espaço é público, temos que garantir a liberdade de expressão. A gente pode concordar, discordar e até divergir. Mas temos que ouvir", opina Pedro Sérgio dos Santos, diretor da faculdade.

Sem terem o pedido atendido, os coletivos decidiram fazer um evento paralelo, em outra área da faculdade. "A palestra dela começou e algumas pessoas que foram lá para ouvi-la tentaram argumentar e pontuar algumas questões que ela estavam falando. Ela exteriorizou a rigidez e mandou um menino calar a boca e pediu para ele se retirar. As pessoas que estavam lá para ouvi-la não concordaram. Ela não soube conduzir a ocasião para tentar acalmar os ânimos e as pessoas que estavam lá embaixo por motivo da confusão subiram no salão nobre. E foi a partir dali que saiu do controle", opina Danielle Ribeiro, do Coletivo Pagu, grupo de extensão do Núcleo de Direitos Humanos da UFG.

Também incomodou aos coletivos o fato de Thais ter virado um painel com fotos de militantes históricas, como a própria Pagu. "Quem ia falar era eu, e eu ia fazer live no Facebook, e não queria que as pessoas tivessem que olhar para aquelas imagens", argumenta a palestrante, defendida pelo diretor da faculdade. "O espaço havia sido reservado para ela. É ela quem determina a decoração."

Com o pessoal que estava no evento paralelo subindo ao salão nobre, começou a confusão. As luzes foram desligadas, supostamente pelas militantes, o que, para o diretor, geraria insegurança para o evento. "Com as luzes apagadas, não haveria como registrar algum ato de violência", comenta, afirmando que, a partir dali, não havia como continuar com a palestra.

Acompanhada por seguranças, Thais deixou a faculdade, enquanto trocava ofensas com militantes. Nos videos postados por ela, não é possível identificar tentativa de agressão física.

Segundo o diretor, partiu da reitoria a decisão de enviar mais seguranças do que o usual para o evento, uma vez que já havia o risco de confrontamento. Para Danielle, esse confrontamento era um desejo da palestrante, que afirmou ao UOL que, após a repercussão do caso, recebeu mais de 20 convites para palestras.

Danielle Ribeiro, do Coletivo Pagu, argumenta: "Alguém que almeja um debate não fica provocando, ridicularizando quem tem pensamentos contrários. Ela provoca ódio, incita a violência. Ela não teve a intenção nenhuma de construir um debate. As pessoas que estavam com ela filmaram o tempo inteiro, mas ela só publicou o que era interesse dela, cortando quando lhe convinha. Antes de acontecer qualquer coisa ela já pediu segurança". A palestrante, por sua vez, alega que seu sinal de internet estava ruim e por isso a transmissão teve cortes.

Para a faculdade, Thais tinha o direito de palestrar sem oposição, como aconteceu com militantes com a mesma ideologia dos coletivos. "A posição institucional é que todas as pessoas têm o direito de manifestarem suas opiniões. Essas pessoas que fizeram isso (protestar) não falam em nome da instituição. Se ela fez um discurso de ódio, então quem se incomodou deverá buscar o caminho legal. Para dizer que há discurso de ódio você tem que ouvir o discurso da pessoa. Ela pode ter tido discurso de ódio na internet, mas não posso trabalhar com a presunção de crime. Aqui ela não havia falado".

Apesar de ofender as militantes femininas em diversos momentos do vídeo e de chamar um garoto de "capado", Thais acredita que não foi intolerante, como acusa seus críticos de serem. "Eu só uso as frases das feministas", diz.

"Palestra 'antifeminista' causa confusão em universidade federal: 'Fui expulsa'", UOL, 07 de junho de 2017, https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/06/07/palestra-antifeminista-causa-confusao-em-universidade-federal-fui-expulsa.htm.

MPF/GO apura expulsão de palestrante "antifeminista" da UFG

No dia 5 de junho, Thais Godoy Azevedo teria sido expulsa da universidade por estudantes contrários ao seu posicionamento em relação ao movimento feminista

14 de Junho de 2017 às 10h5

O Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO) instaurou, na segunda-feira (12), procedimento preparatório com o objetivo de apurar ações ou omissões ilícitas da União e da Universidade Federal de Goiás (UFG) em relação à garantia da liberdade de ir e vir das pessoas que desenvolvem atividades naquela instituição de ensino.

No dia 5 de junho, Thais Godoy Azevedo, conhecida nas redes sociais por seu posicionamento "antifeminista", teria sido expulsa da UFG por estudantes contrários ao seu discurso, impedindo-a de realizar a palestra "Desmascarando o feminismo" na Faculdade de Direito da Universidade. De acordo com a imprensa, Thais teria sido escoltada por seguranças após princípio de tumulto, logo no início da palestra.

O procurador da República Ailton Benedito, responsável pelo procedimento, requisita à UFG o envio, em até dez dias, de informações acerca das providências tomadas quanto ao episódio e as medidas que serão adotadas nos próximos eventos promovidos dentro das dependências da Universidade, com a intenção de resguardar a segurança dos usuários, a cidadania, o pluralismo político e o princípio republicano.

Clique aqui e leia a íntegra da portaria que instaura o procedimento preparatório.

Assessoria de Comunicação

Ministério Público Federal em Goiás

Fones: (62) 3243-5454/3243-5266

E-mail: prgo-ascom@mpf.mp.br

Site: www.mpf.mp.br/go

Twitter: http://twitter.com/mpf_go

Facebook: /MPFederal

"MPF/GO apura expulsão de palestrante 'antifeminista' da UFG", Ministério Público Federal, 14 de junho de 2017, http://www.mpf.mp.br/go/sala-de-imprensa/noticias-go/mpf-go-apura-expulsao-de-palestrante-201cantifeminista201d-da-ufg.

Meus comentários

1) Thais Azevedo é fraquíssima, eu digo isso desde a época da primeira vez que a vi. Página dela no Facebook (https://www.facebook.com/pg/pagthais/about):

Sobre

Mulher, cristã, libertária, anti-feminista, trilíngue, preguiçosa, um amor de pessoa, armamentista, sarcástica e ciente de seu papel no mundo. Sou aquela que todos querem odiar, mas não conseguem pq sou adoravelmente chata! ;)

Informações pessoais

Mulher, filha, cristã, amiga, heterossexual, libertária, anti-feminista, feminina, trilíngue, preguiçosa, um amor de pessoa mesmo, romântica, armamentista, sarcástica, colérica, professora, tradutora, intérprete e aprendiz do anarcocapitalismo.

Luto constantemente contra o pós-modernismo e meu objetivo é desmascarar cada um de seus braços. Não sou uma poltrona para te deixar confortável, falo de coisas que não são nem agradáveis para mim, mas que são de extrema importância para todos.

Sou aquela que muitos fingem odiar, mas que não conseguem me largar! Sim, minha língua está cada dia mais afiada! ;)

Só uso a esquerda pra escrever! ;) :*

2) Eu já tinha um trabalho antifeminista na internet e só o meu primeiro perfil no Facebook é de um ano antes de sabermos da existência dela (2013).

3) Eu disse ainda em 07 de janeiro: "Senhoras ditas antifeministas conservadoras (na verdade, feministas de direita) como Suzanne Venker, Ann Coulter, Thais Azevedo, Bruna Luíza ou Ana Caroline Campagnolo só são levadas a sério porque netos cabaços de coronéis falidos e senhores genros de assassinos de aluguel têm fantasias sexuais mal resolvidas."

4) Eu disse ainda em 14 de março:

Personalidades femininas conservadoras como Tomi Lahren, Ann Coulter e, no Brasil, Rachel Sheherazade, Joice Hasselmann, Carla Zambelli, Ana Caroline Campagnolo, Thaís Azevedo, Bruna Luíza e Luana Basto ganham atenção mais pela beleza (na visão dos rapazes) do que pelas ideias. Não porque elas sejam pouco inteligentes, mas porque o Conservadorismo é pouco convidativo intelectualmente, principalmente na moral sexual. Um sinal disso é que, no Brasil, temos a vlogueira conservadora Paula Marisa, que não é menos inteligente e é até mais humorista que a maioria das vlogueiras conservadoras mais jovens, mas não tem tanta popularidade porque não é muito formosa, e é provável que quase toda a audiência masculina dela já é mais evoluída no ódio ao próprio corpo.

(...) Parece legal para muitos homens conservadores maldizer o Socialismo, associá-lo a uma degeneração moral (numa fusão e confusão de princípios morais com sexualidade mal resolvida), e tudo isso vendo uma mulher exuberante no Youtube dizendo a eles o que eles gostam de ouvir ou gostariam de acreditar. É como aceitar um jogo masoquista com uma sedutora sádica (mesmo que não seja o caso de uma sedução aqui). A sorte dos direitistas e dos conservadores é que quem apresenta o pensamento do movimento feminista sobre sexo vai desde vadias que querem andar seminuas sem ser vistas sexualmente até ativistas contra o sexo hétero que são visões do Inferno, como Andrea Dworkin. Se a dita Revolução Sexual e as atrizes pornôs feministas pró-pornografia tivessem um espaço significativo na publicidade do Feminismo da década de 2010, as "babes" conservadoras não dariam nem pro começo.

("Uma nota sobre as belas mulheres comentaristas conservadoras", no A Vez das Mulheres de Verdade e no A Vez dos Homens que Prestam)

5) Foi exatamente porque ela é mulher e não é uma Erin Pizzey ou uma Mercedes Carrera que ela conseguiu dar uma palestra em uma universidade. Se a palestra fosse da Rachel Sheherazade, talvez nem teria sido marcada.

6) Eu escrevi o meu texto de ontem já como preparação para este. O texto é "O antifeminismo será comandado pelas mulheres? - parte 3 (ou: Antifeminismo ou morte 3): uma previsão minha de 2012" e está no A Vez das Mulheres de Verdade e no A Vez dos Homens que Prestam. Depois, veio a notícia da ação do Ministério Público, uma hora depois. Mais uma confirmação.

7) Não só o UOL, a Globo também fez matéria sobre o caso ("Alunos da UFG se revoltam durante palestra com professora que critica o feminismo", G1, 07/06/2017, http://g1.globo.com/goias/noticia/alunos-da-ufg-se-revoltam-durante-palestra-com-professora-que-critica-o-feminismo-video.ghtml). Isso nos grandes portais. Porque a coisa foi vergonhosa. Não só a atitude em si, não só o que foi feito antes da palestra, a forma como isso acabou envergonhou a instituição. Talvez você não tenha entendido o que eu disse: foi a imagem pública de uma universidade que ficou mal e, em menor escala, a imagem pública de uma militância. Aqui, tivemos um caso em que feministas, incluindo homens, impediram uma mulher de falar contra o Feminismo. Se a mesma palestra fosse de um homem, poderia acabar até pior e isso não passaria na televisão. O vídeo que você vai ver na página é do Jornal Anhanguera (JA) primeira edição, da TV Anhanguera, afiliada da Rede Globo em Goiás. O jornal passa de 12:00 a 12:45, aproximadamente. Mesmo que a Rede Globo seja lesbofeminista, a direção do jornalismo sabia que não tinha escolha, é um jornal que dificilmente algum feminista universitário viu, mas trabalhador de verdade viu no intervalo do almoço.

8) Por isso, o Ministério Público também interveio em uma universidade pública: pelo vexame público. Vai ser mais seguro a direita se manifestar nas universidades nos próximos meses? Vai. Podemos ter entrado na fase em que a militância esquerdista tosca e violenta, como diriam eles, já cumpriu o seu papel histórico. Aí, os debates passam de entre esquerda radical e esquerda enrustida para entre esquerda moderada e conservadorismo caipira. E no caso do Feminismo, os debates passam para entre feminismo de esquerda moderado e feminismo conservador, o feminismo radical tosco excluído, o Ativismo de Direitos Humanos dos Homens e Meninos usado como acessório dos dois lados, a prostituição e a pornografia atacadas ou ignoradas pelos dois lados e liberdade sexual como lesbianismo e aborto do lado esquerdo versus sexo depois do casamento hétero tradicional do lado direito.

