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quarta-feira, 29 de julho de 2009
E se uma irmã ou filha sua estivesse numa revista pornô?
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Mostrando a pornografia como ela (não) é
Consumir deliberadamente material pornográfico é contribuir para uma das indústrias mais florescentes do mundo e que, não poucas vezes, é controlada pelo crime organizado. Segundo um relatório oficial em 1986, a indústria pornográfica nos Estados Unidos é a terceira maior fonte de renda para o crime organizado, depois do jogo e das drogas, movimentando de 8 a 10 bilhões de dólares por ano.
Não são poucos os relatórios feitos por comissões de pesquisadores que denunciam a estreita relação entre a pornografia e a crescente onda de estupros, assédio sexual e exploração infantil nos países "civilizados". Vários dos temas mais comuns em pornografia do tipo hardcore incluem cenas de seqüestro e estupro de mulheres, geralmente com espancamento e tortura, além de outras formas obscenas de degradação. A mensagem que a pornografia passa aos consumidores é que quando a mulher diz "não" na verdade está dizendo "sim", e que se o estuprador insistir, ela não somente aceitará como também passará a gostar. Assim, a violência contra a mulher é exposta como algo válido e normal. A mulher é vista como objeto sexual a ser usado ao bel-prazer dos homens.(...) Associado com a pornografia hardcore está o surto de violência sexual contra as mulheres e crianças nas sociedades modernas onde esse material pode ser obtido facilmente. Estudos por especialistas americanos mostram que existe uma estreita relação entre pornografia e a prática de crimes sexuais. Eles afirmam que 82% dos encarcerados por crimes sexuais contra crianças e adolescentes admitiram que eram consumidores regulares de material pornográfico. O relatório oficial do chefe de polícia americano em 1991 diz: "Claramente a pornografia, quer com adultos ou crianças, é uma ferramenta insidiosa nas mãos dos pedofílicos [viciados em sexo com crianças]". A pornografia está estreitamente associada ao crescente número de estupros nos países civilizados. Só nos Estados Unidos, o número conhecido pela polícia cresceu 500% em menos de 30 anos, que corresponde ao aumento da popularidade e facilidade em se encontrar material pornográfico. Cerca de 86% dos condenados por estupro admitiram imitação direta das cenas pornográficas que assistiam regularmente.
Wilson estabeleceu uma correlação entre a maior disponobilidade de material pornográfico (1960 – 1969) e delitos sexuais cometidos por adolescentes. Contrariamente ao que se esperava, o total de prisões de jovens por delitos sexuais diminui de 4% enquanto as prisões por outros crimes dobraram.(...) Gebhard analisou as atitudes de 1500 delinquentes sexuais presos por delitos sexuais, comparando-os a delinquentes não-sexuais e a não delinquentes. Os delinquentes sexuais apresentaram o mais baixo nível de excitação perante os estímulos, exceção feita a homossexuais. Também notou-se que o delinquente sexual tinha uma experiência menos freqüente e menos intensa de pornografia, particularmente os que tinham se aproveitado de meninas pequenas.EDITORA EDUCACIONAL BRASILEIRA. Enciclopédia pedagógica da educação sexual: a sexologia sem preconceitos. Curitiba: Editora Educacional Brasileira, pág. 142. Grifo no original. Do título "A pornografia e seus efeitos".
Uma pesquisa feita por Josh McDowell em 22 mil igrejas americanas revelou que 10% dos adolescentes havia aprendido o que sabiam sobre sexo em revistas pornográficas. 42% deles disse que nunca aprendeu qualquer coisa sobre o assunto da parte de seus pais. E outros 10% confessaram ter assistido a um filme de sexo explícito nos últimos 6 meses.
PornografiaFiquei horrorizada outro dia quando visitei um fórum de discussões numa página do facebook sobre o filme Prova de fogo. As pessoas estavam condenando o filme pela sua mensagem contra a pornografia. De acordo com elas, isto é bom para o relacionamento sexual no casamento, pois apimenta mais as coisas. Eu queria gritar: "HOLA da terra! Que tipo de argumento é esse? Em que ano nós estamos?Eis aqui o que eu penso sobre a pornografia. Ela é uma forma de denegrir a imagem das mulheres, do sexo e dos relacionamentos. Ela faz os homens parecerem animais e as mulheres um lixo. E por quê? Em quem você acha que o seu marido está pensando quando está na cama com você depois desse tipo de filme? Quem excita o seu marido, você ou o filme? E você ainda pensa que está tudo bem? Eu sinto muito por você – você de fato não enxerga o seu valor.E para completar, este mal escancarado tem criado pervertidos dentro de boas famílias, os quais depois de um tempo, quando tudo se torna repetitivo, passam para a pornografia infantil. E já que a compulsão por coisas novas continua a lhes pedir por mais, eles se tornam estupradores. E o ciclo continua, bem diante dos nossos narizes, com a aprovação da maioria dos cidadãos deste mundo, pornografia não tem problema – dizem eles.As mulheres não são objetos sexuais. As mulheres devem ser respeitadas, admiradas e cuidadas. Se você olha para a mulher da forma como eles retratam nestes filmes, vídeos, sites, revistas, rádio e canais de TV (note como esta peste se espalha!), você não a merece de forma alguma, seja ela uma amiga, uma esposa, uma namorada ou uma filha.Na fé,Cristiane Cardoso
quarta-feira, 15 de julho de 2009
O machismo não é uma ditadura masculina
Abigail Pereira Aranha
Quando se diz que uma sociedade é machista, sugere-se que é uma sociedade dominada pelos homens, onde as mulheres são submetidas aos interesses masculinos. Mas será que é o que aconteceu nas sociedades que chamamos de machistas? O modo de ser dessas sociedades não foi o poder de homens conquistadores sobre as mulheres.
