Por que uma mulher ser contra o Feminismo é uma questão de inteligência e grandeza de caráter
Na verdade, o título devia ter Ginocentrismo no lugar de Feminismo. O Ginocentrismo é o favorecimento às mulheres apenas por elas serem mulheres. O Feminismo é só o Ginocentrismo organizado e formalizado. Mas como o Ginocentrismo é uma ideia difusa nas sociedades, com aparente exceção dos países islâmicos (uma em cada cinco mulheres do mundo educar os filhos numa religião misógina é muito suspeito), e como o Feminismo é algo visível hoje, vamos a ele para ver melhor essa questão.
Uma mulher ser contra o Ginocentrismo ou o Feminismo é, em essência, como um negro ser contra o Movimento Negro e suas vitórias ou um homossexual ser contra o Movimento LGBT e suas vitórias. Se você anda com povo de verdade, conhece negros que conseguiram diplomas universitários ou destaque profissional estudando e trabalhando como todo mundo. Você já ouviu algum deles dizer que passou por isso ou aquilo porque era negro? Como no Brasil quem conseguiu a abolição da escravatura foi um grupo de brancos conservadores, vamos aos Estados Unidos: nem todo o país era racista, nem todos os brancos desprezavam os negros e o povo negro brigou onde existiram problemas de verdade. Então, os direitos que eles não tinham eles ganharam de verdade. Se você anda com povo de verdade, também conhece gays que são tratados normalmente pelo menos pela maioria das pessoas. E esses gays podem até se assumir (há uns 30 anos atrás era bem mais difícil), mas eles não promovem a homossexualidade como melhor que a heterossexualidade. E quando falam mal de heterossexuais, só falam dos hipócritas com um caminhão de defeitos, que outros heterossexuais também condenam. Os negros do povo brasileiro que querem ser alguém na vida e merecer respeito não pedem e não querem cotas raciais para entrar na universidade ou numa grande empresa, querem entrar como todo mundo. Os negros do Brasil ou dos Estados Unidos que conseguem algum sucesso na vida podem ter desafetos brancos, mas não são inimigos dos brancos nem os brancos deles. Quando esses negros vieram de famílias pobres, também não são inimigos dos ricos nem os ricos deles (aliás, a regra geral é eles serem gratos a algum branco rico). Os movimentos socialistas como o Movimento Negro, o Movimento LGBT ou o Feminismo vivem de se exibir fingindo demanda para a própria existência usando, na melhor das hipóteses, problemas reais exagerados, arrebanhando algumas pessoas inteligentes de bom coração, mas na maioria gente medíocre e parasitas profissionais. Então, os negros honrados ficam longe do Movimento Negro, pelo menos como ele é hoje, porque esse movimento passa longe da vida real dos negros do povo. Do mesmo jeito, os gays honrados (nem tanto as lésbicas ou transexuais) ficam longe do Movimento LGBT, pelo menos como ele é hoje, porque esse movimento passa longe da vida real dos gays do povo.
Mas uma mulher ser contra o Ginocentrismo ou o Feminismo por princípio (não é o caso de muitas mulheres contra o Feminismo, depois eu explico por que) é isso com um pouco mais de complicação. Primeiro porque se a nossa sociedade é recheada de Ginocentrismo e não conhecemos alguma que não seja, é difícil percebê-lo, condená-lo e agir contra ele mesmo para as mais infelizes das vítimas. Quem leu o livro "Sexo Privilegiado" viu que o Martin Van Creveld começa dizendo que tentou provar, como historiador de verdade, aquela lenda feminista de que o mundo começou dominado pelas mulheres e os homens criaram o patriarcado, e estava quase ficando maluco até SUPOR que não achava a resposta porque estava fazendo a pergunta errada. Segundo, porque estamos mergulhados também na propaganda socialista-feminista. Nem na escravatura os negros na América eram submetidos a uma lavagem cerebral antiafricana razoavelmente eficiente, por isso escravos fugiam para fazer um quilombo (uma espécie de aldeia), adoravam divindades africanas disfarçadamente e até algumas escravas grávidas abortavam para não dar escravos para os seus senhores. Terceiro, porque a mulher é a maior beneficiária do Ginocentrismo e da sociedade, tanto por ser menos exigida quanto por ser mais beneficiada relativamente. Se uma mulher é agredida pelo marido e há quem diga que ela deve ter merecido, e sempre houve um número considerável de homens contra isso pelo menos nos países cristãos, um homem agredido por uma mulher é objeto de riso até hoje e pouquíssimas pessoas se incomodam. Um homem receberia pelo menos desprezo público se fosse sustentado por uma mulher e a tratasse como uma esposa típica trata o marido, depois de sua família fazer a ela o que um pai típico do começo do século XX fazia com rapazes que se aproximavam das filhas. E quarto, porque a mulher que sequer ofereça aos homens algo muito acima do que as mulheres em geral oferecem já recebe um mau olhar de mulheres e até de alguns homens. Pode não ser regra geral, mas uma mulher do Ocidente desenvolvido de hoje pode ser agredida por uma lésbica medíocre só por ter sido simpática com um homem.