9) Mesmo assim, o portal R7, por exemplo, não publicou nada sobre o caso.

Abigail Pereira Aranha

Apêndice

"O antifeminismo será comandado pelas mulheres? - parte 3 (ou: Antifeminismo ou morte 3): uma previsão minha de 2012", 14 de junho de 2017. Disponível no A Vez das Mulheres de Verdade em http://avezdasmulheres.blogspot.com/2017/06/o-antifeminismo-sera-comandado-pelas.html e no A Vez dos Homens que Prestam em http://avezdoshomens.blogspot.com/2017/06/o-antifeminismo-sera-comandado-pelas.html.

O antifeminismo será comandado pelas mulheres? - parte 3 (ou: Antifeminismo ou morte 3): uma previsão minha de 2012

Eu escrevi em dezembro de 2012 "O antifeminismo será comandado pelas mulheres?", parte 1 e parte 2, e já escrevi no meu perfil do Facebook na época que o Feminismo não tinha com o que se preocupar no Conservadorismo. Os limites do Feminismo, eu vou escrever de memória, seriam quatro:

1) Uma resistência de homens com autoestima. Um grupo pequeno, mas visível.

2) O universo masculino que perdeu espaço na sociedade ou se colocou como vassalo do universo feminino vai obrigar as mulheres a assumirem uma posição de primazia de verdade. O homem que é chefe de família ou chefe de departamento sabe que isso é pesado.

3) A conquista pelas mulheres de cada vez mais posições de destaque vai dar a essas mulheres a oportunidade de encararem umas às outras. Vacas neuróticas e vadias manipuladoras vão descobrir como uma colega ou uma superior como elas mesmas é diferente de um homem emasculado ou um cafajeste para quem podem se oferecer sexualmente.

4) A militância feminista feminina vai incomodar ou atacar cada vez mais as mulheres que trabalham de verdade e até algumas das próprias militantes. A mulher do povo de verdade que simpatiza com o Feminismo ou a militante feminista vai perceber que viu poucos homens tão desagradáveis ou agressivos contra uma mulher quanto uma mulher feminista.

Só o caso 1 é uma reação contra o Feminismo, e eu lembro que o feminismo é a glorificação da pobreza de espírito do universo feminino. Os outros casos são o universo feminino sendo vítima, na melhor das hipóteses, da política de boa vizinhança de mulheres agradáveis com mulheres medíocres. Um homem solteiro no Brasil ou nos Estados Unidos costuma ter melhor saúde, mais dinheiro livre, mais escolaridade, mais possibilidade de emprego, mais tempo livre e mais sexo que um homem casado. Se a diferença entre homem e mulher só serve para, por exemplo, tirar vagas de trabalho do homem ou para que ele seja tratado como um leproso, um homem que tenha um relacionamento mais distante, apesar de não hostil, com as mulheres não vai só aproveitar deste relacionamento o que essas mulheres podem dar, ele pode se salvar de que elas o prejudiquem. Isso é o mais próximo do antifeminismo real. Quando mulheres criticam o Feminismo pelo mal que faz a elas mesmas, isso não é antifeminismo, nem mesmo crítica ao Feminismo. Isso é Feminismo Radical, mesmo que essa crítica produza um tratamento mais gentil das mulheres aos homens, porque a coisa toda é como garantir que os homens continuem sustentando um estilo de vida de sonhos para as mulheres. Por isso, jornais e revistas que mal publicariam uma reportagem sobre questões masculinas podem publicar uma reportagem sobre problemas de mulheres com outras mulheres no ambiente de trabalho.

Mas se nós já temos mulheres que preferem homens para chefes no trabalho ou cargos políticos, essas mesmas mulheres ainda não chegaram ao mesmo nível no relacionamento entre homens e mulheres como indivíduos humanos com, digamos, certas diferenças. Uma mulher que acredita que um chefe homem é mais amigável pode entender o mesmo tratamento amigável de um colega homem como assédio sexual. Mais: qual homem fala de sexo com uma chefe mulher? E se você é homem e é, por exemplo, um assistente administrativo de uma loja e a gerente é uma mulher boa pra c@$@£%o e fala safadezas com você, você se descontrai ou fica com mais medo ainda de dizer ou fazer besteira? E se você é a mulher, você acha que o rapaz vai se empolgar? Isso tem a ver com a nossa queda de taxa de natalidade. Você, mulher bem-sucedida profissionalmente, quer ter filhos, não acha um homem como você gostaria que não seja casado ou desinteressado do casamento. Você se aproxima de um homem solteiro que ganha menos e tem menos formação acadêmica que você, ele tem um filho com uma ex-namorada e não quer ter outro relacionamento. Você vai para um bar e volta sozinha porque nenhum homem se aproximou de você, porque você é refinada demais, porque ele tem medo de ser rejeitado ou porque ele tem medo de dar tudo certo e você denunciá-lo por estupro na semana seguinte. Tá bom, você pode não ter chegado a esse ponto, mas não estamos longe disso, e quando você vir uma mulher jovem passar por isso, você vai ver que se nenhum rapaz quer nos comer, nós não somos mulheres na prática. Ah, e eu já passei por homens me recusando quando eu estava me oferecendo, porque eles ficaram com medo.

Se uma mulher trata a heterossexualidade masculina como ofensiva, ela se nega como mulher. Se o pensamento feminista trouxe alguma liberalidade sexual, foi porque, para o movimento feminista, essa é mais uma liberdade da mulher de fazer o que ela quer. Mas o mesmo movimento feminista, quando não usa o sexo apenas para chocar a sociedade ou atacar os homens, está atacando a heterossexualidade masculina. Por exemplo, há feministas que defendem a criminalização da pornografia, a criminalização da prostituição e até a criminalização do sexo (heterossexual). Com isso, toda a diferença entre homem e mulher foi transformada em uma parafernália sem sentido. Ainda podemos ter mulheres que creem que a dignidade da mulher é a castidade, e praticam a castidade, convivendo bem com mulheres que creem que a dignidade da mulher é o lesbianismo, e praticam o lesbianismo. Mas quando elas se atacarem, será mais uma rixa interna do Feminismo Radical, onde os homens são esquecidos ou atacados. E dessa vez, a mulher não pode se colocar como antifeminista sem acreditar na liberdade sexual como liberdade também para o homem e nela mesma como indivíduo humano que inclui a heterossexualidade.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Mulheres Contra o Feminismo e o Feminismo contra elas - parte 5: uma conservadora descobriu o antifeminismo de Luana Basto depois de conhecer o meu

Abigail Pereira Aranha

Eu, 24 de abril de 2015:

Descubro, olhando o blogue De Bem Com a Verdade, a postagem "Por trás de um grande homem, existe uma grande mulher" (http://www.debemcomaverdade.com/#!Por-trás-de-um-grande-homem-existe-uma-grande-mulher/c244k/552effb90cf266495e25fdfe), de 15 de abril, escrita por Sayusa Litig (https://www.facebook.com/sayusa). Por um acaso, nos encontramos cinco dias depois (quatro dias atrás) nos comentários de uma postagem de um amigo comum:


Sayusa Litig Ou seja, está faltando coragem mesmo. Tanto para alguns homens como para algumas mulheres. Não estão capacitados para superar desafios, encarar frustrações e ainda gostam de descontar em pessoas que não tem nada há ver com seus antigos desencantos.

Se vingar nos outros é covardia e xingar todas as mulheres por causa de umas que não valem nada é no mínimo infantilidade e no máximo cafajestisse mesmo!

19 de abril às 22:04

(...) Abigail Pereira Aranha Sayusa, troque os gêneros da sua última frase, publique no próprio perfil e ganhe bloqueios das vacas loucas. (...)

20 de abril às 08:26

("O Puritano-Feminismo episódio 23: blogueira cristã se diz antifeminista, mas escreve contra os inimigos do Feminismo", http://avezdoshomens.blogspot.com.br/2015/04/o-puritano-feminismo-episodio-23.html)

Eu, 16 de dezembro de 2015:

Que coisa chata! Eu vejo o Olavo de Carvalho dando as boas vindas à Sara Winter em nome da fé de que ela fará "muita coisa boa no futuro". Pode até ser verdade, mas eu devo ter dito em 2013 ou 2014 que o antifeminismo poderia receber em breve pessoas que teriam não de contribuir para a luta, mas de desfazer a contribuição que elas deram individualmente à causa inimiga. E ex-vadia e ex-militante feminista não têm passado, têm histórico. Nos comentários da postagem original, o Salomão Domingos comenta que a direita está dando preferência a ex-esquerdistas só porque eles seriam mais notórios. Isso me lembrou o que se diz que as igrejas evangélicas gostam de ex-drogados, ex-bandidos, ex-bruxos, ex-putas, ex-homossexuais.

Três horas depois, eis o ponto, eu compartilhei a postagem do Olavo e com minutos de diferença, e eu nem vi,

1) O amigo Emerson Eduardo Rodrigues me marcou na postagem do Profissão Repórter sobre a matéria com entrevista com a Lola Aronovich, e ele já meteu muita real lá logo antes;

2) O amigo Bradon Kamato comentou o meu compartilhamento lembrando a minha série "A hora de fechar a arca", de dois textos, de novembro de 2013.

O ponto que me chamou a atenção é que eu fui lembrada. Estes amigos conhecem o meu trabalho. Eu nem sou da direita, eu sou anarquista; eu não sou moça de família, eu sou a maior galinha de que eles já tiveram notícia. Mas eu sou antifeminista e antissocialista, e tenho um trabalho neste sentido, um trabalho também pelos homens que prestam. E é por isso que estes e outros amigos se lembram de mim, e por isso também que eu faço novos amigos conservadores. E o engraçado é que nenhum desses meus amigos se lembra de Ana Caroline Campagnolo ou Luana Basto quando pensa em uma mulher antifeminista. Obrigada, amigos!

(https://www.facebook.com/abigail.pereira.aranha.91/posts/725801224218088)

Página da Luana Basto, 30 de dezembro de 2015, postagem intitulada "Mulher cristã não pode ser feminista":


Sayusa Litig Está certíssima Luana Bastos!

Eu nem sabia que você existia até ver hoje, comentários de gente te recriminando por este poste...

Adorei tudo que li neste Texto perfeito!!!

Vim conhecer tua página e estou te seguindo a partir de agora!

Conte com meu apoio.

(https://www.facebook.com/LuanaaBasto/photos/a.463834657140367.1073741828.463752237148609/472626612927838/?type=3&comment_id=1659384107669382&comment_tracking=%7B%22tn%22%3A%22R%22%7D)

Moral da história: além de uma puta antifeminista, eu também sou uma puta profetisa. Quiá, quiá, quiá, quiá, quiá!

sábado, 21 de março de 2015

Mulheres Contra o Feminismo e o Feminismo contra elas - parte 4: vinte anos de silêncio

Abigail Pereira Aranha

Era 1992 quando Pat Robertson disse: "A agenda feminista não é sobre os direitos iguais para as mulheres. Trata-se de um movimento político socialista, anti-família, que encoraja as mulheres a deixar seus maridos, matar seus filhos, praticarem bruxaria, destruir o capitalismo e se tornarem lésbicas" ("Equal Rights Initiative in Iowa Attacked", Washington Post, 23 de agosto de 1992, http://en.wikiquote.org/wiki/Pat_Robertson). Até hoje há muita gente citando isso como se o pastor tivesse dito uma grande asneira, mas o pior é que ele estava muito certo. E também era começo da década de 90 quando começou a Terceira Onda do Feminismo. Nossa, também era nessa época que acabou a União Soviética! Mas por que, então, as igrejas não denunciavam o Socialismo e o Feminismo na década de 90?

