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quarta-feira, 16 de maio de 2007

Não ouça os mais velhos

Não ouça os mais velhos que não tiveram vida própria e nunca se arrependeram

Não ouça os mais velhos que só contam casos bons de quando eram novos

Não ouça os mais velhos que esqueceram todos os sonhos quando casaram e tiveram filhos

Não ouça os mais velhos que riem quando não deviam

Não ouça os mais velhos que têm como maior orgulho os bens que ajuntaram, quantos filhos e netos têm, os casamentos das filhas e como foram e são religiosos

Não ouça os mais velhos que namoram ou transam com alguém bem mais novo que só olha pro dinheiro deles e contam vantagem

Não ouça os mais velhos que dizem que tentar mudar o mundo é coisa de jovem que não sabe nada da vida

Não ouça os mais velhos que mal deixam os filhos adolescentes saírem de casa

Não ouça os mais velhos que sonham muita coisa sempre pro futuro, mas o hoje é só de sacrifício e paciência

Não ouça os mais velhos que podem dar centenas de exemplos de pessoas que ficaram ricas só trabalhando direito e tendo fé em Deus

Não ouça os mais velhos que contam como a justiça de Deus não falha, mesmo quando ela demorou anos e muito ímpio já conseguiu mais do que aquilo

Não ouça os mais velhos que não conversam com gente de outra religião, nem deixam cônjuges e filhos que moram com eles conversarem

Não ouça os mais velhos que dizem que esse mundo é de sofrimento

Não ouça os mais velhos que nunca se perguntaram como sabem que Deus existe

Não ouça os mais velhos que acham que sem religião e polícia o mundo não vai ter duas pessoas agindo como gente uma com a outra

Não ouça os mais velhos que já foram sem religião, usaram drogas, beberam, transaram com muita gente, pixaram muros e agora são muito religiosos e falam como é ruim viver sem Deus

Não ouça os mais velhos que, qualquer coisa que você pensa em fazer, sempre sabem de alguém que fez e não deu certo

Não ouça os mais velhos que, qualquer coisa que você faça, já fizeram (ou alguém da família fez) e se deram melhor que você

Não ouça os mais velhos que vivem reclamando da vida e das pessoas em volta dela

Não ouça os mais velhos que só tratam mal subordinado, filho, cônjuge e as poucas pessoas com quem podem conversar

Não ouça os mais velhos que erram 99% do que falam e quando acontece o 1% ficam falando que sabiam o que ia acontecer

Não ouça os mais velhos que dizem que fazem ou faziam numa tarde o que você não faria o dia inteiro nem se trabalhasse à noite

Não ouça os mais velhos que com você falam mal de todo mundo e bem de você

Não ouça as mulheres mais velhas que já namoraram e paqueraram muito, mas um dia viram que era hora de casar pra cumprir o papel de mulher madura e responsável

Não ouça as mulheres mais velhas que eram muito bonitas, cansavam de ter homem dando em cima, mas só transaram com o marido ou obrigadas (e tem histórias horríveis pra contar)

Não ouça as mulheres mais velhas que acham que virgindade e exclusividade sexual são os tesouros de uma mulher

Não ouça as mulheres mais velhas que acham que a melhor coisa que ensinaram para as filhas foi a moral cristã

Não ouça os mais velhos que sabem mais sobre a vida das pessoas do bairro do que sobre política

Não ouça os mais velhos que julgam uma mulher por se ela é casada ou não, pelo emprego do marido e pelo pra quem ela já deu

Não ouça os mais velhos que avaliam uma pessoa por quanto ganha, pela fama e pela posição

Não ouça os mais velhos que pararam os estudos, mal lêem um jornal, mas não vêem mal nenhum em serem alienados

Não ouça os mais velhos que nunca pensaram por que um homem fica com várias mulheres porque é homem e uma mulher fica com um homem só porque é mulher

Não ouça os mais velhos que nunca pararam pra pensar porque o dia do casamento pra mulher é o dia mais importante da vida dela e pro homem é o dia em que ele vai pra coleira

Não ouça os mais velhos que pensam pior de um ateu do que de um político ladrão

Não ouça os mais velhos que acham que o mundo era bom no tempo deles de jovens e agora está perdido porque ninguém respeita a Bíblia, porque existe internet, porque os jovens não tomam mais benção dos velhos, etc

Não ouça os mais velhos que acham que só por ser pai, chefe ou mais velho qualquer imbecil merece cerimônia

Não ouça os mais velhos que dizem que têm muito que aprender pra parecerem modestos, mesmo cheios de cabelos brancos

Não ouça os mais velhos que dizem que velhice traz sabedoria

Não ouça os mais velhos que dizem que a velhice é o auge da vida de uma pessoa

Gente assim eu não trato mal nem dispenso o que pode oferecer de bom. Mas agora eu só dou atenção pra quem pensa de verdade, sabe de verdade, quando aconselha diz algo que presta, sabe pôr pra cima quando alguém precisa e faz o que pode pra viver de verdade.