Pessoal, eu gostaria de dizer que a mulher contra o Ginocentrismo é como o negro contra as cotas sócio-raciais, mas eu acho impraticável. Por quê? Se uma mulher fizer coisas boas para os homens bons, contribuir para a sociedade ou for só simpática com os homens que prestam, ela vai ser mais querida que as outras mulheres e vai ser mais favorecida do que um homem como ela. Eu mesma já quase chorei, de espanto e de gratidão, porque um homem estranho me agradeceu por ter puxado conversa com ele num ônibus, porque um cliente de uma empresa onde eu trabalhava me achou simpática e me chamou pra almoçar em restaurante, porque eu passei três dias seguidos sem mexer na minha carteira (e nem sou casada) porque amigos me pagavam almoço e me davam carona. E para alguns eu até brinquei de oferecer pelo menos um boquete e eles recusaram! Isso tirando coisas que eu fiz de verdade, como ajudar amigo desempregado a conseguir emprego, ouvir amigo a sós (não teve sexo, juro), conversar com amigo por SMS ou mensagens no Facebook quando ele estava com problemas. O que uma mulher contra o Ginocentrismo pode e deve fazer é ser grata aos homens bons, ser inteligente, ser sensata, ter caráter, edificar as pessoas em torno dela, levar alegria aos homens honestos sempre que puder e, sexualmente, não tratar o desinteresse sexual ou o horror a sexo como valor para os homens ou para ela mesma.
Toda mulher é representada pelo Feminismo até que prove o contrário
As mulheres não devem nada ao Feminismo, isso eu disse e continuo dizendo. As mulheres devem o Feminismo aos seus direitos no Ocidente desenvolvido, e não vice-versa. Eu disse isso em março de 2013 e continuo dizendo. Mas todas as mulheres da mediocridade para baixo são representadas pelo Feminismo, porque o Feminismo é, no mínimo do que as próprias feministas dizem, uma união de mulheres. Se uma mulher que nós conhecemos pessoalmente é sexofóbica, irritadiça, autoritária em casa, interesseira, antiética, estúpida, é isso que um movimento de milhares de mulheres como ela vai ser. Em natureza, porque em intensidade vai ser pior do que a soma dos piores dos indivíduos. Não vimos isso acontecer com o Movimento de Direitos dos Homens e dos Meninos porque os militantes estão ocupados em problemas de verdade, ocupados em quebrar a censura contra a própria menção a esses problemas, são gente honesta querendo ajudar gente honesta e não têm tanto dinheiro alheio quanto qualquer grupo médio de vagabundos de extrema-esquerda. E pela própria identificação dos dois movimentos, o movimento dos homens é de direitos como gênero e o das mulheres é de afirmação como gênero. No máximo, tivemos, para as mulheres, nomes menos genéricos para movimentos específicos, como Suffragettes para defender o voto.