Bom, pessoal, tenho que insistir: as igrejas cristãs tradicionais nunca foram obstáculo para o Feminismo, nem mesmo no século XIX. O padrão de relacionamento de marido e mulher é o de Cristo e a igreja, para dar um exemplo. E quando o Socialismo estava se consolidando, ele se infiltrou também nas igrejas, mesmo as tradicionais, fora os "ventos de doutrina" especialmente da década de 60 pra cá. Os socialistas no poder formal puderam corromper a igreja. No caso brasileiro, chegamos ao ponto de termos o PRB (Partido Republicano Brasileiro), ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, apoiando a ex-guerrilheira esquerdista lesbonazista Dilma Rousseff na eleição para a Presidência da República no ano passado, em troca de um cargo para um pastor em um ministério. Aliás, essa Igreja Universal também tem um jornal próprio, Folha Universal, e tem parte no Portal R7, ambos se tornaram amontoados de banalidades e esquerdismo.

Como eu nasci em 91, os mais velhos sabem melhor que eu: evangélicos e protestantes de igrejas tradicionais viram dinossauros nas próprias igrejas por defenderem condutas, ideias e até doutrinas que eram regra 30 ou 40 anos atrás. No caso católico, o Papa Francisco I disse que "as pessoas homossexuais têm dons e qualidades a oferecerem à comunidade cristã"[1]. Que p@%%# é essa, véi?! Está certo que a Igreja Católica não é homofóbica, ou não teria sobrado nenhum homossexual nos países cristãos, mas a Bíblia diz que os homossexuais não entram no Céu (Rm 1:26-27, 1 Co 6:10).

Então, o esquerdismo entrou na igreja, e esta pôde brincar de bater em espantalhos: o mundo perdido de 90% de cristãos, a grande empresa que tem pacto com o Diabo, a igreja evangélica que racha e um grupo acusa o outro de ser do Diabo, meninos de menos de 10 anos viciados em pornografia, etc. E também a luta contra a "pornografia" que inclui qualquer mulher com roupa curta em programas e comerciais de televisão. Ah, e pelo que ouvimos de conversas de mulheres evangélicas (especialmente das igrejas novas, mas cada vez mais das tradicionais), Satanás está muito interessado em infernizar vadias antipáticas que tentam esconder o passado podre na igreja e múmias subempregadas com sonhos consumistas.

Talvez você tenha visto uma peça da propaganda contra a prostituição e a pornografia dizendo que uma mulher nestas atividades é uma filha ou uma irmã de alguém. Com uma frase, mulheres tradicionalistas e mulheres feministas concordam: "Coito heterossexual é a pura, formalizada expressão de desprezo pelo corpo das mulheres"[2]. Quem faz campanha contra a prostituição e a pornografia, tentando mostrar argumentos contrários, acaba mostrando sua própria gimnofobia psicótica, mostrando como vê a heterossexualidade em si como imunda, mesmo que não seja uma feminista das lésbicas mais nojentas. Mas isso nos mostra mais. Para as mulheres tradicionalistas, inclusive muitas antifeministas, uma mulher é sujeita a outro homem (pai ou irmão) para NÃO fazer sexo com um homem que presta. Para as mulheres feministas, essa mulher é livre, mas também para NÃO fazer sexo com ele. E para os dois grupos, essa mulher, uma mulher que faça um comercial com pose e roupa sensuais, ou uma mulher prostituta ou da indústria adulta não deve ser LIVRE PARA, deve ser LIBERTA DE oferecer sexo ou mostrar o corpo para este homem. Aliás, eu já trouxe o caso em 2013, mostrado por um amigo do Facebook: lideranças femininas evangélicas se uniram à lesbofeminista Gail Dines para censurar a pornografia no Canadá. Como disse o humorista brasileiro Millor Fernandes, "democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim".

Até o começo dessa década, homens e mulheres inteligentes de bom caráter se uniam às feministas só porque as mulheres antifeministas, no pouco que se manifestavam, faziam parecer que a luta era das mulheres igrejeiras arcaicas anorgásmicas, mesmo as mais simpáticas, contra feministas que eram lésbicas bizarras mas ainda falavam bem, algumas pregando liberdade sexual só para afrontar o Cristianismo. Então, eu mesma, ateia e defensora da putaria, fiz um blogue modesto contra o Feminismo e a mediocridade do universo feminino, ainda em meados da década de 2000. E até 2011, parece que eu fui a única mulher no Brasil a escrever sobre esses assuntos com frequência, talvez também em inglês ou em espanhol, com meu blogue em outros idiomas.

Mas se toda a diferença entre a mulher cristã tradicional e a geração perversa é alguns cacoetes, uma antissexualidade neurótica e um discurso em que ela própria mal acredita, ela vai ser descartada no médio prazo pelo próprio movimento socialista. E é aí que entram as Mulheres Contra o Feminismo. E já erram feio pregando contra uma suposta putaria incentivada pelo Feminismo. A maior mulher pregadora contra a família e a castidade no Brasil sou eu!

Outro detalhe, que o leitor pode não ter notado: já percebeu que as mulheres antifeministas costumam ser novas, uns 20 ou 30 anos? Uma feminista pode alegar que as Mulheres Contra o Feminismo não eram nascidas na década de 60, e ela estará certa. Mas as mães eram. Quando o Pat Robertson disse aquela citação, a mãe estava mais ou menos com a idade da filha hoje. O que ela achou na época, se ela encontrava pregadores assim? Onde estão as mães enquanto as filhas publicam cartazes "eu não preciso do Feminismo" nas redes sociais? Explicando melhor: se eu, sendo mulher, acreditava em 2006 que não podia ficar quieta no meu canto vendo a pobreza de espírito das mulheres em geral, e eu nem sabia muito de Feminismo e misandria, porque as mães das Mulheres Contra o Feminismo acham que podem? Explicando melhor ainda: o que as mães das Mulheres Contra o Feminismo estão DEIXANDO DE DIZER sobre o Feminismo?

E, por fim, Mulheres Contra o Feminismo não são Mulheres Ativistas pelos Direitos dos Homens. Elas são contra o Feminismo também porque esse está transformando em vergonha ser homem e honesto e fazendo as mulheres vítimas umas das outras como poucas eram dos piores homens. Aliás, um caso da semana anterior à que eu escrevi esse texto: "Dona de bar manda estuprar vizinha e liga perguntando 'se ela gostou'" (O Tempo, 16/03/15, http://www.otempo.com.br/cidades/dona-de-bar-manda-estuprar-vizinha-e-liga-perguntando-se-ela-gostou-1.1009535), a vítima havia dado queixa à polícia contra a mulher dona do bar no dia anterior (13) por perturbação de sossego. O que isso tem a ver com Feminismo? "Nós" queremos expulsar os homens da política e dos altos cargos dizendo que as mulheres são anjos. As Mulheres Contra o Feminismo querem voltar à década de 90, quando tinham o bom do "machismo" e o bom do Feminismo. Se não fosse a liberdade que o próprio universo feminino se dá de mostrar o seu pior, as mulheres tradicionalistas antifeministas seriam ainda mais desprezadas. E elas podem ter chegado tarde: o Feminismo pode estar dispensando as mulheres como o Socialismo fez com os proletários.

NOTAS:

[1] "Concílio de bispos pede que a Igreja 'aceite e valorize' os homossexuais", El País, 13/10/2014, http://brasil.elpais.com/brasil/2014/10/13/internacional/1413213817_924058.html

[2] Andrea Dworkin, "Intercourse" (1987), cap. 7, "Occupation/Collaboration", http://en.wikiquote.org/wiki/Andrea_Dworkin

Questo testo in italiano senza filmati di dissolutezza in Men of Worth Newspaper / Concrete Paradise: Donne Contro il Femminismo e il Femminismo contro di loro - parte 4: 20 anni di silenzio, http://avezdoshomens2.blog.com/2015/03/24/donne-contro-il-femminismo-e-il-femminismo-contro-di-loro-parte-4
Questo testo in italiano con filmati di dissolutezza in Periódico de Los Hombres de Valía / Paraíso Tangible: Donne Contro il Femminismo e il Femminismo contro di loro - parte 4: 20 anni di silenzio, http://avezdoshomens2.blogspot.com/2015/03/donne-contro-il-femminismo-e-il.html
Eso texto en español sin peliculas de putaría en Men of Worth Newspaper / Concrete Paradise: Mujeres Contra el Feminismo y el Feminismo contra ellas - parte 4: veinte años de silencio, http://avezdoshomens2.blog.com/2015/03/24/mujeres-contra-el-feminismo-y-el-feminismo-contra-ellas-parte-4
Eso texto en español con peliculas de putaría en Periódico de Los Hombres de Valía / Paraíso Tangible: Mujeres Contra el Feminismo y el Feminismo contra ellas - parte 4: veinte años de silencio, http://avezdoshomens2.blogspot.com/2015/03/mujeres-contra-el-feminismo-y-el.html
This text in English without licentiousness movies at Men of Worth Newspaper / Concrete Paradise: Women Against Feminism and Feminism against them - part 4: twenty years of silence, http://avezdoshomens2.blog.com/2015/03/24/women-against-feminism-and-feminism-against-them-part-4
This text in English with licentiousness movies at Periódico de Los Hombres de Valía / Paraíso Tangible: Women Against Feminism and Feminism against them - part 4: twenty years of silence, http://avezdoshomens2.blogspot.com/2015/03/women-against-feminism-and-feminism.html
Texto original em português sem filmes de putaria no A Vez das Mulheres de Verdade: Mulheres Contra o Feminismo e o Feminismo contra elas – parte 4: vinte anos de silêncio, http://avezdasmulheres.blog.com/2015/03/21/mulheres-contra-o-feminismo-e-o-feminismo-contra-elas-parte-4
Texto original em português com filmes de putaria no A Vez dos Homens que Prestam: Mulheres Contra o Feminismo e o Feminismo contra elas - parte 4: vinte anos de silêncio, http://avezdoshomens.blogspot.com/2015/03/mulheres-contra-o-feminismo-e-o.html

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Mulheres Contra o Feminismo e o Feminismo contra elas - parte 3: vai rolar uma putaria?

Abigail Pereira Aranha

MC Britney explica inspiração do hit "Casa do Seu Zé": "Velho safado!"

A funkeira disse que escreveu o funk em homenagem a um vizinho que já morreu.

imagem da matéria

MC Britney (foto: Tatiana Machado - BEAT98)

MC Britney é sucesso nos principais bailes com o hit “Casa do Seu Zé”. Na letra, ela diz que por lá rola uma ousadia. Na vida real, o tal seu Zé já existiu mesmo. MC Britney disse no Som do Galerão que o cara era vizinho dela e sempre via uma movimentação grande de meninas nas festas que ele costumava organizar em casa:

- Velho safado! Eu fiz a música porque tinha um vizinho que sempre chamava as meninas para as festas na casa dele. Era um velho safado! – disse MC Britney para DJ Tubarão e Paulo Beto.

MC Britney diz que nunca foi nas festinhas na casa do seu Zé. A composição surgiu depois de trocar uma ideia com algumas das meninas que já tinham ido lá.

- Eu nunca fui, mas conheço gente que ia e contava cada história... – disse MC Britney.

A funkeira vai agitar a galera no aniversário de 6 anos da Rádio BEAT98 com esse e outros hits, dia 4 de maio, na West Show, no Mauá de São Gonçalo, e na Quadra da União da Ilha. Não perca!