Abigail Pereira Aranha

segunda-feira, 23 de abril de 2007

A criminalização do sexo

Abigail Pereira Aranha
Já reparou que parece que sexo é crime?
Os homens e algumas mulheres só se casam por causa do sexo e as mulheres sabem disso, mas todo mundo finge que não. O menor de 18 anos nem pode ver ou ouvir falar daquelas coisas (apesar de que antigamente a mulher se casava na adolescência). Houve um tempo em que uma mulher só ficava sabendo alguma coisa sobre sexo depois de casada. E nesse tempo, mesmo um casal não conhecia o corpo um do outro.
O sexo, supostamente de tão sujo, mal pode ser mencionado. Não podemos falar "daquilo" com qualquer pessoa, especialmente se for mulher. Se você quiser acessar pornografia, deve ser maior de 18 anos. Mesmo assim, não é bom ser visto acessando em uma lan house ou uma sala de informática. Se você estiver no local de trabalho, seu emprego está em risco. Se você estiver em casa, dá um problema em família. Há um filtro de internet em alguns países, como a Arábia Saudita, que faz esse acesso nem ser possível. Uma "zona", uma boate ou uma casa que tenha prostitutas geralmente precisa ser em um lugar "discreto". Quantas jovens foram expulsas de casa no passado por engravidarem ou simplesmente perderem a virgindade sem casamento? Quantas moças tiveram aborrecimentos e sofreram represálias depois de um conhecido vê-las em uma revista, uma página ou um filme pornográfico? Uma mulher ganha olhada torta simplesmente por não parecer sexualmente reprimida, mesmo que não tenha uma vida sexual muito ativa. Até pouco tempo, o adultério também era crime.
E por que o estuprador é odiado até entre os presidiários? O estuprador, mesmo sendo um monstro despolitizado e sem ideologia formada, se volta contra o princípio "se quiser, só no casamento". Mesmo que os que cometem o estupro não devam ser apoiados, a ação contra eles tem por trás uma repressão contra uma espécie de crime contra a propriedade. Não é só a propriedade da mulher vítima sobre o próprio corpo, aquele corpo é, de certa forma, patrimônio da família também, mesmo no Brasil de hoje em que a mulher não tem problemas de conseguir casamento por não ser virgem. E o estuprador nem precisa ser pego pela polícia, ele pode ser linchado por qualquer grupo de cem pessoas que esteja por perto. Isso não é só para reparar uma agressão, é para garantir a todas as mulheres que o sexo será feito pelos critérios delas mesmas ou da família, com desprezo à heterossexualidade masculina. Então, a oferta do sexo quase desaparece e a maioria dos corpos femininos alcança o preço de um casamento ou de um "caso", sendo oferecidos pelas mulheres de forma um pouco menos grotesca do que uma droga a um viciado.
Você já deve ter visto ou ouvido falar de uma campanha pela legalização da prostituição. Quem é contra e quem é a favor tem cada um os seus erros, mas por trás desse assunto tem o assunto do sexo. A prostituição é ilegal em muitos países. Mas olha só, não é só questão de religião. Um dos países onde a prostituição rende prisão tanto para a prostituta quanto para o cliente é o cristão capitalista Estados Unidos. Outro é a atéia comunista China. Os argumentos contra a prostituição se dividem em duas partes: hipocrisia de humanidade e provincianismo cristão. Mas da parte da verdadeira preocupação com a dignidade e o bem-estar da prostituta, é justamente a legalização da prostituição que protegeria a prostituta. Mas os "bons costumes" fazem uma sociedade fazer da prostituta o seu boneco de judas, uma representação física da sexualidade que os homens não querem ou não podem admitir perante a sociedade e que as mulheres não aceitam em seus esposos. Quem é contra legalizar a prostituição não está preocupado com rede de prostituição, a dignidade das prostitutas, etc. Quem é contra a pornografia não está preocupado com AIDS, indústria do sexo, etc. Aliás, já houve um tempo em que os crimes sexuais eram divididos em contra "mulher honesta" e contra "mulher pública", os últimos punidos com penas mais leves.
Ah, e mesmo que fosse verdade que a prostituição e a pornografia são sempre ligadas ao crime organizado, isso levaria a outros problemas. 1) O que impede uma prostituição ou uma pornografia não-criminosa, além de uma lei que torna essas atividades criminosas sem nenhuma justificativa razoável? 2) Por que um homem querer ver um corpo feminino decente ou fazer um sexo decente deve ser caso de polícia? 3) O crime organizado é uma organização que, por definição, consegue eliminar pistas dos crimes, interagir com o poder constituído e, por isso mesmo, ganhar muito dinheiro, certo? 4) Quando se criminaliza ou se pune com mais rigor uma coisa já explorada pelo crime organizado, o que a polícia faz além de pegar pequenos criminosos e infernizar gente honesta? 5) Vamos derrotar o crime organizado só legalizando a inveja destrutiva da beleza de outras mulheres e do orgasmo alheio?
O sexo não-reprodutivo, sem coerção jurídica e agradável ainda é inaceitável para a maioria das pessoas. Vamos nos lembrar de que termos como "fuder", "prostituição", "orgia" e "putaria" são palavrões e ofensas com significados genéricos ("prostituição doutrinária", por exemplo).
Observe que a anti-sexualidade é "pureza"; a mulher que se porta como dessexualizada é "honesta", "direita", entre outros adjetivos; o homem que se porta como dessexualizado é "sério", "puro"; um hotel que não permite encontros sexuais é "familiar"; uma literatura com sugestão de sexo deixa de ser "sadia"; e assim por diante. E nisso, não há cristão ou muçulmano, capitalista ou comunista, machista ou feminista, ocidente ou oriente. Ou melhor, há todos. Mas por que tudo isso? Há alguma razão plausível que faça da sexualidade um mal, uma falha de caráter, mais indesejável que a ganância ou a desonestidade? Nada.

