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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Vamos falar na crise sem nome

Abigail Pereira Aranha

Pessoal, nós temos falado e ouvido falar de crise de 2014 pra cá. Certo, nós temos visto desemprego, empresas fechando, empresas vendendo menos, pessoas comprando menos e devendo mais (nós, inclusive). Mas eu queria que vocês observassem uma coisa: quem sabe dizer o que é a tal "a crise"? Tivemos uma crise imobiliária nos Estados Unidos em 2007, 2008. Nós sabemos como ela aconteceu ou podemos pesquisar e achar alguém que descreveu a encrenca. A mesma coisa sobre a crise de 1929. Mas e essa? Quando muito, um ou outro analista liberal, como o Instituto Liberal, deu alguma explicação. Eu já mencionei uma campanha de uma empresa de outdoor que diz "não fale em crise, trabalhe". Qual foi a crise em que alguém disse "cale a boca"?

Vamos tentar restringir "a crise" ao governo PT. Como Lula conseguiu ser reeleito com a terceira maior votação da história da humanidade no ano seguinte à divulgação do Mensalão no Jornal Nacional? Não só isso: como ele conseguiu eleger uma sucessora? De 2003 pra cá, tivemos algumas grandes empresas falindo. Mas algumas empresas cresceram muito, como a rede Record. Tivemos um bilionário surgindo quase do nada, o Eike Batista. E por que nós temos músicos, atores e diretores consolidados dependendo de dinheiro do Ministério da Cultura? Por que nós temos grandes construtoras dependendo de pagar propinas? Por que as editoras têm queda de receita considerável só porque o governo nas três esferas solicita menos dos serviços deles?

Lula disse na mesma entrevista ao Brasil 247 que "o salário mínimo aumentou quase 74% e a inflação esteve controlada" e "as empresas e os bancos também nunca ganharam tanto", "nem as emissoras de televisão, que estavam quase todas quebradas; os jornais, quase todos quebrados quando assumi o governo". ("Lula diz que mídia nunca lucrou como na era Lula", Brasil 247, 05 de maio de 2013). Como? E o que o povão ganhou do mesmo governo? Empréstimo para aposentado, celular de menos de R$ 300,00, bolsa em universidade privada, cota na universidade pública.

Se vocês pegarem uma literatura de um partido de esquerda tipo PSTU ou PCO, ou mesmo do PCdoB antes de ser governo junto com o PT, vocês vão ver alguma proposta de colocar as empresas sob controle do povo. E este controle do povo é, na verdade, o controle deles mesmos. Isso explica tudo! O PT estatizou a economia junto com a vida social. Mas não era uma ideia de Lula ou Dilma Rousseff, é uma ideia socialista. E Karl Marx ou Paulo Freire nunca disseram que primeiro um partido socialista tem que chegar ao poder político formal e confiscar as propriedades privadas oficialmente para que o Socialismo avançasse. Mas mesmo a direita não entendeu isso, e digo "direita" no mundo. No caso do Brasil, a direita ainda defende o Liberalismo ou o Ultraliberalismo, chamado erradamente de Anarcocapitalismo, só para criticar o PT.

Ah, e tivemos também o Petrolão, que foi um esquema de empresas privadas com o PT. Tivemos empreiteiras como a Odebrecht financiando o PT em troca de favorecimento em licitações da Petrobrás, mas tivemos também o PT, já no governo, adoçando a boca de jornais, revistas e canais de televisão com verba de publicidade estatal. Mas o pior não é que a "grande mídia" se vende, é que ela precisa disso para sobreviver. Não é coincidência o colapso da economia acontecer depois do colapso do PT. É porque o PT atrelou o país. E nós ainda tivemos foi muita sorte.

Esta crise é especial porque é um pacto da imoralidade com a estupidez envolvido num pacto de silêncio, do país praticamente inteiro. Quem votou no PT pensando no FIES, ou no concurso público, ou no salário já no serviço público; quem nunca se incomodou com preferências para mulheres e negros nas empresas privadas, no lugar do mérito próprio; quem nunca se incomodou com cotas nas universidades públicas tirando candidatos legitimamente classificados; quem nunca se incomodou com colunistas medíocres na imprensa subornada via Petrolão; quem conquistou uma coluna de jornal ou um cargo de chefia muito acima do que merece; todos esses são parte do problema.

E a crise também é de inteligência. Nunca tivemos protestos de rua porque o Brasil tinha uma legião de analfabetos funcionais dentro das universidades e um dos piores desempenhos do mundo na educação básica, por exemplo. Mas a crise de inteligência também veio de uma apologia à mediocridade.

Dilma Rousseff está indo pro ralo hoje, mas não é por causa de corrupção, nem mesmo por causa das "pedaladas fiscais". É porque as próprias pedaladas foram uma lambança para esconder outras. Dilma é só um símbolo visível de muita bobagem que o país inteiro tentou não ver até que viu.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Por que as mulheres usam roupas sensuais se elas não querem atenção? Porque o que elas odeiam é sexo, não a atenção dos homens (29 de agosto, Dia da Visibilidade Lésbica no Brasil, nós vamos dar visibilidade às lésbicas)

Por que as mulheres usam roupas sensuais se elas não querem atenção?

Eles querem atenção, realmente, mas se você precisa perguntar, então elas não a querem de você.

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05 de julho


V Threepio — senhora sexy cosplay

Eu não uso roupas sensuais. Eu não uso maquiagem. Eu não depilo - nada. Nada disso me impediu de ser sexualmente agredida, ganhar assovios, ser assediada e ser perseguida. Eu tenho sofrido porque os homens são sexualmente atraídos por mim, e nenhuma escolha que eu fizer vai parar com isso. Me recusar a estar em conformidade com as normas da atracção sexual não para isso. Amarrar meus seios não para isso. Parecer gay não para isso.

Então, por que porra se preocupar?

Se eu vou ser assediada não importa o que, por que não parecer bem para as pessoas que são respeitosas e com quem eu poderia realmente querer foder?

Eu passei muito tempo culpando a mim mesma pelo assédio que recebi, e cada vez que isso acontece, eu corto uma outra parte de mim mesma. Eu paro de usar coisas que eu acho que me caem bem, assim eu não posso excitar pessoas acidentalmente. Eu paro de flertar com as pessoas, eu paro casualmente de tocar afetuosamente no caso de ser interpretada mal. Eu até mesmo parei de reconhecer conscientemente o meu próprio desejo sexual no caso em que eu acidentalmente comuniquei isso a outras pessoas.

Eu li o e-mail mais triste que eu enviei há alguns anos:

Sua afeição contínua me deixa desconfortável. É a mesma sensação de quando alguém em quem eu não estou me segura em um abraço muito tempo, ou alguém que eu não gosto o suficiente agarra meu seio como uma brincadeira. É um tipo assustador de sentimento. Eu não olho para você para baixo ou penso em você como uma pessoa má ou um tolo, mas a conversa contínua com você me faz sentir violada em um pequeno sentido. E tudo bem, eu estou disposta a tolerar isso se isso ajuda você, mas seu amor não parece bem para mim e você deve saber isso.