MC Britney (foto: Tatiana Machado - BEAT98)


MC Britney e DJ Tubarão (foto: Tatiana Machado - BEAT98)


Paulo Beto, MC Britney e DJ Tubarão (foto: Tatiana Machado - BEAT98)

BEAT98, 10/04/2014, http://beat98.globoradio.globo.com/beatnews/materia/2014/04/10/MC-BRITNEY-EXPLICA-INSPIRACAO-DO-HIT-CASA-DO-SEU-ZE-VELHO-SAFADO.htm

Pessoal, a letra da música foi trocada no vídeo oficial (acima), e isso tem a ver com o assunto do texto

Primeira vez que vejo uma música ter um clipe oficial com uma letra que não é. A letra é esta, para quem não conhece:

Casa do Seu Zé

Mc Britney

Hoje na casa do seu Zé vai rolar uma putaria

Tava cheia de novinha doida pra fazer orgia

Uma fudia no chão, outra em cima da pia

Na casa do seu Zé vai rolar uma putaria

Os leitores habituais não se preocupem: este blogue não vai colocar funk carioca na linha editorial, só pornografia e apologia à fornicação, hehehehe.

Nota sobre a parte da pia: eu que sou um pouco mais robusta (ver foto) não posso montar em cima de uma pia, um dia que eu e quatro amigos estávamos em casa na cozinha, fazendo um bolo de milho com queijo, eu estava com avental tentei brincar de colocar os quatro em fila me comendo por trás apoiada na pia, eu de bunda empinada (eu estava só de avental, hehehehe). Já que o bolo estava assando, fomos pro sofá da sala mesmo, porque a posição apoiada na pia estava horrível, pior que rapidinha no banheiro.

A safadeza na vida cotidiana... ou a falta dela

O Pentateuco foi escrito com pena de morte para adúlteros (Levítico 20:10) e até para mulher que não se casava virgem (Deuteronômio 22:13, 14, 20, 21). Se a data tradicional estiver certa, os livros são do século XVI a. C, e o sexo fora do casamento sobreviveu de lá até hoje. O mercado da prostituição e o da pornografia só existem porque os homens além de sempre gostarem de sexo, geralmente sempre trabalharam para ganhar o próprio dinheiro. Também por isso o adultério sobreviveu.

Sempre foi difícil para um rapaz honesto e gentil fazer sexo com uma mulher, ou beijar ou até olhar para ela. Antigamente, uma mulher se sentia honrada demais para mostrar o corpo para um homem que presta (mostrar "o corpo" nem precisa ser muita coisa, conforme a época podia ser até tirar as luvas das mãos). Ou aceitar um olhar dele, ou sorrir para ele, ou até responder quando ele lhe dirigia a palavra. Ainda hoje é assim até entre mulheres "modernas". Pior: essas mulheres se sentiam muito honradas, que se valorizavam muito, não apenas para fazer isso, mas também porque se recusavam a fazer isso.

Mas quando uma lesbonazista com diploma de historiadora ou socióloga fala de prostituição, é quase certo que ela faça como a senhora Maria Regina Cândido, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro: primeiro, contar aquela lenda de que no começo a sociedade era matriarcal e os homens maus instituíram o patriarcado; segundo, mostrar que a repressão à prostituição foi uma política dos homens para reprimir a sexualidade das mulheres (e não o contrário, já vou chegar neste ponto); terceiro, dizer que foram as feministas que conseguiram a liberação sexual (mentira, também vou chegar nesse ponto).

Mas nessas especulações sempre falta a resposta de uma pergunta óbvia, e o amigo leitor não se ofenda se não parou para pensar nela: se os homens assumiram o poder na sociedade e querem controlar a sexualidade das mulheres, por que eles reprimem essa sexualidade em vez de incentivá-la? Por que, por séculos seguidos, homens impediram outros homens de fazer sexo com as irmãs ou as filhas? Por que, por séculos seguidos, homens denunciaram ou prenderam outros homens porque procuravam ou mantinham serviços de prostitutas? Escrevi sobre isso em 12 de fevereiro de 2011: "O machismo foi criado pelas mulheres – parte 4: se colocarmos o título certo, você pode não conseguir ler este texto (ou: por que uma sociedade machista discrimina a prostituição e a pornografia?)".

A sexualidade masculina como caso de polícia

E o sexo de qualidade, ou o próprio sexo, sempre foi quase impossível na vida real para homens honestos comuns. No Código Penal brasileiro de 1890, por exemplo, uma foda podia ser caso de polícia. Vamos ver:

TITULO VIII

Dos crimes contra a segurança da honra e honestidade das familias e do ultraje publico ao pudor

CAPITULO I

DA VIOLENCIA CARNAL

Art. 267. Deflorar mulher de menor idade, empregando seducção, engano ou fraude:

Pena - de prisão cellular por um a quatro annos.

CAPITULO II

DO RAPTO

Art. 270. Tirar do lar domestico, para fim libidinoso, qualquer mulher honesta, de maior ou menor idade, solteira, casada ou viuva, attrahindo-a por seducção ou emboscada, ou obrigando-a por violencia, não se verificando a satisfação dos gosos genesicos:

Pena - de prisão cellular por um a quatro annos.

§ 1º Si a raptada for maior de 16 e menor de 21 annos, e prestar o seu consentimento:

Pena - de prisão cellular por um a tres annos.

Art. 271. Si o rapto, sem ter attentado contra o pudor e honestidade da raptada, restituir-lhe a liberdade, reconduzindo-a á casa donde a tirou, ou collocando-a em logar seguro e á disposição da familia, soffrerá a pena de prisão cellular por seis mezes a um anno.

Art. 273. As penas estabelecidas para qualquer destes crimes serão applicadas com augmento da sexta parte:

(...) 2º, si for casado;

3º, si for criado, ou domestico da offendida, ou de pessoa de sua familia.

CAPITULO III

DO LENOCINIO

Art. 277. Excitar, favorecer, ou facilitar a prostituição de alguem para satisfazer desejos deshonestos ou paixões lascivas de outrem:

Pena - de prisão cellular por um a dous annos.

CAPITULO IV

DO ADULTERIO OU INFIDELIDADE CONJUGAL

Art. 279. A mulher casada que commetter adulterio será punida com a pena de prisão cellular por um a tres annos.

§ 1º Em igual pena incorrerá:

1º O marido que tiver concubina teuda e manteuda;

2º A concubina;

3º O co-réo adultero.

No Código Penal brasileiro original, Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, não melhorou muito. Título VI (Dos Crimes Contra Os Costumes), Capítulo II (Da Sedução E Da Corrupção De Menores), artigo 217: "Seduzir mulher virgem, menor de 18 (dezoito) anos e maior de 14 (catorze), e ter com ela conjunção carnal, aproveitando-se de sua inexperiência ou justificável confiança: Pena - reclusão, de dois a quatro anos". Capítulo III (Do Rapto): "Rapto consensual. Art. 220 - Se a raptada é maior de catorze anos e menor de vinte e um, e o rapto se dá com seu consentimento: Pena - detenção, de um a três anos. Art. 221 - É diminuída de um terço a pena, se o rapto é para fim de casamento, e de metade, se o agente, sem ter praticado com a vítima qualquer ato libidinoso, a restitue à liberdade ou a coloca em lugar seguro, à disposição da família". Título VII (Dos Crimes Contra A Família), Capítulo I (Dos Crimes Contra O Casamento), artigo 240: "Cometer adultério: Pena - detenção, de quinze dias a seis meses". Tudo isso só foi revogado pela Lei nº 11.106, de 2005. "Favorecimento da prostituição. Art. 228 - Induzir ou atrair alguém à prostituição, facilitá-la ou impedir que alguém a abandone: Pena - reclusão, de dois a cinco anos". Artigo 229: "Manter, por conta própria ou de terceiro, casa de prostituição ou lugar destinado a encontros para fim libidinoso, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente: Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa". Isso só foi revogado mais tarde ainda, pela Lei nº 12.015, de 2009.

Todos aqueles artigos, com exceção daqueles do adultério, eram para penalizar o homem pelo exercício da sexualidade em todo o século XX. E por que eu não estou falando das mulheres? Primeiro, porque os feministas já falam muito. Segundo, já vou mostrar.

O Código Penal brasileiro de 1890 diminuía a pena por estupro se a vítima era prostituta: para punir quem?

Vamos imaginar um caso. A Abigail já era uma jovem boazuda de 23 anos em algum ano depois de 1891 e antes de 1942, ela era casada e tinha um marido maravilhoso, a esposa arrumava pra ele uns adultérios bem selecionados e ele ajudava a ela a trabalhar na prostituição. Aí, um dia a Abigail é estuprada por três homens e foi provado que além de ela ser prostituta, o marido ainda ajudava a mocinha no ramo. Vamos ao Código Penal de 1890:

Art. 277. Excitar, favorecer, ou facilitar a prostituição de alguem para satisfazer desejos deshonestos ou paixões lascivas de outrem:

Paragrapho unico. Si este crime for commettido por ascendente em relação á descendente, por tutor, curador ou pessoa encarregada da educação ou guarda de algum menor com relação a este; pelo marido com relação á sua propria mulher:

Pena - de prisão cellular por dous a quatro annos.

Art. 268. Estuprar mulher virgem ou não, mas honesta:

Pena - de prisão cellular por um a seis annos.

§ 1º Si a estuprada for mulher publica ou prostituta:

Pena - de prisão cellular por seis mezes a dous annos.

§ 2º Si o crime for praticado com o concurso de duas ou mais pessoas, a pena será augmentada da quarta parte.

Portanto, a pena mínima para o marido da Abigail por ter apoiado o trabalho dela como prostituta é quase a máxima para os estupradores dela. E a pena mínima para esses estupradores é 37,5% a menos do que a máxima que eles teriam se a Abigail fosse uma "mulher honesta" e fosse raptada por um deles sem acontecer safadeza nenhuma (art. 271).

Para algumas feministas, aquele parágrafo do Código Penal de 1890 que diminui a pena para o estupro se a vítima é prostituta é para penalizar a sexualidade da mulher. E elas estão... quase certas. De todas as punições nessa área, aquela e a do adultério são as únicas para mulheres com atividade sexual. Vamos voltar naquela seleção dos códigos penais e conferir: no Brasil em todo o século XX, o homem podia ser punido por procurar sexo ou facilitar a oferta sexual de mulheres a outros homens, a mulher podia ser punida por oferecer sexo aos homens fora do casamento. Ainda volto a esse ponto.

Mas falando em prostituição, hoje até melhorou um bocado, mas quem conhece a zona sabe que não temos muitas beldades por lá. Aliás, é difícil até achar uma puta agradável no trato. Geralmente, as moças que caem na prostituição caíram mesmo: baixa escolaridade, desempregadas, mães solteiras, viciadas em álcool (ou coisa pior), e ainda feias pra caralho (de rosto e de corpo). As melhorzinhas, quando viram prostitutas, pegam os VIP’s, quando não viram amantes de velhotes patetas com algum patrimônio. Mas aquelas no fundo do poço vão tentar ganhar a vida oferecendo o que sobra pros caras com menos dinheiro. Ou seja, a mulher é uma múmia ou uma baleia alcoólatra, não muito gentil, nenhum cara cretino quis pra sustentar, oferece um sexo rápido e sem graça pelo mais caro que pode, o homem trabalhador pobre pode passar a vida sexual até os 30 anos comendo esse tipo pra não se humilhar ainda mais para conquistar uma mulher mediana ainda mais desagradável e frígida, e quem está numa situação humilhante é ela. Não que o homem de caráter sem muito dinheiro não esteja sendo quase cuspido, mas ela de certa forma também está. Já volto neste ponto.