Falando em identificação, em um estado brasileiro, a Paraíba, a Polícia Civil tem a Delegacia Especializada Contra Crimes Homofóbicos, um deputado (branco) propõs a criação de uma Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância e tem a Delegacia da Mulher. No governo federal do Brasil, a Presidência da República tem a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a Coordenação Geral de Promoção dos Direitos de LGBT na Secretaria de Direitos Humanos e a SS-PM, Secretaria de Políticas para as Mulheres. Perceberam o ato falho? As estruturas políticas e judiciárias para atender negros e homossexuais são para crimes e problemas, as estruturas para atender mulheres são para pessoas. Isso ajuda a explicar por que mulheres fazem homens serem condenados por crimes que não cometeram e às vezes nem foi provado que existiram, mas não vemos falsas denúncias de racismo ou de homofobia saindo do nada. Isso foi uma luz que me veio enquanto escrevia (tá bom, a Paraíba tem uma Delegacia do Idoso).
Agora chego ao ponto que eu prometi na parte 1. Vamos voltar ao texto "Mulheres contra o feminismo", da Lola Aronovich:
Ao mesmo tempo, é muito pouca gente que realmente se opõe ao feminismo. (...) Mas há mais gente que se assume feminista do que gente que se assume anti-feminista.
(...) E as anti-feministas também detestam com todas as forças a ideia do aborto. Para elas, foram as feministas que inventaram o aborto, que obviamente não existia antes da década de 60, e que hoje é realizado apenas por feministas (o perfil das mulheres que abortam no Brasil -- casada, com filhos, religiosa -- não parece ser o estereótipo da feminista; nos EUA, seis em cada dez mulheres que abortam já são mães, mas claro que devem ser todas mães feministas).
Mesmo que as mulheres como grupo não devam nada ao Feminismo, as mulheres medíocres ou abaixo da mediocridade ganharam vantagens, privilégios e até impunidades por causa do Feminismo. Primeiro um grupo de lésbicas de baixo nível intelectual e mental conseguiu espaço no meio acadêmico e no meio político, algumas delas viveram de dinheiro de fonte obscura em troca de um ativismo daninho e uma produção intelectual e cultural doente. Depois, foram milhões de mulheres não-militantes que foram beneficiadas, mas não em direitos. Essas mulheres puderam parasitar ex-maridos em pensões alimentícias usando um Judiciário tendencioso, mesmo só encontrando homens pela frente. Puderam construir carreiras profissionais com menos esforço e mérito (preferências para mulheres em algumas empresas, maioria de mulheres na universidade), porque uma empresa é mais moderna quanto mais mulheres tiver. Puderam ser esposas passando menos tempo cuidando dos próprios filhos e da casa, porque mulher que não trabalha fora de casa é coisa de gerações passadas. Mas não é só isso. Quando agressão contra mulher foi legalmente menos grave que agressão contra homem na América ou na Europa? Quando e onde o estupro foi permitido por lei no Ocidente? Quando uma mulher na América ou na Europa teve o mesmo trabalho braçal do homem por um salário menor para a mesma produtividade, e qual foi esse trabalho? Isso nos leva ao Ginocentrismo dentro do que os feministas chamam de machismo / patriarcado: o Ocidente cristão nunca teve como tradição cultural maltratar mulheres, e livrou quase todas as mulheres de privações que os homens deviam ver como sinal de ser homem adulto e de sofrimentos que até hoje mal se menciona quando acontecem aos homens. Do contrário, as primeiras lesbonazistas seriam esquartejadas com os pedaços espalhados em lugares públicos, como aconteceu no Brasil com Tiradentes por pregar revolta contra Portugal. Lembram-se do caso de José com a mulher de Potifar?
Voltando ao parágrafo sobre o aborto, se a mulher é católica e faz aborto, isso mostra como a própria igreja cristã ficou mais relapsa, em parte por causa do socialismo. Se o pai do feto é o marido, a mulher já não acredita na vida começando na concepção (já em Gênesis 25: 22, dois irmãos gêmeos saem no soco na barriga da mamãe mesmo). E se não é, ainda tem o sexo fora do casamento. Há 50 anos atrás, evangélicos eram excluídos da igreja por muito menos. Quanto ao aborto, o mínimo que nós temos é uma mulher que não pensou em não ser mãe na hora que engravidou. Gente, eu sou ateia, sou contra o aborto, nunca engravidei, nunca peguei doença, porque eu não dou bobeira. E eu nunca fui casada, mas já transei com homens que ainda eram, hua, hua, hua, hua, hua! Então, o próprio Feminismo é fruto do Ginocentrismo já existente e toda mulher com mediocridade e passado podre a esconder é beneficiária do Feminismo e do machismo / patriarcado, mesmo não sendo militante formal. Na década de 90 (Terceira Onda), a mulher ainda podia aproveitar o melhor do Feminismo e o melhor do machismo. Foi o melhor dos mundos para as mulheres medianas. E aí entram as mulheres contra o Feminismo de hoje.