terça-feira, 10 de abril de 2007

Felicidade e alienação não combinam

A gente é forte, saudável, inteiro, tem dinheiro, tem bom emprego, tem esgoto em casa. E aí, vamos esquecer os problemas do mundo que não nos atingem?

Ser feliz não é ser alienado. E ser inteligente não é não rir nunca. Se você lê muitos livros, jornais, revistas, tem cursos, tem muita experiência em alguma coisa, não é possível que você só viu coisa ruim.

A vida tem muita coisa boa. Algumas a gente até aproveita. No fim de semana, no que sobra do salário, nos lugares que dá pra ir a pé, com as pessoas que podem conversar com a gente, etc. Mas a vida é muito mais do que muita gente acha e vive. E pra você fazer uma daquelas coisas que você vai dizer "puxa, salvei a semana" ou "essa eu vou contar pros meus filhos", primeiro você tem que estar acima da mediocridade da maioria, segundo é como se você cometesse um crime hediondo.

Eu conheci gente muito legal, e algumas pessoas eu tenho certeza que eu ajudei a serem mais felizes e melhores como pessoas, mas se eu fosse cristã, casada, submissa, tonta, eu não ia conversar com essas pessoas.

Eu sou alegre e não respeito frescura de religião e sociedade, e convivo com gente que não suporta felicidade e inteligência.

Tem algumas coisas que eu já fiz e recomendo em matéria de sexo, só que se eu falar e você tem cabeça pequena, ainda mais se for mulher, você vai achar um horror, e olha que nem é coisa bizarra. E não foi nada com parceiro fixo, que eu nunca tive.

Eu já brinquei, assisti filme, bati papo e outras coisas com várias pessoas que gostam de mim, mas a gente tinha que driblar as esposas, os maridos, os pais, as fofoqueiras de janela da rua, os puxa-sacos do serviço, etc porque elas não podiam ser vistas comigo.

Não dá pra achar que está tudo bem. Não dá pra ficar sem pensar. Se você viver alienado, na velhice você vai falar dos bens que conseguiu juntar, dos maridos das suas filhas, dos seus casos de quando você era novo, do seu trabalho na igreja e dos seus escândalos em defesa da moral e dos bons costumes.

Abigail Pereira Aranha

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Esse texto eu fiz pra responder aquele texto "Seja um idiota", do Arnaldo Jabor