Putaria e o que isso tem a ver com as Mulheres Contra o Feminismo

O leitor já deve ter visto, principalmente se for da Real, como amizades entre homem e mulher são pobres para os homens. Mesmo que a mulher tenha dois ou três diplomas universitários, conversas decentes não são comuns, e mesmo nelas não é difícil a madame falar bobagens. Nós quase sempre vemos elas falando delas mesmas e os rapazes ouvindo ou aconselhando, inclusive sobre cafajestes que pisam nelas ou namorados desonrados que elas manipulam. Nós também vemos homens heterossexuais que acham a amiga, digamos, agradável e têm uma vergonha diante dela que ela mesma impõe. Nós também já vimos mulheres terminando uma dessas amizades ou limitando contatos na primeira picuinha que o rapaz disse ou fez alguma coisa que ela entendeu conteúdo sexual, ou por que o namorado babaca ciumento mandou, ou por alguma miudeza. Mas nós dificilmente vemos amizade entre homem e mulher, aliás nem namoro de mulher com homem honesto, que chegue perto da intimidade, da alegria, do respeito mútuo e do um fazer pelo outro de uma amizade entre homens típica.

Aliás, vamos ver as militantes feministas de hoje. No máximo, belezas medianas. Além disso, geralmente lésbicas intratáveis que tentam parecer repulsivas (as feias, até mais repulsivas do que já são) e quando têm alguma formação de gente produtiva, o diploma parece que só serve para disfarçar a mediocridade intelectual e o parasitismo da militante. Tá bom, as feministas do século XIX eram um pouco melhorzinhas de rosto e não pareciam lésbicas psicopatas. Mas uma população masculina machista, todos os cargos de poder e influência ocupados por homens, o que teria feito nas primeiras manifestações em que foi importunada por um bando de lésbicas horrendas ofendendo os homens como grupo em nome das mulheres? Esquartejar umas líderes para exibir em praça pública como fizeram com Tiradentes ou dar a elas o que elas querem? Mas se elas conseguem pressionar por alguma coisa e, para começar, ser levadas a sério, isso mesmo já prova o contrário de um mantra delas: que a mulher é tratada pelos homens em geral como objeto sexual. Se tal movimento foi bem sucedido, é exatamente porque os homens, mesmo que não dispensassem um bom sexo, não classificavam as mulheres exclusivamente pelos atrativos físicos ou pela expectativa sexual.

Mesmo hoje no Brasil, onde a prostituição deixou de ser crime, se eu for prostituta, não posso manter um outro trabalho (se eu tiver e descobrirem eu perco), minha família não pode descobrir, é bom eu trabalhar em outra cidade, pode ser bom até eu me identificar com outro nome. É mais seguro usar drogas ilícitas no centro da cidade do que ser prostituta. E boa parte das ameaças e das agressões contra prostitutas vêm de mulheres casadas. E por que algumas prostitutas tinham que se submeter a rufiões, algumas eram até reféns do crime organizado? Exatamente porque a prostituição era contra a lei por si só, então as mulheres sozinhas, donos de pontos e em alguns lugares até os clientes podiam ser presos ou ameaçados por funcionários públicos e policiais corruptos. E mesmo quando e onde a prostituição não é crime, ou até onde é regulamentada, ainda não é uma profissão normal, na visão popular. Se a filha virar prostituta, a mãe não vai apoiar nem ficar orgulhosa, no máximo aceita. Aliás, parece que a mãe vai se sentir melhor se a filha chegar na "vida" porque precisa, não porque gosta.

E o que eu disse aqui sobre prostituição também se aplica em boa parte, fora a parte legal, à pornografia.

Parece que eu misturei um tanto de coisas e não cheguei na pergunta: o que a safadeza tem a ver com a mulher ser contra o Feminismo?

Não é que as mulheres sejam naturalmente burras ou mau caráter, mas no Ginocentrismo, e mais ainda no Feminismo, a mulher é mais do que mimada só por ser mulher, ela é incentivada a oferecer e se desenvolver pouco. Pior que isso: no Ginocentrismo, e mais ainda no Feminismo, a mulher pode oferecer pouco aos homens e ao seu entorno, pode mais tirar do que acrescenta, pode ser protegida de oferecer o que pode ou deve e ainda pode atrapalhar outras mulheres de oferecer o que ela não oferece.

A questão sexual não resume o que uma mulher é e pode oferecer aos homens, mas é ilustrativa da canalhice do relacionamento das mulheres em geral com os homens e o seu grupo social. Já sei o que algum@s leitor@s estão pensando: você mulher pode ter respeito por si mesma sem deixar de levar rola. Outra: tratar doença venérea como castigo divino é resgatar o pior da Baixa Idade Média.

A mulher feminista se diz defensora da liberdade sexual mas você nunca viu uma delas falar em sexo hétero. A mulher que é antifeminista porque é conservadora diz que o Feminismo propaga a promiscuidade. A mulher feminista diz que essa mulher é uma recalcada.

O homem que atende as feministas ou se junta a elas acha que pensar em sexo com elas é desrespeito, isso se elas dão a possibilidade de pensar em sexo com elas. O homem que está com uma ou várias mulheres tradicionais também acha que pensar em sexo com elas é desrespeito.

O homem feminista espera pouco das mulheres feministas, o homem que quer se casar com uma mulher tradicional espera pouco dela. Mas os dois tipos de mulher costumam detestar as mulheres sem-vergonha. Eu abordei em "O Puritano-Feminismo episódio 17": as mulheres tradicionais / machistas / patriarcais / misóginas acusam as mulheres sexualmente liberais de servirem ao Feminismo e ao Socialismo, as mulheres feministas acusam as mulheres sexualmente liberais de servirem ao machismo / patriarcado.

Eu estou escrevendo esse texto enorme sobre sexo, mas, como eu disse, isso não é tudo que a mulher pode dar ao homem. E eu nem penso tanto nisso. Juro. É que uma mulher pode ser contra o Feminismo por dois motivos: porque ela vê que o Feminismo está destruindo a sociedade estilo meados do século XX ou porque ela rejeita o Ginocentrismo. No primeiro caso, essa mulher não quer oferecer aos homens, ela quer preservar esse estilo de vida que é bom para ela em alguma coisa. Talvez vamos ver uma mulher assim trabalhando duro e dando a cara a tapa numa militância antifeminista, antissocialista e pró-tradicionalismo. Mas o que ela está disposta a oferecer aos homens que prestam em geral vai até algum ponto antes de uma bela foda. Por isso ela pode encerrar uma amizade se o amigo fizer uma piada que possa ter sentido sexual. Por isso ela talvez defenda o sexo apenas depois do casamento. Mas a mulher que rejeita o Ginocentrismo tem horror a receber muito mais do que dá. Quando ela não pode evitar receber muito mais do que dá, tem a gratidão de oferecer o que pode para quem merece. E por que não oferecer sexo, ou só um ato libidinoso, quando não há grandes motivos para não fazê-lo? Eu posso encontrar um homem que vai me julgar mal se eu for muito assanhada. Eu posso encontrar um homem que não mereça esse deleite da carne, pelo menos comigo. Eu posso encontrar um homem perigoso. Então, melhor eu desistir, de preferência nem insinuar. Mas eu posso encontrar um homem bacana. Aí ele me oferece uma carona até em casa, por que não chamá-lo pra dentro pra tomar um café e eu engolir a pica dele? Ou ele é um atendente muito simpático de um estabelecimento aonde vou com frequência, por que não fazer uma visita a ele na casa dele, ou chamá-lo pra um passeio num dia de folga pra dar uma foda? Os colegas do trabalho em grupo de faculdade, se eles são tão estudiosos e participam tanto quanto eu, por que não aproveitar o intervalo dos estudos pra uma DP (dupla penetração)? Eu vou merecer mais respeito se eu não transar com aquele(s) rapaz(es)? Eu estou me protegendo de alguma coisa, ou dele(s)? Eu disse e repito: eu não sou ninfomaníaca. E também repito: há várias coisas boas que uma mulher oferecer a um homem além de safadeza. Mas a questão é: por que não oferecer sexo? Veja bem, isso é mesmo uma pergunta. E talvez nem sempre haja a resposta. Hehehehe!

Abaixo o Feminismo e viva a putaria!

Apêndice

Trechos do que eu escrevi em "Quem não é contra o lesbocomunismo é parte dele – parte 2: de onde saíram tantas mulheres contra o feminismo?", 26 de fevereiro

(http://avezdasmulheres.blog.com/2014/02/26/quem-nao-e-contra-o-comunismo-e-parte-dele-parte-2)

Eu defino Feminismo como justificar tudo que uma mulher é e faz, dar todo o suporte a toda a baixeza de espírito dela, dar a ela os direitos que ela tem e os que não tem só por ela ser mulher e defender o que satisfaz ou beneficia às piores mulheres como regra para a sociedade como um todo. (...)

(...) Explicando melhor: ser contra pelo menos parte do Feminismo virou obrigação psiquiátrica para pessoas comuns e agora até estratégica para quem não tem patrimônio moral; defender o Feminismo na íntegra é coisa de lésbicas insensatas, sindicalistas e homens frouxos esquizofrênicos.

(...) Uma mulher deve muito aos homens, principalmente aos homens que prestam, inclusive a oportunidade de fazer feminismo no mundo desenvolvido. Se uma mulher não está interessada em fazer mais pela sociedade, principalmente os homens que prestam, do que a sociedade faz por ela, ou, no pior dos casos, recebe mais da sociedade ou dos homens bons do que dá a eles sem ter vergonha, humildade ou gratidão, ela deve ser classificada como feminista.

Trechos do que eu escrevi em "Minha vida sexual não me desqualifica", em 27 de agosto de 2009

(http://avezdasmulheres.blog.com/2012/09/12/minha-vida-sexual-nao-me-desqualifica)

Eu nunca fui prostituta, eu transo com vários por prazer mesmo, e isso não me desqualifica. O que desqualifica uma mulher é ela se separar metendo a mão no patrimônio do marido e ainda jogar os filhos contra o pai ganhando pensão dele.

Eu já desvirginei rapazes que tinham namorada que amarrava sexo até o casamento, e isso não me desqualifica. O que desqualifica uma mulher é ela engravidar pra prender um homem ou ganhar pensão.

(...) Eu tenho vários amigos homens que transam comigo e todos eles gostam de mim pelo que eu sou e pelo sexo, e isso não me desqualifica. O que desqualifica uma mulher é ela ter um marido que só está com ela por causa dos filhos.

(...) Dizem que eu sou muito bonita e atraente, mas eu não dou uma de gostosona quando um gatinho chega junto, e se eu vir que vale a pena eu dou pra ele sem frescura, e isso não me desqualifica. O que desqualifica uma mulher é ela achar que ser mulher bonita e ter um corpo bonito dá o direito de ela ter o defeito que quiser.

(...) Eu vejo muita coisa boa e produtiva na internet, e também estou num grupo de foto de homem pelado, e isso não me desqualifica. O que desqualifica uma mulher é ela cuidar muito do cabelo e pouco do que tem na cabeça.

(...) Eu perdi minha virgindade aos 14 anos com dois rapazes, e isso não me desqualifica. O que desqualifica uma mulher é ela achar que o valor e o caráter de uma mulher têm a ver com ela gostar de sexo.

Trechos do que eu escrevi em "O antifeminismo será comandado pelas mulheres? - parte 2: minha previsão do futuro do antifeminismo", 06 de dezembro de 2012

(http://avezdasmulheres.blog.com/2012/12/06/antifeminismo-comandado-pelas-mulheres-parte-2)

Eu descobri as pérolas da parte 1 de um ano pra cá. Aí eu fiquei meio chateada porque até uns dois anos atrás, eu era quase a única mulher que denunciava o feminismo e a canalhice feminina em geral, e tinha isso como diretriz de um trabalho na internet. Fora isso, era só uma mulher ou outra com talvez um ou outro texto sobre algum ponto específico. Quando eu comecei o trabalho em 2006, eu fiz isso apenas por amor à ética e ódio à imaturidade das mulheres em geral. Vi algumas coisinhas erradas, achei que isso devia ser mais discutido e eu mesma decidi colocar certas coisas às claras. Mas o que me deixou chateada não foi perder o monopólio da defesa do caráter, da maturidade, do ateísmo, da anarquia e da putaria por uma mulher. Foi que em primeiro lugar a coisa era pior do que eu pensava no começo, em segundo lugar algumas mulheres de medianas para cima que não fariam (e não fizeram) o que eu fiz em 2006 acharam que a coisa estava feia demais para continuarem não dando a cara a tapa.

