Duas matérias publicadas quase no mesmo dia já mostram algumas coisas que eu já estava tentando explicar. A primeira foi um relato na Sou Mais Eu, 14 de julho: "Criei minhas três meninas fazendo pornô". Era a Márcia Imperator. Não foi um daqueles relatos de ex-atrizes como se isso fosse o fundo do poço para um ser humano, mas aqui houve um outro problema que eu já esperava ver: "ninguém tem o direito de me julgar". Como os meus leitores e amigos sabem, eu defendo a pornografia. Mas essa matéria foi um lixo. Vamos lembrar umas coisinhas de Lógica, antes de eu explicar por que: 1) um argumento inválido é um que não tem necessariamente uma conclusão verdadeira quando todas as premissas são verdadeiras, pode ter todas as premissas verdadeiras e a conclusão falsa; 2) um argumento, inclusive um argumento válido, pode ter uma conclusão verdadeira tendo alguma premissa falsa; 3) um argumento inválido pode ter uma conclusão verdadeira (que, portanto, não é provada por aquele argumento). Agora, vamos lá: ela disse "meu trabalho é honesto e ninguém tem o direito de me julgar" depois de dizer "não queria que elas [as minhas filhas] passassem as dificuldades que passei". São duas verdades, pornografia é um trabalho honesto e ela estava precisando de dinheiro. Mas vem cá, você já viu uma assistente administrativa do serviço público dizendo que tem curso universitário, fez o concurso público para aquela vaga porque estava desempregada e depois dizendo que aquele trabalho é honesto? O "ninguém tem o direito de me julgar" já entrega: ela não acredita que o trabalho sexual que ela fez não é condenável, o que ela acredita ou tenta acreditar é que ela própria não deve ser criticada faça ela o que fizer.
O princípio de que uma mulher pode julgar Deus e o mundo (literalmente) e não está sujeita a nenhuma medida-padrão é o que define o Feminismo. Uma mulher com mentalidade feminista pode fazer ativismo contra a pornografia porque não gosta de sexo ou fazer ativismo a favor porque vê a questão sexual como controle social e quer ser rebelde. Aqui não tivemos uma argumentação razoável, só uma defesa de vaidades de uma mulher que por coincidência foi atriz pornô. Não é por acaso que essa matéria está na revista Sou Mais Eu. Se você não teve paciência para ver a capa dessa revista nas bancas ou se você não é do Brasil, vou mostrar uma lista de matérias só na primeira página quando eu acessei: "Passei no X-Factor Brasil e decidi não participar"; "Casei com o homem que recebeu o coração do meu falecido marido"; "Eliminei 50 kg em um ano!"; "Ganho a vida maquiando mortos"; "Make Periferia: 'Lucro R$ 2 mil vendendo maquiagem no morro'"; "Sou Uber e meu marido é taxista"; "Dieta: 'Emagreci 48 kg e me casei com o meu personal'".
A segunda matéria foi do dia 13, atualizada dia 14: "Polícia abre procedimento para investigar gravação pornô no Rio". Foi uma cena de um filme pornográfico gravada em uma praia que estava deserta na hora, a praia do Recreio. Alguém viu o vídeo de divulgação, não a cena ao vivo, contou o caso como se estivesse passando ali na hora, saindo de casa, colocou algumas fotos do material de divulgação como se tivesse tirado as fotos ao vivo, isso no dia 12. Os comentários da postagem na página Rio de Nojeira eram como se fosse o fim do mundo (alguns realmente disseram isso). No dia 13, foi aberta uma investigação policial. Por que a polícia não foi chamada na hora? Pronto, já temos a Júlia Velo do Conservadorismo. O autor comentou no Facebook:
Eu que nunca roubei, nunca matei, nunca agredi, sou um péssimo exemplo de ser humano. Porque gravei um vídeo adulto no começo da Praia do Recreio (área sem residências em frente). Em circunstâncias que a faziam DESERTA. Absolutamente ninguém foi constrangido. Os vídeos que vazaram foram feitos por homens que assistiam o ato, concordaram com ele e observavam se alguém se aproximava. Não houve nenhum problema naquele dia (nublado, frio e durante a semana), não foi apresentada nenhuma denúncia as autoridades ou queixa a mim. Mas voltando a questão de ser um péssimo exemplo... Por outro lado, diariamente, percebo a ação de ótimos exemplos de seres humanos. Alguns, inclusive, fazem da fé, da religião um aliado para ratificar sua onestidade. Eita! Cade o H? Sei lá... mas isso quer dizer alguma coisa.
