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sexta-feira, 27 de junho de 2025

Tenham piedade! Eu não sou p...!

Abigail Pereira Aranha

1) Introdução

Olá, meus amigos e minhxs inimigxs! Não sou eu dizendo que eu não sou puta, galinha, libertina, lúbrica, boqueteira. Eu só não sou profissional do sexo. Foram outras mulheres que negaram esta positividade para o sexo (vou deixar as matérias nos apêndices):

  • Universa, 18 de agosto de 2020: "Mulher é fotografada nua por vizinhos e pendura faixa de protesto na janela"[1]. "Seu primeiro contato com as imagens aconteceu quando uma funcionária do prédio onde mora a chamou para conversar. A professora, que está cumprindo o isolamento social e trabalhando de casa desde março, foi alertada de que aquele seria 'um assunto chato'. Durante a conversa, foram apresentadas a ela três fotos suas em momentos íntimos, enquanto usava poucas roupas e que continham nudez, que foram tiradas sem o seu consentimento, possivelmente por vizinhos do prédio da frente." "Por isso decidi produzir uma faixa, com a ajuda de artistas plásticos, a fim de alertar os envolvidos sobre os crimes que cometeram."
  • G1, 18 de março de 2021: "Moradora de Brasília diz que vizinhas mandaram mensagem pedindo que ela deixe de usar 'shortinhos' no condomínio"[2]. "A notificação, com o título 'Solicitação de vestuário apropriado', foi assinada pelo 'Conselho de Mulheres' do condomínio. O texto pede que Najhara não use 'vestes que não sejam bermudas ou roupas mais adequadas'. A justificativa, é que a vizinha estava fazendo os casais se sentirem constrangidos." "'Circulo apenas quando saio pra praticar esportes', explica, ao se declarar surpresa com o e-mail." "'A questão de um grupo de mulheres, ou apenas uma mulher, se achar no direito de definir o que eu posso vestir ou não, não há nada que justifique um comportamento desses', diz Najhara."
  • Universa, 30 de setembro de 2021: "Mulher recebe bilhete para não andar de sutiã em casa: 'Tenha decência'"[3]. "Ela conta não ter o costume de andar de sutiã no imóvel e acredita que a vizinha a tenha visto com um top e um short de academia. 'Eu imagino que tenha sido no dia que eu fui fazer uma caminhada e, em seguida, fiz uma faxina', afirma ela." "'99,9% das mensagens são de apoio. A única coisa que me incomodou um pouco é que muita gente perguntou sobre o que o meu marido achava disso. Eu tentava responder: 'Meu marido não acha nada, o corpo é meu. Quem está expondo o corpo sou eu. Ele não tem nada a ver'', disse ela."
  • Metro World News, 03 de fevereiro de 2022: "Mãe é duramente criticada pela forma como se veste para buscar filho na escola"[4]. "Vanesa Medina, que é fisiculturista e modelo profissional, teve sua imagem viralizada nas redes sociais e recebeu diversas críticas de pessoas que consideraram 'inadequada' a forma como ela se veste para buscar o filho na escola." "Se eu tivesse esse corpo com certeza sairia assim."
  • Revista Quem, 21 de março de 2022: "Maíra Cardi relembra vazamento de vídeo íntimo: 'Fiquei de prostituta e vagabunda'"[5]. "O que aconteceu comigo? Você não lembra? Mas eu lembro. Eu andava na rua e as pessoas falavam 'prostituta, b*queteira, vagabunda'. Por quê? Porque eu estive na cama com o meu marido e ele resolveu soltar um vídeo. E aí eu, vítima, fiquei de prostituta, vagabunda, b*queteira. Não é só. Eu sofria machismo diário não só da rua, mas da classe artística porque ser ex-BBB naquela época também era um rótulo de mulher inútil e burra, era ruim. Por isso eu passei tantos anos correndo desse rótulo de p*ta, b*queteira e ex-BBB."
  • G1, 06 de junho de 2025: "Prefeita que aparece dançando de biquíni detalha como vídeo vazou de conta privada: 'Fui traída'"[6]. "Patrícia Alencar (MDB), prefeita de cidade de Marituba, na região metropolitana de Belém, falou ao g1, nesta sexta-feira (6), sobre a repercussão de um vídeo que viralizou nas redes sociais nesta semana. Na gravação, ela aparece dançando forró de biquíni." "Me senti extremamente violada, porque esse vídeo foi há 15 dias, em Instagram privado, onde escolhi os seguidores a dedo e onde mostro momentos da Patrícia longe do trabalho, nada envolvendo meu profissionalismo, e eu fui traída por uma pessoa que estava nesse perfil." "Ela afirmou que 'mulheres precisam praticar a empatia, porque infelizmente boa parte dos comentários (negativos) são de mulheres, é um momento de união, onde a gente precisa debater a violência de gênero na politica'."

Se eu pedir empatia e união de vocês mulheres progressistas comigo, na minha vida de dar alegrias pros homens, vocês vão dizer pra eu ir tomar... cuidado, né? Eu já fui vítima de violência: ofensas, importunações não-sexuais de mulheres, difamações, até tentativas de agressão física de ou a mando de mulheres. Essas mulheres só não desejaram nem fizeram que eu fosse estuprada porque elas acreditam que eu não mereço. E elas também não me xingam de puta, galinha, piranha, tarada, depravada, devassa ou... mulher que gosta de jovens e adolescentes porque elas acreditam que não isso é ofensa. Senhoras (tanto estas quanto as do time daquelas), não é porque os seus maridos ou os seus filhos jovens ou adolescentes podem gostar da minha companhia no quarto ou curtiram sexo comigo que vocês precisam me odiar. E nisso eu não deixo o volume dos meus seios e da minha bunda ficarem evidentes dentro dos meus vestidos de "crente".