Ops! Antes de prosseguir, tenho que falar sobre a mulher "não-feminista"
Devo esclarecer uma coisa importante que pode ficar mal entendida. Quando eu disse que uma mulher é representada pelo Feminismo, não disse que uma mulher típica é simbolizada pela lésbica psicopata mal encarada que é a típica militante. O Feminismo é pior do que a falta de padrões morais, estéticos, intelectuais e comportamentais para as mulheres: é tornar elas próprias o padrão para si mesmas e toda a sociedade. Quando uma feminista rápida para organizar um protesto contra um comercial ou uma declaração "machista" se pronuncia a contragosto depois que um escândalo da militância vem a público, ela não está sendo nem mesmo hipócrita, está sendo feminista nesse sentido. Então, a mulher que tente não se parecer com aquele tipo de feminista ainda é feminista ou pelo menos pró-Ginocentrismo se impuser um "jeito de ser" acima de críticas ou se, quando errada ou sem argumentos, usar um teatro de feminilidade para se impor ou se defender (ou se, nessas mesmas situações, cair a máscara). Esse tipo de mulher pode parecer simpática, mas como se fosse uma concessão dela. Não é aquela simpatia prestativa que não é difícil receber de homens pobres, é uma simpatia que oferece pouco até para os melhores amigos e parece mais tentar receber do que se preparar para oferecer. E para um homem com alguma auto-estima como homem, não demora muito para que essa simpatia se mostre como uma ameaça, não algo para ser desfrutado, mas que ameaça ser perdido se ele disser ou fizer isso ou aquilo, principalmente ver a amiga "como mulher".
Por que Mulheres contra o Feminismo são um mau sinal 1: é só a sociedade ocidental desmoronando
O que a professora feminazista destacou bem, e que eu observava antes de começar nos blogues, é que a grande maioria das mulheres antifeministas são conservadoras. E eu já comecei a escrever no A Vez das Mulheres de Verdade e no A Vez dos Homens que Prestam pensando que isso dá uma falsa compreensão de que ou você é uma vadia feminazista medonha ou você é uma mulher sexofóbica beata que pelo menos parece normal. Mas ainda há outro problema pior: parece que a mulher ou defende a sociedade feminista ou defende a sociedade tradicional. Eu comecei a me manifestar justamente para contribuir com a minha imaginação e a minha pregação de ateísmo, anarquia e libertinagem, hehehehe.
Mas por que as antifeministas costumam ser cristãs conservadoras? Só falta de imaginação e de libertação do machismo? Ou o patriarcado tinha coisa boa também? Toda aquela dissertação lá atrás foi pra mostrar isso: a sociedade na qual o Feminismo se criou mas que ele quer destruir tinha e ainda tem coisas boas para todos, mas o patriarcado ginocêntrico dava ainda mais para as mulheres medíocres e as de mau caráter.