Eu disse a alguém que eu estava disposta a tolerar me sentir violada para que eles pudessem se sentir melhor. E, é assim que eu costumava olhar para a palavra. Eu me senti obrigada a sofrer a qualquer grau de modo que a sexualidade masculina não fosse incomodada. Eu carregava imensa culpa por homens que eram atraídos por mim e cujas atrações eu não retornava. Mas, minha sexualidade completamente desligada, e eu fiquei incapaz de formar ligações românticas com qualquer pessoa. Ser não-sexy levou a um beco sem saída miserável, estéril.

Por que as mulheres usam roupas sensuais?

Porque as mulheres têm muito tesão! Porque há poucas saídas socialmente aceitáveis ​​para as mulheres para comunicar o desejo, mas como elas se vestem é uma delas. Porque as mulheres estão procurando ser fodidas, assim como os homens.

Se elas estão com tesão, por que as mulheres não apreciam o seu flerte com elas?

Eu não sei - talvez porque você não é atraente? Eu sempre me pergunto por que essa opção nunca ocorre aos homens. Se uma mulher fosse rejeitada por um cara, seu primeiro pensamento seria "eu não sou suficientemente quente"; mas quando um homem é rejeitado por uma mulher, muitas vezes, seu primeiro pensamento parece ser "cadela, deveria ter levado isso."

Os PUA's recebem um monte de críticas, mas há uma coisa que eu aprecio neles: eles estudam o que excita as mulheres, em seguida, tentam incorporar isso. Se pudéssemos tirar um pouco da misoginia fora de toda a coisa, eu estou convencida de que a arte da sedução pode realmente ser boa para a sociedade. Na verdade, eu acho que parte da razão pela qual tanta misoginia na comunidade é que ele é tão socialmente inaceitável para um homem fazer um esforço consciente para ser atraente para as mulheres que muitos artistas da sedução têm que manter níveis elevados de sexismo para manter a sua masculinidade preservada.

Enquanto a roupa sexy pode ser uma das poucas opções disponíveis socialmente para as mulheres heterossexuais para expressar sua sexualidade, é uma opção muitas vezes negada a homens heterossexuais. A mitologia heterossexual exige que a mulher seja o objeto, e o homem seja o agressor. E, da mesma forma como as mulheres heterossexuais que expressam uma agência sexual ostensiva abrem-se até a violência, um homem heterossexual que tenta demasiado duro ser quente abre-se ao ridículo. Muitos artistas da sedução são ridicularizados por suas escolhas de moda acima do topo, que eles têm cuidadosamente selecionados para estimular as mulheres.

O que é uma vergonha.

Talvez todos esses caras perguntando "por que as mulheres se vestem de forma sexy, se eles não querem atenção?" deve se colocar um pouco mais de tempo à sua própria imagem. Os homens heterossexuais devem fazer uma declaração feminista por descobrir como ser mais quente para as mulheres e, ao mesmo tempo, não se tornando idiotas.

Em seguida, eles devem avançar no Tinder em SF, porque, sério, essa merda é sombria agora.

"Why do women wear sexy clothes if they don't want attention?", Medium, 05 de julho de 2016, https://medium.com/@emmalindsay/why-do-women-wear-sexy-clothes-if-they-dont-want-attention-16e078026010

Meus comentários

Você diz que as mulheres têm desejo sexual como os homens têm, e você está em pânico quando os homens estão interessados ​​em você. Bem, você acredita que os homens são misóginos, eles odeiam as mulheres e as usam como objetos sexuais. Você queria dizer que homens e mulheres são semelhantes porque as mulheres são misândricas, elas odeiam os homens e os usam como objetos para jogos de vaidade? Obrigada, lésbica estúpida. (Eu comentei nos originais)

Como vimos aqui, uma lésbica pode estar vestida de forma provocativa e pode dizer que ela gosta de sexo com nenhum outro objetivo além de zombar, desprezar e difamar os homens e sua heterossexualidade. Ela odeia homens e sexo, não atenção do sexo masculino. E, insisto, uma mulher que não mostra um interesse em homens similar ao que os homens mostram em mulheres é uma lésbica.

Na minha adolescência, eu tive muitos olhares de homens, enquanto meu corpo estava ficando desenvolvido. Eu recebi algumas abordagens ruins, também. Mas eu respondi a eles criticando a estupidez, não a heterossexualidade masculina. Uma coisa é gostar de mulheres, outra coisa é desrespeito. Eu disse isso para alguns homens, aliás. Mas eu via um homem olhando para mim e, geralmente, me aproximei dele gentilmente, dizendo algo como "bom dia". O homem geralmente ficava envergonhado e eu dizia "calma, você pode ficar olhando para o meu corpo, eu não estou incomodada com isso". Às vezes, eu estava acompanhada com meu pai ou algum dos meus irmãos homens. Então (não apenas quando eu não estava sozinha), tivemos uma breve conversa, mas eu fiz algumas amizades desta forma. Se eu não pudesse encontrar qualquer outra razão para ter relações sexuais com um homem bom típico ou usar roupas que lhe permitem ver o meu corpo, eu iria ter em mente que dar algo de bom para os homens bons não deve me fazer sentir mal.

P. S.: Há três dias, 52 dias após, aquela autora escreveu "Sobre ser solteira, 32 anos, e querer filhos", no qual ela diz "Eu tenho certeza que eu quero filhos. Algo como 75% de certeza". Quiá, quiá, quiá, quiá, quiá!

