Era 1992 quando Pat Robertson disse: "A agenda feminista não é sobre os direitos iguais para as mulheres. Trata-se de um movimento político socialista, anti-família, que encoraja as mulheres a deixar seus maridos, matar seus filhos, praticarem bruxaria, destruir o capitalismo e se tornarem lésbicas" ("Equal Rights Initiative in Iowa Attacked", Washington Post, 23 de agosto de 1992, http://en.wikiquote.org/wiki/Pat_Robertson). Até hoje há muita gente citando isso como se o pastor tivesse dito uma grande asneira, mas o pior é que ele estava muito certo. E também era começo da década de 90 quando começou a Terceira Onda do Feminismo. Nossa, também era nessa época que acabou a União Soviética! Mas por que, então, as igrejas não denunciavam o Socialismo e o Feminismo na década de 90?
Bom, pessoal, tenho que insistir: as igrejas cristãs tradicionais nunca foram obstáculo para o Feminismo, nem mesmo no século XIX. O padrão de relacionamento de marido e mulher é o de Cristo e a igreja, para dar um exemplo. E quando o Socialismo estava se consolidando, ele se infiltrou também nas igrejas, mesmo as tradicionais, fora os "ventos de doutrina" especialmente da década de 60 pra cá. Os socialistas no poder formal puderam corromper a igreja. No caso brasileiro, chegamos ao ponto de termos o PRB (Partido Republicano Brasileiro), ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, apoiando a ex-guerrilheira esquerdista lesbonazista Dilma Rousseff na eleição para a Presidência da República no ano passado, em troca de um cargo para um pastor em um ministério. Aliás, essa Igreja Universal também tem um jornal próprio, Folha Universal, e tem parte no Portal R7, ambos se tornaram amontoados de banalidades e esquerdismo.
Como eu nasci em 91, os mais velhos sabem melhor que eu: evangélicos e protestantes de igrejas tradicionais viram dinossauros nas próprias igrejas por defenderem condutas, ideias e até doutrinas que eram regra 30 ou 40 anos atrás. No caso católico, o Papa Francisco I disse que "as pessoas homossexuais têm dons e qualidades a oferecerem à comunidade cristã"[1]. Que p@%%# é essa, véi?! Está certo que a Igreja Católica não é homofóbica, ou não teria sobrado nenhum homossexual nos países cristãos, mas a Bíblia diz que os homossexuais não entram no Céu (Rm 1:26-27, 1 Co 6:10).
Então, o esquerdismo entrou na igreja, e esta pôde brincar de bater em espantalhos: o mundo perdido de 90% de cristãos, a grande empresa que tem pacto com o Diabo, a igreja evangélica que racha e um grupo acusa o outro de ser do Diabo, meninos de menos de 10 anos viciados em pornografia, etc. E também a luta contra a "pornografia" que inclui qualquer mulher com roupa curta em programas e comerciais de televisão. Ah, e pelo que ouvimos de conversas de mulheres evangélicas (especialmente das igrejas novas, mas cada vez mais das tradicionais), Satanás está muito interessado em infernizar vadias antipáticas que tentam esconder o passado podre na igreja e múmias subempregadas com sonhos consumistas.
Talvez você tenha visto uma peça da propaganda contra a prostituição e a pornografia dizendo que uma mulher nestas atividades é uma filha ou uma irmã de alguém. Com uma frase, mulheres tradicionalistas e mulheres feministas concordam: "Coito heterossexual é a pura, formalizada expressão de desprezo pelo corpo das mulheres"[2]. Quem faz campanha contra a prostituição e a pornografia, tentando mostrar argumentos contrários, acaba mostrando sua própria gimnofobia psicótica, mostrando como vê a heterossexualidade em si como imunda, mesmo que não seja uma feminista das lésbicas mais nojentas. Mas isso nos mostra mais. Para as mulheres tradicionalistas, inclusive muitas antifeministas, uma mulher é sujeita a outro homem (pai ou irmão) para NÃO fazer sexo com um homem que presta. Para as mulheres feministas, essa mulher é livre, mas também para NÃO fazer sexo com ele. E para os dois grupos, essa mulher, uma mulher que faça um comercial com pose e roupa sensuais, ou uma mulher prostituta ou da indústria adulta não deve ser LIVRE PARA, deve ser LIBERTA DE oferecer sexo ou mostrar o corpo para este homem. Aliás, eu já trouxe o caso em 2013, mostrado por um amigo do Facebook: lideranças femininas evangélicas se uniram à lesbofeminista Gail Dines para censurar a pornografia no Canadá. Como disse o humorista brasileiro Millor Fernandes, "democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim".
Até o começo dessa década, homens e mulheres inteligentes de bom caráter se uniam às feministas só porque as mulheres antifeministas, no pouco que se manifestavam, faziam parecer que a luta era das mulheres igrejeiras arcaicas anorgásmicas, mesmo as mais simpáticas, contra feministas que eram lésbicas bizarras mas ainda falavam bem, algumas pregando liberdade sexual só para afrontar o Cristianismo. Então, eu mesma, ateia e defensora da putaria, fiz um blogue modesto contra o Feminismo e a mediocridade do universo feminino, ainda em meados da década de 2000. E até 2011, parece que eu fui a única mulher no Brasil a escrever sobre esses assuntos com frequência, talvez também em inglês ou em espanhol, com meu blogue em outros idiomas.