Nos casos em que a mulher está na rua com uma roupa que mostra o corpo e se ofende quando um homem aprecia e nos casos em que uma mulher está num momento de "intimidade" e um homem aprecia, há um elemento comum: esta mulher deprecia a heterossexualidade. Tanto a heterossexualidade masculina, que ela coloca como marca de inferioridade do universo masculino, quanto a sua própria heterossexualidade. E quando ela repudia a sua própria heterossexualidade, ela descaracteriza a ela mesma como pessoa humana. Ah, ela é casada ou tem um namorado? Então ela não tem heterossexualidade, ela tem obrigação de relacionamento. O marido ou namorado não é um homem, é um ente social e jurídico, ou uma parte de contrato socioeconômico, ou uma escada de conveniência, ou, vá lá, uma outra parte de um compromisso sagrado. Por sinal, se é verdade que o homem "trai" mais, é porque ele não vê a esposa ou a namorada dessa mesma forma, assim ele está sujeito a ver uma mulher na rua e vê-la como... uma mulher. Talvez uma mulher que aquela que ele tem como companheira deixou de ser. Sim, uma mulher que vilifica a heterossexualidade ou que abusa da sensualidade sem deixar de vilificar o sexo hétero é uma mulher que perdeu algo da dimensão feminina e da dimensão de pessoa humana. E sim, amor lésbico é o caralho (de silicone).

E por que uma mulher que não está disponível sexualmente, talvez uma mulher que despreza o sexo, usa uma roupa... agradável aos homens heterossexuais? Porque, talvez sem pensar nisso diretamente, ela se diverte com a heterossexualidade masculina, como se os homens fossem inferiores por terem isso e ela fosse madura e superior por não gostar de sexo. E por que ela pensa que ela tem o direito de mostrar o que um homem não tem o direito de olhar? Pelo Lesbofeminismo, que coloca a mulher acima literalmente de Deus e o mundo e vilifica a heterossexualidade masculina.

2) Um outro caso

O Globo, 10 de agosto de 2022: "'Maior humilhação': atriz pornô e influencer, Tigresa Vip fica sem candidatura pelo PT nas eleições, em MT"[7]. "Mesmo tendo conseguido a sua filiação ao PT por meio de uma liminar na Justiça, a atriz pornô e influencer Ester Caroline Pessato, de 24 anos, não foi incluída na lista de candidatos do partido. Conhecida como Tigresa Vip nas redes sociais, ela pretendia a disputar a uma vaga de deputada estadual em Mato Grosso e chegou a ter sua pré-candidatura anunciada em um evento do partido." "Uma das polêmicas envolveu um áudio atribuído à deputada federal Rosa Neide (PT-MT)." "Se é para fazer campanha política sendo chacota para o país, não estou disposta. Então já enviei para a presidenta (Gleise Hoffman) e espero que segunda-feira o deputado Valdir Barranco, nosso presidente, possa fazer uma reunião e discutir a questão antes que seja tarde demais."

Mas aí não foi violência política de gênero, né? Não é porque a vítima não era uma das nossas, é porque quem discriminou a vítima também era.

Se a Ester Tigresa Vip deve ser eliminada do rol de candidatos do PT antes que seja tarde demais, o que não fariam se a Abigail Pereira Aranha fosse candidata a cargo político? (Podia ser candidata a vereadora de município de 5.000 habitantes) A Abigail Pereira Aranha é piranha, machista, misógina, lesbofóbica, racista, ateia, contra a vaChina, bolsonarista,...

3) Se a diferença da mulher em relação aos homens não é heterossexual, ela não deixou de ser diferente, ela deixou de ser mulher

Sim, a diferença entre um homem e uma mulher por definição é sexual. Algumas diferenças (pelo menos em tendência) vêm da diferença entre os alossomos XY e XX. Por sinal, você nunca viu uma mulher de academia ser chamada na rua por uma mulher aleatória para empurrar um carro ou mover um objeto pesado; se você é homem, isso deve ter acontecido com você mesmo, talvez sem você ter um corpo atlético. As outras diferenças são entre indivíduos humanos.

Então, quando uma mulher segue a castidade por princípios religiosos ou repele a aproximação dos homens por princípios lesbofeministas, ela não nega o máximo que é o contato sexual, ela quase nega o mínimo que é a identidade individual como mulher. É por isso que mesmo uma mulher cristã amável pode antipatizar com um homem por alguma coisa que, por exagero, ela interpretou que tinha fundo sexual. E por isso também a simpatia com um homem que vem com certa frequência de outros homens é quase raridade vinda do universo feminino.

Assim, enquanto a linha geral do Conservadorismo é transformar a mulher num acessório dispendioso de um homem em particular, a linha geral do Feminismo é transformar a mulher num homem falsificado.

Assim, os dois lados se unem contra o trabalho sexual. Ah, sim: numa concordância das duas partes, uma mulher oferecendo sexo ou mesmo um estímulo sexual remoto aos homens é um serviço profissional como, por exemplo, ser enfermeira. Ops! Não posso falar que ser prostituta ou atriz pornô é um trabalho como qualquer outro. E, para as duas partes, o trabalho sexual é uma degradação da mulher. Tá bom, se uma mulher oferecendo sexo virou trabalho profissional, o que a mulher oferece pro marido no casamento? Os homens que são ou têm amigos casados sabem: menos sexo do que contas e incômodos. Para os dois lados, conservadores e "progressistas", esta é a diferença entre homem e mulher, uma relação de direitos e deveres: direitos da mulher e deveres do homem.