(...) E por que as mulheres podem ser as principais responsáveis por parar (embora não destruir) o feminismo? Por um lado, pelo lado bom do feminismo (para as mulheres medíocres): o feminismo busca poder para as mulheres apenas por serem mulheres. O masculinismo é um movimento reativo, que luta para que os homens não sejam prejudicados só por serem homens. Pelo outro lado, pelo lado mau do feminismo (para todos): o destaque social de cada vez mais mulheres medíocres ou de mau caráter vai destruir os homens, prejudicar a coletividade como um todo e colocar as mulheres umas contra as outras. Teremos mulheres passando dificuldade financeira porque o marido foi destruído financeiramente pela ex-mulher que está ganhando pensão, e lutando contra a pensão alimentícia. Teremos mulheres contra o aborto. Teremos mulheres lutando contra a discriminação de outras mulheres no mercado de trabalho.

Mas toda esta luta não vai ser movida por princípios éticos elevados ou amor ao próximo, pelo menos não necessariamente. (...) As mulheres numa fase avançada do feminismo vão ser vítimas da máquina feminista, das leis feministas, de si mesmas ou umas das outras. Ou, com um pouco mais de juízo, podem se antecipar a isto e fazerem as suas mudanças pessoais e tentar melhorar um pouco o mundo. Num futuro próximo, podemos ter a maioria dos homens ouvindo falar de antifeminismo ou de direitos dos homens pela primeira vez através de uma mulher. Algumas mulheres antifeministas podem agir por motivos um pouco mais nobres que egoísmo contrariado ou até mesmo por arcaísmos como religião e valorização da família e da moral vitoriana. Mas talvez elas comecem a agir antes que os homens percebam o que está acontecendo - talvez eles estejam começando a ser exterminados ou abortados em massa até lá.

sábado, 6 de setembro de 2014

Mulheres Contra o Feminismo e o Feminismo contra elas - parte 2: por que isso NÃO é bom para os antifeministas

Abigail Pereira Aranha

Por que uma mulher ser contra o Feminismo é uma questão de inteligência e grandeza de caráter

Na verdade, o título devia ter Ginocentrismo no lugar de Feminismo. O Ginocentrismo é o favorecimento às mulheres apenas por elas serem mulheres. O Feminismo é só o Ginocentrismo organizado e formalizado. Mas como o Ginocentrismo é uma ideia difusa nas sociedades, com aparente exceção dos países islâmicos (uma em cada cinco mulheres do mundo educar os filhos numa religião misógina é muito suspeito), e como o Feminismo é algo visível hoje, vamos a ele para ver melhor essa questão.

Uma mulher ser contra o Ginocentrismo ou o Feminismo é, em essência, como um negro ser contra o Movimento Negro e suas vitórias ou um homossexual ser contra o Movimento LGBT e suas vitórias. Se você anda com povo de verdade, conhece negros que conseguiram diplomas universitários ou destaque profissional estudando e trabalhando como todo mundo. Você já ouviu algum deles dizer que passou por isso ou aquilo porque era negro? Como no Brasil quem conseguiu a abolição da escravatura foi um grupo de brancos conservadores, vamos aos Estados Unidos: nem todo o país era racista, nem todos os brancos desprezavam os negros e o povo negro brigou onde existiram problemas de verdade. Então, os direitos que eles não tinham eles ganharam de verdade. Se você anda com povo de verdade, também conhece gays que são tratados normalmente pelo menos pela maioria das pessoas. E esses gays podem até se assumir (há uns 30 anos atrás era bem mais difícil), mas eles não promovem a homossexualidade como melhor que a heterossexualidade. E quando falam mal de heterossexuais, só falam dos hipócritas com um caminhão de defeitos, que outros heterossexuais também condenam. Os negros do povo brasileiro que querem ser alguém na vida e merecer respeito não pedem e não querem cotas raciais para entrar na universidade ou numa grande empresa, querem entrar como todo mundo. Os negros do Brasil ou dos Estados Unidos que conseguem algum sucesso na vida podem ter desafetos brancos, mas não são inimigos dos brancos nem os brancos deles. Quando esses negros vieram de famílias pobres, também não são inimigos dos ricos nem os ricos deles (aliás, a regra geral é eles serem gratos a algum branco rico). Os movimentos socialistas como o Movimento Negro, o Movimento LGBT ou o Feminismo vivem de se exibir fingindo demanda para a própria existência usando, na melhor das hipóteses, problemas reais exagerados, arrebanhando algumas pessoas inteligentes de bom coração, mas na maioria gente medíocre e parasitas profissionais. Então, os negros honrados ficam longe do Movimento Negro, pelo menos como ele é hoje, porque esse movimento passa longe da vida real dos negros do povo. Do mesmo jeito, os gays honrados (nem tanto as lésbicas ou transexuais) ficam longe do Movimento LGBT, pelo menos como ele é hoje, porque esse movimento passa longe da vida real dos gays do povo.

Mas uma mulher ser contra o Ginocentrismo ou o Feminismo por princípio (não é o caso de muitas mulheres contra o Feminismo, depois eu explico por que) é isso com um pouco mais de complicação. Primeiro porque se a nossa sociedade é recheada de Ginocentrismo e não conhecemos alguma que não seja, é difícil percebê-lo, condená-lo e agir contra ele mesmo para as mais infelizes das vítimas. Quem leu o livro "Sexo Privilegiado" viu que o Martin Van Creveld começa dizendo que tentou provar, como historiador de verdade, aquela lenda feminista de que o mundo começou dominado pelas mulheres e os homens criaram o patriarcado, e estava quase ficando maluco até SUPOR que não achava a resposta porque estava fazendo a pergunta errada. Segundo, porque estamos mergulhados também na propaganda socialista-feminista. Nem na escravatura os negros na América eram submetidos a uma lavagem cerebral antiafricana razoavelmente eficiente, por isso escravos fugiam para fazer um quilombo (uma espécie de aldeia), adoravam divindades africanas disfarçadamente e até algumas escravas grávidas abortavam para não dar escravos para os seus senhores. Terceiro, porque a mulher é a maior beneficiária do Ginocentrismo e da sociedade, tanto por ser menos exigida quanto por ser mais beneficiada relativamente. Se uma mulher é agredida pelo marido e há quem diga que ela deve ter merecido, e sempre houve um número considerável de homens contra isso pelo menos nos países cristãos, um homem agredido por uma mulher é objeto de riso até hoje e pouquíssimas pessoas se incomodam. Um homem receberia pelo menos desprezo público se fosse sustentado por uma mulher e a tratasse como uma esposa típica trata o marido, depois de sua família fazer a ela o que um pai típico do começo do século XX fazia com rapazes que se aproximavam das filhas. E quarto, porque a mulher que sequer ofereça aos homens algo muito acima do que as mulheres em geral oferecem já recebe um mau olhar de mulheres e até de alguns homens. Pode não ser regra geral, mas uma mulher do Ocidente desenvolvido de hoje pode ser agredida por uma lésbica medíocre só por ter sido simpática com um homem.

Pessoal, eu gostaria de dizer que a mulher contra o Ginocentrismo é como o negro contra as cotas sócio-raciais, mas eu acho impraticável. Por quê? Se uma mulher fizer coisas boas para os homens bons, contribuir para a sociedade ou for só simpática com os homens que prestam, ela vai ser mais querida que as outras mulheres e vai ser mais favorecida do que um homem como ela. Eu mesma já quase chorei, de espanto e de gratidão, porque um homem estranho me agradeceu por ter puxado conversa com ele num ônibus, porque um cliente de uma empresa onde eu trabalhava me achou simpática e me chamou pra almoçar em restaurante, porque eu passei três dias seguidos sem mexer na minha carteira (e nem sou casada) porque amigos me pagavam almoço e me davam carona. E para alguns eu até brinquei de oferecer pelo menos um boquete e eles recusaram! Isso tirando coisas que eu fiz de verdade, como ajudar amigo desempregado a conseguir emprego, ouvir amigo a sós (não teve sexo, juro), conversar com amigo por SMS ou mensagens no Facebook quando ele estava com problemas. O que uma mulher contra o Ginocentrismo pode e deve fazer é ser grata aos homens bons, ser inteligente, ser sensata, ter caráter, edificar as pessoas em torno dela, levar alegria aos homens honestos sempre que puder e, sexualmente, não tratar o desinteresse sexual ou o horror a sexo como valor para os homens ou para ela mesma.

Toda mulher é representada pelo Feminismo até que prove o contrário

As mulheres não devem nada ao Feminismo, isso eu disse e continuo dizendo. As mulheres devem o Feminismo aos seus direitos no Ocidente desenvolvido, e não vice-versa. Eu disse isso em março de 2013 e continuo dizendo. Mas todas as mulheres da mediocridade para baixo são representadas pelo Feminismo, porque o Feminismo é, no mínimo do que as próprias feministas dizem, uma união de mulheres. Se uma mulher que nós conhecemos pessoalmente é sexofóbica, irritadiça, autoritária em casa, interesseira, antiética, estúpida, é isso que um movimento de milhares de mulheres como ela vai ser. Em natureza, porque em intensidade vai ser pior do que a soma dos piores dos indivíduos. Não vimos isso acontecer com o Movimento de Direitos dos Homens e dos Meninos porque os militantes estão ocupados em problemas de verdade, ocupados em quebrar a censura contra a própria menção a esses problemas, são gente honesta querendo ajudar gente honesta e não têm tanto dinheiro alheio quanto qualquer grupo médio de vagabundos de extrema-esquerda. E pela própria identificação dos dois movimentos, o movimento dos homens é de direitos como gênero e o das mulheres é de afirmação como gênero. No máximo, tivemos, para as mulheres, nomes menos genéricos para movimentos específicos, como Suffragettes para defender o voto.

Falando em identificação, em um estado brasileiro, a Paraíba, a Polícia Civil tem a Delegacia Especializada Contra Crimes Homofóbicos, um deputado (branco) propõs a criação de uma Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância e tem a Delegacia da Mulher. No governo federal do Brasil, a Presidência da República tem a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a Coordenação Geral de Promoção dos Direitos de LGBT na Secretaria de Direitos Humanos e a SS-PM, Secretaria de Políticas para as Mulheres. Perceberam o ato falho? As estruturas políticas e judiciárias para atender negros e homossexuais são para crimes e problemas, as estruturas para atender mulheres são para pessoas. Isso ajuda a explicar por que mulheres fazem homens serem condenados por crimes que não cometeram e às vezes nem foi provado que existiram, mas não vemos falsas denúncias de racismo ou de homofobia saindo do nada. Isso foi uma luz que me veio enquanto escrevia (tá bom, a Paraíba tem uma Delegacia do Idoso).

Agora chego ao ponto que eu prometi na parte 1. Vamos voltar ao texto "Mulheres contra o feminismo", da Lola Aronovich:

Ao mesmo tempo, é muito pouca gente que realmente se opõe ao feminismo. (...) Mas há mais gente que se assume feminista do que gente que se assume anti-feminista.

(...) E as anti-feministas também detestam com todas as forças a ideia do aborto. Para elas, foram as feministas que inventaram o aborto, que obviamente não existia antes da década de 60, e que hoje é realizado apenas por feministas (o perfil das mulheres que abortam no Brasil -- casada, com filhos, religiosa -- não parece ser o estereótipo da feminista; nos EUA, seis em cada dez mulheres que abortam já são mães, mas claro que devem ser todas mães feministas).