Abigail Pereira Aranha

Questo testo in italiano senza filmati di dissolutezza in Men of Worth Newspaper: "Perché le donne indossano abiti sexy se loro non vogliono l'attenzione? Perché quello che loro odiano è il sesso, non è l'attenzione da parte degli uomini (29 di agosto, Giorno della Visibilità Lesbica in Brasile, vi daremo alle lesbiche visibilità)", http://avezdoshomens2.over-blog.com/2016/08/perche-le-donne-indossano-abiti-sexy-se-loro-non-vogliono-lattenzione.html.
Questo testo in italiano con filmati di dissolutezza in Periódico de Los Hombres de Valía: "Perché le donne indossano abiti sexy se loro non vogliono l'attenzione? Perché quello che loro odiano è il sesso, non è l'attenzione da parte degli uomini (29 di agosto, Giorno della Visibilità Lesbica in Brasile, vi daremo alle lesbiche visibilità)", http://avezdoshomens2.blogspot.com/2016/08/perche-le-donne-indossano-abiti-sexy-se.html.
Ce texte en français sans films de libertinage au Men of Worth Newspaper: "Pourquoi les femmes portent des vêtements sexy si elles ne veulent pas attention? Parce que ce qu'elles détestent est le sexe, pas l'attention des hommes (29 Août, Journée de Visibilité Lesbienne au Brésil, nous allons donner lesbiennes la visibilité)", http://avezdoshomens2.over-blog.com/2016/08/pourquoi-les-femmes-portent-des-vetements-sexy-si-elles-ne-veulent-pas-attention.html.
Ce texte en français avec films de libertinage au Periódico de Los Hombres de Valía: "Pourquoi les femmes portent des vêtements sexy si elles ne veulent pas attention? Parce que ce qu'elles détestent est le sexe, pas l'attention des hommes (29 Août, Journée de Visibilité Lesbienne au Brésil, nous allons donner lesbiennes la visibilité)", http://avezdoshomens2.blogspot.com/2016/08/pourquoi-les-femmes-portent-des.html.
Eso texto en español sin películas de putaría en Men of Worth Newspaper: "¿Por qué las mujeres usan ropa atractiva si ellas no quieren llamar la atención? Debido a que lo que ellas odian es el sexo, no la atención de los hombres (29 de agosto, Día de la Visibilidad Lesbiana en Brasil, vamos a dar a las lesbianas visibilidad)", http://avezdoshomens2.over-blog.com/2016/08/por-que-las-mujeres-usan-ropa-atractiva-si-ellas-no-quieren-llamar-la-atencion.html.
Eso texto en español con películas de putaría en Periódico de Los Hombres de Valía: "¿Por qué las mujeres usan ropa atractiva si ellas no quieren llamar la atención? Debido a que lo que ellas odian es el sexo, no la atención de los hombres (29 de agosto, Día de la Visibilidad Lesbiana en Brasil, vamos a dar a las lesbianas visibilidad)", http://avezdoshomens2.blogspot.com/2016/08/por-que-las-mujeres-usan-ropa-atractiva.html.
This text in English without licentiousness movies at Men of Worth Newspaper: "Why do women wear sexy clothes if they don't want attention? Because what they hate is sex, not attention from men (August 29, Lesbian Visibility Day in Brazil, we'll give lesbians visibility)", http://avezdoshomens2.over-blog.com/2016/08/why-do-women-wear-sexy-clothes-if-they-dont-want-attention.html.
This text in English with licentiousness movies at Periódico de Los Hombres de Valía: "Why do women wear sexy clothes if they don't want attention? Because what they hate is sex, not attention from men (August 29, Lesbian Visibility Day in Brazil, we'll give lesbians visibility)", http://avezdoshomens2.blogspot.com/2016/08/why-do-women-wear-sexy-clothes-if-they.html.
Texto original em português sem filmes de putaria no A Vez das Mulheres de Verdade: "Por que as mulheres usam roupas sensuais se elas não querem atenção? Porque o que elas odeiam é sexo, não a atenção dos homens (29 de agosto, Dia da Visibilidade Lésbica no Brasil, nós vamos dar visibilidade às lésbicas)", http://avezdasmulheres.over-blog.com/2016/08/por-que-as-mulheres-usam-roupas-sensuais-se-elas-nao-querem-atencao.html.
Texto original em português com filmes de putaria no A Vez dos Homens que Prestam: "Por que as mulheres usam roupas sensuais se elas não querem atenção? Porque o que elas odeiam é sexo, não a atenção dos homens (29 de agosto, Dia da Visibilidade Lésbica no Brasil, nós vamos dar visibilidade às lésbicas)", http://avezdoshomens.blogspot.com/2016/08/por-que-as-mulheres-usam-roupas.html.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

29 de agosto é o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, é A Vez das Mulheres de Verdade darem visibilidade para vocês

Morte aos machos. Gi Souza (https://www.facebook.com/gislainefds). Brenda Salles: Amei

"Morte aos machos". https://www.facebook.com/photo.php?fbid=201332536897089&set=a.101115160252161.1073741826.100010610311170. Perfil de Gi Souza: https://www.facebook.com/gislainefds. Brenda Salles: "Amei".

Eu luto pelo fim da cultura do estupro. Fora Temer. Brenda Salles (https://www.facebook.com/brenda.salless)

"Eu luto pelo fim da cultura do estupro. Fora Temer." Perfil de Brenda Salles: https://www.facebook.com/brenda.salless.

E já que a "Justiça julga válida demissão com justa causa por 'curtida' no Facebook" e "Internautas podem ser condenados por 'curtir' ou 'compartilhar' posts no Facebook", que tal nós fizermos os BOSTAS do Judiciário agirem como homens?

Abigail Pereira Aranha

Todo desprezo à polícia

Abigail Pereira Aranha

Um exemplo da "espiritualização" que os conservadores fazem do mundo é dizer que os governos de esquerda estimulam o banditismo e glorificar a polícia do mesmo governo esquerdista, que devia reprimir os bandidos e proteger as pessoas honestas e faz o contrário. Uma coisa que as pessoas comuns perdem de vista é que ser bom e honesto não é um não-fazer. Uma coisa que os cristãos perdem de vista é que os acontecimentos no contexto humano se fazem de pessoas agindo no mundo real. Até alguns milagres bíblicos foram assim. Por exemplo, Moisés e Arão foram até o Faraó para tirar o povo de Israel do Egito e, antes de conseguirem, meteram um cajado no rio Nilo para transformar as águas em sangue. Então, o bem não reina quando só o mal age. Bom, eu sou ateia, isso me ajuda a ver e dizer isso melhor que o cristão típico.

Um policial típico é quem faz cumprir todas as leis como a que diz que os motoristas devem usar farol na rodovia durante o dia, leis feitas por deputados, senadores e vereadores que são militantes de esquerda ou tremem de medo da militância esquerdista. Não só isso, dado que um valor das polícias e das Forças Armadas é o respeito à hierarquia, o soldado típico é submisso, em última análise, a uma legião de apadrinhados, incompetentes, inconsequentes, estúpidos, covardes, bajuladores e corruptos. E eles também se submetem a uma série de picuinhas fora do expediente. Então, visto que eles têm todo o suporte para se lascarem quando enfrentarem criminosos de verdade, a intrepidez do policial típico é confiscar mercadoria de vendedores ambulantes, multar motoristas, ser coadjuvante de intrigas da militância de esquerda e acolher denúncias falsas de vadias. Nisso, eu me refiro ao policial honesto. Fazendo isso, os policiais honestos podem garantir o salário miserável e uma vida com menos turbulência; os policiais desonestos podem garantir um esquema de enriquecimento ilícito e fodas com as maiores vadias do pedaço.