Será que uma mulher contra o Feminismo deixaria de estudar ou de ler? Ora, deveria por ser tradicional? Uma mulher contra o Feminismo deixaria de trabalhar fora de casa se pudesse (deixar de trabalhar)? Talvez. Mas mesmo que uma sociedade onde as mulheres casadas não trabalham, porque sustentadas pelos maridos, seja antifeminista, não seria antiginocêntrica. Chegamos ao ponto: pelo menos algumas mulheres estão contra o Feminismo exatamente porque ele está destruindo o Ginocentrismo. Mas eu não disse que o Feminismo é Ginocentrismo organizado e formalizado? Sim, e foi exatamente por esse Ginocentrismo não ter sido denunciado que ele conseguiu durar tanto, e é exatamente essa exposição do Ginocentrismo que vai acabar com ele. Rapaz, já imaginou você viajando semanas num navio de carga tenebroso, com risco de afundar ou de ser assaltado por piratas, descarregando sacos de 50 kg na cabeça, fazendo uma economia acontecer e qualquer vaca sem destaque não olhar para você com simpatia porque ela se sente honrada demais para isso? Ou pior: ela se sentir honrada porque não olha para você com simpatia. O Feminismo tem mostrado o que as mulheres em geral são, o da Primeira Onda, mais conservadora, o que elas eram e o conjunto, o que as mulheres em geral de todos os tempos poderiam ter feito e sido se houvesse esse movimento em sua época. Não é que os homens achem que cada mulher dessa geração mais nova é uma bizarrice da Marcha das Vadias. É que cada vez mais homens estão se tornando emasculados feminazistas construindo a própria irrelevância ou uma relevância antimasculina. E os outros estão cada vez mais ameaçados ou indignados pela indústria da pensão alimentícia, pelas falsas denúncias de assédio sexual e estupro, pela perda de postos no mercado de trabalho (não é posto privilegiado só, não, até vaga de mecânico, servente de pedreiro, cobrador de ônibus / autocarro). E em uma empresa comum, os homens ainda podem ouvir piadinhas femistas, como querem as feministas, ou serem repreendidos por chefes só por tentarem conversar com uma colega. Com isso, fica mais difícil os homens amarem as mulheres e levarem nas costas uma sociedade cada vez melhor para as mulheres e pior para eles mesmos.
Mas ainda temos coisa pior.
Por que Mulheres contra o Feminismo são um mau sinal 2: onde estão as mães dessas moças?
Até a década de 2000, mulheres antifeministas eram basicamente vacas anorgásmicas provincianas, falando como analfabetas beirando um linchamento. Esse perfil ajudava o socialismo e o Feminismo fazendo até pessoas de excelente nível intelectual e de caráter associar o ser contra a esquerda a... aquilo. Naquela postagem da Lola Aronovich, alguns comentários dizem que aquelas moças estão ainda com a mentalidade machista / tradicional introjetada. Mas mesmo que seja verdade, e em parte é, isso não significa o que eles dizem, que uma mulher ser contra o Feminismo é como um negro defender a Ku Klux Klan. Na década de 2000, o discurso feminista era ruim, lésbico, mas o discurso conservador era ainda pior, mais atrasado. Com o tempo, os conservadores foram melhorando e os socialistas baixando o nível.
Mas uma pergunta me ocorreu: onde estão as mães das jovens antifeministas? Quando elas tinham a idade das filhas, era começo da década de 90. Dava para notar alguma coisa diferente? E quando elas ouviram falar do tal Feminismo pela primeira vez? O que elas pensaram? Elas eram universitárias na época? Se eram, viram as feministas na universidade? O que elas achavam das senhoritas (não do movimento em si)? Mas estou fazendo essas perguntas pensando em dois pontos.
1) O que as mães das Mulheres Contra o Feminismo eram quando tinham a idade das filhas?
1a) Se elas eram feministas, por que eram? Elas acreditavam que o Feminismo conseguiu mesmo tudo aquilo? Ou eram militantes como as lésbicas parasitas de hoje?
1b) Se elas eram antifeministas, por que eram? Elas acreditavam que o Feminismo defendia a fornicação, como algumas mulheres antifeministas dizem até hoje? Elas associavam o Feminismo ao aborto e ao lesbianismo? Elas viam algum outro problema?
1c) Se elas eram indiferentes, mas conheciam algo sobre o movimento, por que eram? Achavam o movimento inútil? Elas comiam dos frutos que eram e os que elas achavam que eram do Feminismo sem se envolver?
2) Qual a posição das mães das Mulheres Contra o Feminismo hoje?
2a) Se elas são feministas, por que são? Eram na década de 90? Não eram e se tornaram depois? Já discutiram com as filhas sobre isso? Com quais argumentos?
2b) Se elas são antifeministas, estão dando apoio para as filhas, mas sem aparecer porque acham que não podem contribuir tanto? Elas eram feministas na década de 90? Se eram militantes, por que saíram do movimento?
2c) Se elas são indiferentes, por que são?