E mais grave ainda é quando uma mulher atende sexualmente a vários homens não como fonte de renda, mas como prazer. Neste caso, para conservadores e lesbofeministas, esta mulher se renuncia como mulher e se rebaixa como indivíduo humano, além de ser um perigo para a humanidade ou para o universo feminino. Então, o universo feminino se divide quase todo em duas partes: as mulheres feministas que creem que agradar os homens é humilhação, mesmo quando elas exibem seus corpos, e as mulheres que são contra o Feminismo porque creem que as mulheres feministas se humilham agradando os homens sexualmente.

Mas o que eu disse sobre sexualidade, mais exatamente heterossexualidade, se isso pareceu objetificação da mulher ou animalização da pessoa humana, pode ser confirmado em outras experiências na prática: a mulher que não pode ser olhada sexualmente é uma entidade que tem cada vez menos a oferecer em troca dos cada vez mais direitos que recebe ou pensa que merece. Não apenas as mulheres em geral são desestimulantes sexualmente, ou são cada vez mais ridículas tentando parecer "gostosas"; as mulheres em geral são cada vez mais desinteressantes ou perigosas como amigas, familiares, vizinhas, colegas de trabalho, profissionais, e tudo mais; elas mostram cada vez mais indelicadeza, mau humor, falta de ética, falta de qualificação técnica, dispendiosidade de dinheiro público e privado, improdutividade e farsa.

4) E você, Abigail, vai gostar de um homem espiar você com pouca roupa dentro da sua casa?

Sim, uma mulher não tem desejo sexual 24 horas por dia, mas é "gostosa" (ou não) 24 horas por dia. Ops! Não, eu ainda não respondi "sim" à pergunta. Mas eu tenho a percepção, não só agora que eu estou refletindo sobre isso, de que um homem pode apreciar o meu corpo feminino (com grandes atributos femininos) em um momento em que eu não estou com disposição sexual, talvez um momento em que eu nem mesmo sei que estou sendo observada. Mas a própria ideia de que isso é uma violência, ainda mais a violência máxima contra uma mulher, vem daquilo tudo que eu expliquei, o princípio de que a heterossexualidade masculina é uma imaturidade ridícula na melhor das hipóteses ou um crime na pior. Então, eu, particularmente, o que eu faria se eu percebesse um homem me observando quando estou de biquíni no quintal ou nua no meu quarto? No mínimo, eu deixaria ele apreciar; ou me tocar, se nós estivermos frente a frente. Se nós estivermos frente a frente, eu posso não estar sexualmente disponível na hora, mas nós podemos satisfazer os apetites carnais dele num outro dia ou a conversa pode me gerar um interesse em que nós terminamos fazendo o "test drive". Por que não?

E se ele for um homem com quem eu antipatizo? Neste caso, eu não tenho uma resposta pronta, mas eu vou limitar a resposta aqui ao ponto principal: uma coisa é eu me recusar sexualmente, mesmo para apreciação visual, para um ou dois homens em particular, e isso ser parte da minha dignidade humana; outra coisa é eu me recusar sexualmente para todos os homens, com a possível exceção de um ou talvez dois, e me sentir superior por isso.

O que já aconteceu comigo? Eu moro em uma casa em um bairro não muito adensado, em uma cidade que também não é muito grande. Eu não corro o risco de ser observada de um apartamento ou de uma casa mais alta. Mas eu não me incomodo com a voluptuosidade masculina, então eu já saí do banho ou da "happy hour" com amigos, ou estava só descontraída em casa, e fui atender um leiturista da CEMIG (a companhia elétrica de Minas Gerais) ou da COPASA (a companhia de água e esgoto) ou um entregador no portão. Eu sempre chamei os rapazes para entrar para tomar uma água ou um café, ou comer a minha rosquinha, mas todos eles recusaram. E uma vez eu fui observada pela fresta do portão por dois estudantes adolescentes quando eu estava de biquíni pendurando roupas no varal. Eu já conhecia os rapazes de vista, eu os chamei e disse que eu daria o que eles quisessem para eles não contarem o que eles viram. Eles aceitaram a proposta e eu dei aos dois o que eles não viram e nem tinham experimentado antes, e eles tinham 13 anos na época.

Aliás, de onde vêm as câmeras escondidas em quartos para espiar mulheres trocando de roupa, as câmeras escondidas em banheiros para espiar mulheres fazendo xixi, os fóruns e grupos para compartilhar fotos e vídeos vazados de mulheres nuas, seminuas ou fazendo sexo? E também as edições via software que transformam uma foto normal de uma mulher (uma mulher comum ou, por exemplo, uma apresentadora de telejornal) em uma aproximação de uma foto dela sem as roupas? E quantos homens de duas ou três gerações atrás não tiveram nem isso e ficariam alegres se tivessem? Isso não vem exatamente da carência dos homens do próprio contato, incluindo visual, com mulheres no cotidiano? É, contato erótico-sexual mesmo. E vamos lembrar que muitos consumidores de pornografia ou até das velhas revistas como a Playboy são ou foram homens casados; então não vale a resposta "simples assim" "arrume uma esposa". Um homem é rodeado de mulheres do caixa da padaria até os Três Poderes, mas se ele esbarrar em uma mulher bonita no trabalho ou no ônibus (ou talvez se ele der um bom-dia), ele pode ser no mínimo xingado e no máximo assassinado ou preso. Um homem não pensa em sexo com todas as mulheres com quem convive, como as mulheres normais e os homens sabem. Por um lado, isso significa que o homem não é o criminoso sexual que as lesbofeministas dizem; por outro lado, se as mulheres à volta de um homem não o levam a vê-las como mulheres (neste sentido), ESTE é o problema. E aí eu repito: o Feminismo de esquerda leva a mulher a se transformar em um homem falsificado, alguém cujo projeto de vida é estar no lugar de um homem fazendo o que os homens fazem, ou, explicando melhor, imitando o que os homens com o status e o salário que ela quer fariam se eles estivessem lá.