sábado, 7 de abril de 2007

Violência doméstica e por que é tão difícil encontrar um homem sério

Abigail Pereira Aranha
Como tudo começa
Que tem muita mulher que apanha do marido todo mundo sabe. Mas por que? Será que homem é tão covarde? Alguns são. Mas e a mulher, é sempre coitadinha? Não, e eu vou explicar por que.
De acordo com as feministas, nós mulheres aprendemos desde pequenas que a mulher tem que arranjar marido e filho pra ser alguém. Brinca com boneca, aprende serviço de casa, essas coisas. Mas não tem tanta mocinha que arruma namorado esquisito e sai pra rua igual uma prostituta (nada contra prostituta) pra parecer rebelde? Mas algumas rebeldes com 25 anos, se não têm marido, têm pelo menos filho.
Então a Maria procura um homem moralista, que ganha bem, que passa segurança, que dá presente todo mês, que diz eu te amo pelo menos cinco vezes por dia, que vai dar vida boa pros filhos, que vai ser só dela e ela só dele. Aí ela conhece o José, que quer ter uma puta e uma escrava dentro de casa, mas que sabe chegar com jeitinho. Fala dele, deixa ela falar dela, fala aquelas coisas que mocinha insegura gosta de ouvir, finge que não liga pra sexo (porque mulher que não detesta é uma ou outra). Então a Maria, que já tem 23, acha que demorou muito pra achar um namorado e pensa "vai ter que ser este mesmo". Aí ele pede ela em namoro e eles namoram. Ele implica com os amigos dela (todos os homens e algumas das mulheres) e ela acha é bonito. E ainda gosta de dizer que o namorado é ciumento e encrenqueiro. Alguém fala umas verdades do benzinho dela e ela ainda acha ruim. Ele só deixa ela sair se for com ele e ela ainda pensa "ai como ele me ama". O pai mal deixa ela sair de casa e fica vigiando os dois e ela aceita. Eles se casam.
E a Ana está atrás de casamento pra dizer que é a mulher do Fulano e ter boa vida nas costas de homem. Ela quer um homem que ganha bem, que aceita ela fazer escândalo por qualquer coisa e que seja bom de cama (é o que ela diz, mas ela não gosta tanto assim de sexo). Então ela conhece o João, que é faxineiro e ganha um salário e meio, mas diz que é mestre de obras e ganha quatro. Ela pensa "é esse mesmo". Ele esconde quanto ganha, qual o trabalho, onde trabalha, onde mora. E ela querendo gastar o dinheiro do João, quer presente, quer passear em lugares elegantes, e ele faz o que pode. Eles se casam. Ah, e a Ana está grávida.
E a Isabel nem é muito exigente. O que ela quer mais é um homem pra fazer sexo, porque ela gosta mas não quer ser vista como galinha. Que ele seja bom de cama ela faz questão. O resto, só quer que ele a respeite, a ajude, enfim, que seja um bom companheiro. Aí ela conhece o Pedro, achou ele bonito, confirma que ele é bom de cama mesmo e eles começam a namorar. Eles fazem coisas do arco da velha na cama (e em outros lugares), e agora que ele sabe do que ela é capaz, ela fica até com medo de a história correr, ela ficar com fama de sem-vergonha e se perder aquele namorado, não conseguir arranjar outro homem. Porque até hoje tem homem que acha que, se a mulher não transa como se estivesse sendo obrigada, é porque ela é puta de zona e pode dar pra qualquer um. Eles se casam.
E aí a Maria vê como o José é, como se não soubesse, a Ana descobre quem é o João, a Isabel descobre quem é o Pedro. E toda semana é discussão, é surra, é humilhação, elas não querem sexo e eles obrigam. Eles bebem, têm outras mulheres na cara delas, não deixam elas trabalhar, ou deixam e torram o dinheiro delas, não deixam elas estudar, não deixam elas conversarem com outro homem. Já viram que algumas mulheres que apanham até terminam o relacionamento mas logo depois voltam? E umas que o marido quase mata, mas elas perdoam, amam o marido, não podem viver sem ele? E por que elas aceitam caladas? É medo? Também, mas muitas vezes elas não querem ficar sem marido, têm filho pra criar, já abandonaram os amigos, já brigaram com a família.
Como evitar violência e homens que não valem a pena
Ah, e porque toda mulher que larga um homem violento só arruma outro? É azar? São os homens que não prestam? Se você ainda não se casou nem ajuntou, sabe como você pode evitar apanhar de marido e se decepcionar com homem?
1. Aquela conversa de que a gente não manda no coração é coisa de garotinha boba que vê novela. Se você gosta de alguém que maltrata você, pode ser porque você não gosta de você mesma, pode ser uma ambição sua de domar um canalha.
2. Ciúme não é amor. Se o seu namorado é ciumento, dê uma dura nele, se for o caso termine.
3. Não tenha vergonha de gostar de sexo e não ligue o sexo ao casamento. Já explico por quê.