É preciso dar voz e brigar por direitos de pessoas como eu. Que trabalham na chamada indústria do sexo. E tenham certeza que, ao brigar por esses direitos, também estarei/estaremos brigando por interesses em comum. Respeito e tolerância nunca são demais.
(Brad Montana, 14 de julho às 22:00, https://www.facebook.com/BradMontanaProduction/posts/931708570272410)
O Brad Montana nos conta que a atriz teve o perfil hackeado, teve problemas conjugais e não pôde entrar na própria casa. O engraçado é que não apareceu nenhuma lesbofeminista para dizer que o homem (o ator) não teve problemas.
Fui pesquisar uma entrevista não me lembro com quem onde o entrevistado conta um caso de um homem assassinado na praia, e dessa vez a praia estava cheia, e achei a piada de humor negro pronta: quase três meses antes, 19 de abril, na mesma praia do Recreio, um policial foi assassinado ("Policial militar é morto a tiros na Praia do Recreio, Zona Oeste do Rio", G1, 19/04/2016). O que deu? A notícia mais recente que eu vi foi de um mês depois, mencionando este caso de passagem e ligando esse a outro caso de assassinato ("Disputa por pontos de caça-níqueis pode ter motivado tiroteio no Recreio", O Dia, 18/05/2016, http://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2016-05-18/policia-investiga-se-tiroteio-em-clube-foi-motivado-por-briga-de-milicianos.html). Pelo que parece, dá nada pra nós (eles).
Outra: umas 60 horas depois da postagem do Rio de Nojeira que deu origem ao escândalo, o Reinaldo Azevedo nos conta que "Haddad vê crime na exibição da bandeira nacional! E isso não é uma piada! STF nele!!!" (15/07/2016 às 03:02). É que a prefeitura de São Paulo interpreta que a bandeira do Brasil na fachada da FIESP é campanha política e viola a Lei Cidade Limpa. Outra: foi já no mandato do presidente interino Michel Temer, final de maio, que foi aprovada uma lei obrigando os motoristas a usar farol nas estradas durante o dia, sob pena de multa (e já foram alguns milhares). Ou seja, o sistema judiciário que pode julgar o Brad Montana é uma palhaçada de fato e de direito.
O que liga tudo isso? É que tudo aconteceu junto. Podemos ter uma revista dedicada à vaidade feminina junto com um antifeminismo conservador que ainda consegue ser levado a sério pela polícia. Podemos ter no mesmo dia uma ex-atriz pornô dizendo que não tem vergonha da carreira, uma atriz ainda atuante sofrendo represálias por uma cena de um filme que vazou e o produtor tendo de se explicar na polícia. Podemos ter uma Polícia Federal que não investiga o PT e polícias em geral servindo a militância esquerdista na promoção do banditismo enquanto a Polícia Civil age em defesa da moral e dos bons costumes. Portanto, podemos ter o pior do Conservadorismo convivendo com o pior do progressismo. Ah, e por falar em pior, o código-fonte da página da Sou Mais Eu é meio avacalhado, hehehehe.
Bom, o Brad Montana fez uma crítica ao falso moralismo dos religiosos e dos direitistas. Eu sou ateia e defendo a fornicação e a pornografia, mas quase todos os meus amigos no Facebook são cristãos tradicionais ou direitistas, em geral os dois. Mas isso não me impede de entender a visão dele, que podia ser a minha mesma: ele tem motivos de sobra para ver os cristãos como sexualmente frustrados, retrógrados, semiletrados, intolerantes, infelizes e, por isso mesmo, repressores da sexualidade alheia. Só que os meus amigos costumam ser mais inteligentes do que isso, hehehehe. Mas eu mesma já digo há alguns meses que o Liberalismo-Conservadorismo só está sendo levado um pouco mais a sério hoje porque a esquerda está fazendo muita burrada.