Mas se toda a diferença entre a mulher cristã tradicional e a geração perversa é alguns cacoetes, uma antissexualidade neurótica e um discurso em que ela própria mal acredita, ela vai ser descartada no médio prazo pelo próprio movimento socialista. E é aí que entram as Mulheres Contra o Feminismo. E já erram feio pregando contra uma suposta putaria incentivada pelo Feminismo. A maior mulher pregadora contra a família e a castidade no Brasil sou eu!
Outro detalhe, que o leitor pode não ter notado: já percebeu que as mulheres antifeministas costumam ser novas, uns 20 ou 30 anos? Uma feminista pode alegar que as Mulheres Contra o Feminismo não eram nascidas na década de 60, e ela estará certa. Mas as mães eram. Quando o Pat Robertson disse aquela citação, a mãe estava mais ou menos com a idade da filha hoje. O que ela achou na época, se ela encontrava pregadores assim? Onde estão as mães enquanto as filhas publicam cartazes "eu não preciso do Feminismo" nas redes sociais? Explicando melhor: se eu, sendo mulher, acreditava em 2006 que não podia ficar quieta no meu canto vendo a pobreza de espírito das mulheres em geral, e eu nem sabia muito de Feminismo e misandria, porque as mães das Mulheres Contra o Feminismo acham que podem? Explicando melhor ainda: o que as mães das Mulheres Contra o Feminismo estão DEIXANDO DE DIZER sobre o Feminismo?
E, por fim, Mulheres Contra o Feminismo não são Mulheres Ativistas pelos Direitos dos Homens. Elas são contra o Feminismo também porque esse está transformando em vergonha ser homem e honesto e fazendo as mulheres vítimas umas das outras como poucas eram dos piores homens. Aliás, um caso da semana anterior à que eu escrevi esse texto: "Dona de bar manda estuprar vizinha e liga perguntando 'se ela gostou'" (O Tempo, 16/03/15, http://www.otempo.com.br/cidades/dona-de-bar-manda-estuprar-vizinha-e-liga-perguntando-se-ela-gostou-1.1009535), a vítima havia dado queixa à polícia contra a mulher dona do bar no dia anterior (13) por perturbação de sossego. O que isso tem a ver com Feminismo? "Nós" queremos expulsar os homens da política e dos altos cargos dizendo que as mulheres são anjos. As Mulheres Contra o Feminismo querem voltar à década de 90, quando tinham o bom do "machismo" e o bom do Feminismo. Se não fosse a liberdade que o próprio universo feminino se dá de mostrar o seu pior, as mulheres tradicionalistas antifeministas seriam ainda mais desprezadas. E elas podem ter chegado tarde: o Feminismo pode estar dispensando as mulheres como o Socialismo fez com os proletários.
NOTAS:
[1] "Concílio de bispos pede que a Igreja 'aceite e valorize' os homossexuais", El País, 13/10/2014, http://brasil.elpais.com/brasil/2014/10/13/internacional/1413213817_924058.html
[2] Andrea Dworkin, "Intercourse" (1987), cap. 7, "Occupation/Collaboration", http://en.wikiquote.org/wiki/Andrea_Dworkin
Questo testo in italiano senza filmati di dissolutezza in Men of Worth Newspaper / Concrete Paradise: Donne Contro il Femminismo e il Femminismo contro di loro - parte 4: 20 anni di silenzio, http://avezdoshomens2.blog.com/2015/03/24/donne-contro-il-femminismo-e-il-femminismo-contro-di-loro-parte-4 Questo testo in italiano con filmati di dissolutezza in Periódico de Los Hombres de Valía / Paraíso Tangible: Donne Contro il Femminismo e il Femminismo contro di loro - parte 4: 20 anni di silenzio, http://avezdoshomens2.blogspot.com/2015/03/donne-contro-il-femminismo-e-il.html Eso texto en español sin peliculas de putaría en Men of Worth Newspaper / Concrete Paradise: Mujeres Contra el Feminismo y el Feminismo contra ellas - parte 4: veinte años de silencio, http://avezdoshomens2.blog.com/2015/03/24/mujeres-contra-el-feminismo-y-el-feminismo-contra-ellas-parte-4 Eso texto en español con peliculas de putaría en Periódico de Los Hombres de Valía / Paraíso Tangible: Mujeres Contra el Feminismo y el Feminismo contra ellas - parte 4: veinte años de silencio, http://avezdoshomens2.blogspot.com/2015/03/mujeres-contra-el-feminismo-y-el.html This text in English without licentiousness movies at Men of Worth Newspaper / Concrete Paradise: Women Against Feminism and Feminism against them - part 4: twenty years of silence, http://avezdoshomens2.blog.com/2015/03/24/women-against-feminism-and-feminism-against-them-part-4 This text in English with licentiousness movies at Periódico de Los Hombres de Valía / Paraíso Tangible: Women Against Feminism and Feminism against them - part 4: twenty years of silence, http://avezdoshomens2.blogspot.com/2015/03/women-against-feminism-and-feminism.html Texto original em português sem filmes de putaria no A Vez das Mulheres de Verdade: Mulheres Contra o Feminismo e o Feminismo contra elas – parte 4: vinte anos de silêncio, http://avezdasmulheres.blog.com/2015/03/21/mulheres-contra-o-feminismo-e-o-feminismo-contra-elas-parte-4 Texto original em português com filmes de putaria no A Vez dos Homens que Prestam: Mulheres Contra o Feminismo e o Feminismo contra elas - parte 4: vinte anos de silêncio, http://avezdoshomens.blogspot.com/2015/03/mulheres-contra-o-feminismo-e-o.html
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