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domingo, 25 de março de 2012

Desenvolva o humor e o sarcasmo

Abigail Pereira Aranha

O que as pessoas pobres de espírito querem na vida infernizando as pessoas com um mínimo de decência e inteligência? Três coisas, basicamente: serem levadas a sério, calar as verdades que elas não gostam e fazer os nobres de espírito tão infelizes quanto elas. O deboche, a ironia, o humorismo, o sarcasmo quebram as pernas dessa turma nos três pontos.

Mas veja uma coisa: a piadinha que realmente funciona revolucionariamente é a que diz uma verdade que estão tentando calar. Piadinha com defeitos físicos, racismo, etc é mau gosto. É até ponto para o adversário.

Preste atenção a uma coisa: qual a pessoa com a qual você não pensaria em fazer uma piada? Pode ser ESTA a pessoa que MERECE uma piada. Por quê? Porque esta pessoa pode estar parecendo muito imponente para ter algum defeito ou muito forte pra humilhar alguém, mas tudo isso pode ser (é) uma farsa que ela monta pra própria vida.

Quando você fizer ou vir alguém fazer uma piadinha e alguém não gostar, e você sabe que a piada não foi de mau gosto, não se preocupe com o que a pessoa vai dizer de porque não gostou. Os pobres de espírito não têm sabedoria pra admitir o dedo na ferida, nem caráter suficiente pra dizer por que uma piadinha os ofendeu, nem sanidade suficiente para você responder ao que eles dizem. E as vezes o piadista só acertou no que não viu. Vamos falar de novo, a gente está ficando meio insistente, no caso do Rafinha Bastos. O dedo na ferida (talvez ele nem pensou nisto, mas se pensou ele falou bem) foi o tanto de tribufu que já inventou estupro só pra prejudicar homem (ou foi estuprada mesmo por algum pobretão). Como ele mesmo disse: "você já viu uma mulher gostosa na TV reclamando que foi estuprada?" Aí, para as odeio-pica do movimento feminista e os descargas de TPM amiguinhos delas terem assunto pra falar (ou assunto pra DESVIAR), o cara teve que ter dito duas ou três frases que pudessem ser desviadas do assunto. Aí está a história do rebuliço da frase dele "toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia pra caralho".

Não se esqueça: pessoas com um mínimo de decência estão em guerra que o resto do mundo está travando contra elas. Então, o nosso problema não é estar em paz com mulheres que odeiam sexo (lésbicas enrustidas), com cachaceiros fracassados, com mulherzinhas que vivem com cara amarrada. Quando o assunto é pessoas nobres contra espíritos pobres, o nobre que vai de bandeira branca volta com um buraco na testa. O problema não é como manter a paz, mas como acertar mais tiros e ser menos acertado.

Quem ri e aceita o riso (não a zombaria) merece respeito.

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E-mail: saindodalinha2@gmail.com

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