Então, uma mulher que saiu da indústria pornográfica não pode ser julgada, no sentido de crítica; uma mulher ou um homem que ainda está dentro pode ser julgada ou julgado, e no duplo sentido.
Apêndices
"Criei minhas três meninas fazendo pornô", Revista Sou mais Eu, 14 de julho de 2016. Disponível em http://soumaiseu.uol.com.br/noticias/jornal/criei-minhas-tres-meninas-fazendo-porno.phtml.
Criei minhas três meninas fazendo pornô
Gravei 14 filmes eróticos porque precisava da grana: não queria que minhas meninas passassem as mesmas necessidades que eu na infância
Reportagem: Thaís Helena Amaral
Meu trabalho é honesto, ninguém tem o direito de me julgar | Crédito: arquivo pessoal
"Transar você já vai de qualquer maneira. Melhor fazer isso ganhando dinheiro e sustentar suas filhas do que fazer de graça e passar fome". Foi assim que meu pai reagiu quando contei pra ele que tinha recebido uma proposta para trabalhar num filme pornô, em 2001. Fiquei feliz por saber que ele e minha mãe me apoiavam. Encarei aquilo como uma oportunidade de sair do sufoco e dar às minhas três filhas uma condição melhor de vida do que eu tinha tido na infância, trabalhando na roça e passando necessidade. Todo mundo faz sexo. Qual o problema de as pessoas me verem fazendo?
Sonhava em sair da roça e ter uma vida melhor
Comecei a ajudar meus pais na lavoura aos 7 anos. Não foram tempos fáceis. Quando havia uma colheita ruim, a gente passava fome. Por isso, assim que cresci um pouco mais, aos 14 anos, me agarrei ao que considerava uma boa oportunidade para deixar a casa dos meus pais: me casei com um trabalhador do campo da nossa região, no interior de Santa Catarina. Só que ele não tinha a menor ambição. Ao contrário de mim, meu companheiro planejava passar o resto da vida plantando em sua terra, perto de sua família. Tivemos três filhas e um casamento bastante conturbado, que terminou quando eu tinha 21 anos. Aí, aluguei uma casinha em Florianópolis (SC) e ralei muito para sustentar minhas meninas. Trabalhei como faxineira, ajudante de cozinha, doméstica... Só que, por mais que eu me desdobrasse, o dinheiro nunca era suficiente. Então, em 1999, pra me livrar de um namorado possessivo, acabei me mudando para a casa de uma amiga em São Paulo.
Participei de um teste para um quadro na TV
Essa minha amiga tinha conhecidos na TV e conseguiu que eu fizesse algumas pontas em programas de auditório. Aí, me ofereceram um teste para participar do quadro Flagrante, do programa Eu Vi na TV, com o João Kléber, que passava na RedeTV!. Como eu nunca tinha assistido, não sabia do que se tratava, mas topei mesmo assim. Chegando lá, a produtora achou que eu tinha mais o perfil de outro quadro, o Teste de Fidelidade, em que uma atriz ou ator sensuais tentam seduzir alguém a pedido do seu cônjuge. Quando eu disse que não tinha namorado, ela logo perguntou: "Topa ficar de calcinha e sutiã e beijar o convidado?". Eu estava solteira, era bonita e segura do meu corpo. Por que não? Mandei tão bem que eles me aceitaram na hora! Me divertia gravando o quadro e, aos poucos, fui ficando conhecida. Só que, quando chegava o pagamento, era uma tristeza só: cerca de R$ 1.000 por mês. Quando completei um ano no programa, fiquei muito conhecida e não podia mais fazer o quadro. Por isso, fui dispensada. Passei a fazer shows de strip-tease pelo Brasil até encontrar um empresário que me convidou para fazer um filme pornô. Uau!
Consultei meus pais e minhas filhas antes de aceitar a proposta
A primeira coisa que fiz foi conversar com meus pais para ver o que eles achavam. Expliquei que o pagamento era uma bolada (cerca de R$ 30 mil por meia hora de filme!) e que eu gostaria de fazer. Eles sempre confiaram nas minhas escolhas e disseram que me apoiariam. Também conversei com minhas filhas, que na época estavam com 11, 9 e 7 anos. Elas não entendiam muito bem a situação, mas percebiam que o que eu estava fazendo era pelo bem delas. E era mesmo. Eu queria proporcionar o melhor para minhas meninas. Não queria que elas passassem as dificuldades que passei. Além do mais, poderia fazer aquilo de uma forma profissional. Afinal, quem não faz sexo? A única diferença é que as pessoas iam me ver fazendo. Conversei com meu namorado na época e ele disse que não se importava. Então, topei o convite e fui fazer os testes de aids e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) que eles nos pediam.
