1) Ilustração
Eu estava organizando o texto quando achei a imagem acima[1]: "Não é uma pandemia. É um teste de QI."
2) Introdução
Eu comentei uma vez sobre o meu estranho hábito de traduzir em 4 idiomas textos meus sobre atualidades do Brasil, em algum ano antes da fraudemia da gripe chinesa. O motivo pra isso, eu dizia, era compartilhar com leitores não-lusófonos alguma coisa relevante e não-regional que eu aprendia da minha experiência cotidiana. A intenção era essa também com leitores de Portugal, Moçambique e Angola, que eu sabia que tinha. E a minha experiência cotidiana, ou a sua, é a de uma pessoa que vive em algum lugar do mundo, fala algum idioma, é homem ou mulher, etc. No meu caso, eu sou uma mulher brasileira, que vive no Brasil e fala português. Por um lado, isso me leva a escrever coisas que eu não diria (ou nem saberia) se eu fosse dos Estados Unidos ou do Norte da Índia. Por outro lado, se eu não for uma pessoa intelectualmente pequena, eu posso apresentar, como moradora do Brasil, uma reflexão que um leitor dos Estados Unidos, da Índia ou mesmo de outro país lusófono não vê de forma corriqueira; ou mesmo no Brasil, eu posso apresentar, como uma garota que nasceu e mora no estado de Minas Gerais, uma observação não corriqueira para um leitor do estado do Pará ou do estado de Pernambuco. E nos meus relatos breves da minha vida de licenciosidade, eu também trago pontos para reflexão. Depois desse comentário, o caso da "plandemia", ou "panicodemia", me mostrou que o resto do mundo é ainda menos diferente do Brasil do que eu imaginava naquela época.
Numa revisão rápida, o Mensalão foi um esquema do partido do então presidente Lula, o PT (Partido dos Trabalhadores), para subornar congressistas do que devia ser a oposição para garantir apoio ao presidente no Congresso Nacional; e o Petrolão foi um esquema do mesmo partido de desvio de dinheiro da empresa de economia mista Petrobrás, dinheiro que também serviu pra comprar apoio no Congresso, mas que se aplicou mais ao financiamento de uma militância de esquerda ilegal pra apoiar o governo e atacar a oposição dentro e fora da política formal. O Mensalão foi denunciado em 2005, o Petrolão foi denunciado em 2014, depois de descoberto por acaso em uma investigação de um lava-jato em Curitiba (daí vem o nome de Operação Lava Jato).
Depois do escândalo do Mensalão e antes do escândalo do Petrolão, quais foram as lições que o brasileiro médio e alguns brasileiros não tão médios aprenderam? 1) Todos os partidos "roubam" (mesmo que o esquema em questão seja único na História do Brasil), então vou votar no candidato que vai arrumar a minha vida e a da minha família (Bolsa Família, sistema de cotas nas universidades públicas, indústria do divórcio, etc.). 2) Se você colocou carne na mesa do pobre, mesmo que só em uma propaganda que esconde os méritos do antecessor, você ganha o voto dele. 3) Se você colocou o filho do pobre na universidade, mesmo que só em uma propaganda que esconde os méritos do antecessor, você ganha o voto dele. 4) Subordinar o Poder Legislativo e o Poder Judiciário ao Poder Executivo no nível nacional é menos grave que qualquer esquema de desvio de dinheiro público no nível estadual ou municipal, desde que o valor em dinheiro seja menor.
O ano da revelação do Petrolão foi um ano de crescimento zero no PIB do Brasil. Mesmo com uma imprensa paga via Petrolão, o povo não ganhava nada em ignorar a dificuldade da Administração Pública nos três níveis em pagar seus funcionários e fazer obras públicas ao mesmo tempo, a retração da indústria no Brasil, a perda da credibilidade do diploma universitário brasileiro e, a partir daquela época, os problemas que o ativismo de esquerda pago via Petrolão estava trazendo mais perto da vida cotidiana do cidadão comum. Aquele ano era eleitoral, a então presidente concorria à reeleição. Antes da eleição, naquele ano, ela tinha mais de 60% de rejeição. Depois da eleição, quando ela estranhamente foi reeleita, veio uma série de protestos pelo impeachment, por mais de um ano e meio. Mas na época das manifestações por este impeachment, o brasileiro médio e alguns brasileiros não tão médios aprenderam duas outras lições: 5) Simpatizar com qualquer político que não seja do PT pra esquerda é "idolatrar político". 6) Política é comparecer a duas eleições a cada 4 anos a contragosto, com a indignação de passar um domingo a cada dois anos sem tomar cerveja.