Todas essas perguntas podem levar a algumas conclusões possíveis sobre mulheres que acompanharam os últimos 20 ou 30 anos de Feminismo: 1) nunca se interessaram no assunto, mas usufruíam do melhor do patriarcado e do melhor do Feminismo; 2) elas participaram do que aconteceu e não se envergonham, talvez só se preocupem em esconder o passado; 3) elas pensavam mal do movimento, mas achavam que bastava não se parecer com os pseudomachos e estaria tudo bem; 4) elas continuam sem entender nada, talvez insistindo na pregação provinciana-orgasmofóbica contra as feministas.
Por que Mulheres contra o Feminismo são um mau sinal 3: as mulheres estão representadas politicamente por mulheres misândricas segundo... as próprias representantes
Aconteceu em 2012, o amigo Christoffer Yuri reproduziu no Feminismo Diabólico: a vereadora Eliza Virgínia, de João Pessoa (PB) disse que "algumas mulheres que fazem parte de secretarias [de mulheres], não todas, elas não gostam de homem. É como se o homem fosse o grande problema da humanidade e não é assim. Muitas feministas têm uma certa resistência a homens. E só pelo fato de ser homem já tem uma predisposição a não prestar". A matéria no portal MaisPB (http://www.maispb.com.br/artigo.php?id_artigo=20121206165320) mostra duas notícias relacionadas. Uma com a resposta de uma ex-secretária de Políticas Públicas para as Mulheres de João Pessoa, Nézia Gomes: "Vereadora, nós não somos frustradas, ao contrário. Olhar para o mundo hoje e ver mais mulheres entrando nas universidades, em todo mercado de trabalho". A outra com a resposta da Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana (SS-EMDH) da Paraíba: "A Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana (...) espera a retratação pública da vereadora Eliza Virgínia sobre o trabalho de gestoras/es e profissionais de diversas áreas que, com seriedade, atuam para elevar a cidadania das mulheres". Essas são da partes mais relacionadas com o que a adversária falou. A nota da SS-EMDH é a mais legal: as profissionais sérias do órgão são todas, só as que odeiam homem ou são todas e todas odeiam homem?
Esse é só um caso, qualquer mulher que não concorde em tudo com o que as feminazistas dizem já viu. A mesma "womyn" que considera qualquer homem que mata uma mulher como representante de todos os homens diz que criticar uma mulher que faça ou pense algo condenável é difamar todas as mulheres. Essa mesma "womyn" também acredita que mostrar que um certo homem está longe de ser um espancador de mulheres é negar que existem homens que espancam mulheres, mas nega que algumas feministas pregam ódio e até genocídio contra homens mostrando alguma outra feminista que é gente boa e heterossexual. Nenhum grupo masculinista ou da Real permite misoginia ou apologia a violência contra a mulher, e até as feministas sabem disso. Mas nenhuma mulher que fez declarações misândricas em fóruns ou grupos feministas foi sequer advertida por outra feminista. E se você flagrar e denunciar um caso desses, é VOCÊ que as feministas querem denunciar até para a Justiça. Afinal, no Feminismo, matar homem é questão de opinião.
Por que Mulheres contra o Feminismo são um mau sinal 4: a ditadura do proletariado sem os proletários e o Feminismo sem as mulheres
Perceberam que além de serem na maioria cristãs tradicionais, as mulheres contra o Feminismo são universitárias, trabalhadoras de verdade, classe média ou alta e... simpáticas? Se algum feminista disser que elas são de classe privilegiada e estão se sentindo ameaçadas... ele está certo. Como uma classe com tendência a ser bem informada, bem colocada no mercado de trabalho e com mais facilidade para arranjar marido, essas moças podem ser as primeiras, como classe, a perceber que algo vai mal para as mulheres não-feministas e a tentar se manifestar. Eu disse lá atrás que sou ateia e anarquista. Ah, e sou contra a família e contra a castidade também. Mas parece que um grande argumento feminista é que a mulher ganha porque o homem perde e a sociedade ganha porque os ricos perdem, os católicos perdem, os brancos perdem, os direitistas perdem.
Eu estava mostrando o Feminismo como um movimento das piores mulheres para atender as mulheres da mediocridade para baixo. Por que a parte 1 foi sobre aquele texto? Para mostrar uma mulher feminista depreciando mulheres contra o Feminismo. E só nos comentários, duas mulheres contrárias se manifestando. Isso pode ser sinal de que o movimento feminista está começando a descartar as próprias mulheres. O povo de verdade já está começando a reagir, mesmo que pelo menos por enquanto seja basicamente só parte da classe média.