Na primeira cena, fiquei supernervosa e travei
No primeiro dia de gravação, achei aquilo tudo bem esquisito. Fiquei me arrumando em um quarto e só fui apresentada ao meu parceiro na hora da cena. Eles me instruíram sobre como seria o desenrolar da história e que deveríamos começar pelo beijo, para então partir para o sexo oral e, finalmente, para a penetração. Fiquei supernervosa e não consegui me soltar. Aí, o diretor pediu para que só quem era imprescindível ficasse no set e me deu um pouco de uísque. No final, bebi quase a garrafa toda! Fiquei tão à vontade que atingi o orgasmo no fim da gravação!
Perdi o namorado, mas ganhei fama e dinheiro
Quando o filme estava para ser lançado, meu namorado não aguentou a pressão e acabou me deixando. Fiquei triste, mas sabia que eu estava fazendo a coisa certa. A prova foi o sucesso do filme, que me fez receber convites para participar de outras 13 produções nos seis anos seguintes. Fiquei famosa até no exterior! Contracenei com diversos atores famosos no meio, como o Alexandre Frota. Fiz meu trabalho com muito empenho, me esforçando para me soltar e para sentir o prazer que estava demonstrando. Nunca fiz nenhuma cena que me desagradasse e, se sentisse o menor desconforto, já pedia para parar.
Minhas meninas nunca foram desrespeitadas pelos coleguinhas
Sempre agi com tanta naturalidade e de uma forma tão bem resolvida em relação ao meu trabalho que acabei passando essa tranquilidade para as minhas filhas. No colégio, elas nunca foram desrespeitadas pelos coleguinhas nem sofreram desaforo. Simplesmente sabiam que o que eu fazia era honesto e digno como qualquer outro serviço, e que era para o bem delas. Da mesma forma, meus amigos sempre me respeitaram e elogiaram o meu trabalho. Diziam que eu era uma ótima atriz e que assistiam aos filmes com suas parceiras! É claro que de vez em quando aparece algum otário que me aborda com vulgaridade. Mas sei colocar os desaforados no lugar deles.
Com minhas meninas: Michelle (27), Leila (23) e Keila (25)
Meu trabalho é honesto e ninguém tem o direito de me julgar
Queria que as pessoas entendessem que um filme pornô é uma arte e um trabalho como qualquer outro. Sei que o que fiz ajudou a inspirar outras mulheres na cama, pois muitas já me disseram que buscaram conhecer seu corpo e ter mais prazer. Desde 2007, trabalho apenas fazendo shows de strip-tease em casas noturnas e gosto muito. Não fiquei rica, mas dá pra viver com dignidade. Não me arrependo de nada do que fiz e acredito que ninguém tem o direito de me julgar!
Márcia Imperator, 42 anos, atriz, São Paulo, SP
14/07/2016 - 08:00
"Polícia abre procedimento para investigar gravação pornô no Rio", G1, 14 de julho de 2016. Disponível em http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/07/policia-abre-procedimento-para-investigar-gravacao-porno-no-rio.html.
Polícia abre procedimento para investigar gravação pornô no Rio
Investigação ficou a cargo da 42ª DP (Recreio).
Agentes irão apurar se houve crime de ato obsceno.
Do G1 Rio
13/07/2016 14h14 - Atualizado em 14/07/2016 23h28
Polícia investiga ato obsceno de atores em filmagens no Rio (Foto: Reprodução/ Internet)
A Polícia Civil instaurou um procedimento nesta quinta-feira (13) para apurar se houve crime de ato obsceno em uma praia do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. As imagens do que seria a gravação de um filme pornô circulam por redes sociais.
A 42ª DP (Recreio) ficou responsável pela investigação. De acordo coma polícia, "as investigações estão em andamento e serão intimados para depor os atores envolvidos e representantes da produtora".