Pode ser uma satisfação para uma mulher ver que ela dá prazer para os homens que ela encontra, não só prazer sexual, mas inclusive o prazer de vários homens que a respeitam se satisfazendo com o corpo dela. Alguns vão dizer que a Abigail é o orgulho da família. Mais ou menos: eu disse aquilo pro meu pai num encontro de família e acho que ele, os meus irmãos e as minhas irmãs pensaram no assunto em silêncio, depois da cara de que eu abri um portal entre o nosso mundo e as profundezas do Inferno.

Apêndices

1 "Mulher é fotografada nua por vizinhos e pendura faixa de protesto na janela". Universa, UOL, 18 de agosto de 2020. Disponível em https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2020/08/18/mulher-e-fotografada-por-vizinhos-e-pendura-faixa-de-protesto-na-janela.htm

Mulher é fotografada nua por vizinhos e pendura faixa de protesto na janela

Ana Bardella

De Universa

18/08/2020 12h29

Por mais que tente retomar a rotina, a professora Júlia*, que prefere não revelar o nome verdadeiro ou idade, dificilmente consegue se sentir tranquila nos dias que passa em seu apartamento em Perdizes, zona oeste de São Paulo. Desde que descobriu que foi fotografada sem consentimento por moradores do condomínio de luxo que fica em frente ao seu, o pensamento de que está sendo observada passa constantemente pela sua cabeça.

Como resposta, Júlia decidiu pendurar uma faixa na janela, com trechos do Código Penal, contendo os três artigos pelos quais os vizinhos que produziram as imagens estão sendo investigados criminalmente. Para Universa, ela conta detalhes sobre o caso.

"Um assunto chato"

Seu primeiro contato com as imagens aconteceu quando uma funcionária do prédio onde mora a chamou para conversar. A professora, que está cumprindo o isolamento social e trabalhando de casa desde março, foi alertada de que aquele seria "um assunto chato". Durante a conversa, foram apresentadas a ela três fotos suas em momentos íntimos, enquanto usava poucas roupas e que continham nudez, que foram tiradas sem o seu consentimento, possivelmente por vizinhos do prédio da frente.

"Jamais poderia pensar que algo do tipo iria acontecer. Em nenhuma das fotos estou totalmente nua, mas foi uma violação imensa da minha privacidade. Em uma delas, por exemplo, havia acabado de acordar e estava vestindo somente uma camiseta dentro da sala. A pessoa que registrou as imagens deu zoom o suficiente para que meu rosto pudesse ser identificado", conta.

Imagens que foram compartilhadas

Passado o susto inicial, Júlia procurou entender como as fotos haviam chegado até a funcionária do seu prédio e construiu a hipótese que vem sendo investigada pela polícia. "Aparentemente, uma das moradoras do condomínio de luxo que fica em frente ao meu e que é avaliado em R$ 2,5 milhões, considerou moralmente inadequada a forma como eu agia dentro da minha própria casa", diz.

"Esta mulher teria incentivado outra, que trabalha para ela, a registrar as imagens", conta. Então as fotos íntimas começaram a circular via Whatsapp entre funcionários tanto do condomínio como do prédio em que ela mora. Julia teve acesso também a um áudio da mulher que supostamente a fotografou, em que ela confirma que a patroa observava e desaprovava verbalmente o comportamento da vizinha.

Medidas legais

No mesmo dia em que tomou conhecimento das fotos, um funcionário do condomínio de onde as imagens foram tiradas procurou a administração do prédio de Júlia em tom acusatório. "Ele disse que estava representando um morador indignado e questionou quais providências seriam tomadas contra mim", afirma.

Segundo a professora, o homem sugeriu que o proprietário de seu apartamento alugado fosse contatado e esperava que ela recebesse algum tipo de punição ou despejo.

Quando entendeu a gravidade da situação, a professora procurou uma advogada para saber como deveria proceder legalmente. Após ser devidamente orientada, solicitou a abertura de uma investigação criminal no no 23º Distrito Policial de São Paulo.

Segundo a advogada, quatro crimes deveriam ser investigados no seu caso: produzir registro audiovisual de alguém sem autorização; repassar esse tipo de registro sem consentimento; difamação e, por fim, constranger uma pessoa a fazer o que a lei não manda.

Cansaço e medo

A professora acredita ter sido vítima de machismo e da sensação de poder que os vizinhos responsáveis demonstram ter. "É um pensamento conservador, moralista, de achar que a mulher está errada. Eu trabalho, limpo minha própria casa, não fiz absolutamente nada de errado. Já eles têm outro estilo de vida, só saem de carro, mas se sentiram no direito de me expor e de me assediar", desabafa.

Ela afirma estar emocionalmente desgastada pelos processos burocráticos que precisaram ser tomados. E se sente dividida quanto a retomada da vida como era antes.

"Um lado meu pensa que não podem me invadir assim e minha intenção é de continuar com a rotina normalmente. Por outro lado, na prática, as imagens me desestruturaram muito e não consigo deixar de pensar na possibilidade de que alguém está me observando. Por isso decidi produzir uma faixa, com a ajuda de artistas plásticos, a fim de alertar os envolvidos sobre os crimes que cometeram." Enquanto a investigação segue, a faixa está pendurada na sua janela.

