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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A ex-prostituta e ex-atriz pornô Amanda Rola com seus netos

Abigail Pereira Aranha

É uma tarde normal com tempo ameno, uma senhora de 69 anos está em uma visita de família no ano 2060. Ela ainda é saudável, lúcida, inteligente e forte, as quatro coisas juntas são algo excepcional para a idade dela nesta época. Mais excepcional ainda, ela tem poucas rugas, ainda tem muitos cabelos pretos e tem uma voz que já seria bonita se ela só tivesse 25 anos.

Ali ela está com o marido, também de 69 anos, um dos dois filhos e a esposa dele, os 5 netos, 7 amigos deles e o pai e a mãe de dois deles. O neto mais velho tem 20 anos, depois vem a neta de 18. Dos 5 netos e 7 amigos deles, estes são os únicos que não são adolescentes.

Eles estavam vendo alguns vídeos e fotos de família e recordações diversas em um álbum digital em uma televisão digital de 50 polegadas. Quando a anciã está acessado o gerenciador de arquivos entre uma foto e outra, um dos rapazes, Benedito, observa uma pasta e pergunta o que é. Ela responde:

- Minhas coisas de putaria. Quer ver?

O rapaz, a irmã e os pais deles não sabiam e achavam que fosse mais uma brincadeira, já que ela era muito simpática e brincalhona. Os outros já sabiam e estavam habituados.

- Essa aqui foi uma das fotos da minha primeira vez tirada com telefone celular. Eu tinha 14 anos, foi com esse rapaz e o que tirou a foto.

Ela passa para outra foto.

- Esse aqui foi o que tirou a outra foto, e quem tirou essa foi o que apareceu na outra.

Ela passou para um vídeo.

- Com dois de uma vez eu tenho este filme aqui, hehehehe. Este é profissional, foi o meu primeiro, eu já tinha feito 18 anos no mês anterior.

Ela passou o começo, a parte das legendas. Ela pausa.

- Eu aqui.

Ela apontou para o nome: Amanda Rola. Os quatro que ainda não sabiam que era ela não disseram nada. Benedito estava querendo saber mais, mas não sabia nem o que perguntar. Ele já tinha ouvido falar dela e tinha uma lembrança razoável de uma foto dela de biquíni, mas não imaginava que ela fosse a dona Amanda esposa do Vitório engenheiro (ou melhor, até pensou, mas se censurou por isso). Os pais e a garota acharam aquilo tudo um cinismo tão grande que não tiveram reação.

- Essa pasta aqui é misturada. Tem fotos minhas com amigos, minhas pelada amadoras, minhas pelada profissionais como essa aqui...

Ela mostra uma com três homens. Enquanto o rapaz estava pensando "que louco, véi!", a irmã e os pais se sentiam em uma alucinação.

- ... tem vídeos meus feitos com telefone celular, tem vídeos meus profissionais. Alguns desses arquivos foram clientes meus que fizeram, como essa foto aqui.

Ela vai rapidamente para uma foto caracterizada de Chapeuzinho Vermelho. Não aparece "nada", mas ela usa um vestido com um decote de que os seios enormes ameaçam sair e que mal cobre os quadris, mostrando a bunda ainda maior.

- Ah, sim, eu fiz o primeiro vídeo com 18, virei prostituta aos 19, comecei a trabalhar (trabalhar com outra coisa) aos 20. Mas quando eu fui procurar trabalho e fui entrevistada, eu nunca escondi nada. Eu usava o meu nome nos filmes e na zona, eu falei que era prostituta, falei do filme, pelos dois anos do meu primeiro trabalho, digamos, normal eu trabalhei como prostituta também.

O caso que Amanda vai contar, a família já conhece.

- Uma vez teve um babaquinha que me descobriu, ele era amigo de uma colega minha. Ela era feia, mal humorada pra caramba. Aí esse velho contou pra essa minha colega, ela fez fofoquinha dentro da escola onde eu trabalhava (eu trabalhava na secretaria), poucos dias depois ela arrumou uma picuinha no trabalho e o assunto saiu do nada. Aí eu falei: "Ih, o diretor já sabe. Vai fazer ele me mandar embora pra eu ganhar mais que você e dar pro seu marido o que ele não tem em casa?". Depois eu fui saber que um aluno que já viu o meu filme ouviu a conversa e comentou com os colegas, todo mundo rindo da cara dela pelas costas. Três semanas depois, o marido dessa colega descobriu que o filho que ela estava grávida quando se casou não era dele e foi esperá-la no portão da escola. Ele largou ela, humilhou a distinta na frente de todo mundo, e ela se mudou da cidade. Depois que o diretor que era meu amigo saiu da escola, entrou uma velhota que não foi com a minha cara, eu saí e ela chamou a outra de volta. Ah, sim, falando nisso...