O que mais faz a polícia ser digna de desprezo é que o cidadão honesto é praticamente o único que precisa temer a polícia. A polícia quer confiscar a arma do cidadão honesto e prendê-lo por porte ilegal de arma enquanto as taxas de homicídios só aumentam, os criminosos de verdade nem dão bola para a Campanha do Desarmamento e a própria polícia já começou a usar pistolas de choque. A polícia está autorizada pelo Supremo Tribunal de Justiça a aceitar como prova de estupro a mera palavra da vítima, dando à mulher o direito de calúnia e tirando do homem o direito de levar uma vida honesta em paz. Também é menos provável um homem ir para a cadeia por cometer um homicídio do que por dever pensão alimentícia. Mas é claro que os policiais se mobilizam. Para reclamar do salário.

Vou pegar um exemplo, para quem ainda não entendeu. Indiana Aríette foi chamada em outubro do ano passado para um depoimento no Congresso requerido por Jean Wyllys, um deputado aliado de Dilma Rousseff, sobre a página dela Faca na Caveira, que é de direita e militarista (http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2025032). Quantos dos mais de um milhão de seguidores da página dela no Facebook são militares? Houve alguma nota em qualquer veículo de qualquer polícia estadual sobre isso?

O policial e qualquer agente do Poder Judiciário é quem tem o papel de fazer as leis serem cumpridas. Então, um policial que está mais preocupado em controlar o que faz e o que diz dentro e fora do trabalho para garantir o seu posto na burocracia estatal é cúmplice, não herói. Por isso, caso não tenham notado, toda a oposição ao desastre político nacional brasileiro, inclusive na área de segurança pública, vem de pessoas comuns que se mobilizam, e toda a parte que cabe ao Poder Judiciário é crédito de indivíduos. Nas manifestações populares contra o governo Dilma Rousseff, mesmo com repúdio às instâncias superiores do Judiciário, vários participantes deram manifestações de apoio ao juiz Sérgio Moro; mesmo com repúdio à imprensa, vários participantes deram manifestações de admiração ao jornalista Olavo de Carvalho; até a classe política teve um político aparecendo e sendo aplaudido, o deputado federal Jair Bolsonaro; mas nem os defensores da intervenção militar citaram um nome de militar digno de nota.

Policiais, vocês fizeram greve por causa das falsas denúncias de crimes sexuais? Salário baixo, eu acho é pouco! Estupro: palavra da vítima vale como prova em crimes contra liberdade sexual (STJ Notícias). Universitária volta atrás, admite que não foi estuprada e é indiciada no Rio Grande do Sul (G1). Mentira de enteada deixa homem preso por cinco meses (Revista Consultor Jurídico).

Eu sugiro começarmos com manifestações anônimas como a minha, eu colei um cartaz na entrada de uma delegacia durante uma greve da Polícia Civil. Eu devo fazer mais cartazes com a frase "Salário baixo, eu acho é pouco". A ideia do anonimato (no meu caso, quase anonimato, como vocês verão na foto) não é fugir de retaliação, é tentar passar para a polícia que o medo da população ordeira é a última coisa que ela tem e até isso ela está perdendo. Vamos nos lembrar de que os policiais são chamados de fascistas e assassinos, e termos do tipo, por arruaceiros vagabundos da militância esquerdista e ficam quietos.

Três milhões de pessoas sem experiência em militância fazendo passeatas nas ruas em centenas de cidades em março deste ano, depois de dois anos seguidos de retração econômica, escândalos políticos e deterioração da segurança pública, fazem a polícia imperdoável. E como ficou mostrado quando um avião da Força Aérea Brasileira foi dispersar a greve dos caminhoneiros contra o governo Dilma em Tocantins, quem começa a luta contra o erro como covarde chega ao meio como omisso e pode acabar como cúmplice. Se os bandidos não têm e nem precisam ter medo dos policiais, eles devem receber o mesmo desprezo que qualquer funcionário público medíocre merece. Porque é isso que eles são. Pregar contra a esquerda e cultuar a polícia e as Forças Armadas é nostalgia de trisnetos de latifundiários da República Velha.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

A mulher é o negro do Feminismo - episódio 3: "quando a questão é aborto, é direito da mulher; quando é venda de sexo, o Estado deve intervir"

Jogos "família" veem briga ideológica de prostitutas e feministas radicais

Luiza Oliveira

Do UOL, no Rio de Janeiro

08.08.2016 01h21

Getty Images

Turistas estrangeiros em busca de sexo fácil, prostitutas nas ruas, exploração sexual de menores... Quando se fala em grandes eventos como Olimpíadas, esses assuntos sempre vêm à tona. Mas o Rio de Janeiro olímpico vive um cenário diferente. As garotas de programa preveem época de vacas magras com a crise econômica e uma forte repressão policial. E a questão vai bem além disso: elas travam uma disputa ideológica contra um grupo ligado ao feminismo radical.

O confronto entre garotas de programa e essa linha de feministas ficou acalorado em grupos de discussão e já trouxe consequências para os Jogos. Enquanto as prostitutas lutam pelo direito de exercer sua profissão e serem tratadas como trabalhadoras normais, as feministas radicais agem contra essa proposta.

A ativista e advogada Eloisa Samy, considerada uma das líderes dessa linha do feminismo, acredita que a prostituição representa a principal forma de exploração da mulher em uma sociedade patriarcal. Por isso, pede que haja uma maior fiscalização em torno da cafetinagem durante os Jogos e defende até o aumento da intervenção policial para inibir a ação dos clientes e a exploração das mulheres.

"Eu não posso admitir que um evento olímpico, que preza o bem-estar das pessoas com tão nobres ideais, se preste a servir a uma causa tão mesquinha, que é a principal forma de exploração da mulher e da objetificação dos nossos corpos", afirma Eloisa.

Eloisa considera ainda que a prática incentiva o machismo e a violência contra a mulher. "A prostituição também faz parte da cultura do estupro, da indústria da pornografia, de exploração de menores, tráfico de pessoas. Vem turistas homens aqui só para isso, e quem consome é homem. Durante a Copa do Mundo, inúmeras mulheres nas ruas eram chamadas de putas pelos argentinos. E olha que são nossos vizinhos. Está disseminada a ideia da brasileira hipersexualizada peituda, para ser vendida como objeto sexual", reclama.

Feminista da mesma linha, Daniela Lima é contra a repressão policial e acusa a polícia de ser parte dos esquemas de violência contra as mulheres em situação de vulnerabilidade. Mas ressalta a importância da fiscalização da pedofilia. "Em uma situação de mega eventos, o turismo sexual não se separa da pedofilia, não pode ser descolado da exploração de menores. É um quadro, uma realidade. Prova disso é que pegaram espaços de exploração infantil em torno da Vila Olímpica", afirma.

Verdadeiras feministas?