4. Se só porque um ex-marido te batia, um ex-namorado te chifrava você vai correr de homem, você está dando bobeira. Você não está se protegendo, você está fugindo até da vida. Você vai perder muitos bons amigos e muita coisa boa da vida enquanto está se encolhendo no seu canto. Não, você não está evitando se ferir, pelo menos não tanto quanto está evitando coisas boas da vida e dos homens.
Se você já é casada
Se você já se casou e já tem filhos, dê parte na polícia, se separe e comece a sua vida. Se você parou de trabalhar, volte. Se precisar de ajuda e tiver com quem contar, não se envergonhe de procurar. Mas, acima de tudo, não use um homem mau como justificativa para injuriar os bons. Seja pelo menos educada com os homens e vai receber muito mais deles, mesmo de alguns cafajestes, mas principalmente dos homens que prestam.
Goste de sexo, assuma que gosta e faça sem compromisso
O que isso tem a ver com o assunto? É porque muitos homens só querem namorar e casar pra poder comer a namorada. Porque a boba só quer transar se for casar depois achando que está se valorizando, e quer segurar o homem com o sexo. Ou então ela não tem coragem de fazer sexo com mais de um homem (calma, por enquanto eu só estou falando de não ter um homem só na vida, hehehehe). Goste de sexo e assuma. Se você não gosta de sexo, aprenda a gostar. Melhor, tente se abrir sexualmente com um homem que presta que você conhece, e que você sabe que pode ser discreto caso não queira se expor. Não é ser galinha, nem tarada, nem doente, nem vulgar, é gostar e não tentar esconder que gosta.
Vão falar mal de você? Vão. Vão isolar você? Vão. Mas não ligue. Você gosta de filme pornô, tem revista de sexo e tem gente condenando você? É quem não gosta de sexo que tem que ter vergonha. Você fala na cara coisa que todo mundo faz e pensa mas ninguém assume e alguém chama você de desbocada? Melhor ser desbocada que hipócrita. Mas isso é melhor do que parece, eu falo por experiência. Primeiro que se o homem sabe logo se você pode dar pra ele ou não, isso evita amolação pra vocês dois. E se todo mundo sabe que você não fica com um homem só, quem for respeitar você vai respeitar e quem tiver cabeça pequena vai ficar infernizando de longe (você se acostuma). O homem que quer sair toda semana com uma mulher diferente enquanto a esposa nem conversa com amigo homem não vai querer namorar você, mas pode deixar, não é você que ele vai agredir e proibir de estudar. E se o sexo não tem aquela obrigação de ser só com tal pessoa, é mais gostoso, é mais variado, não pesa pra um satisfazer o outro, pode ter uma amizade além do sexo. A hora que você deixar de se fazer de assexuada, de moça de família, de enfiar a cara no trabalho e nos estudos pra fugir de homem, você vai ver o quanto você vai curtir. Muitos homens que acham que ou você é uma assexuada ou é uma puta de zona que faz qualquer coisa com qualquer um. É só dar um chega pra lá bem dado e pronto.
Tem tanta moça solteira que reclama "ai, como eu queria um homem sério, que gostasse de mim, mas os homens só querem me comer". Que problema você tem com o sexo, meu bem? Dói? Dá ânsia de vômito? E o homem que vai se casar com você porque você é novinha, bonitinha, submissa, beata, não chega perto de homem direito e sabe cozinhar é só um cafajeste que quer uma esposa pra empregada, mãe dos filhos dele e dar só pra ele, depois que ele cansou de ficar com uma mulher atrás da outra. Ou então ele nunca foi na zona nem ficou com uma mulher porque é um frouxo moralista. Se você é inteligente, alegre, simpática, forte, amiga, trabalhadora, você vai achar muito homem pra gostar de você. Eu sou assim (bom, não sou uma Mulher Maravilha) e tenho vários homens que gostam de mim pelo que eu sou e transam comigo, fora muitos outros que gostam muito de mim e eu deles mas a gente não transou ainda. Se eu quisesse me casar, eu tenho certeza que eu ia conseguir, mas só vou fazer isso se eu puder ajudar o meu amor a ser feliz também. E se ele não se incomodar de eu transar com outros homens e eu indicar umas amigas pra ele também, hehehehe. E aí, quem tem coragem?
Um motivo que faz algumas mulheres se casarem é poder fazer sexo em paz. Isso é bobagem. Não quer ficar falada, não é o caso de casar, é só escolher bem os homens e ser discreta. Mas quem presta conta da vida sexual dos outros é quem tem mais problemas na sua própria. Tem senhora que fala de menina que foi estudar com colega da escola e que quando chegar em casa o marido vai brigar com ela e vai gozar e deixar ela na mão. Quem não quer ficar mal falado pelo povo, quando morrer é que vão ver que já esteve vivo. Alguns falam do que outras pessoas fizeram exatamente porque elas fazem alguma coisa e quem fala não faz nada.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Seu vizinho deixa água parada no quintal?