2 "Moradora de Brasília diz que vizinhas mandaram mensagem pedindo que ela deixe de usar 'shortinhos' no condomínio". G1, 18 de março de 2021. Disponível em https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2021/03/18/vizinhas-mandam-mensagem-para-moradora-de-condominio-do-df-deixar-de-usar-shortinhos-nas-areas-comuns.ghtml

Moradora de Brasília diz que vizinhas mandaram mensagem pedindo que ela deixe de usar "shortinhos" no condomínio

Texto assinado por "conselho de mulheres" diz que roupas estavam constrangendo casais. Najhara Noronha, de 36 anos, acionou advogado para avaliar caso e espera resposta do síndico sobre assunto.

Por Sthefanny Loredo, TV Globo

18/03/2021 09h17

A técnica de laboratório Najhara Noronha, de 36 anos, estava em casa, em Brasília, na quarta-feira (17), fazendo uma prova online da faculdade, quando foi surpreendida com um e-mail. Segundo ela, vizinhas pediram que a moradora do Sudoeste não transitasse nas áreas comuns do prédio com roupas de academia e "shortinhos" (veja texto abaixo).

A notificação, com o título "Solicitação de vestuário apropriado", foi assinada pelo "Conselho de Mulheres" do condomínio. O texto pede que Najhara não use "vestes que não sejam bermudas ou roupas mais adequadas". A justificativa, é que a vizinha estava fazendo os casais se sentirem constrangidos.

A moradora conta que após receber o e-mail procurou dois funcionários do prédio, que não souberam informar de onde saiu a mensagem, e nem falar sobre a existência de um Conselho de Mulheres. Najhara diz que, então, acionou um advogado "para analisar o caso", e o síndico – que, segundo ela, até a manhã desta quinta-feira (18) não havia respondido.

O G1 também não conseguiu falar com o síndico do condomínio até a última atualização da reportagem.

Najhara diz que mora no local há um ano e cinco meses, e que usa pouco as áreas de convivência. "Circulo apenas quando saio pra praticar esportes", explica, ao se declarar surpresa com o e-mail.

"A questão de um grupo de mulheres, ou apenas uma mulher, se achar no direito de definir o que eu posso vestir ou não, não há nada que justifique um comportamento desses", diz Najhara.

3 "Mulher recebe bilhete para não andar de sutiã em casa: 'Tenha decência'". Universa, UOL, 30 de setembro de 2021. Disponível em https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2021/09/30/mulher-bilhete-sutia-vizinha.htm

Mulher recebe bilhete para não andar de sutiã em casa: "Tenha decência"

Heloísa Barrense

De Universa, em São Paulo

30/09/2021 19h53 | Atualizada em 01/10/2021 17h23

A confeiteira Juliana Kulpa, de 25 anos, foi pega de surpresa ao abrir a caixa de correspondências de seu apartamento e encontrar um bilhete de uma vizinha, que pedia para que ela parasse de transitar em sua própria residência usando apenas sutiã. "Somos evangélicos e meu marido fica em casa em home office. Tenha decência", diz a mensagem. O caso ocorreu em Osasco, na Grande São Paulo, há cerca de 20 dias e vem pautando debate — e gerando indignação — nas redes sociais.

Juliana mora há oito anos no mesmo edifício e mudou de apartamento, no mesmo prédio, há dois meses. Ela diz que não costuma olhar a caixa de cartas, mas que decidiu checar as correspondências numa manhã antes de levar um de seus dois filhos à escola. "A primeira reação foi um susto, porque a pessoa não se identificou. Fiquei assustada com isso", contou a Universa.

Ela conta não ter o costume de andar de sutiã no imóvel e acredita que a vizinha a tenha visto com um top e um short de academia. "Eu imagino que tenha sido no dia que eu fui fazer uma caminhada e, em seguida, fiz uma faxina", afirma ela.

A confeiteira acredita que a autora do bilhete é de outro edifício. "Até hoje, a pessoa não se identificou. Eu não imagino quem seja, porque as janelas da minha lavanderia e do meu quarto dão para a frente do outro prédio; mas são muitos apartamentos. Não dá para saber quem é. Com certeza é alguém do outro prédio, porque daqui não tem como ninguém me ver", diz a confeiteira.

Ela chegou a levar o caso para a administração dos dois condomínios vizinhos. A síndica do prédio em que vive disse não haver o que fazer. "Ela deu muita risada. Disse que estava passada com a situação, mas que não poderia fazer nada porque a pessoa não havia se identificado", afirma Juliana. A representante da edificação vizinha igualmente orientou que Juliana mantivesse a vida normal apesar da situação.

A história se espalhou nas redes sociais após Juliana publicar a mensagem em um grupo do Facebook.

"99,9% das mensagens são de apoio. A única coisa que me incomodou um pouco é que muita gente perguntou sobre o que o meu marido achava disso. Eu tentava responder: 'Meu marido não acha nada, o corpo é meu. Quem está expondo o corpo sou eu. Ele não tem nada a ver'", disse ela.

Desde o ocorrido, Juliana não recebeu mais bilhetes garante que, além de não ter ficado intimidada, continuará mantendo seus hábitos na privacidade de seu lar. "Voltei a usar top, cropped; não fiquei nem um pouco desconfortável, pelo contrário. Estou dentro da minha casa. Vou e pretendo continuar usando", concluiu a confeiteira.