Amanda volta à pasta de vídeos e se prepara para abrir um.

- Eu tinha um fan clube nessa escola (só de rapazes). Esse aqui foi uma brincadeira que eu fiz com uns amigos. Aula de educação sexual com modelo real. Um dos rapazes falou de gravar e eu deixei. Mostrei tudo. Mas eu era boa em Biologia e a aula também foi sobre sistema muscular, os cinco sentidos, e outras coisas. Mas aí não foi gravada. Eu comecei pela educação sexual para relaxar a turma, mas o resto eu também explicando nuazinha. Um dos rapazes ia fazer prova de Biologia de coisa que eu estava explicando, tirou até quase total na prova. A turma tinha quatro adolescentes e dois maiores de 18 anos, a sorte é que quem aparece no vídeo comigo são só os dois maiores. Quando o vídeo vazou e foi um grupo de pais querendo que eu saísse da escola, eu já tinha saído no dia anterior. Se eles me achassem lá, iam querer me queimar com vestido comprido, porque me ver nua e pendurada podia ter gente gostando.

À essa altura, todos os homens e a nora de Amanda estão esboçando um riso, mas os pais e a irmã de Benedito nem notam, porque já não estão sabendo se estão num pesadelo, numa alucinação ou numa visão das previsões de alguns pregadores provincianos famosos. Eles estavam pensando em sair dali com Benedito e cortar qualquer contato com a família logo quando ela começou a falar do conteúdo, mas Amanda era tão agradável e já tinha dito tantas coisas envolventes em outras ocasiões que isso só ia desmoralizá-los ainda mais.

Ela mostra rapidamente um outro vídeo. A cena dela é com quatro rapazes.

- Esse aqui foi o meu segundo filme. Eu tinha 22 anos, eu estava só como prostituta e apareceu a proposta. Quando acabamos o filme, eu tinha 23 anos, fiz o vestibular para Química, passei e no mês em que eu entrei na universidade foi lançado o filme. O pessoal que viu o filme e estudava na universidade viu Amanda Rola no filme, viu a Amanda na universidade e começou o falatório pro resto do curso. Teve até uma vez que uma professora do segundo período falou bobagem dizendo que eu era vergonha pra minha família. Eu só respondi: "Quer que eu dê nome de mulher que apanha do marido nesta sala? Isso é menos vergonha que ser prostituta ou atriz pornô? Quer que eu dê nome de mulher nesta universidade que eu nunca ouvi alguém falar bem e só continua no emprego por causa de parente e porque puxa saco de chefe? Tem móvel da minha casa que eu ganhei de cliente. E as moças que transam com professor pra passar na matéria? Papai e mamãe vai gostar se souber?". Essa era até nova, trinta e poucos anos, mas era uma católica magrela esquisita, mas não me encheu mais. Eu até comecei a ir melhor na matéria dela. Aaaah, tem a minha pasta dos podres.

Ela vai rapidamente para outra pasta. Abre uma foto.

- Essa foto é de um protesto de moças que se denominavam vagabundas e se dizia contra o machismo. Esta aqui segurando faixa com peito de fora foi gerente de um banco grande. Foi colega de república de uma amiga minha na universidade. Quando ela começou a crescer no banco, um amigo meu soltou a foto e ela fez uma tramoia que foi até polícia na casa dele pra apreender o computador. Só que eu tinha pedido uma cópia da foto no dia anterior. Mas compartilhei com amigos também e a foto continuou correndo, ficou até pior pra ela.

Abre outra foto.