De acordo com o "Extra", o casal de atores que aparece nas imagens será convocado para prestar depoimento.
"Policial militar é morto a tiros na Praia do Recreio, Zona Oeste do Rio", G1, 19 de abril de 2016. Disponível em http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/04/policial-militar-e-morto-tiros-na-praia-do-recreio-zona-oeste-do-rio.html.
Policial militar é morto a tiros na Praia do Recreio, Zona Oeste do Rio
Crime aconteceu na manhã desta terça-feira (19), por volta de 10h30.
Ele tinha jogado futevôlei e voltava para sua moto quando foi abordado.
Alba Valéria Mendonça
Do G1 Rio
19/04/2016 11h40 - Atualizado em 19/04/2016 19h50
O cabo William Ferreira da Silva, de 40 anos, foi morto por volta das 10h30 da manhã desta terça-feira (19) na praia do Recreio, entre os postos 10 e 11, na Zona Oeste do Rio. As informações são da Divisão de Homicídios da Polícia Civil, que realizou perícia no local.
Depois de jogar futevôlei na praia, a vítima voltava para pegar algum objeto em sua moto, que estava estacionada ali perto, quando foi abordada por dois homens com capacete em uma moto. O PM, que estava de folga e era lotado no 3º BPM (Méier), recebeu quatro tiros e morreu no local.
Em agosto do ano passado, outro policial foi assassinado em uma Praia da Zona Oeste da cidade. Carlos Eduardo Conceição Dias foi executado na Reserva quando estava sentado em uma cadeira de praia e foi baleado na cabeça.
Tem alguma notícia para compartilhar? Envie para o VC no G1 RJ ou por Whatsapp e Viber.
William foi morto a tiros no Recreio, Zona Oeste (Foto: Reprodução/Facebook)
PM foi morto na Praia do Recreio, na Zona Oeste do Rio (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)
Postagem da página Rio de Nojeira e resposta do Brad Montana. Disponível em https://www.facebook.com/riodenojeira/posts/1061704370532165?comment_id=570073046528731.
Rio de Nojeira adicionou 4 novas fotos.
12 de julho às 19:21
ISSO É UM ABSURDO
"Olá, boa noite, por favor não quero ser identificado. Pasmem hoje, aconteceu à luz do dia uma gravação de um filme Porno nas mediações do posto 12 do recreio dos bandeirantes sou morador daqui e tenho esposa e filha pequena isso é indignação pura. Obrigado e seguem fotos"
[Resposta do Brad Montana pelo perfil pessoal dele]
Sou o Brad Montana, o produtor em questão. Responderia pelo meu perfil de trabalho, mas estou com problema na conta, então utilizo este (que chamo de pessoal). Primeiramente, causou enorme surpresa a repercussão que gerou tal filmagem. Não é novidade alguma que no mundo pornográfico são feitas cenas em praias, seja pelas produtoras brasileiras como também pelas internacionais.
Não existem propriamente praias desertas no Brasil, já que é bem público de uso comum do povo, sendo inclusive ilegal que haja o impedimento da entrada de pessoas na praia. Ou seja, o importante é tentar evitar que pessoas estejam presentes, cabendo então aos produtores escolherem horários notoriamente com baixíssima presença de banhistas, bem como alguma ocasião que acabe por interditar a passagem de pessoas à praia. E foi exatamente o que aconteceu. A gravação foi feita em uma praia em que o trecho (Barra-Recreio) estava interditado - por conta de obras para as Olimpíadas. O que, inclusive, impossibilitou a gravação da cena em um estacionamento previamente escolhido, localizado na Praia da Reserva.
É importante destacar que a cena foi gravada às 13h e que no momento não havia banhistas e nem transeuntes nos arredores da praia. O que se justifica pela interdição supracitada, por ser um trecho sem residências (casas ou prédios) e a baixa temperatura do dia (ventava e fazia frio).