Luiza Oliveira/UOL

Garota de programa e transexual, Indianara Siqueira quer trabalhar nos Jogos Olímpicos. Imagem: Luiza Oliveira/UOL

Os defensores do trabalho das garotas de programa, no entanto, se revoltam com as tentativas do que eles consideram repressivas. Eles afirmam que a prática é legal e não há qualquer relação com crimes como exploração de crianças, que devem ser amplamente combatidos. Acusam ainda algumas linhas do feminismo de disseminarem uma imagem estigmatizada das profissionais que só faz aumentar o preconceito contra elas.

Na visão deles, é um absurdo feministas apoiarem o uso da força da polícia contra qualquer mulher. "É uma falta de noção. A nossa força policial mata pessoas, é tão patriarcal e machista, e elas defendem o direito de a polícia coibir mulheres por determinado comportamento sexual. Elas estão servindo como base de manobra para as tendências mais patriarcais e direitistas do Congresso. Quando a questão é aborto, é direito da mulher, quando é venda de sexo, o estado deve intervir. Estão agindo como se fossem da extrema direita", diz Thaddeus Blanchette, coordenador da pesquisa etnográfica do Observador das Prostitutas. Ele é estudioso do tema e representante da Associação das Prostitutas nos Conselhos Estaduais e Nacionais de Combate ao Tráfico.

Daniela Lima se revolta com esse argumento. "É um ataque comparar mulher feminista com bancada religiosa composta por homens brancos em situação de poder. É completamente inaceitável. A questão não é moral, mas sim política", rebate.

A prostituta e transexual Indianara Siqueira aumenta o coro contra as feministas. Para elas, as garotas de programa representam, na verdade, um enfrentamento ao machismo. "As prostitutas fazem sexo sem intenção de reproduzir, elas cobram, quebram com o patriarcado. Prostitutas são as feministas que rompem, as mais revolucionárias. Elas têm liberdade, são donas dos corpos delas, livres e empoderadas. Sabemos que há mulheres que sofrem na prostituição, mas sofrem mais nos lares domésticos, casadas. A maioria das mulheres é estuprada por homens de confiança a serviço do patriarcado e que fazem sexo de graça. É mais seguro ser puta que esposa nessa sociedade", afirma.

Mas Daniela Lima questiona essa liberdade, especialmente no que diz respeito à prostituição de mulheres negras e pobres. "Até para dizer 'meu corpo, minhas regras' elas têm que estar em uma situação de poder em relação a elas mesmas. Quem fabrica essas regras? Essas mulheres estão sobrevivendo. A maioria das mulheres negras e pobres se prostitui por um prato de comida. Quais são as escolhas que essas mulheres têm? São dignas? Dizer isso é ignorar uma série de violências que ocorrem, mulheres violentadas, estupradas", questiona.

O tema bombou nas redes sociais e ocupou mesas em grupos de debate no Rio de Janeiro. Mas as discussões ficaram acaloradas e já houve acusações de agressões verbais de ambas as partes. Thaddeus Blanchette acusa Eloisa Samy de xingá-lo de "proxeneta" e "cafetão". A ativista se defende e o acusa de desonesto, por inventar calúnias.

O grande embate se dá em torno do Projeto de Lei Gabriela Leite, de autoria do deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), que regulamenta a atividade dos profissionais do sexo e está parado na Câmara dos Deputados. O autor defende que a marginalização das pessoas que lidam com comércio do sexo leva à exploração sexual. Os opositores, no entanto, dizem o contrário. Afirmam que a lei vai beneficiar apenas os exploradores e incentivar cafetinagem, já que não garante leis trabalhistas às garotas de programa.

A única concordância é que uma tentativa de abolir a prostituição será em vão. Ambos os grupos defendem que as mulheres que estão nessa atividade se empoderem e tenham uma vida digna. Por isso, é necessário investir em políticas públicas que incentivem a educação e as deem condições de escolher o melhor caminho para o futuro. "A questão que defendo é a inclusão social e o aumento de escolhas para essas mulheres para que tenham escolhas reais e não fictícias", defende Daniela.

Vacas magras nas Olimpíadas

Enquanto o governo não age sobre o tema, as prostitutas precisam trabalhar para garantir seu sustento. Indianara ainda espera lucrar durante os Jogos, mas diz que o quadro já está difícil.

"A gente espera ganhar, mas já temos experiência na Copa em que não tivemos esse lucro todo. Espero que os Jogos tragam mais estrangeiros. Mas vai ter uma repressão muito forte, muitos lugares de prostituição foram fechados, lugares em Copacabana foram fechados. E tem o exército na rua em Copacabana, uma repressão muito grande, muito combate", afirma. "A prostituição não vai ser fácil, a gente não vai ter regalia. E a gente espera não ter regalia, mas no mínimo que lucre todo dia", completa Indianara.

Ágata Oliveira é outra profissional do sexo que pretende sair do centro e migrar para Copacabana na tentativa de ter mais sucesso. Mas ela reclama: "Tem muita polícia na rua, está difícil trabalhar".

Ao contrário do que se pensa, os Jogos são vistos como um período difícil para as profissionais do sexo. Além de uma maior repressão policial na tentativa de higienizar a cidade, as Olimpíadas têm uma reputação de "evento família". O conceito é diferente da Copa do Mundo, considerado um evento majoritariamente masculino. A única aposta para faturar mais seria na ideia de maior liberdade sexual dos atletas, alavancada até pela ampla distribuição de preservativos na Vila Olímpica.

Mesmo se depender da demanda na Copa do Mundo, o cenário não será favorável. O Observatório da Prostituição fez um estudo durante o Mundial e concluiu que houve uma queda na procura de 15%. Nas Olimpíadas, essa queda promete ser mais acentuada. Thaddeus afirma que o público das garotas de programa não é o turista estrangeiro, mas sim a classe trabalhadora carioca que frequenta os bordeis do centro da cidade ou da Vila Mimosa nos dias de semana. Nos dias em que são decretados feriados, esse público não aparece. O trabalho só aumentaria na região de Copacabana, que concentra turistas estrangeiros.

"O fluxo de estrangeiros na Copa não compensou a ausência dos trabalhadores brasileiros no centro da cidade. Visitamos 89 prostíbulos, com os 20 mais frequentados, quase todos os dias em Vila Mimosa e Copacabana. Estima-se que houve queda de 15%", afirma Thaddeus.

Nesta segunda, o Rio olímpico terá o seu primeiro "dia útil". A concorrência será grande.

"Jogos 'família' veem briga ideológica de prostitutas e feministas radicais", UOL, 08 de agosto de 2016, http://olimpiadas.uol.com.br/noticias/redacao/2016/08/08/prostitutas-tem-guerra-contra-feminismo-e-preveem-prejuizo-em-jogos-familia.htm

A atuação da advogada Eloisa Samy dentro e fora dos tribunais

Aos 47 anos, Eloisa Samy Santiago é conhecida por defender muitas causas, dentro e fora dos tribunais. Nos últimos dias, a advogada da jovem que sofreu estupro coletivo — agora afastada do caso — voltou a estar sob os holofotes da mídia, embora amigos e ela própria garantam que esta não seja sua intenção.