- Essa pilantra aqui fez filme pornô também e depois que ficou gorda e horrorosa e já estava nos trinta e poucos virou pastora. Disse que teve que usar drogas para fazer os filmes, mas ela já era viciada. Só falou invencionices, que só serviram pra ajudar quem já era contra a pornografia, que era feminista, lésbica, feiosa e homem reprimido. Disse que depois dos filmes, quando virou prostituta, foi explorada pelo crime organizado. Só não disse que a maioria das prostitutas não se encaixava nestes casos. Ah, e a foto foi de uma palestra dela em uma igreja. Eu sempre fui ateia e fui lá só pra ver as abobrinhas. Quando ela me viu no meio do povo, eu era até mais velha que ela mas tinha quase a mesma cara que na juventude, ela começou até a falar mais manso contra a pornografia e a prostituição, porque ela ia abrir pra perguntas e respostas depois.

Abre um vídeo.

- Eu estava filmando uma outra coisa, aí eu peguei ela tratando muito mal um amigo meu muito gente boa, trabalhava de dia e estudava à noite, os pais não podiam ajudar muito financeiramente. Não sei por que eu filmei, mas logo depois eu vi ela saindo de carro de luxo com um velhote cretino que era alto funcionário da universidade. Aí, eu estava com um amigo na hora, fomos atrás deles de táxi. Eu sabia até para onde eles estavam indo, não sei como mas eu sabia. Era um motel de luxo. E fomos filmando desde a entrada no motel.

O vídeo mostra a placa do carro identificável. Mostra os dois entrando no motel, a certa distância, mas dá para ver que o homem é um idoso careca com bigode grisalho e a moça é uma loura magra de cabelos ondulados, olhos um tanto grandes e nariz fino. Corte. Pode-se ouvir algumas risadas de mulher e alguns gemidos por trás da porta que aparece na imagem.

- Isso foi numa sexta-feira. Eu arrumei melhor o material e fiz questão de soltar ainda no sábado. Na segunda-feira, o mal já estava feito. A universidade inteira estava falando do caso. Fui ouvir entre os comentários que ela fazia programas com professores, funcionários e alunos ricos da universidade. A moça dava uma de santarrona, ficou desmoralizada. Ah, e ela também falava muita bobagem com o meu nome.

Ela vai passando pelos arquivos, fotos e vídeos, e contando os casos.

- Ah, eu fiz o estágio do meu curso, eu tive colegas que viram os meus vídeos e as minhas fotos que eu tinha. E eu sei sempre fiz brincadeiras e falei safadeza nos trabalhos que eu tive. Eu me formei com 28 anos, com 29 eu fiz o terceiro filme. Quando comecei o filme, eu já tinha dois anos de casada. Aaaaaah, espera, deixe eu te contar do casamento. Eu e o meu marido nos conhecemos na universidade, mas ele era irmão de um funcionário de uma lanchonete dentro do campus, nos encontramos por acaso. Ele teve que trabalhar cedo, só depois ele pode pensar em ser engenheiro mecânico, mas já estava um tanto sem ânimo. Aí, a gente estava conversando, ele foi me falando dele, eu me propus a dar aulas particulares pra ele para o vestibular. Foi quase um ano. E começamos a namorar também nessa época. Com um mês de aulas eu falei com ele: "você é um rapaz esforçado, inteligente, de caráter, eu gostei de você, eu sei que você gostou de mim também e está afim de me comer". Aí eu tirei o vestido, não tinha nada por baixo, e fui pra cima dele. E disse pra ele: "Você já ouviu falar em casamento aberto?". Como ele fez cara de que não eu expliquei: "A gente se casa mas você pode transar com outras mulheres e eu posso transar com outros homens. Você aceita, gatinho?". Mas teve safadeza e estudo de verdade. Ele passou no vestibular, quase ele entrando e eu saindo. E quando a gente foi se casar, foi com seis meses de namoro, teve gente que pensou até que eu estava grávida. Aí, na cerimônia a irmã do meu marido disse que eu tinha feito filmes pornôs e era prostituta. Eu já estava pronta, eu sabia que alguém ia vir com essa. Do pessoal só alguns amigos sabiam. Só que ele disse que já sabia de tudo, que eu mesma tinha contado pra ele e eu ainda convidei os convidados para um bacanal depois da festa. Aí estragou a cerimônia. Só os nossos amigos mais chegados não saíram na hora. Tem parentes dele que dessa época há quarenta anos atrás até hoje não falaram com a gente dez vezes. Mas a parte da família que vale a pena é amiga nossa.

Ela mostra um casal muito idoso, no álbum de família.