Mesmo que as mulheres como grupo não devam nada ao Feminismo, as mulheres medíocres ou abaixo da mediocridade ganharam vantagens, privilégios e até impunidades por causa do Feminismo. Primeiro um grupo de lésbicas de baixo nível intelectual e mental conseguiu espaço no meio acadêmico e no meio político, algumas delas viveram de dinheiro de fonte obscura em troca de um ativismo daninho e uma produção intelectual e cultural doente. Depois, foram milhões de mulheres não-militantes que foram beneficiadas, mas não em direitos. Essas mulheres puderam parasitar ex-maridos em pensões alimentícias usando um Judiciário tendencioso, mesmo só encontrando homens pela frente. Puderam construir carreiras profissionais com menos esforço e mérito (preferências para mulheres em algumas empresas, maioria de mulheres na universidade), porque uma empresa é mais moderna quanto mais mulheres tiver. Puderam ser esposas passando menos tempo cuidando dos próprios filhos e da casa, porque mulher que não trabalha fora de casa é coisa de gerações passadas. Mas não é só isso. Quando agressão contra mulher foi legalmente menos grave que agressão contra homem na América ou na Europa? Quando e onde o estupro foi permitido por lei no Ocidente? Quando uma mulher na América ou na Europa teve o mesmo trabalho braçal do homem por um salário menor para a mesma produtividade, e qual foi esse trabalho? Isso nos leva ao Ginocentrismo dentro do que os feministas chamam de machismo / patriarcado: o Ocidente cristão nunca teve como tradição cultural maltratar mulheres, e livrou quase todas as mulheres de privações que os homens deviam ver como sinal de ser homem adulto e de sofrimentos que até hoje mal se menciona quando acontecem aos homens. Do contrário, as primeiras lesbonazistas seriam esquartejadas com os pedaços espalhados em lugares públicos, como aconteceu no Brasil com Tiradentes por pregar revolta contra Portugal. Lembram-se do caso de José com a mulher de Potifar?

Voltando ao parágrafo sobre o aborto, se a mulher é católica e faz aborto, isso mostra como a própria igreja cristã ficou mais relapsa, em parte por causa do socialismo. Se o pai do feto é o marido, a mulher já não acredita na vida começando na concepção (já em Gênesis 25: 22, dois irmãos gêmeos saem no soco na barriga da mamãe mesmo). E se não é, ainda tem o sexo fora do casamento. Há 50 anos atrás, evangélicos eram excluídos da igreja por muito menos. Quanto ao aborto, o mínimo que nós temos é uma mulher que não pensou em não ser mãe na hora que engravidou. Gente, eu sou ateia, sou contra o aborto, nunca engravidei, nunca peguei doença, porque eu não dou bobeira. E eu nunca fui casada, mas já transei com homens que ainda eram, hua, hua, hua, hua, hua! Então, o próprio Feminismo é fruto do Ginocentrismo já existente e toda mulher com mediocridade e passado podre a esconder é beneficiária do Feminismo e do machismo / patriarcado, mesmo não sendo militante formal. Na década de 90 (Terceira Onda), a mulher ainda podia aproveitar o melhor do Feminismo e o melhor do machismo. Foi o melhor dos mundos para as mulheres medianas. E aí entram as mulheres contra o Feminismo de hoje.

Ops! Antes de prosseguir, tenho que falar sobre a mulher "não-feminista"

Devo esclarecer uma coisa importante que pode ficar mal entendida. Quando eu disse que uma mulher é representada pelo Feminismo, não disse que uma mulher típica é simbolizada pela lésbica psicopata mal encarada que é a típica militante. O Feminismo é pior do que a falta de padrões morais, estéticos, intelectuais e comportamentais para as mulheres: é tornar elas próprias o padrão para si mesmas e toda a sociedade. Quando uma feminista rápida para organizar um protesto contra um comercial ou uma declaração "machista" se pronuncia a contragosto depois que um escândalo da militância vem a público, ela não está sendo nem mesmo hipócrita, está sendo feminista nesse sentido. Então, a mulher que tente não se parecer com aquele tipo de feminista ainda é feminista ou pelo menos pró-Ginocentrismo se impuser um "jeito de ser" acima de críticas ou se, quando errada ou sem argumentos, usar um teatro de feminilidade para se impor ou se defender (ou se, nessas mesmas situações, cair a máscara). Esse tipo de mulher pode parecer simpática, mas como se fosse uma concessão dela. Não é aquela simpatia prestativa que não é difícil receber de homens pobres, é uma simpatia que oferece pouco até para os melhores amigos e parece mais tentar receber do que se preparar para oferecer. E para um homem com alguma auto-estima como homem, não demora muito para que essa simpatia se mostre como uma ameaça, não algo para ser desfrutado, mas que ameaça ser perdido se ele disser ou fizer isso ou aquilo, principalmente ver a amiga "como mulher".

Por que Mulheres contra o Feminismo são um mau sinal 1: é só a sociedade ocidental desmoronando

O que a professora feminazista destacou bem, e que eu observava antes de começar nos blogues, é que a grande maioria das mulheres antifeministas são conservadoras. E eu já comecei a escrever no A Vez das Mulheres de Verdade e no A Vez dos Homens que Prestam pensando que isso dá uma falsa compreensão de que ou você é uma vadia feminazista medonha ou você é uma mulher sexofóbica beata que pelo menos parece normal. Mas ainda há outro problema pior: parece que a mulher ou defende a sociedade feminista ou defende a sociedade tradicional. Eu comecei a me manifestar justamente para contribuir com a minha imaginação e a minha pregação de ateísmo, anarquia e libertinagem, hehehehe.

Mas por que as antifeministas costumam ser cristãs conservadoras? Só falta de imaginação e de libertação do machismo? Ou o patriarcado tinha coisa boa também? Toda aquela dissertação lá atrás foi pra mostrar isso: a sociedade na qual o Feminismo se criou mas que ele quer destruir tinha e ainda tem coisas boas para todos, mas o patriarcado ginocêntrico dava ainda mais para as mulheres medíocres e as de mau caráter.

Será que uma mulher contra o Feminismo deixaria de estudar ou de ler? Ora, deveria por ser tradicional? Uma mulher contra o Feminismo deixaria de trabalhar fora de casa se pudesse (deixar de trabalhar)? Talvez. Mas mesmo que uma sociedade onde as mulheres casadas não trabalham, porque sustentadas pelos maridos, seja antifeminista, não seria antiginocêntrica. Chegamos ao ponto: pelo menos algumas mulheres estão contra o Feminismo exatamente porque ele está destruindo o Ginocentrismo. Mas eu não disse que o Feminismo é Ginocentrismo organizado e formalizado? Sim, e foi exatamente por esse Ginocentrismo não ter sido denunciado que ele conseguiu durar tanto, e é exatamente essa exposição do Ginocentrismo que vai acabar com ele. Rapaz, já imaginou você viajando semanas num navio de carga tenebroso, com risco de afundar ou de ser assaltado por piratas, descarregando sacos de 50 kg na cabeça, fazendo uma economia acontecer e qualquer vaca sem destaque não olhar para você com simpatia porque ela se sente honrada demais para isso? Ou pior: ela se sentir honrada porque não olha para você com simpatia. O Feminismo tem mostrado o que as mulheres em geral são, o da Primeira Onda, mais conservadora, o que elas eram e o conjunto, o que as mulheres em geral de todos os tempos poderiam ter feito e sido se houvesse esse movimento em sua época. Não é que os homens achem que cada mulher dessa geração mais nova é uma bizarrice da Marcha das Vadias. É que cada vez mais homens estão se tornando emasculados feminazistas construindo a própria irrelevância ou uma relevância antimasculina. E os outros estão cada vez mais ameaçados ou indignados pela indústria da pensão alimentícia, pelas falsas denúncias de assédio sexual e estupro, pela perda de postos no mercado de trabalho (não é posto privilegiado só, não, até vaga de mecânico, servente de pedreiro, cobrador de ônibus / autocarro). E em uma empresa comum, os homens ainda podem ouvir piadinhas femistas, como querem as feministas, ou serem repreendidos por chefes só por tentarem conversar com uma colega. Com isso, fica mais difícil os homens amarem as mulheres e levarem nas costas uma sociedade cada vez melhor para as mulheres e pior para eles mesmos.

Mas ainda temos coisa pior.

Por que Mulheres contra o Feminismo são um mau sinal 2: onde estão as mães dessas moças?

Até a década de 2000, mulheres antifeministas eram basicamente vacas anorgásmicas provincianas, falando como analfabetas beirando um linchamento. Esse perfil ajudava o socialismo e o Feminismo fazendo até pessoas de excelente nível intelectual e de caráter associar o ser contra a esquerda a... aquilo. Naquela postagem da Lola Aronovich, alguns comentários dizem que aquelas moças estão ainda com a mentalidade machista / tradicional introjetada. Mas mesmo que seja verdade, e em parte é, isso não significa o que eles dizem, que uma mulher ser contra o Feminismo é como um negro defender a Ku Klux Klan. Na década de 2000, o discurso feminista era ruim, lésbico, mas o discurso conservador era ainda pior, mais atrasado. Com o tempo, os conservadores foram melhorando e os socialistas baixando o nível.

Mas uma pergunta me ocorreu: onde estão as mães das jovens antifeministas? Quando elas tinham a idade das filhas, era começo da década de 90. Dava para notar alguma coisa diferente? E quando elas ouviram falar do tal Feminismo pela primeira vez? O que elas pensaram? Elas eram universitárias na época? Se eram, viram as feministas na universidade? O que elas achavam das senhoritas (não do movimento em si)? Mas estou fazendo essas perguntas pensando em dois pontos.

1) O que as mães das Mulheres Contra o Feminismo eram quando tinham a idade das filhas?

1a) Se elas eram feministas, por que eram? Elas acreditavam que o Feminismo conseguiu mesmo tudo aquilo? Ou eram militantes como as lésbicas parasitas de hoje?

1b) Se elas eram antifeministas, por que eram? Elas acreditavam que o Feminismo defendia a fornicação, como algumas mulheres antifeministas dizem até hoje? Elas associavam o Feminismo ao aborto e ao lesbianismo? Elas viam algum outro problema?

1c) Se elas eram indiferentes, mas conheciam algo sobre o movimento, por que eram? Achavam o movimento inútil? Elas comiam dos frutos que eram e os que elas achavam que eram do Feminismo sem se envolver?

2) Qual a posição das mães das Mulheres Contra o Feminismo hoje?

2a) Se elas são feministas, por que são? Eram na década de 90? Não eram e se tornaram depois? Já discutiram com as filhas sobre isso? Com quais argumentos?

2b) Se elas são antifeministas, estão dando apoio para as filhas, mas sem aparecer porque acham que não podem contribuir tanto? Elas eram feministas na década de 90? Se eram militantes, por que saíram do movimento?

2c) Se elas são indiferentes, por que são?

Todas essas perguntas podem levar a algumas conclusões possíveis sobre mulheres que acompanharam os últimos 20 ou 30 anos de Feminismo: 1) nunca se interessaram no assunto, mas usufruíam do melhor do patriarcado e do melhor do Feminismo; 2) elas participaram do que aconteceu e não se envergonham, talvez só se preocupem em esconder o passado; 3) elas pensavam mal do movimento, mas achavam que bastava não se parecer com os pseudomachos e estaria tudo bem; 4) elas continuam sem entender nada, talvez insistindo na pregação provinciana-orgasmofóbica contra as feministas.