O Feminismo pode estar começando o caminho do começo das ditaduras socialistas: começar em nome do povo e logo se tornar uma nomenklatura esmagando o povo. E a nossa sorte é que a internet foi popularizada antes que a esquerda tomasse o poder no Brasil ou nos Estados Unidos, assim ainda podemos fazer uma oposição e ainda ter um alcance pelo menos razoável. Mas mesmo assim, o movimento feminista tem vida própria. A citada Lola Aronovich provavelmente nem trabalha de verdade como professora. Vamos ver o volume que ela posta no blogue dela num único dia: nem blogues de jornalistas que vivem de jornalismo têm tanto. Quantas militantes feministas você conhece (de longe)? As próprias feminazistas não dizem que são poucas mulheres com cargos políticos? Aliás, quantas vezes você viu alguma coisa relacionada a Feminismo entrar em conversas cotidianas no último ano? Mas vai dizer que é antifeminista pra ver de onde aparecem feministas.
O que vamos fazer em relação ao Feminismo e às Mulheres Contra o Feminismo? Continuar resistindo e fazendo o nosso trabalho. E não vamos tratar as Mulheres Contra o Feminismo com indiferença nem com desprezo, mas não vamos comemorar muito. O Feminismo cair sob o próprio peso ou ser rejeitado por gente normal não significa muita coisa além do que ele mesmo é por si. O Feminismo só não ficou no anonimato (com sorte) porque tem dinheiro e um projeto sócio-político por trás. E vamos ficar de olho nas moças antifeministas e nas feministas também. Pode acontecer em breve uma Quarta Onda do Feminismo incluindo direitos dos homens, como se os masculinistas estivessem da década de 90 até lá querendo a legalização do estupro. Vamos denunciar o Ginocentrismo. Vamos fortalecer a autoestima e o companheirismo dos homens. E vamos cobrar das meninas mais libertinagem, porque daqui a pouco eu não vou dar conta de combater o Ginocentrismo e defender a prostituição sozinha, hehehehe.
Apêndice
Trechos do que eu escrevi em "Quem não é contra o lesbocomunismo é parte dele – parte 2: de onde saíram tantas mulheres contra o feminismo?", 26 de fevereiro
(http://avezdasmulheres.blog.com/2014/02/26/quem-nao-e-contra-o-comunismo-e-parte-dele-parte-2)
Eu defino Feminismo como justificar tudo que uma mulher é e faz, dar todo o suporte a toda a baixeza de espírito dela, dar a ela os direitos que ela tem e os que não tem só por ela ser mulher e defender o que satisfaz ou beneficia às piores mulheres como regra para a sociedade como um todo. (...)
(...) Explicando melhor: ser contra pelo menos parte do Feminismo virou obrigação psiquiátrica para pessoas comuns e agora até estratégica para quem não tem patrimônio moral; defender o Feminismo na íntegra é coisa de lésbicas insensatas, sindicalistas e homens frouxos esquizofrênicos.
(...) Uma mulher deve muito aos homens, principalmente aos homens que prestam, inclusive a oportunidade de fazer feminismo no mundo desenvolvido. Se uma mulher não está interessada em fazer mais pela sociedade, principalmente os homens que prestam, do que a sociedade faz por ela, ou, no pior dos casos, recebe mais da sociedade ou dos homens bons do que dá a eles sem ter vergonha, humildade ou gratidão, ela deve ser classificada como feminista.
Trechos do que eu escrevi em "Minha vida sexual não me desqualifica", em 27 de agosto de 2009
(http://avezdasmulheres.blog.com/2012/09/12/minha-vida-sexual-nao-me-desqualifica)
Eu nunca fui prostituta, eu transo com vários por prazer mesmo, e isso não me desqualifica. O que desqualifica uma mulher é ela se separar metendo a mão no patrimônio do marido e ainda jogar os filhos contra o pai ganhando pensão dele.
Eu já desvirginei rapazes que tinham namorada que amarrava sexo até o casamento, e isso não me desqualifica. O que desqualifica uma mulher é ela engravidar pra prender um homem ou ganhar pensão.