Abigail Pereira Aranha
Vou aproveitar o assunto do combate à dengue para abordar a questão da submissão do indivíduo a um Estado totalitário. Não é nada contra a campanha da dengue.
Pouco antes da epidemia de dengue, houve uma demissão de 5500 agentes de saúde. A crise foi fabricada para apresentar a uma população assustada uma solução que não seria tolerada em outra situação. Já temos casas arrombadas com amparo judicial para eliminar focos do Aedes aegypti. E nós mesmos já recebemos a visita de um agente de saúde (do Estado) em nosso domicílio. Mesmo que a ação do Estado seja justificável no aspecto da saúde pública, convém não nos acostumarmos. Nos acostumarmos a um Estado que alerta que é calamidade hoje o que era sensacionalismo ontem e diz o que fazer ou não em uma comunidade sem iniciativa própria, desagregada e desinformada.
Já podemos denunciar bandidos foragidos no Disque Denúncia (também nada contra). Podemos denunciar usuários de salas de informática que não façam "bom uso" dos computadores. Os cristãos já podem denunciar não só comunidades do Orkut envolvidas com pedofilia, também as que contrariem a sua visão da sexualidade como pecaminosa e indesejável, também as que contrariem seu lema de que o Cristianismo é a verdade absoluta e o cristão é a encarnação da virtude e da ética.
A privacidade, o anonimato e (o que está fora do assunto aqui) a liberdade de expressão, que são as últimas proteções de pessoas sem intenção de prejudicar quem quer que seja contra governos arbitrários e civis de mente limitada, são mostrados como ameaças. São mostrados como esconderijos de malfeitores e pessoas indisciplinadas para atos que prejudicam ou ameaçam a nação, que nessa hora deixa de ser uma entidade fantasmagórica com uma curiosa existência autônoma para incluir as pessoas que vivem no território dela. Já vimos no jornal quebras de sigilo telefônico ou bancário revelarem planos de terríveis criminosos, outros terríveis malfeitores presos com a ajuda de imagens de câmeras de vigilância e terríveis criminosos presos após uma revista da polícia movida por uma "atitude suspeita". O sucesso brasileiro e mundial do Big Brother e de programas similares (que são, na melhor avaliação, vazios de conteúdo) é um sinal aterrorizante.
E quem vigia o quintal do vizinho contra o mosquito da dengue pode achar uma garota de 16 anos com o vizinho no quintal, oferecendo serviços e diversões que a mulher vigilante não oferece nem pro marido. Dizem que a minha aula particular é divertida pras duas cabeças.
O bisbilhoteiro da vida alheia e a pessoa de má índole, quando atiram um desafeto pessoal ou alguém do grupo alvo de seus preconceitos particulares (culpado ou inocente) no calor da "caça às bruxas" da ocasião, já deixaram de ser as pessoas desprezíveis que são para serem cidadãos honrados envolvidos na solução de uma calamidade nacional. Foi assim na luta contra o comunismo no Brasil da ditadura militar e é assim na luta contra os "terroristas" nos Estados Unidos pós-11 de Setembro, para citar dois exemplos.
E por falar em caça às bruxas, o católico romano da Inquisição tinha o peso da responsabilidade de denunciar, com ou sem provas, qualquer suspeito de heresia, em especial os de sua própria casa. Se conhecesse um suspeito e não o denunciasse, pagaria multa ou seria expulso do país. Aquela época era de um mundo assombrado: pessoas com epilepsia, com problemas psiquiátricos, com deformidades físicas ou mesmo canhotas estavam possuídas ou afligidas por demônios, se não aliadas com eles. E o abrigo para esse mundo assombrado por demônios era a Igreja. Hoje, o Estado pode ser o abrigo para o cidadão que pode ser atacado por um criminoso em qualquer praça, contrair uma doença venérea na primeira transa fora de seu relacionamento estável, ficar sem energia elétrica se não pagar uma conta mais alta e gastar menos, perder um filho arrastado preso ao próprio carro levado em um assalto ou morrer por uma picada de mosquito. Os nossos colegas de serviço ou escola são nossos concorrentes, metade dos indivíduos do nosso sexo querem nosso(a) namorado(a), os rapazes querem se aproveitar das nossas filhas adolescentes e o nosso vizinho, além de invejar o que temos, pode estar criando mosquitos no quintal.
"Big Brother zeals for you" (O Grande Irmão zela por ti) - "1984". Novamente, nada contra a campanha contra a dengue.