Em que deu o Petrolão? Essencialmente, o meio impeachment da senhora azarada que estava na Presidência do Brasil na época do escândalo, Dilma Rousseff (ela perdeu o cargo sem perder os direitos políticos). Em que deu o Mensalão? Nem um meio impeachment. O presidente Lula conseguiu, depois do escândalo, a própria reeleição e a eleição da senhora azarada.
3) O PT do Brasil, a "panicodemia" mundial e o pacto de burrice
Eu dei essa revisão rápida sobre política brasileira pra ilustrar os problemas da combinação da mesquinharia e da trapaça com a preguiça intelectual e a burrice. Algo parecido já está acontecendo no caso da CoViD-19, e não só no Brasil. E algo análogo ao escândalo do Petrolão em escala mundial seria uma esperança. Agora explico por que.
Quando estava em preparação o decreto da "pandemia" (sim, foi um decreto da ONU), parece que nem no Primeiro Mundo havia quem lembrasse que máscaras faciais eram usadas por pessoas com doenças transmissíveis pelas vias respiratórias, não por pessoas saudáveis para não pegar a doença; ou que pessoas com gripe forte se isolam elas mesmas em suas casas enquanto as pessoas saudáveis seguem suas rotinas diárias. A pessoa com Síndrome do Pânico do tal coronavírus hoje (vulgo "pandeminion") podia levar uma boa reprimenda da ela própria do primeiro semestre de 2019. Mas alguém apitou #StayHome, os cachorros correram pra casa. Eu uso a imagem de cachorros, mas perto da "pandemia", os cachorros de Pavlov eram estudantes de Filosofia. Você já vai entender por que. Seriam duas semanas de isolamento social, mas os casos da doença aumentaram. Redução da circulação mais máscaras faciais para sair de casa seriam suficientes, mas os casos da doença aumentaram. Devíamos escolher entre empresas falindo e mais mortes, mas tivemos as duas coisas. Devíamos escolher entre fazer denúncias dos encontros de amigos na vizinhança e ter mais mortes, mas tivemos as duas coisas. Mas até aqui, só teóricos da conspiração e irresponsáveis viram que alguma coisa estava errada; os cachorros de Pavlov pelo menos associavam elementos de linguagem a elementos do mundo real. Então, chegou a vacina. Vamos testar se essa coisa realmente funciona? Não, porque há pressa, mesmo que a doença em questão tenha menos de 5% de letalidade, em geral de pessoas idosas ou com comorbidades que poderiam ter morrido (ou morreram) de algo como pneumonia comum, hepatite ou AVC. Mas essa coisa realmente funciona e pode levar você de volta a uma vida normal? Não, segundo os próprios defensores.
Quando tivemos as denúncias do Mensalão e do Petrolão aqui no Brasil, ainda tínhamos pessoas simplórias do povo que disseram, inclusive pra si mesmas, que era tudo conspiração da mídia contra um presidente honesto que governava a favor dos pobres, e fim da conversa. O caso da "plandemia", ou "panicodemia", é mais grave ainda.
Só a aceitação geral, em si, de um combate a uma doença tão contrário às Ciências Médicas e ao interesse público, e mesmo ao conhecimento público do ano anterior, já é uma porta de entrada para ainda mais absurdos e arbitrariedades. Assim como a vigarice mesquinha, em si, das pessoas que esperavam ganhar desde um pagamento sem trabalho (que foi o caso tanto de benefício indevido no Auxílio Emergencial quanto de funcionários públicos) até a vingança contra a derrota do partido do Petrolão na eleição para a Presidência da República (aqui, você deve ter notado que eu peguei o caso do Brasil). Mas exatamente isso pode jogar toda a porcaria sobre quem ajudou a construi-la desde o começo. Se essas pessoas precisam de um desvio grande de dinheiro público para perceberem que algo está errado, o terão; se precisam de censura em postagens despretensiosas nas redes sociais, a terão; se precisam da perda de alguém próximo pra vacina em vez de para o vírus mortal, a terão. E será sorte dessas pessoas se reagirem a tempo de evitar uma carteira de moeda digital ligada ao certificado digital de vacinação, este vinculado aos documentos pessoais e sem o qual um cidadão não pode entrar no comércio do bairro.