(...) Eu tenho vários amigos homens que transam comigo e todos eles gostam de mim pelo que eu sou e pelo sexo, e isso não me desqualifica. O que desqualifica uma mulher é ela ter um marido que só está com ela por causa dos filhos.
(...) Dizem que eu sou muito bonita e atraente, mas eu não dou uma de gostosona quando um gatinho chega junto, e se eu vir que vale a pena eu dou pra ele sem frescura, e isso não me desqualifica. O que desqualifica uma mulher é ela achar que ser mulher bonita e ter um corpo bonito dá o direito de ela ter o defeito que quiser.
(...) Eu vejo muita coisa boa e produtiva na internet, e também estou num grupo de foto de homem pelado, e isso não me desqualifica. O que desqualifica uma mulher é ela cuidar muito do cabelo e pouco do que tem na cabeça.
(...) Eu perdi minha virgindade aos 14 anos com dois rapazes, e isso não me desqualifica. O que desqualifica uma mulher é ela achar que o valor e o caráter de uma mulher têm a ver com ela gostar de sexo.
Trechos do que eu escrevi em "O antifeminismo será comandado pelas mulheres? - parte 2: minha previsão do futuro do antifeminismo", 06 de dezembro de 2012
(http://avezdasmulheres.blog.com/2012/12/06/antifeminismo-comandado-pelas-mulheres-parte-2)
Eu descobri as pérolas da parte 1 de um ano pra cá. Aí eu fiquei meio chateada porque até uns dois anos atrás, eu era quase a única mulher que denunciava o feminismo e a canalhice feminina em geral, e tinha isso como diretriz de um trabalho na internet. Fora isso, era só uma mulher ou outra com talvez um ou outro texto sobre algum ponto específico. Quando eu comecei o trabalho em 2006, eu fiz isso apenas por amor à ética e ódio à imaturidade das mulheres em geral. Vi algumas coisinhas erradas, achei que isso devia ser mais discutido e eu mesma decidi colocar certas coisas às claras. Mas o que me deixou chateada não foi perder o monopólio da defesa do caráter, da maturidade, do ateísmo, da anarquia e da putaria por uma mulher. Foi que em primeiro lugar a coisa era pior do que eu pensava no começo, em segundo lugar algumas mulheres de medianas para cima que não fariam (e não fizeram) o que eu fiz em 2006 acharam que a coisa estava feia demais para continuarem não dando a cara a tapa.
(...) E por que as mulheres podem ser as principais responsáveis por parar (embora não destruir) o feminismo? Por um lado, pelo lado bom do feminismo (para as mulheres medíocres): o feminismo busca poder para as mulheres apenas por serem mulheres. O masculinismo é um movimento reativo, que luta para que os homens não sejam prejudicados só por serem homens. Pelo outro lado, pelo lado mau do feminismo (para todos): o destaque social de cada vez mais mulheres medíocres ou de mau caráter vai destruir os homens, prejudicar a coletividade como um todo e colocar as mulheres umas contra as outras. Teremos mulheres passando dificuldade financeira porque o marido foi destruído financeiramente pela ex-mulher que está ganhando pensão, e lutando contra a pensão alimentícia. Teremos mulheres contra o aborto. Teremos mulheres lutando contra a discriminação de outras mulheres no mercado de trabalho.
Mas toda esta luta não vai ser movida por princípios éticos elevados ou amor ao próximo, pelo menos não necessariamente. (...) As mulheres numa fase avançada do feminismo vão ser vítimas da máquina feminista, das leis feministas, de si mesmas ou umas das outras. Ou, com um pouco mais de juízo, podem se antecipar a isto e fazerem as suas mudanças pessoais e tentar melhorar um pouco o mundo. Num futuro próximo, podemos ter a maioria dos homens ouvindo falar de antifeminismo ou de direitos dos homens pela primeira vez através de uma mulher. Algumas mulheres antifeministas podem agir por motivos um pouco mais nobres que egoísmo contrariado ou até mesmo por arcaísmos como religião e valorização da família e da moral vitoriana. Mas talvez elas comecem a agir antes que os homens percebam o que está acontecendo - talvez eles estejam começando a ser exterminados ou abortados em massa até lá.
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