Em algumas sociedades machistas, as mulheres não tinham vida fora de casa. Não trabalhavam ou estudavam. Quando saíam, estavam com o marido ou alguém da família. Isso não parece coisa de marido que quer esconder da mulher que o próximo homem que ela vir pela frente tem o pau maior que o dele?
Que ditaduras masculinas foram estas em que o homem era o provedor da casa? Será este o único reino onde era a nobreza que "pegava no pesado"?
Que ditaduras masculinas foram estas que puniam o estupro, às vezes com pena de morte? Nem todos os homens são estupradores, mas todos os estupradores são homens. Se os traficantes de drogas assumissem o poder, as drogas seriam ilegais?
Que ditaduras masculinas foram estas que proibiram a prostituição? São os homens que combatem um ramo de que eles mesmos são clientes? Quem detesta mais a prostituta que a mulher casada?
Que ditaduras masculinas foram estas em que quanto mais mulheres o homem pega mais homem ele é? Que grande coisa é esta de se exibir com uma vadia diferente toda semana? Que grande coisa é esta de ter amante, às vezes tendo filhos com ela? Foi ele que "traçou" uma mulher fora do casamento ou ela que pegou um homem casado? Já reparou que homem comprometido consegue mulher mais fácil? Um homem pode te dizer que compra um carro, compra uma roupa, faz uma faculdade ou se comporta de tal maneira para "pegar mulher".
Que ditaduras masculinas foram estas em que as mulheres se casavam cedo com um marido escolhido pelos pais? São os broxas que vão tirar onda com esposas com idade pra ser filhas ou netas deles ou as mocinhas que vão sair da adolescência com a vida ganha? (Bom, as duas coisas.) Se as mocinhas pudessem escolher, iam escolher o cafajeste mais rico que pudessem mesmo.
Que ditaduras masculinas foram estas em que o sexo só era aceito dentro do casamento? E em que o homem só conseguia casamento depois de bancar o príncipe encantado pra moça e provar pros irmãos que não queria só transar e cair fora e pros pais que pode dar um futuro pra princesinha. Já no primeiro livro da Bíblia, num episódio que teria acontecido perto de 2000 a. C., Jacó trabalha quatorze anos para seu tio Labão apenas para se casar com a filha dele, Raquel, sendo sete destes quatorze anos só depois de ter sido trapaceado pelo pai da moça (Gênesis 29:15 a 28). E se a esposa do João só podia transar com o João e a esposa do Pedro só podia transar com o Pedro, o João não teria a sua própria esposa transando com o Pedro, mas o João não podia transar com a esposa do Pedro, que era mais bonita e simpática que a dele. Os homens criaram um problema para eles mesmos?
Que ditaduras masculinas foram estas onde havia poligamia? O homem tinha duas mulheres pra transar ou duas mulheres pra sustentar, fora os filhos? E se numa população com meio a meio de homens e mulheres, como os homens opressores conseguiriam conviver onde metade dos homens tinham duas mulheres cada um e a outra metade não tinha mulher nenhuma?
Que ditaduras masculinas foram estas em que o casamento era, a princípio, para a vida toda? Quem ganhava com isso? A mulher que ia garantir sustento e a família dela que ia pegar carona no sucesso do homem, ou o homem que ia "traçar" uma mocréia que perdeu a beleza e a disponibilidade sexual com vinte anos de casamento?
Que ditaduras masculinas foram estas em que se faziam versos exaltando mulheres, não raro motivados por pouco mais que a beleza física delas? Na Idade Média foram feitas muitas cantigas, onde a mulher era tão maravilhosa que o homem não era digno dela. E se os homens eram uns beatos ignorantes e supersticiosos, imagine as madames.
Que ditaduras masculinas foram estas onde o homem tinha de ser pelo menos trabalhador, se não pudesse ser rico, e a mulher tendo beleza já tinha muito valor de mercado?
Que ditaduras masculinas foram estas onde o homem tinha que ser cavalheiro, romântico, solícito, e a mulher que desse um sorriso para um homem era uma declassificada? As mulheres não deviam aprender a serem simpáticas aos homens, e não que quanto mais frias com eles, mais respeitáveis elas são?
Soa estranho mostrar uma mulher com pouca formação escolar e profissional e dependente economicamente do marido como alguém que domina o mundo. Mas o machista opressor seria um homem que, embora não o diga abertamente, se reconhece feio, desinteressante, de mau desempenho sexual, grosseiro e inferior à mulher que pretende dominar. Isso parece o retrato de um imperador? Esse é um escravo da buceta inseguro. Escravos não governam e pessoas inseguras não conseguem governar.
O machista opressor é um escravo da buceta mal assumido. E tentando ser senhor de uma buceta, acaba sendo seu servo. Além de não ser um culto ao masculino, o suposto machismo opressor é um reconhecimento mal disfarçado de uma suposta superioridade da mulher, com uma reação hostil e temerosa a ela. O machismo, que tem nome de exaltação do macho, é, na verdade, o feminazismo praticado pelos homens.