As imagens que circulam na internet são fotos tiradas pelo próprio "staff" da produtora, bem como por curiosos (cerca de 3 ou 4 homens, sendo dois funcionários do quiosque mais próximo), sabedores de um suposto filme sendo gravado e de acordo com o mesmo. As fotos foram vazadas irregularmente por estes. Vale lembrar que no momento da filmagem nenhuma reclamação/denúncia foi elaborada ou dirigida aos produtores, atores, nem para as autoridades. Logo, os que ali estavam, consentiram com o que estava sendo filmado, não havendo o que se falar em um suposto constrangimento das pessoas presentes. Ratifico: a praia estava COMPLETAMENTE deserta. Circunstâncias atípicas e que levaram a conclusões precipitadas dos internautas. Sou um homem honesto, tenho família e sobrinhos. Em hipótese alguma agiria levianamente, de modo a constranger ou chocar outros cidadãos.
Ainda a tempo: as datas e horários informados no post estão errados. Portanto, aponta para um desconhecimento das reais circunstâncias do dia, bem como se estão de fato se referindo ao mesmo vídeo. É preciso checar se houve na data de HOJE alguma gravação. Porque eu NÃO FIZ!
13 de julho às 00:53
Questo testo in italiano senza filmati di dissolutezza in Men of Worth Newspaper: "Il Puritano-Femminismo episodio 28: uomini che fanno film porno possono essere giudicati; donne che hanno fatto e cessarono di fare, non", http://avezdoshomens2.over-blog.com/2016/07/il-puritano-femminismo-episodio-28.html. Questo testo in italiano con filmati di dissolutezza in Periódico de Los Hombres de Valía: "Il Puritano-Femminismo episodio 28: uomini che fanno film porno possono essere giudicati; donne che hanno fatto e cessarono di fare, non", http://avezdoshomens2.blogspot.com/2016/07/il-puritano-femminismo-episodio-28.html. Ce texte en français sans films de libertinage au Men of Worth Newspaper: "Le Puritain-Féminisme épisode 28: les hommes qui font films porno peuvent être jugés; les femmes qui ont fait et ont cessé de le faire, ne le peuvent pas", http://avezdoshomens2.over-blog.com/2016/07/le-puritain-feminisme-episode-28.html. Ce texte en français avec films de libertinage au Periódico de Los Hombres de Valía: "Le Puritain-Féminisme épisode 28: les hommes qui font films porno peuvent être jugés; les femmes qui ont fait et ont cessé de le faire, ne le peuvent pas", http://avezdoshomens2.blogspot.com/2016/07/le-puritain-feminisme-episode-28-les.html. Eso texto en español sin películas de putaría en Men of Worth Newspaper: "El Puritano-Feminismo episodio 28: hombres que hacen películas pornográficas pueden ser juzgados; mujeres que hicieron y dejaron de hacer, no", http://avezdoshomens2.over-blog.com/2016/07/el-puritano-feminismo-episodio-28.html. Eso texto en español con películas de putaría en Periódico de Los Hombres de Valía: "El Puritano-Feminismo episodio 28: hombres que hacen películas pornográficas pueden ser juzgados; mujeres que hicieron y dejaron de hacer, no", http://avezdoshomens2.blogspot.com/2016/07/el-puritano-feminismo-episodio-28.html. This text in English without licentiousness movies at Men of Worth Newspaper: "The Puritan-Feminism episode 28: men who make porn movies can be judged; women who made and ceased to do, don't", http://avezdoshomens2.over-blog.com/2016/07/the-puritan-feminism-episode-28.html. This text in English with licentiousness movies at Periódico de Los Hombres de Valía: "The Puritan-Feminism episode 28: men who make porn movies can be judged; women who made and ceased to do, don't", http://avezdoshomens2.blogspot.com/2016/07/the-puritan-feminism-episode-28-men-who.html. Texto original em português sem filmes de putaria no A Vez das Mulheres de Verdade: "O Puritano-Feminismo episódio 28: homens que fazem filmes pornôs podem ser julgados; mulheres que fizeram e deixaram de fazer, não", http://avezdasmulheres.over-blog.com/2016/07/o-puritano-feminismo-episodio-28.html. Texto original em português com filmes de putaria no A Vez dos Homens que Prestam: "O Puritano-Feminismo episódio 28: homens que fazem filmes pornôs podem ser julgados; mulheres que fizeram e deixaram de fazer, não", http://avezdoshomens.blogspot.com.br/2016/07/o-puritano-feminismo-episodio-28-homens.html.
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