As últimas vezes em que Eloisa apareceu nos jornais foram por ocasião das manifestações de 2013 e 2014, das quais participou como ativista. Acusada de ter se envolvido nos protestos que tomaram conta do Rio, a advogada responde a uma ação por associação criminosa movida pelo Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ). O caso ainda não foi julgado. Ela chegou a pedir asilo político ao Consulado do Uruguai, o que lhe foi negado.

Formada pela Universidade Cândido Mendes, em Ipanema, na Zona Sul do Rio, a advogada atua em várias áreas: Direito Civil, Comercial, Trabalhista, de Propriedade Intelectual, Direito Criminal, e ainda no Direito Administrativo, de acordo com o site do seu escritório de advocacia.

Homossexual assumida, Eloisa defende vários direitos das mulheres, entre eles, o direito ao aborto. Vegetariana e apaixonada por gatos, a moradora da Zona Norte mantém um estilo despojado, brincalhão e solidário.

Trecho de "A atuação da advogada Eloisa Samy dentro e fora dos tribunais", de Rafaella Barros, jornal Extra, Rio de Janeiro, 30 de maio de 2016, http://extra.globo.com/casos-de-policia/a-atuacao-da-advogada-eloisa-samy-dentro-fora-dos-tribunais-19393767.html

Meus comentários

Na matéria do outro texto, nós tivemos dois ativistas defendendo a regulamentação da prostituição: uma transexual e um gay. A única prostituta lá dizia que "prostituição é estupro pago". Na primeira matéria, a prostituta entrevistada quer continuar trabalhando. Estamos melhorando.

E enquanto os homens são todos iguais como pardais e são estupradores de mulheres e crianças, as mulheres feministas que odeiam a prostituição têm opiniões diferentes: uma acha justo chamar a polícia para atrapalhar o trabalho de outra mulher e outra não. E dois meses e meio antes dessa primeira matéria, nós vemos em outra matéria, do jornal Extra, das Organizações Globo, que a lésbica paranoica que pensa que todo homem é estuprador é uma pessoa adorável. Ah, e olha só o jeito brincalhão dela.

Eloisa Samy Santiago. Fonte: O Globo, http://oglobo.globo.com/rio/familia-dispensa-advogada-que-defendia-vitima-de-estupro-19393168

E alguém mencionou "investir em políticas públicas que incentivem a educação e as deem condições de escolher o melhor caminho para o futuro". Para não me esticar muito, vou lembrar o artigo da Belle Knox no Huffington Post cujo título traduzido é "Eu não quero sua piedade: trabalho sexual e política de trabalho". Lembrando: ela fez filmes pornôs para pagar o curso universitário e se declara ativista feminista. Temos a Gabriela Leite que decidiu virar puta depois de entrar na universidade. Temos a Nina Hartley, que é atriz pornô e ativista feminista com um curso universitário de Enfermagem (ela foi enfermeira registrada durante a carreira pornô). Então, para sustentar a ideia de que o sexo em geral e a prostituição em particular é uma degradação da mulher, os feministas varrem mulheres dissonantes para debaixo do tapete até no próprio movimento.

Mas pela experiência que temos de lesbossocialistas defendendo a educação, a distinta dama não devia estar mesmo pensando que mulheres com um diploma universitário ou em um curso universitário não se prostituem nem fazem filmes pornográficos. Ela talvez tivesse vagamente em mente que mesmo prostitutas com baixa instrução que são vítimas de violência de verdade nunca se imaginam como lésbicas raivosas defendendo a cultura do estupro (dizendo que essa asneira existe). Educação é importante, sim. Educação feminista para sustentar o movimento feminista, que inclui professoras universitárias que nem passam um mês sem faltar à sala de aula. Mas a ideia nem é só sustentar uma legião de lésbicas parasitas, é criar uma tirania cultural da própria sociopatia. Para isso, vale usar a polícia do patriarcado para afugentar mulheres que se oferecerem sexualmente aos homens.

Diziam os feministas que a mulher é o negro do mundo. Agora, a mulher é o negro do Feminismo.

Abigail Pereira Aranha

[Projeto de lei] Gabriela Leite | Fala Aí, Jean! [Episódio 10]


Questo testo in italiano senza filmati di dissolutezza in Men of Worth Newspaper: "Le donne sono i negri del Femminismo - episodio 3: 'quando la questione è l'aborto, è diritto delle donne; quando è la vendita di sesso, lo Stato deve intervenire'", http://avezdoshomens2.over-blog.com/2016/08/le-donne-sono-i-negri-del-femminismo-episodio-3.html.
Questo testo in italiano con filmati di dissolutezza in Periódico de Los Hombres de Valía: "Le donne sono i negri del Femminismo - episodio 3: 'quando la questione è l'aborto, è diritto delle donne; quando è la vendita di sesso, lo Stato deve intervenire'", http://avezdoshomens2.blogspot.com/2016/08/le-donne-sono-i-negri-del-femminismo-3.html.
Ce texte en français sans films de libertinage au Men of Worth Newspaper: "Les femmes sont les nègres du Féminisme - épisode 3: 'lorsque la question est l'avortement, c'est droit des femmes; quand est la vente de sexe, l'État doit intervenir'", http://avezdoshomens2.over-blog.com/2016/08/les-femmes-sont-les-negres-du-feminisme-episode-3.html.
Ce texte en français avec films de libertinage au Periódico de Los Hombres de Valía: "Les femmes sont les nègres du Féminisme - épisode 3: 'lorsque la question est l'avortement, c'est droit des femmes; quand est la vente de sexe, l'État doit intervenir'", http://avezdoshomens2.blogspot.com/2016/08/les-femmes-sont-les-negres-du-feminisme-3.html.
Eso texto en español sin películas de putaría en Men of Worth Newspaper: "Las mujeres son los negros del Feminismo - episodio 3: 'cuando el tema es el aborto, es derecho de la mujer; cuando es la venta de sexo, el Estado debe intervenir'", http://avezdoshomens2.over-blog.com/2016/08/las-mujeres-son-los-negros-del-feminismo-episodio-3.html.
Eso texto en español con películas de putaría en Periódico de Los Hombres de Valía: "Las mujeres son los negros del Feminismo - episodio 3: 'cuando el tema es el aborto, es derecho de la mujer; cuando es la venta de sexo, el Estado debe intervenir'", http://avezdoshomens2.blogspot.com/2016/08/las-mujeres-son-los-negros-del-feminismo-3.html.
This text in English without licentiousness movies at Men of Worth Newspaper: "Women are the negroes of the Feminism - episode 3: 'when the issue is abortion, it's women's rights; when is sale of sex, the State must intervene'", http://avezdoshomens2.over-blog.com/2016/08/women-are-the-negroes-of-the-feminism-episode-3.html.
This text in English with licentiousness movies at Periódico de Los Hombres de Valía: "Women are the negroes of the Feminism - episode 3: 'when the issue is abortion, it's women's rights; when is sale of sex, the State must intervene'", http://avezdoshomens2.blogspot.com/2016/08/women-are-negroes-of-feminism-episode-3.html.
Texto original em português sem filmes de putaria no A Vez das Mulheres de Verdade: "A mulher é o negro do Feminismo - episódio 3: 'quando a questão é aborto, é direito da mulher; quando é venda de sexo, o Estado deve intervir'", http://avezdasmulheres.over-blog.com/2016/08/a-mulher-e-o-negro-do-feminismo-episodio-3.html.
Texto original em português com filmes de putaria no A Vez dos Homens que Prestam: "A mulher é o negro do Feminismo - episódio 3: 'quando a questão é aborto, é direito da mulher; quando é venda de sexo, o Estado deve intervir'", http://avezdoshomens.blogspot.com/2016/08/a-mulher-e-o-negro-do-feminismo-3.html.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