- O meu pai e a minha mãe, falecidos. Eles estavam no casamento, só não ficaram na parte da safadeza. Eu amava os dois e eles me amavam. Eu tive muito orgulho deles e eles diziam ter muito orgulho de mim. Eles me contaram que três senhoras já disseram que se uma filha devassa como eu era motivo de orgulho elas preferiam ter motivo de vergonha. Uma teve uma filha que tentou dar um golpe da barriga em um milionário e ele fez exame de DNA que comprovou que o bebê não era do filho dele, um dia a criança morreu por maus tratos e a mãe foi presa. Outra teve duas filhas presas por fraude com dinheiro público, e pelo que gente de dentro do órgão dizia descobriram até pouco. E a outra teve uma filha que era namorada de um traficante de drogas e a família teve que sumir da cidade levando a roupa do corpo por causa de ameaça de morte do namorado que pensou que estava sendo traído. Satanás era conosco! Hua, hua, hua, hua, hua!

Amanda recapitula que depois ela teve um filho biológico aos 32 anos, que estava trabalhando em outra cidade; aos 34 ela e o marido adotaram um menino de seis anos, com problemas cardíacos, que era o que estava ali; ela ainda era prostituta até os 55, mas na maior parte desses anos ela basicamente atendia os clientes antigos, já que tinha os filhos e empregos na indústria química.

- E quando eu ia buscar os meus filhos na escola, às vezes eu encontrava homens com quem eu tinha conversas rápidas e que me diziam que tinham visto os meus vídeos na juventude e que na conversa comigo também me acharam simpática, ou inteligente, ou de caráter, dependia do caso. As mulheres que me ofendiam eram no mínimo de cara antipática, e os homens que me ofendiam eram casados com elas. E às vezes o coleguinha do meu filho era filho de um cliente ou ex-cliente meu. Aí a gente combinava de não comentar muito por aí. Ah, mas o "seu" Vitório também teve o extra dele. Por exemplo, o aniversário dele de 50 anos eu combinei com uma grande amiga minha ex-colega de universidade de 45 anos e uma amiga de 30 de fazer uma surpresa pra ele. Era uma aula particular de Matemática para um concurso público. Quando ele viu as duas de vestido largo amarrado com cinta, ele já viu que tinha dedo meu na parada. Aí eu apareci com o bolo. E o primeiro pedaço da cobertura do bolo foi para o aniversariante, nos peitinhos das meninas. E ele dá conta de duas mulheres ao mesmo tempo até hoje. Ah, falando de 50 anos...

Amanda volta para a pasta das putarias. Abre um vídeo e vai para uma cena com quatro rapazes perto de 20 anos.

- Teve mais esse filme, o último. "Mulheres de 50". Eu fiquei sabendo que ia ser feito, mas me chamaram também. Esse foi mais rápido. Tirei um mês de férias, nesse mês eu fiz a minha participação. E esse rapaz moreno é filho de um rapaz que estudou na escola onde eu trabalhei. Ele, o pai, achou muito legal. Quando eu voltei para o trabalho, uma outra cinquentona que o pessoal achava muito bonita ficou sabendo do filme e foi a primeira a fazer intriga, mas o fan clube segurou as pontas.

Ela conclui dizendo que nunca escondeu o passado erótico nem as ideias "avançadas", e denunciava quem escondia o passado e mascarava os seus erros. Estes últimos a odiavam e tentavam prejudicá-la onde pudessem, mas pelo que ela era ganhou amigos valiosos, cuja amizade ela também valorizava.

Então, ela chama Benedito e os outros para um lanche na varanda. Se os pais e a irmã dele estivessem menos atordoados, teriam medo de pegar uma doença venérea só de tomar a limonada.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Por que mulher adúltera merece condenação e mulher safada merece parabéns?