sábado, 3 de março de 2007

Mulher sexualmente livre de verdade, Flávio Gikovate? Só se for eu

Eu recebi este texto do Flávio Gikovate de um amigo por e-mail

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A mulher sexualmente livre; a de verdade

Tenho insistido no fato de que a indústria pornográfica tem nos imposto um modelo de mulher que está fundado no fingimento. Têm um comportamento sexual que, mesmo falso, seria o dos sonhos dos homens: aceitam todo o tipo de prática, têm uma postura geral de submissão (ajoelham-se para fazer sexo oral neles), dão demonstrações ruidosas de prazer, especialmente quando são penetradas. Isso tanto na penetração vaginal como anal. Dizem várias vezes que estão gozando, de modo que estariam tendo orgasmos fáceis em qualquer destas circunstâncias. A submissão chega ao extremo quando elas oferecem a face para que os homens ejaculem.

Não dão sinais de estarem tendo prazer tão intenso quando são os homens que fazem sexo oral nelas. Isso parece ser apenas uma das preliminares, e que acontece sempre de forma um tanto rápida (exceção talvez ao sexo oral que elas fazem neles, mais demorado e cheio de sofisticações). É tudo muito diferente da vida real, onde homens e mulheres gostam muito dos prolongados beijos na boca, nas carícias manuais por sobre a roupa, da descoberta delicada e pausada das partes dos corpos que vão se mostrando aos poucos. Tudo sempre intercalado com beijos na boca e também em outras partes da cabeça e pescoço.

A realidade é que a grande maioria das mulheres se excita mais facilmente por meio da estimulação do clitóris do que da penetração vaginal ou anal. Os beijos mais ardentes são parte essencial do processo de entrar no clima erótico. São o sinal de que se pode ir adiante. É o modo como o tom romântico caminha para o erótico, completamente diferente. Sim, porque o erótico é mais grosseiro, mais rude, mais "mamífero" e um pouco mais vulgar. Isso é verdade também na realidade e é assim que tem que ser porque a atmosfera romântica encaminha mais na direção da ternura do que do tesão.

A descrição que faço certamente está prejudicada pelos meus olhos masculinos e pelos erros que cometo na empreitada de tentar penetrar na forma como sente uma outra pessoa - e tão diferente, ao menos neste aspecto, como é a mulher com relação ao homem. Mas a impressão que tenho é a de que as mulheres de verdade, e que são verdadeiramente livres do ponto de vista sexual, vão, aos poucos, se entregando à excitação que toma conta delas à medida em que são tocadas. As mulheres são muito sensíveis aos estímulos tácteis, de modo que aquelas que não têm medo e nem freios de outra ordem (ligados, como regra, ao desejo de controlar a relação) vão entrando num clima de entrega, de se deixarem perder naquele amontoado de sensações. Vão se abrindo. Isso pode ou não vir acompanhado de manifestações ruidosas, sendo fato que um volume maior de ruídos não indica obrigatoriamente maior intensidade de sensações.

As mulheres são particularmente sensíveis à estimulação clitoridiana justamente porque lá se encontram terminações nervosas em grande concentração, o que provoca a máxima intensidade da excitação determinada pelos estímulos tácteis. O mesmo não acontece durante a penetração vaginal, órgão essencialmente reprodutor e pobre em terminações nervosas (se a vagina fosse muito inervada, as dores do parto seriam insuportáveis, já que nesta ocasião terá que passar um feto cujo diâmetro da cabeça é de cerca de 15cm). É claro que existem estímulos eróticos que derivam de aspectos simbólicos e não apenas da estimulação nervosa. Assim, uma mulher pode gostar de se sentir penetrada - possuída, como se dizia antigamente - pelo homem que ela gosta.

Este é o momento para reafirmar que todo este processo de se descontrair e de se descontrolar, de se entregar de corpo e alma à estimulação sexual, costuma acontecer apenas quando a mulher está transando com um parceiro que seja pessoa amada; ou então, amiga e conhecida o suficiente para que possa se estabelecer um clima de confiança e segurança a ponto dela se soltar da forma que descrevi. Assim, ainda que o amor não participe intensamente da hora da transa, o fato do parceiro sexual ser o objeto do amor e da confiança aumenta muito as chances de uma mulher conseguir a proeza de se deixar levar por sua excitação sexual.

Acredito que algumas mulheres aprendam a lidar com sua sexualidade de uma forma tão serena e segura que consigam se deixar "embriagar" pela excitação erótica mesmo com um parceiro que mal conhecem. Porém, são poucas. Aliás, são poucas as mulheres que querem efetivamente aprender a serem assim: tão donas de si e de sua sensualidade. A maioria prefere mesmo o relacionamento com parceiro sentimental. Isso tem a ver também com o que acontece no final, quando homens e mulheres saem deste estado de êxtase solitário (sim, porque a intensidade erótica muito intensa nos faz presos a nós mesmos e sem condição de olhar muito para o parceiro) e sentem muito prazer em encontrar a seu lado aquele a quem amam. É bom registrar com ênfase que o vazio relacionado com o fim da relação sexual talvez seja até maior no homem que na mulher. Ou seja, os rapazes que evitam o sexo sem compromisso estão mesmo é pensando no buraco no estômago que irão sentir no final.

Enfim, o que quero passar é que a mulher sexualmente livre "viaja" corajosamente em suas sensações de excitação, experimenta ou não orgasmos (o que não é tão importante quanto se pensa) e depois gosta mesmo é de "aterrisar" no ombro do companheiro querido.

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Pra começar, quem condena a pornografia na verdade condena o sexo. A pornografia mostra a mulher aceitando tudo? Mostra. Mas quem conhece sabe que a maioria das cenas não têm desrespeito nenhum, e as outras cenas cabeludas têm mulheres que gostam (não é qualquer mulher, mas tem). E ainda tem homem que foi educado ouvindo que mulher digna não mostra prazer na cama. Será que pelo menos pra alguns não é esse o problema? E o resto é o que eu sempre falo. Pra muita gente, o sexo é uma coisa suja, horrorosa, pecaminosa, que não deve ser falada e muito menos mostrada, tão nojenta que só o sacramento do matrimônio pode limpar, e, para essas pessoas, é esse o problema da pornografia.