4 "Mãe é duramente criticada pela forma como se veste para buscar filho na escola; vídeo". Metro World News, 03 de fevereiro de 2022. Disponível em https://www.metroworldnews.com.br/social/2022/02/03/mae-e-duramente-criticada-pela-forma-como-se-veste-para-buscar-filho-na-escola-video

Mãe é duramente criticada pela forma como se veste para buscar filho na escola; vídeo

Registro dividiu opiniões entre os internautas e recebeu diversos comentários

Por Leandro Luz

03/02/2022 - 16:44

Vanesa Medina, que é fisiculturista e modelo profissional, teve sua imagem viralizada nas redes sociais e recebeu diversas críticas de pessoas que consideraram “inadequada” a forma como ela se veste para buscar o filho na escola.

Em um vídeo divulgado no Twitter, pode-se escutar uma pessoa, cuja identidade não foi revelada, dizer em espanhol: “Por pessoas como esta que me dá vontade de mudar meu filho de escola”.

De acordo com detalhes compartilhados pelo portal Nueva Mujer, a gravação foi feita após o primeiro dia de aula das crianças. Veja depois do destaque o vídeo. (Caso não consiga visualizá-lo, basta que acesse o link).

No Instagram, após o caso da mulher, que há alguns anos ganhou o prêmio de Miss Fitness, na Bolívia, ser compartilhado, diversos internautas aproveitaram a oportunidade e deixaram suas impressões. Confira o que eles disseram:

  • “Ela tem o direito de se vestir como quiser, mas não é apropriado ir à escola de seu filho”;
  • “Eu vou de pijama”;
  • “Que estranho, só as senhoras ficaram chateadas”;
  • “Faça uma comparação com a senhora que tirou a foto”;
  • “Se eu tivesse esse corpo com certeza sairia assim”.
5 "Maíra Cardi relembra vazamento de vídeo íntimo: 'Fiquei de prostituta e vagabunda'". Quem, 21 de março de 2022. Disponível em https://revistaquem.globo.com/QUEM-News/noticia/2022/03/maira-cardi-relembra-vazamento-de-video-intimo-fiquei-de-prostituta-e-vagabunda.html

Maíra Cardi relembra vazamento de vídeo íntimo: "Fiquei de prostituta e vagabunda"

Empresária relembra machismo sofrido logo após sair do BBB9 e afirmou que Felipe Andreoli se recusou a dar entrevista para uma "ex-BBB b*queteira"

Redação Quem

21 Mar 2022 - 18h29 | Atualizado em 22 Mar 2022 - 12h50

Maíra Cardi, de 38 anos, relembrou nesta segunda-feira (21) em seu Instagram as críticas que sofreu por ter um vídeo íntimo vazado logo após sair do BBB9. A empresária citou o suposto tweet de Felipe Andreoli a chamando de "ex-BBB b*queteira" e o fato de Arthur Aguiar ter entrado no BBB22 cancelado após tê-la traído mais de 50 vezes.

"Há 13 anos, quando eu saí do BBB, uma menina tonta, sofri um grande abuso e um grande crime. Uma vez eu estava na cama com meu marido num momento íntimo, sexo oral, e ele filmou. E durante o vídeo de 30 segundos eu pergunto 'Você não está me filmando, né?!', e ele fala 'Não', e o vídeo acaba. Esse vídeo foi parar em todas as capas, em todos os jornais, e naquela época você ficava muito tempo na capa do jornal", relembrou.

Maíra ainda revelou as ofensas sofridas pelo vídeo e pelo fato de ter participado do reality. "O que aconteceu comigo? Você não lembra? Mas eu lembro. Eu andava na rua e as pessoas falavam 'prostituta, b*queteira, vagabunda'. Por quê? Porque eu estive na cama com o meu marido e ele resolveu soltar um vídeo. E aí eu, vítima, fiquei de prostituta, vagabunda, b*queteira. Não é só. Eu sofria machismo diário não só da rua, mas da classe artística porque ser ex-BBB naquela época também era um rótulo de mulher inútil e burra, era ruim. Por isso eu passei tantos anos correndo desse rótulo de p*ta, b*queteira e ex-BBB", continuou.

A empresária continuou o desabafo afirmando que Felipe Andreoli se recusou a lhe dar uma entrevista e a chamou de "b*queteira". "Até que um dia, eu tinha um programa de televisão com o David Brazil e fui entrevistar o Felipe Andreoli. Ele virou as costas para mim e saiu. Foram perguntar para ele 'Por que você não deu entrevista para a Maíra?', aí ele fez um tweet: 'Eu não dou entrevista para ex-BBB b*queteira', disse.

Maíra também contou que as críticas afetavam seus familiares. "Meu filho, com 8 anos de idade, ficava sem comer e não podia ir para a escola. A mãe era p*ta, vagabunda, e obviamente ele sofria bullying. Meu pai, comendador, não podia trabalhar. E eu queria morrer. Sim, minha vida deixou de fazer sentido. É muito difícil sair na rua e ser chamada de p*ta porque você transou com o teu marido. Eu cheguei onde eu cheguei batalhando muito, passei por coisas que vocês não imaginam", afirmou.

Por fim, Maíra falou sobre o cancelamento de Arthur após ter revelado as traições e disse que o marido também é "ferido" por abandonos e abusos. "Na primeira semana, quando ele entrou no BBB, ninguém acreditava que ele pudesse se transformar. Todo mundo estava desejando que eu fosse traída o mais rápido possível. Eu não vou desistir do ser humano, da minha família, do meu marido. É muito bonito ver quem ele foi e o quanto ele se transformou. Só eu sei os abusos, abandonos e rejeições que ele também sofreu. Porque toda pessoa ferida, fere. A grande parada da vida é a gente querer e poder ser melhor", concluiu.