Eso texto en español (sin fotos e peliculas de putaría, en lo Concrete Paradise): ¿Por qué una mujer adúltera merece la condenación y una mujer indecente merece las felicitaciones?, http://avezdoshomens2.wordpress.com/2012/06/22/mujer-condenacion-felicitaciones//
Eso texto en español (con fotos e peliculas de putaría, en lo Paraíso Tangible): ¿Por qué una mujer adúltera merece la condenación y una mujer indecente merece las felicitaciones?, http://avezdoshomens2.blogspot.com.br/2012/06/por-que-mujer-adultera-merece-la.html
This text in English (without sex pics and movies, at Concrete Paradise): Why an adulterous woman deserves condemnation and an indecent woman deserves congratulations?, http://avezdoshomens2.wordpress.com/2012/06/22/woman-condemnation-congratulations/
This text in English (with sex pics and movies, at Paraíso Tangible): Why an adulterous woman deserves condemnation and an indecent woman deserves congratulations?, http://avezdoshomens2.blogspot.com.br/2012/06/why-adulterous-woman-deserves.html
Texto original em português (sem fotos e vídeos de putaria, no A Vez das Mulheres de Verdade): Por que mulher adúltera merece condenação e mulher safada merece parabéns?, http://avezdasmulheres2.wordpress.com/2012/08/24/mulher-adultera-condenacao-mulher-safada-parabens
Texto original em português (com fotos e vídeos de putaria, no A Vez dos Homens que Prestam): Por que mulher adúltera merece condenação e mulher safada merece parabéns?, http://avezdoshomens.blogspot.com.br/2012/06/por-que-mulher-adultera-merece.html

Abigail Pereira Aranha

Alguns leitores (principalmente mulheres) devem achar que é uma contradição minha defender a putaria livre e o casamento aberto, mas condenar as vadias, as mães solteiras, as mulheres que pulam a cerca. Vou explicar por que não é.

O casamento tradicional exige exclusividade sexual, uma vida a dois, uma parceria. Se os dois vivessem um amarrado ao outro, já seria um problema. E quando um dos dois quebra esse pacto? É uma traição. Não por causa do sexo com outra pessoa, mas por causa da canalhice. Como assim?

Sexo para o homem de caráter é na zona ou no mínimo no namoro. Meses até ela ter algum interesse nele e ele criar coragem para pedi-la em namoro (mesmo quando ela também gosta do rapaz). Os irmãos e os pais dela faltando pedir a ficha na polícia antes de autorizar que ele namore com ela, com o projeto de se casarem. Dependendo do pai, dali a uns seis meses. Até não muito tempo atrás, para ele só ver os ombros da moça depois do casamento.

Depois do casamento, a vida do rapaz com a sua amada vai ficando cada vez mais sem graça. Até ele ficar com cada vez mais vontade de matá-la ou morrer. Se ela era bonita de rosto e de corpo, vai ficando feia. Se ela sempre foi feia, vai ficando pior. Mais gorda, mais enrugada, mais desarrumada. Os defeitos que eram toleráveis no namoro, agora não dá pra aguentar. O sexo fica cada vez mais raro e pior. O "querido" também é cada vez mais raro. Qualquer coisa que não incomodaria pessoas equilibradas pode ser causa de uma briga. A mercadoria está com defeito e nunca teve garantia. Se livrar da mulher vai ser uma amolação, além de ficar caro.

A mulher ainda não é uma porca disforme, mas a relação já acabou o mel e chegou na lua. Aí, o homem descobre que a mulher está trepando com outro. Talvez a bruxa não esteja fazendo greve de sexo com ele há meses (ou dois anos). Talvez ela não esteja querendo se vingar de quando ele foi fazer um lanche com a colega de trabalho simpática depois do expediente. Mas é uma canalhice. Porque para o outro, não houve meses de futuro sogro amolando antes de poder beijar a moça em paz. Para o outro, não teve irmão da sua menina vigiando os dois. E o outro cara conseguiu em semanas, dias ou talvez horas exatamente o que ele (o marido) queria desde quando se interessou pela mulher: meter com a desgraçada. E é provável que a mesma família dela que tratou o homem como um leproso sempre soube de tudo. Agora, o outro paga no máximo o motel. O marido vai pagar a partilha do divórcio se quiser largar a mulher. Entendeu? A traição não é do sexo, é da falta de caráter. E não é só com ex-prostituta, mãe solteira, malucona. Muitas vezes é com mulher séria, ou melhor, cristã fervorosa, que antes o marido pensava que o único outro que ia ter no casamento era Nosso Senhor Jesus Cristo.

Para homens que prestam, não existe sexo fácil. Para o homem que presta, não existe menina de 15 anos corpo violão querendo perder a virgindade escondida do pai (a não ser quando ele já está casado com outra). Para o homem que presta, não existe duas moças "comuns" indo juntas pra cama com ele (a não ser que ele pague a Coca Cola das duas na boate). Para o homem que presta, não existe nem mulher casada fazendo loucuras pra se encontrar com ele e levar umas varadas escondida do marido tosco e violento. Não é que ele recusa, é a chance que não aparece. A mulher que transa com quem quiser nunca quer com ele.