Por que Mulheres contra o Feminismo são um mau sinal 3: as mulheres estão representadas politicamente por mulheres misândricas segundo... as próprias representantes

Aconteceu em 2012, o amigo Christoffer Yuri reproduziu no Feminismo Diabólico: a vereadora Eliza Virgínia, de João Pessoa (PB) disse que "algumas mulheres que fazem parte de secretarias [de mulheres], não todas, elas não gostam de homem. É como se o homem fosse o grande problema da humanidade e não é assim. Muitas feministas têm uma certa resistência a homens. E só pelo fato de ser homem já tem uma predisposição a não prestar". A matéria no portal MaisPB (http://www.maispb.com.br/artigo.php?id_artigo=20121206165320) mostra duas notícias relacionadas. Uma com a resposta de uma ex-secretária de Políticas Públicas para as Mulheres de João Pessoa, Nézia Gomes: "Vereadora, nós não somos frustradas, ao contrário. Olhar para o mundo hoje e ver mais mulheres entrando nas universidades, em todo mercado de trabalho". A outra com a resposta da Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana (SS-EMDH) da Paraíba: "A Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana (...) espera a retratação pública da vereadora Eliza Virgínia sobre o trabalho de gestoras/es e profissionais de diversas áreas que, com seriedade, atuam para elevar a cidadania das mulheres". Essas são da partes mais relacionadas com o que a adversária falou. A nota da SS-EMDH é a mais legal: as profissionais sérias do órgão são todas, só as que odeiam homem ou são todas e todas odeiam homem?

Esse é só um caso, qualquer mulher que não concorde em tudo com o que as feminazistas dizem já viu. A mesma "womyn" que considera qualquer homem que mata uma mulher como representante de todos os homens diz que criticar uma mulher que faça ou pense algo condenável é difamar todas as mulheres. Essa mesma "womyn" também acredita que mostrar que um certo homem está longe de ser um espancador de mulheres é negar que existem homens que espancam mulheres, mas nega que algumas feministas pregam ódio e até genocídio contra homens mostrando alguma outra feminista que é gente boa e heterossexual. Nenhum grupo masculinista ou da Real permite misoginia ou apologia a violência contra a mulher, e até as feministas sabem disso. Mas nenhuma mulher que fez declarações misândricas em fóruns ou grupos feministas foi sequer advertida por outra feminista. E se você flagrar e denunciar um caso desses, é VOCÊ que as feministas querem denunciar até para a Justiça. Afinal, no Feminismo, matar homem é questão de opinião.

Por que Mulheres contra o Feminismo são um mau sinal 4: a ditadura do proletariado sem os proletários e o Feminismo sem as mulheres

Perceberam que além de serem na maioria cristãs tradicionais, as mulheres contra o Feminismo são universitárias, trabalhadoras de verdade, classe média ou alta e... simpáticas? Se algum feminista disser que elas são de classe privilegiada e estão se sentindo ameaçadas... ele está certo. Como uma classe com tendência a ser bem informada, bem colocada no mercado de trabalho e com mais facilidade para arranjar marido, essas moças podem ser as primeiras, como classe, a perceber que algo vai mal para as mulheres não-feministas e a tentar se manifestar. Eu disse lá atrás que sou ateia e anarquista. Ah, e sou contra a família e contra a castidade também. Mas parece que um grande argumento feminista é que a mulher ganha porque o homem perde e a sociedade ganha porque os ricos perdem, os católicos perdem, os brancos perdem, os direitistas perdem.

Eu estava mostrando o Feminismo como um movimento das piores mulheres para atender as mulheres da mediocridade para baixo. Por que a parte 1 foi sobre aquele texto? Para mostrar uma mulher feminista depreciando mulheres contra o Feminismo. E só nos comentários, duas mulheres contrárias se manifestando. Isso pode ser sinal de que o movimento feminista está começando a descartar as próprias mulheres. O povo de verdade já está começando a reagir, mesmo que pelo menos por enquanto seja basicamente só parte da classe média.

O Feminismo pode estar começando o caminho do começo das ditaduras socialistas: começar em nome do povo e logo se tornar uma nomenklatura esmagando o povo. E a nossa sorte é que a internet foi popularizada antes que a esquerda tomasse o poder no Brasil ou nos Estados Unidos, assim ainda podemos fazer uma oposição e ainda ter um alcance pelo menos razoável. Mas mesmo assim, o movimento feminista tem vida própria. A citada Lola Aronovich provavelmente nem trabalha de verdade como professora. Vamos ver o volume que ela posta no blogue dela num único dia: nem blogues de jornalistas que vivem de jornalismo têm tanto. Quantas militantes feministas você conhece (de longe)? As próprias feminazistas não dizem que são poucas mulheres com cargos políticos? Aliás, quantas vezes você viu alguma coisa relacionada a Feminismo entrar em conversas cotidianas no último ano? Mas vai dizer que é antifeminista pra ver de onde aparecem feministas.

O que vamos fazer em relação ao Feminismo e às Mulheres Contra o Feminismo? Continuar resistindo e fazendo o nosso trabalho. E não vamos tratar as Mulheres Contra o Feminismo com indiferença nem com desprezo, mas não vamos comemorar muito. O Feminismo cair sob o próprio peso ou ser rejeitado por gente normal não significa muita coisa além do que ele mesmo é por si. O Feminismo só não ficou no anonimato (com sorte) porque tem dinheiro e um projeto sócio-político por trás. E vamos ficar de olho nas moças antifeministas e nas feministas também. Pode acontecer em breve uma Quarta Onda do Feminismo incluindo direitos dos homens, como se os masculinistas estivessem da década de 90 até lá querendo a legalização do estupro. Vamos denunciar o Ginocentrismo. Vamos fortalecer a autoestima e o companheirismo dos homens. E vamos cobrar das meninas mais libertinagem, porque daqui a pouco eu não vou dar conta de combater o Ginocentrismo e defender a prostituição sozinha, hehehehe.

Apêndice

Trechos do que eu escrevi em "Quem não é contra o lesbocomunismo é parte dele – parte 2: de onde saíram tantas mulheres contra o feminismo?", 26 de fevereiro

(http://avezdasmulheres.blog.com/2014/02/26/quem-nao-e-contra-o-comunismo-e-parte-dele-parte-2)

Eu defino Feminismo como justificar tudo que uma mulher é e faz, dar todo o suporte a toda a baixeza de espírito dela, dar a ela os direitos que ela tem e os que não tem só por ela ser mulher e defender o que satisfaz ou beneficia às piores mulheres como regra para a sociedade como um todo. (...)

(...) Explicando melhor: ser contra pelo menos parte do Feminismo virou obrigação psiquiátrica para pessoas comuns e agora até estratégica para quem não tem patrimônio moral; defender o Feminismo na íntegra é coisa de lésbicas insensatas, sindicalistas e homens frouxos esquizofrênicos.

(...) Uma mulher deve muito aos homens, principalmente aos homens que prestam, inclusive a oportunidade de fazer feminismo no mundo desenvolvido. Se uma mulher não está interessada em fazer mais pela sociedade, principalmente os homens que prestam, do que a sociedade faz por ela, ou, no pior dos casos, recebe mais da sociedade ou dos homens bons do que dá a eles sem ter vergonha, humildade ou gratidão, ela deve ser classificada como feminista.

Trechos do que eu escrevi em "Minha vida sexual não me desqualifica", em 27 de agosto de 2009

(http://avezdasmulheres.blog.com/2012/09/12/minha-vida-sexual-nao-me-desqualifica)

Eu nunca fui prostituta, eu transo com vários por prazer mesmo, e isso não me desqualifica. O que desqualifica uma mulher é ela se separar metendo a mão no patrimônio do marido e ainda jogar os filhos contra o pai ganhando pensão dele.

Eu já desvirginei rapazes que tinham namorada que amarrava sexo até o casamento, e isso não me desqualifica. O que desqualifica uma mulher é ela engravidar pra prender um homem ou ganhar pensão.

(...) Eu tenho vários amigos homens que transam comigo e todos eles gostam de mim pelo que eu sou e pelo sexo, e isso não me desqualifica. O que desqualifica uma mulher é ela ter um marido que só está com ela por causa dos filhos.

(...) Dizem que eu sou muito bonita e atraente, mas eu não dou uma de gostosona quando um gatinho chega junto, e se eu vir que vale a pena eu dou pra ele sem frescura, e isso não me desqualifica. O que desqualifica uma mulher é ela achar que ser mulher bonita e ter um corpo bonito dá o direito de ela ter o defeito que quiser.

(...) Eu vejo muita coisa boa e produtiva na internet, e também estou num grupo de foto de homem pelado, e isso não me desqualifica. O que desqualifica uma mulher é ela cuidar muito do cabelo e pouco do que tem na cabeça.

(...) Eu perdi minha virgindade aos 14 anos com dois rapazes, e isso não me desqualifica. O que desqualifica uma mulher é ela achar que o valor e o caráter de uma mulher têm a ver com ela gostar de sexo.

Trechos do que eu escrevi em "O antifeminismo será comandado pelas mulheres? - parte 2: minha previsão do futuro do antifeminismo", 06 de dezembro de 2012

(http://avezdasmulheres.blog.com/2012/12/06/antifeminismo-comandado-pelas-mulheres-parte-2)

Eu descobri as pérolas da parte 1 de um ano pra cá. Aí eu fiquei meio chateada porque até uns dois anos atrás, eu era quase a única mulher que denunciava o feminismo e a canalhice feminina em geral, e tinha isso como diretriz de um trabalho na internet. Fora isso, era só uma mulher ou outra com talvez um ou outro texto sobre algum ponto específico. Quando eu comecei o trabalho em 2006, eu fiz isso apenas por amor à ética e ódio à imaturidade das mulheres em geral. Vi algumas coisinhas erradas, achei que isso devia ser mais discutido e eu mesma decidi colocar certas coisas às claras. Mas o que me deixou chateada não foi perder o monopólio da defesa do caráter, da maturidade, do ateísmo, da anarquia e da putaria por uma mulher. Foi que em primeiro lugar a coisa era pior do que eu pensava no começo, em segundo lugar algumas mulheres de medianas para cima que não fariam (e não fizeram) o que eu fiz em 2006 acharam que a coisa estava feia demais para continuarem não dando a cara a tapa.

(...) E por que as mulheres podem ser as principais responsáveis por parar (embora não destruir) o feminismo? Por um lado, pelo lado bom do feminismo (para as mulheres medíocres): o feminismo busca poder para as mulheres apenas por serem mulheres. O masculinismo é um movimento reativo, que luta para que os homens não sejam prejudicados só por serem homens. Pelo outro lado, pelo lado mau do feminismo (para todos): o destaque social de cada vez mais mulheres medíocres ou de mau caráter vai destruir os homens, prejudicar a coletividade como um todo e colocar as mulheres umas contra as outras. Teremos mulheres passando dificuldade financeira porque o marido foi destruído financeiramente pela ex-mulher que está ganhando pensão, e lutando contra a pensão alimentícia. Teremos mulheres contra o aborto. Teremos mulheres lutando contra a discriminação de outras mulheres no mercado de trabalho.

Mas toda esta luta não vai ser movida por princípios éticos elevados ou amor ao próximo, pelo menos não necessariamente. (...) As mulheres numa fase avançada do feminismo vão ser vítimas da máquina feminista, das leis feministas, de si mesmas ou umas das outras. Ou, com um pouco mais de juízo, podem se antecipar a isto e fazerem as suas mudanças pessoais e tentar melhorar um pouco o mundo. Num futuro próximo, podemos ter a maioria dos homens ouvindo falar de antifeminismo ou de direitos dos homens pela primeira vez através de uma mulher. Algumas mulheres antifeministas podem agir por motivos um pouco mais nobres que egoísmo contrariado ou até mesmo por arcaísmos como religião e valorização da família e da moral vitoriana. Mas talvez elas comecem a agir antes que os homens percebam o que está acontecendo - talvez eles estejam começando a ser exterminados ou abortados em massa até lá.

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