Pesquisar este blog

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Abigail sobre o incesto

Abigail Pereira Aranha

Papai, agora que eu fiz 16 anos e comecei a trabalhar, descanse um pouco. Pai, o sr. me deu amor e me preparou para o mundo, agora vai me ter dentro dele. Muito obrigada por tudo! Olhe aqui o resultado da comida e dos cuidados que o sr. trabalhou para me dar. Feliz Dia dos Pais!

Eu fiz um cartum para o Dia dos Pais que pareceu defesa do incesto, uma garota adolescente mostrava os seios para o pai. Mas foi só piada mesmo, foi uma homenagem ao meu pai e às minhas piadinhas que nem sempre dão certo. O meu pai já viu e até gostou. Do desenho. Os meus melões ele viu também, algumas vezes em que eu estava com amigos na casa deles, mas se ele gostou, eu preferi não perguntar. Eu já disse algumas vezes que eu gostaria de transar com o meu pai, mas não é o incesto em si que eu defendo. Eu também não teria problema em dar para os meus quatro irmãos homens. Nem se eles viessem juntos, hehehehe. Se eu tiver um filho biológico, eu não teria problema em dar pra ele, pelo menos não por ele ser meu filho.

Eu não defendo o incesto, mas nenhuma das objeções à prática em si tem uma base que não seja sexo para reprodução ou risco maior de doenças hereditárias. Para o sexo não-reprodutivo, parece não sobrar argumentos.

Mas como eu posso dizer que eu não defendo o incesto se eu digo que gostaria de levar a pistola do meu pai na minha periquita? Porque eu sou contra a família, eu não vejo um valor especial da família como instituição, e o incesto, em última análise, reforça os laços familiares. Uma feminista radical, Shulamith Firestone, disse que "o tabu do incesto é necessário agora apenas para preservar a família; então, se nós acabarmos com a família, na verdade acabaremos com as repressões que moldam a sexualidade em formas específicas". Mas parece que ela errou na primeira parte: não é o "tabu do incesto" que preserva a família, é a sacralização da família que cria o "tabu do incesto". Por sinal, vamos à Bíblia. Abraão era meio-irmão de Sara (Gn 20:12), Isaque era primo do pai de Rebeca (Gn 24:15) e Jacó era primo de Raquel e Lia (Gn 28:2), e eles foram os ancestrais de Israel. Se não fosse esse detalhe, a história do povo de Israel podia não ter chegado até o Êxodo, não como um povo com aquela identidade. O povo israelita chegou a Canaã com uma lei que proibia o casamento com estrangeiros (Dt 7:1 - 4) e mandava que quando um homem morria casado e sem filhos, o irmão do homem devia se casar com a viúva (Dt 25:5). Não era para eugenia. Era para preservar uma identidade cultural. Por isso que a mesma lei proibia o incesto, não só porque a endogamia não faria mais sentido, era também porque o incesto, aqui, seria a introdução de uma outra cultura, a dos canaanitas, por isso a mesma parte da lei é onde se proíbe o sexo com mulher menstruada, o sexo homossexual e o sexo com animais (Lv 18 e 20).

Mas mesmo desprezando a família, eu consigo amar a minha família. Porque a minha família é muito melhor que a média. O meu pai, a minha mãe e os meus irmãos são pessoas muito amáveis, corretas, inteligentes. Se o meu pai fosse um de muitos homens que eu conheço, eu o odiaria e ele a mim. Não são o meu pai e os meus irmãos, são as pessoas que eu amo. Bom, a minha mãe e as minhas três irmãs, eu tenho um amor heterossexual.

A questão do incesto também tem a ver com o próprio valor daquele grupo familiar específico: eu gostaria de ter aquela pessoa como amiga, como colega de trabalho ou como vizinha se ela não fosse meu pai, minha mãe, meu irmão, minha irmã? A valorização da família acima de qualquer outro grupo de pessoas, de qualquer opção de atividade, de qualquer escolha que vai influenciar o futuro, tem uma probabilidade quase certa de ser a inversão histérica da visão nítida de que aquele grupo é ridículo, sem nada especial e, talvez, daninho para a vida daquela pessoa. Se nós formos conhecer a biografia de prostitutas e atrizes pornôs que entraram no ramo por opção, nós vamos ver coisas vindas de pai e mãe que não são comuns entre inimigos declarados. Então, a exaltação da família como símbolo do amor é Síndrome de Estocolmo caipira.

Então, vamos tentar imaginar o incesto desde o começo. Não é o começo do que vocês estão pensando. Vamos pensar numa história de namoro bonito da vida real. É muito mais que sem-vergonhice e tesão reprimido, né? Aliás, como o casal se apaixonou? Interesses comuns, ideias muito parecidas, valores em comum, algumas coisas de trabalho ou de diversão que os dois gostam de fazer juntos. Ou os dois não se parecem muito, mas têm um núcleo em comum e sentem que se completam onde são diferentes. Um incesto é a mesma coisa entre uma filha e um pai ou entre um casal de irmãos. Muitos casais perdem a paixão depois que se conhecem. Você já imaginou uma pessoa que conhece você ou que você conhece desde a infância se apaixonar por você? A condenação do incesto também tem um pouco de inveja.

Bônus: um caso em um print screen compartilhado por um amigo por mensagem enquanto eu escrevia esse texto


Meninas, preciso desabafar uma situação que aconteceu há uns dias atrás.

Tenho um filho adolescente, e uma outra menina de 10 anos. Ambos de relacionamentos diferentes. Há 3 semanas atrás, eu levantei de madrugada para ir na cozinha beber água e tals. Quando estou passando pelo corredor, vi que a luz do quarto estava acesa e, curiosa, fui dar uma olhada no buraco da porta para ver se meu filho estava dormindo ou acordado, e pedir para apagar a luz e ir dormir. Foi aí que tudo aconteceu! Quando eu olhei pelo buraco, meu filho estava acessando esses sites pornográficos e SE MASTURBANDO.

Fiquei abismada com a situação!

Não sabia se o repreendia por aquela situação, ou se deixava pra lá. Pois não gosto de ser essas mães chatas que ficam invadindo espaço. Mas enfim. Fazia um bom tempo que não via o órgão do meu filho. Fiquei chocada (pela idade dele) pelo tamanho do PIU PIUZÃO que ele tem. Sabe daqueles pênis cabeçudos, grossos, cheios de veias, cheio de nervos, que a gente fica apaixonada quando vê? Pois bem... incrível! Porém ele é meu filho, e não posso pensar nessas coisas. ADMITO! Enfim, tô há alguns dias sonhando com isso, e infelizmente, tive alguns sonhos devassos, inclusive abocanhando O MEMBRO dele, acordei "daquele jeito", porém... me sentindo muito mal com isso. Por favor, não me julguem. Só vim aqui desabafar e pedir conselhos.

Boa tarde a todas!

Caralho! Me lembrou eu quando vi o do meu pai, uma vez que ele estava com a minha mãe no quarto. Na parte do conselho, colega, prefiro me abster. Fiquei me imaginando na sua situação e melhor eu não dizer o que eu faria no seu lugar.

Um comentário:

Abigail Pereira Aranha no VK: vk.com/abigail.pereira.aranha
E-mail: saindodalinha2@gmail.com

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

AddThis