Ah, já ia me esquecendo. E a mulher que era galinha ou prostituta (profissional do sexo mesmo) quando nova e depois quer se casar, significa que vai chifrar o marido também? Geralmente não. Mas ela aceita o casamento aberto? Ela contou o passado para o namorado? Ela é ciumenta? Gente, a mulher experimentar um carregamento de toras na juventude não é ponto negativo para o caráter dela, o que conta pontos contra é a falsidade. Aliás, a ex-assanhada diz isso? O que a maioria das mulheres devassas fazem lá pelos 30 ou 40 é se casar com um otário de bem (de preferência, de bens), geralmente junto com filhos dos relacionamentos anteriores que quase não veem os pais, frequentar uma igreja e esconder o passado parecendo aquelas velhinhas que não experimentaram dois pintos na vida. Para aposentar o corpo em decadência que os cafajestes não querem mais e não pode mais ajudar a furar a fila da competência para garantir uma carreira profissional. E a sensualidade e a sexualidade que ela tinha com a idade em que o marido estava se fazendo um homem sério, talvez ainda era virgem, já era. Ela vai contar para o marido e para quem souber do passado dela como ela era tratada como objeto pelos cafajestes e como se envergonha das fotos que tirou nua ou dos filmes de sexo amadores (ou profissionais).

Não é verdade que quem ama bloqueia. Amor é um querer o bem do outro, não é necessariamente, no caso de homem e mulher, querer formar uma família. E assim como um homem e uma mulher não casados que gostam da companhia e da alegria um do outro podem ir pra um churrasco, passear no parque, podem perfeitamente entrar com o carro na garagem (com dois ou três carros, fica melhor ainda, hehehehe).

E só porque eles não querem casamento, não significa que eles não se respeitem nem gostem tanto assim um do outro. É justamente porque eles não querem um tirar a liberdade do outro.

E só porque a donzela vai estar com uma rola hoje e outras duas de uma vez amanhã, não significa que a relação é superficial. Poxa, dá até pra conversar um pouco entre uma e outra até o mastro do gatinho levantar de novo, até coisa triste que um está passando e o outro dar o ombro pra chorar um pouco. Dá pra conversar coisa alegre também, todo mundo pelado. Hehehehe.

Vários parceiros aumenta tanto o risco de doença venérea quanto sair com o carro aumenta o risco de acidente. Então, tendo juízo (e camisinha), não vale o argumento da AIDS/SIDA, até porque ela está chegando para mulheres casadas que não tiveram três homens na vida (e nem sempre o homem pegou piranha por aí). Então, para uma vida de luxúria é preciso ter mais coragem. Não coragem de desafiar a sífilis, a gonorreia, mas ter mais coragem que a multidão covarde que procura um casamento por medo de doença e do Inferno.

E mulher viver na putaria ou no casamento aberto não é falta de moral. É justamente se preocupar em ter mais do que falta de pica pra esconder sabe-se lá que falta de virtudes morais ou intelectuais. É ter qualidades que às vezes a puladora de cerca não tem e faz todo mundo acreditar que ela tem.

Para uma mulher, transar com mais de um homem (de uma vez ou não) tendo um casamento convencional é hipocrisia, mentira, trapaça. Ter um casamento aberto ou transar sem compromisso (de relação estável), é sinceridade consigo mesma e com o outro, respeito ao outro, diversão (com juízo) e coragem para um estilo de vida que nunca foi aceito em época nenhuma. É isso aí, contra Deus, contra a castidade e contra a mediocridade.