E é óbvio que apesar do título "mulher sexualmente livre", ele está é bajulando a própria esposa e as vadias enrustidas que lêem a coluna dele na revista Cláudia. E também é óbvio que se ele fez sexo decente com outra mulher (além da esposa), ele está com sentimento de culpa.

A parte das preliminares eu até concordo também que são importantes. Eu adoro sexo oral, do homem em mim e de mim nele. Uns beijinhos, uns abraços, uma pegadinha aqui, ali, e às vezes uma idéia maluca que vem na cabeça dele ou na minha (tipo passar mel na minha buceta ou no pau dele). Mas sem frescuragem, aquela coisa de pisar em ovos porque a mulher não gosta do negócio e tem que ser tipo tapeada ou bajulada. E outra, como eu tenho uma cara de ratazana de igreja (quando eu estou na rua, usando óculos e roupa comprida), tem hora que dá uma oportunidade com um gatinho, e aí eu que mexo com ele. Nessas horas, nem eu encontro mulher sexualmente livre nem os meus gatinhos se lembram de ter ouvido falar de alguma.

E aquela velha história de que a mulher faz sexo só com amor (ou melhor, com casamento ou promessa de casamento). Se a mulher não vê o sexo como uma obrigação do casamento, ela vale menos. E se ela não se segura, aí que não vale nada mesmo. Quem acha que sexo sem compromisso dá um vazio depois, é porque nunca teve coragem de fazer, ou então fez e teve azar de uma experiência ruim. Eu nunca tive namorado, transo com homens bem selecionados e sempre foi bom. Se os dois (ou mais de dois) tiverem respeito e carinho, será que mesmo assim vai ser ruim, só porque não é no sagrado laço do matrimônio? Eu transo mais gostoso com alguns amigos que muita mulher com o benzinho dela, e sou tratada com bem mais respeito também.

Mas onde o autor foi deprimente é que ele chama a mulher do filme pornográfico, que ele mesmo diz que faz um sexo decente como os homens gostam, de fingida para chamar a beata hipócrita de mulher sexualmente livre. É o tipo do inverter as coisas e chamar de outros nomes. A mulher sexualmente livre primeiro era a bruxa que dava até pro Demônio, depois era a prostituta, depois a maluca drogada que espalhava AIDS e agora é a esposinha semi-frígida? Fala sério. Ah, e o cara descobriu que a mulher sexualmente livre é a mulher de um homem só.

Eu vou falar o que é mulher sexualmente livre. Mulher sexualmente livre não é uma puta ou uma doente mental, mas também não é a santa na rua e a puta de um homem só no quarto. Mulher sexualmente livre é aquela que não tem vergonha de conversar com um amigo pensando no que os outros vão falar. Mulher sexualmente livre pode não transar fora do casamento, mas não é por medo de AIDS. Pode nunca querer transar com dois ou mais de uma vez, mas não é porque se ela fizer isso ela vai ser abaixo de puta de zona. Mulher sexualmente livre não amarra o parceiro ao casamento.

Quer conhecer uma mulher sexualmente livre? Prazer, meu nome é Abigail P. Aranha, estou fazendo 16 anos este mês, então não posso entrar no motel, mas tenho quase dois anos de experiência, faço um programa completo, atendo casais (só tenho alergia a mulher), atendo grupos de amigos, só que não sou prostituta, eu faço é por gosto mesmo.

Abigail Pereira Aranha

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Mulher tem que ser reprimida, devota ou burra?

Abigail Pereira Aranha
Se não usa minissaia, é freira.
Se usa minissaia, é porque está quente.
Se é contra o aborto, é atrasada.
Se não quer parecer homem, é uma trouxa atrasada.
Se não luta contra os homens, não é feminista.
Se gostar de sexo, tem que se satisfazer com o namorado, senão é doente ou puta.
Se falar de sexo o que pro homem todo mundo acha normal, é puta.
Se gosta de ver homem pelado, tem problema de cabeça.
Se dá por tesão, não se valoriza.
Se é atéia, tem ódio no coração.
Se não vê novela nem sabe fofoca, não se enturma.
Se leu alguma coisa proveitosa que não passa na televisão, custa a achar com quem conversar a respeito (e quando acha, geralmente é homem).
Se é inteligente, é antipática (algumas mulheres antipáticas são só metidas a inteligentes mesmo).
Se as idéias chamam mais a atenção que o corpo, tem mulher virando a cara (e alguns homens também).
Se não escreve como uma fútil, alienada e assexuada, ou é puta ou é homem
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