6 "Prefeita que aparece dançando de biquíni detalha como vídeo vazou de conta privada: 'Fui traída'". G1, 06 de junho de 2025. Disponível em https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2025/06/06/prefeita-que-aparece-dancando-de-biquini-detalha-como-video-vazou-de-conta-privada-fui-traida.ghtml

Prefeita que aparece dançando de biquíni detalha como vídeo vazou de conta privada: "Fui traída"

Prefeita de Marituba, Patrícia Alencar (MDB) afirma que sofreu violência política de gênero com vazamento de vídeo e rebateu críticas.

Por Taymã Carneiro, g1 Pará — Belém

06/06/2025 13h25 | Atualizado 06/06/2025

Patrícia Alencar (MDB), prefeita de cidade de Marituba, na região metropolitana de Belém, falou ao g1, nesta sexta-feira (6), sobre a repercussão de um vídeo que viralizou nas redes sociais nesta semana. Na gravação, ela aparece dançando forró de biquíni (assista ao vídeo acima).

Ela falou que, há 15 dias, havia postado o conteúdo em um perfil privado com cerca de 185 seguidores. Depois disso, alguém gravou a tela e compartilhou sem autorização. Com o vazamento, ela resolveu postar o vídeo no perfil oficial dela, onde é acompanhada por mais de 800 mil pessoas. O vídeo dividiu opiniões e ela rebateu críticas.

"Me senti extremamente violada, porque esse vídeo foi há 15 dias, em Instagram privado, onde escolhi os seguidores a dedo e onde mostro momentos da Patrícia longe do trabalho, nada envolvendo meu profissionalismo, e eu fui traída por uma pessoa que estava nesse perfil".

Sobre a repercussão, Patrícia comentou que tem "certeza que vivemos em uma sociedade machista, preconceituosa e isso ainda está vivo nos dias de hoje". Ela afirmou que "mulheres precisam praticar a empatia, porque infelizmente boa parte dos comentários (negativos) são de mulheres, é um momento de união, onde a gente precisa debater a violência de gênero na politica".

"Sofremos essa violência constantemente, com casos no Brasil todo, e até quando a gente vai aceitar que isso está dentro da normalidade? É um momento onde a gente precisa debater, procurar e solucionar essas demandas de preconceito de gênero na politica".

O vídeo

Patrícia viralizou nesta quinta-feira (5) depois de publicar um vídeo dançando forró de biquíni em seu perfil privado em uma rede social.

Embora o conteúdo não tenha sido divulgado em canais institucionais, a repercussão foi imediata. O vídeo dividiu opiniões sobre limites entre vida pessoal e o decoro esperado de autoridades eleitas.

Ao g1, Patrícia também havia dito que "infelizmente o corpo de uma mulher incomoda mais do que a corrupção, a ineficiência ou o descaso na política". "Quando um homem se diverte ou relaxa, é visto como autêntico. Mas, quando se trata de uma mulher, ela é julgada, como se isso anulasse sua competência", afirmou.

A gestora tem 37 anos e nasceu na cidade de Bodocó, no sertão de Pernambuco. Mãe de três filhos, ela se mudou para Marituba há cerca de 16 anos. Começou a trabalhar vendendo baldes e bacias na feira central da cidade.

Ela contou ter começado a cursar medicina, mas se consolidou no empreendedorismo e, depois, entrou para a política. Em 2020, disputou a sua primeira eleição e foi eleita a primeira mulher a comandar a prefeitura de Marituba. Quatro anos depois, em 2024, foi reeleita com 71,50% dos votos válidos.

Patrícia tem mais de 700 mil seguidores em seu perfil aberto no Instagram. O vídeo em que ela aparece dançando de biquíni foi originalmente publicado em um perfil privado no Instagram, mas vazou. As imagens viralizaram ao serem compartilhadas por aplicativos de mensagens.

Polêmica

Críticos do vídeo publicado por Patrícia afirmam que a gravação compromete a imagem institucional do cargo e que, mesmo sendo um momento pessoal, o conteúdo não condiz com o comportamento esperado de uma autoridade pública — especialmente em tempos de forte exposição nas redes sociais.

Apoiadores de Patrícia, porém, destacaram o direito à vida pessoal da gestora e a autenticidade com que ela se comunica nas redes. Para eles, o vídeo revela uma figura política acessível, próxima da realidade da maioria das mulheres brasileiras.

A repercussão segue nas redes — entre memes, críticas e defesas — e levanta discussões sobre o papel da mulher na política, os limites da exposição e o que se espera de uma liderança pública em tempos de internet e vigilância constante.

A prefeita se manifestou por meio de seu perfil oficial e reagiu às críticas. Em tom de desabafo, Patrícia afirmou que está sendo julgada por padrões machistas e defendeu que mulheres podem ocupar múltiplos papéis: “Mulher pode ser trabalhadora, mãe e ‘bonitinha’”, escreveu.