Palavras relacionadas: liberalismo, vadiagem, promiscuidade, galinhagem, galinha, puta, sem vergonha, swing, adultério, perdoar uma traição, minha mulher me traiu, minha namorada me traiu, mulher direita, mulher honrada, mulher de família, mulher de respeito, mulher de princípios, moral, ética, decência, inteligência, coerência, caráter

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Casamento aberto

Primeiro, o que é o casamento aberto, pra quem não conhece. Vou copiar um trecho da Wikipédia.
Casamento Aberto usualmente se refere a um casamento no qual os parceiros envolvidos concordam que relações extraconjugais NÃO são consideradas como traição ou infidelidade, e podem ser vividas pelos dois parceiros juntos ou separadamente.
Existem muitas formas e estilos de casamento aberto, nas quais os parceiros têm diferentes níveis de liberdade ou de controle sobre a vida sexual do outro. Cada caso é discutido internamente entre os parceiros, não existindo um padrão de relacionamento.
História do Termo
As origens do termo "casamento aberto" são obscuras. Pesquisadores da década de 60 usaram o termo para descrever a liberdade individual que as pessoas têm para escolher seus cônjuges. "Casamento Fechado" era um termo usado para descrever aquelas pessoas que eram forçadas a se casar com alguém contra a sua própria vontade, sendo a decisão baseada em proibições e regras sociais. Já "Casamento Aberto", na época, se referia a indivíduos que escolhiam seus próprios parceiros baseados em preferência pessoal.
Nena O'Neill e George O'Neill mudaram o sentido do termo em 1972 com a publicação do seu livro "Casamento Aberto", que vendeu mais de 1.5 milhões de cópias. Eles concebiam "Casamento Aberto" como sendo aquele em que cada parceiro tem liberdade de crescimento individual e pode desenvolver amizades fora do casamento. A maioria dos capítulos do livro usa definições não controversas para revitalizar o casamento nas áreas da confiança, flexibilidade, comunicação, identidade e igualdade. No capítulo 16, por exemplo, chamado "Amor sem Ciúmes", dedica 20 páginas para a proposta de que um Casamento Aberto poderia incluir (ou não) algumas formas de sexualidade com outros parceiros. Esses conceitos entraram na consciência cultural e o termo "Casamento Aberto" se tornou sinônimo de casamento sexualmente não-monogâmico (não confundir com poligamia). Em 1977, com a publicação de "A Premissa do Casamento", Nena O'Neill defendia a fidelidade sexual num capítulo com o mesmo nome. Desde então, o conceito de Casamento Aberto como casamento sexualmente não-monogâmico ganhou vida própria.
Hoje, com muitos casais que não procuram um casamento formal, o termo é freqüentemente generalizado como 'Relacionamento Aberto'. O conceito de ser sexualmente aberto ou fechado é também aplicado para trios ou outros grupos maiores que dois.
Estilos de Casamento Aberto
Casais em Casamentos Abertos podem preferir diferentes tipos de relações extraconjugais. Casais que preferem relacionamentos extraconjugais enfatizando o amor e o envolvimento emocional têm um estilo poliamorista de casamento aberto. Casais que preferem relacionamentos extraconjugais enfatizando a satisfação sexual e amizades coloridas têm um estilo de casamento swinger. Essas distinções podem depender de fatores psicológicos como sexo social e pode contribuir para a formação de grupos separados e comunidades de swinggers e poliamoristas. Contudo, a despeito dessas distinções, todos os Casamentos Abertos compartilham dos mesmos problemas: a falta de aceitação social (há um consenso de que é o problema mais grave), a necessidade de manter o relacionamento como um casal estável, além da questão de administrar os ciúmes (que é bastante difícil para os iniciantes).
Aceitação Social de Casamentos Abertos
Pesquisas de opinião mostram que a grande maioria das pessoas desaprovam qualquer atividade sexual fora do casamento. Existem poucas pesquisas sobre a mesma desaprovação especificamente para Casamentos Abertos. Muitas vezes, as pessoas reprovam sem saber exatamente o que é, geralmente motivadas por opiniões pré-fabricadas e preconceituosas. Alguns críticos colocam objeções morais, religiosas, psicológicas e até patológicas para Casamentos Abertos. A falta de aceitação social exerce uma forte pressão nos casais, que os leva a esconder sua opção da família, amigos e colegas. Isso limita bastante sua rede de apoio social, às vezes até resultando, em alguns países, na perda de direitos governamentais de assistência médica e psicológica.
Manutenção do Relacionamento