A simples possibilidade de efeitos colaterais de uma vacina com meses de criação é assunto proibido. Mas quando milhões de pessoas no mundo tiverem algum efeito colateral ou morrerem, e então vai ser difícil proibir o assunto na "mainstream media", algum culpado vai ser penalizado. Mas o melhor que pode acontecer é cada fabricante de vaChina ficar com a roupa do corpo pra pagar indenização pras vítimas de doenças graves, o que ainda é pouco. E isso o próprio governo chinês pode provocar, como uma estrela-do-mar solta uma das próprias pontas pra escapar de um predador. O governador do estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, sofreu impeachment por desvio de dinheiro destinado para combater a "panicodemia".[2] O momento de pânico de saúde pública é um bom ambiente para obras sem licitação, compra de equipamentos médicos que nunca serão postos em uso ou valores exagerados para compra de sabonete líquido, mas ele não foi o único prefeito ou governador que fez isso. Poderiam ser "descobertos" outros casos parecidos?
É verdade que não poucos eleitores do atual presidente brasileiro Jair Bolsonaro são eleitores arrependidos do PT. Mas se houvesse autocrítica entre a maior parte dos eleitores do PT, e também do povo brasileiro em geral, eles veriam que o que salvou o PT na revelação de dois escândalos que destruiriam qualquer outro partido foi a aliança dos seus eleitores (e muitos dos que não foram) com a pequenez de espírito, a trapaça, a farsa, a inveja, a preguiça e o semianalfabetismo. Algo semelhante vai acontecer na Síndrome do Pânico da CoViD-19, mas mesmo para pessoas bravamente conservadoras e anticomunistas, é difícil explicar isso agora. Por falar em cristãos conservadores e antissocialistas, eles também se encaixam no problema da falta de autocrítica. Primeiro, eles foram uma oposição de dogmas, clichês e campanha eleitoral interiorana quando era necessária uma oposição de integridade mental contra a estupidez, pelo menos no Brasil e nos Estados Unidos. Segundo, apresentar a penetração do Partido Comunista Chinês como oportunidade econômica foi suficiente, desde uns 20 anos atrás, para muitos deles deixarem o antiesquerdismo para espantalhos como a feminista pavorosa que defende o lesbianismo e a luxúria com homens; assim como, hoje, eles aceitam o combate socialista contra o Cristianismo e a economia nacional desde que use o disfarce de emergência de saúde pública.
O Brasil saiu do Petrolão com o PT ainda funcionando como um partido normal. A fraudemia pode passar com todos os quebradores de cada economia local ou nacional seguindo uma vida econômica, jurídica, profissional ou política mais ou menos normal.
O golpe do vírus chinês vai trazer uma série de consequências danosas em vários países do mundo que qualquer vaca inculta pode ver na própria vida, a maioria das quais ela nem se lembra de onde vieram. Então, ele vai deixar a mesma lição bíblica que o Mensalão e o Petrolão deixaram no Brasil: "a repreensão penetra mais profundamente no prudente do que cem açoites no tolo" (Pv 17: 10).
NOTAS E REFERÊNCIAS:
[1] conspiracybot, 25 de julho de 2021 às 22:49, https://twitter.com/conspiracyb0t/status/1419475031948546052.
[2] "Tribunal aprova por unanimidade impeachment de Witzel, que fica inelegível por 5 anos", G1, 30 de abril de 2021, https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2021/04/30/tribunal-especial-abre-a-sessao-para-decidir-impeachment-de-witzel-1.ghtml.
Texto original em português sem fotos e vídeos de putaria no A Vez das Mulheres de Verdade: "O Petrolão da CoViD-19 e o preço da estupidez", https://avezdasmulheres.blogspot.com/2021/08/petrolao-da-covid-19.html. Texto original em português com fotos e vídeos de putaria no A Vez dos Homens que Prestam: "O Petrolão da CoViD-19 e o preço da estupidez", https://avezdoshomens.blogspot.com/2021/08/petrolao-da-covid-19.html.
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