A mulher é o negro do Feminismo - episódio 2: regulamentação da prostituição confronta prostitutas e feministas radicais

Regulamentação da prostituição confronta prostitutas e feministas radicais

Projeto de lei enfrenta o Congresso mais conservador da história do Brasil e a oposição de um grupo de mulheres à legalização das casas de prostituição


Mulheres se prostituem em uma boate no centro do Rio de Janeiro. Luisa Dörr

M. M.

Rio de Janeiro, 01 de agosto de 2016 - 02:37 CEST

A chegada da Olimpíada no Rio esquentou o debate sobre a prostituição e abriu um embate entre prostitutas, acadêmicos e feministas. Em discussão está a regulamentação da profissão em um país onde prostituir-se é legal e reconhecido desde 2002 pelo Ministério do Trabalho. Mas onde os milhares de bordéis, boates e clubes espalhados pelo Brasil configuram crime de rufianismo (exploração de sexual de terceiros ou terceiras visando lucro) castigado com até quatro anos de prisão.

A Rede Brasileira de Prostitutas e a Central Única de Trabalhadoras e Trabalhadores Sexuais abriram a discussão para acelerar a aprovação de um projeto de lei que abre uma janela à regulamentação do ofício. É o Gabriela Leite – em homenagem à principal ativista dos direitos das prostitutas – que em cinco artigos propõe algumas normas para regulamentar uma das profissões mais estigmatizadas do mundo.

O projeto de lei contempla uma modificação do Código Penal onde prostituição e exploração sexual aparecem quase necessariamente associadas. O texto especifica que só deve ser considerada exploração sexual a coação para se prostituir ou a prostituição exercida por menores de 18 anos – o que já é crime –, o não pagamento por serviços sexuais e a apropriação de mais do 50% por parte de terceiros do serviço sexual. O projeto também legaliza as casas de prostituição sempre que nelas não se exerça exploração sexual e contempla a aposentadoria dos trabalhadores sexuais após 25 anos.

O projeto, que data de 2003, foi resgatado em 2012 pelo deputado do PSOL Jean Wyllys e foi discutido com as prostitutas. Tem poucas chances de ser aprovado no Congresso mais conservador da história do Brasil, mas militantes feministas, que reivindicam que o debate sobre a prostituição pertence a todas as mulheres, iniciaram sua própria batalha contra o texto por considerá-lo a "legalização da cafetinagem".

"A regulamentação legitima a mercantilização do corpo feminino. O projeto se atém a tirar da ilegalidade as casas de prostituição e os exploradores, e coloca o Brasil como polo de exploração sexual de mulheres. O projeto é fraco e o discurso é de cafetinagem, não da mulher explorada", lamenta Maria Gabriela Saldanha, escritora, militante feminista e férrea detratora do projeto de lei. "Não há um país onde a regulamentação tenha dado certo. Nós precisamos nos ater a políticas públicas para acolher mulheres que desejam sair ou para evitar que entrem na prostituição", completa Saldanha. "Seria mais honesto fazer um grande debate público e pensar nessas políticas públicas", complementa.

Wyllys critica essa visão. Para ele, um setor do feminismo acabou se alinhando às bancadas mais conservadoras do Congresso. O deputado defende que a proibição atual dos bordéis não impede que continuem funcionando, "da mesma maneira que a criminalização da maconha não impede que ela continue sendo vendida", e afirma que nas casas de prostituição, "que funcionam porque pagam propina às autoridades", as prostitutas e os garotos de programa não têm nenhum direito, "ficam desprotegidos e submetidos a todo tipo de abusos, além de não ter nenhuma fiscalização".


Camerim de uma casa de prostituição carioca. Luisa Dörr

Os cinco artigos do Gabriela Leite são objetivamente insuficientes para regulamentar uma profissão tão complexa como a prostituição – para se ter uma ideia o projeto de lei que regulamentou o trabalho doméstico consta de 46 artigos –, mas para seus defensores é um primeiro passo para enquadrar o negócio dentro da lei. "Trata-se de regulamentar algo que já existe, acabar com a extorsão policial, entre outras coisas. Com a lei vai se abrir uma janela para novos vínculos trabalhistas dos trabalhadores sexuais com os clubes, vai empoderar as prostitutas", defende Indianara Siqueira, transexual, prostituta e militante.

Tatiane Satin, de 21 anos, foi prostituta e tornou-se uma das vozes contra qualquer regulamentação do ofício. Criada no Movimento Sem Terra, catadora de lixo, e que tinha como rotina procurar comida em lixões para sobreviver, começou a se prostituir aos 17 anos. Ela perdeu a conta de quantos homens tocaram seu corpo, diz, mas toda vez se sentiu estuprada. Sua experiência, relata ela, foi um pesadelo e critica a "romantização" do ofício. "Para mim a prostituição é estupro pago. Em quatro anos nunca conheci uma mulher com uma história feliz na prostituição. O PL da cafetinagem não dá direito nenhum, e transforma os cafetões em grandes empresários", disse durante um debate celebrado no Rio um mês atrás.

O debate, que atingiu altos níveis de confronto nas redes sociais, pode ser em vão se for aprovada a reforma do Código Penal que tramita no Senado. Entre as mudanças propostas em mais de 400 páginas que abrangem de crimes eleitorais a crimes de trânsito está a possibilidade de encaixar a prostituição em mais um vazio legal. Se aprovado como está agora, o novo Código não regulamenta a profissão, mas descriminalizaria o rufianismo e as casas de prostituição.