O impacto do Casamento Aberto nos relacionamentos variam entre os casais. A maioria afirma ter um altíssimo nível de satisfação conjugal e relacionamentos mais duradouros. Outros desistem desse estilo de vida e retorna à monogamia. Esses casais geralmente continuam acreditando que o Casamento Aberto é um estilo de vida válido, mas não para eles. Ainda, outros casais experimentam sérios problemas e dizem que o Casamento Aberto contribuiu para seus divórcios. Todos os casais em Casamentos Abertos devem, por isso, prestar bastante atenção às suas regras de comportamento e de manutenção do casamento.
Administração dos Ciúmes
Casais em Casamentos Abertos geralmente se colocam em situações que potencialmente podem provocar ciúmes. A maioria dos casais relata que sentiu ciúmes em algum momento do seu relacionamento. Alguns conseguem administrar isso muito bem, outros não se sentem tão seguros. Há os que afirmam que não sentem ciúmes de forma alguma. Por fim, há aqueles que até conseguem transformar seus ciúmes num sentimento positivo. As regras gerais definidas pelo casal no início do relacionamento são um ótimo caminho para ajudar a administrar os ciúmes em Casamentos Abertos. Contudo, elas podem não ser suficientes em alguns casos. O maior benefício, nesse sentido, é que os casais geralmente passam a entender os ciúmes mais profundamente e sabem como lidar com esse sentimento. Um exemplo de uma paradoxal relação entre o Casamento Aberto e o ciúmes está no livro "A Outra Vida de Catherine M." que retrata a grave crise de ciúmes vivida por uma escritora famosa em meio a uma vida sexual extremamente agitada.
Regras Gerais
Casais envolvidos em Casamentos ou Relacionamentos Abertos tipicamente adotam uma série de regras gerais, definidas pelo próprio casal, para guiar suas atividades. Tais regras permitem que os parceiros coordenem seus respectivos comportamentos de forma que eles alcancem objetivos em comum com menos conflitos. Algumas regras são mais universais no sentido de que se aplicam a virtualmente todos os tipos de relacionamento numa cultura em particular. Outras regras se aplicam a apenas alguns tipos específicos de relacionamento, como amizades ou casamentos. As regras adotadas por casais sexualmente monogâmicos (a maioria), tendem a proibir comportamentos que são vistos como atos de infidelidade, como envolvimento sexual com terceiros. As regras adotadas por casais com casamento aberto tendem a proibir comportamentos que provoquem ciúmes, como por exemplo evitar se relacionar sexualmente com conhecidos em comum, mas geralmente são muito mais flexíveis do que os praticantes do relacionamento fechado. Tais regras podem mudar de acordo com o tempo e são definidas por cada casal.
Questões Legais
A prática de sexo extraconjugal é geralmente ilegal na maioria dos países onde o adultério é considerado ilegal, não importando se o parceiros entraram em acordo ou não. "Casamento Aberto" não é a mesma coisa que poligamia, em que relações sexuais são inteiramente mantidas entre os parceiros numa união formalmente reconhecida.
Por que eu sou completamente a favor do casamento aberto? Em primeiro lugar, nós homens e mulheres não somos capados. Você só vai sentir atração pela sua esposa ou pelo seu marido? Então você não é homem ou mulher, você é um(a) capado(a) com uma obrigação conjugal, ou tenta ser um(a). E quem te exige fidelidade no sexo também te exige não ter os seus amigos, a sua carreira, os seus divertimentos, se bobear não deixa nem sair de casa a não ser pro trabalho, pra igreja ou pra visitar a sogra.
E se você é contra e for ver porque é contra, vai achar um monte de lixo que você tem na cabeça, tipo a moral da falta de sexo ou o machismo de encrenqueiro freqüentador de buteco.
Você vai perguntar: você é casada? Não sou. E quando você for casada você acha que vai conseguir deixar o seu marido transar com outra numa boa? Vou, porque amar é querer ver bem. E quem se incomoda se o marido transar gostoso com uma bela mulher é uma mulherzinha que não tem conteúdo pra manter um homem sem usar a buceta ou um filho.

Alguns vão perguntar: se não é pra ter exclusividade, pra que casar? Casar é uma coisa muito séria pra ser baseado só em sexo. Um casal tem que ter alguma coisa pra ter prazer de estar um com o outro, um não pode isolar o outro do mundo, e os dois não podem estar juntos só por causa de uma obrigação e porque um só tem o outro pra fazer sexo em paz.
Casamento aberto é pra casal que tem cabeça e conteúdo. É pra quem não precisa usar o sexo pra prender alguém do sexo oposto.
Um dia desses eu escrevo sobre ciúmes. Beijos.
Abigail Pereira Aranha



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