Enquanto os projetos travam nas mesas de deputados e senadores, diante da ausência de legislação – como já aconteceu com o casamento homossexual ou o aborto em casos de anencefalia –, o poder Judiciário acaba ditando as regras. Os tribunais já reconheceram em 2013 o vínculo empregatício entre uma prostituta e um clube de Piracicaba, em São Paulo, e obrigaram o estabelecimento a indenizar com 100.000 reais o filho da mulher, vítima de um acidente de trabalho. A prostituta ficou tetraplégica após uma queda enquanto trabalhava e morreu aos 25 de idade, no decorrer do processo. Em um outro exemplo, este ano o próprio Supremo Tribunal reconheceu a proteção jurídica das prostitutas e a possibilidade de elas cobrarem nos tribunais dívidas derivadas dos seus serviços.

Em outros países, as vozes dividem-se entre os abolicionistas – que considera as prostitutas vítimas sem liberdade de escolha – e os regulamentaristas – para as quais o trabalho sexual é uma atividade que pode ser exercida livremente e deve ser legalizada. Na Suécia, por exemplo, quem paga para ter relações sexuais é um delinquente, um modelo que inspirou outros países como a França, Islândia, Canadá, Cingapura, África do Sul, Coreia do Sul e Irlanda do Norte. Na Holanda, Dinamarca e na Alemanha, por outro lado, as profissionais do sexo pagam impostos e obtêm contrapartidas sociais.

El País, 01 de agosto de 2016 (31 de julho 21:37 no Rio de Janeiro), http://brasil.elpais.com/brasil/2016/07/28/politica/1469735633_689399.html

Meus comentários

Eu até já mandei alguns elogios à bichona execrável do Jean Wyllys no perfil dele no Facebook por esse projeto de lei. E veja só que coisa chata, um projeto de lei dele que presta, os companheiros dele da esquerda descem o porrete.

Se "nós precisamos nos ater a políticas públicas para acolher mulheres que desejam sair ou para evitar que entrem na prostituição" e "seria mais honesto fazer um grande debate público e pensar nessas políticas públicas", Maria Gabriela Saldanha, por que você não mencionou que a Anistia Internacional defende a descriminalização do trabalho sexual exatamente para proteger os profissionais do sexo? E quando você mencionou casos de profissionais do sexo vítimas de assassinatos ou agressões? Se "não há um país onde a regulamentação tenha dado certo", onde o Modelo Nórdico, onde o cliente é criminalizado e a prostituta não, foi eficaz para reduzir o tráfico de mulheres ou a violência contra prostitutas? A redução da prostituição seria suficiente por si só como medida de sucesso? Dizia o deputado Jean Wyllys que "um setor do feminismo acabou se alinhando às bancadas mais conservadoras do Congresso". Ele quer dizer que uma mulher feminista se une aos inimigos contra outra mulher? Interessante!

Mas vocês conseguiram entender, por esse artigo, quem foi Gabriela Leite, que, por sinal, morreu em 2013? No atalho para o projeto de lei que está no texto, vocês podem ver um pouco mais sobre ela. Até um livro contando casos do trabalho, ela já escreveu ("Filha, mãe, avó e puta", 2009). E nesse artigo, o nome dela só aparece porque é o nome do projeto de lei. Bem, o artigo mostrou uma prostituta a favor da legalização da prostituição: uma transexual. Mas quem tem nome e autoridade para dar opinião sobre a prostituição é a "escritora, militante feminista e férrea detratora do projeto de lei" Maria Gabriela Saldanha e uma certa Tatiane Satin, "de 21 anos, foi prostituta e tornou-se uma das vozes contra qualquer regulamentação do ofício". Porque elas fazem parte de, como vimos no lead, "um grupo de mulheres".

Abigail Pereira Aranha

De Frente com Gabi - Gabriela Leite (03 de novembro de 2011)




[Projeto de lei] Gabriela Leite | Fala Aí, Jean! [Episódio 10]

Questo testo in italiano senza filmati di dissolutezza in Men of Worth Newspaper: "Le donne sono i negri del Femminismo - episodio 2: la regolamentazione della prostituzione confronta prostitute e femministe radicali", http://avezdoshomens2.over-blog.com/2016/08/le-donne-sono-i-negri-del-femminismo-episodio-2.html.
Questo testo in italiano con filmati di dissolutezza in Periódico de Los Hombres de Valía: "Le donne sono i negri del Femminismo - episodio 2: la regolamentazione della prostituzione confronta prostitute e femministe radicali", http://avezdoshomens2.blogspot.com/2016/08/le-donne-sono-i-negri-del-femminismo-2.html.
Ce texte en français sans films de libertinage au Men of Worth Newspaper: "Les femmes sont les nègres du Féminisme - épisode 2: la réglementation de la prostitution confronte les prostituées et les féministes radicales", http://avezdoshomens2.over-blog.com/2016/08/les-femmes-sont-les-negres-du-feminisme-episode-2.html.
Ce texte en français avec films de libertinage au Periódico de Los Hombres de Valía: "Les femmes sont les nègres du Féminisme - épisode 2: la réglementation de la prostitution confronte les prostituées et les féministes radicales", http://avezdoshomens2.blogspot.com/2016/08/les-femmes-sont-les-negres-du-feminisme-2.html.
Eso texto en español sin películas de putaría en Men of Worth Newspaper: "Las mujeres son los negros del Feminismo - episodio 2: la reglamentación de la prostitución confronta prostitutas y feministas radicales", http://avezdoshomens2.over-blog.com/2016/08/las-mujeres-son-los-negros-del-feminismo-episodio-2.html.
Eso texto en español con películas de putaría en Periódico de Los Hombres de Valía: "Las mujeres son los negros del Feminismo - episodio 2: la reglamentación de la prostitución confronta prostitutas y feministas radicales", http://avezdoshomens2.blogspot.com/2016/08/las-mujeres-son-los-negros-del-2.html.
This text in English without licentiousness movies at Men of Worth Newspaper: "Women are the negroes of the Feminism - episode 2: prostitution regulation confronts prostitutes and radical feminists", http://avezdoshomens2.over-blog.com/2016/08/women-are-the-negroes-of-the-feminism-episode-2.html.
This text in English with licentiousness movies at Periódico de Los Hombres de Valía: "Women are the negroes of the Feminism - episode 2: prostitution regulation confronts prostitutes and radical feminists", http://avezdoshomens2.blogspot.com/2016/08/women-are-negroes-of-feminism-episode-2.html.
Texto original em português sem filmes de putaria no A Vez das Mulheres de Verdade: "A mulher é o negro do Feminismo - episódio 2: regulamentação da prostituição confronta prostitutas e feministas radicais", http://avezdasmulheres.over-blog.com/2016/08/a-mulher-e-o-negro-do-feminismo-episodio-2.html.
Texto original em português com filmes de putaria no A Vez dos Homens que Prestam: "A mulher é o negro do Feminismo - episódio 2: regulamentação da prostituição confronta prostitutas e feministas radicais", http://avezdoshomens.blogspot.com/2016/08/a-mulher-e-o-negro-do-feminismo-2.html.
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