7 "'Maior humilhação': atriz pornô e influencer, Tigresa Vip fica sem candidatura pelo PT nas eleições, em MT". O Globo, 10 de agosto de 2022. Disponível em https://oglobo.globo.com/politica/eleicoes-2022/noticia/2022/08/maior-humilhacao-atriz-porno-e-influencer-tigresa-vip-fica-sem-candidatura-pelo-pt-nas-eleicoes-em-mt.ghtml

"Maior humilhação": atriz pornô e influencer, Tigresa Vip fica sem candidatura pelo PT nas eleições, em MT

Ester Caroline Pessato, de 24 anos, teve filiação suspensa do partido pela executiva estadual e recorreu na Justiça

Por Paulo Assad — Rio de Janeiro

10/08/2022 06h28 | Atualizado 10/08/2022

Mesmo tendo conseguido a sua filiação ao PT por meio de uma liminar na Justiça, a atriz pornô e influencer Ester Caroline Pessato, de 24 anos, não foi incluída na lista de candidatos do partido. Conhecida como Tigresa Vip nas redes sociais, ela pretendia a disputar a uma vaga de deputada estadual em Mato Grosso e chegou a ter sua pré-candidatura anunciada em um evento do partido. Pelas redes sociais, Ester lamentou o episódio:

— Maior humilhação que eu já vivi na minha vida até hoje. Não foi humilhação passar fome, morar nos sem-terra. Não é humilhação ser atriz pornô, entendeu? A maior humilhação foi quando o PT me expulsou e excluiu a minha filiação. — disse Ester Pessato em vídeo compartilhado nas suas redes sociais na última sexta-feira.

Durante o vídeo, ela aponta o presidente do PT no MT, o deputado estadual Valdir Barranco, e a deputada federal Rosa Neide como os responsáveis por articularem a suspensão da sua filiação, bem como bloquearem sua candidatura.

Procurados, Valdir Barranco e Rosa Neide não se manifestaram sobre as declarações de Ester. O espaço segue aberto.

A controvérsia no entorno da pré-candidatura de Ester Pessatto se arrasta desde meados de abril. Uma das polêmicas envolveu um áudio atribuído à deputada federal Rosa Neide (PT-MT). Nele, Rosa Neide supostamente afirma ter visto um vídeo da atriz e alertado a presidenta do partido:

— Se é para fazer campanha política sendo chacota para o país, não estou disposta. Então já enviei para a presidenta (Gleise Hoffman) e espero que segunda-feira o deputado Valdir Barranco, nosso presidente, possa fazer uma reunião e discutir a questão antes que seja tarde demais — diz o áudio.

Procurada pela imprensa de Mato Grosso na época do vazamento, Rosa Neide não negou a autoria do áudio. Em nota, ela afirmou que o PT é um partido dinâmico e plural.

Texto original em português sem vídeos de putaria no A Vez das Mulheres de Verdade: "Tenham piedade! Eu não sou puta!", https://avezdasmulheres.blogspot.com/2025/06/tenham-piedade-eu-nao-sou-p.html
Texto original em português com vídeos de putaria no A Vez dos Homens que Prestam: "Tenham piedade! Eu não sou puta!", https://avezdoshomens.blogspot.com/2025/06/tenham-piedade-eu-nao-sou-p.html

sábado, 31 de maio de 2025

Introdução à psicanálise textual de brasileiros - parte 5

Abigail Pereira Aranha

01) Introdução - parte 1: notas sobre a linguagem humana

A introdução é repetida em toda a série. A numeração dos subtítulos é sequência desde a parte 1. Os atalhos diretos dos subtítulos estão nos números.

Com as honrosas exceções de nível mental humano, o que um brasileiro fala ou escreve não deve ser ouvido ou lido, mas examinado. Na linguagem humana, o mundo real é a referência e o assunto principal. Um dos casos em que isso pode ser diferente é a função metalinguística da linguagem, em que a linguagem se refere a elementos dela mesma. Um outro caso é de objetos em ciências abstratas, como Lógica e Matemática. Um outro caso é o de objetos ainda não existentes, mas previstos, como em projetos de engenharia. Mas em geral, o mundo real não é apenas referência da linguagem, também é referência do universo interior do ser humano. A partir do mundo real externo, o homem molda o que pensa, o que sente e o que faz (eu usei a palavra "homem" no sentido de ser humano, para incomodar alguma lesbofeminista que está lendo, hua, hua, hua, hua, hua). No Brasil, a linguagem humana é exceção. Não são só as falas que têm grande limitação intelectual, limitação de vocabulário ou até limitação geográfica. A própria ideia de que a linguagem usada por seres humanos possa ser mais abrangente e mais elevada que isso parece uma ideia alienígena no Brasil. Eu tenho uma tese para explicar por que isso acontece no Brasil de uma forma particular mais horrorosa, mas vou deixar essa minha parte para o final porque eu vou tentar evitar que essa explicação comprometa o entendimento da minha descrição do fenômeno em si, e também porque o assunto principal aqui não é essa origem histórica (ops!).

Para o leitor estrangeiro, eu desenvolvo a exposição a partir da experiência do Brasil não só porque eu sou brasileira e nunca saí do Brasil, também faço isso como uma espécie de alerta. Se o leitor é de um país desenvolvido, talvez eu mostre um aspecto insano da vida nacional brasileira que está menos longe de se reproduzir no seu país do que se imagina. Se o leitor é de um país ainda mais pobre economicamente que o Brasil, eu vou deixar mais claro que ter um dos 10 maiores PIB's do mundo pode não ser um reflexo da grandeza do país.

Dado que os brasileiros comuns não dominam a linguagem humana no sentido de linguagem associada com o mundo real, eles dão um status superior ao próprio universo interior subjetivo, especialmente o universo emocional, e ao universo verbal próprio. Estes universos interior e verbal podem ser moldados por aqueles a quem esses brasileiros comuns atribuem autoridade, como "a ciência" ou o governo de esquerda. Então, se você é uma pessoa normal e vai interagir com uma pessoa brasileira, você precisa verificar primeiro que essa pessoa não é doente mental; segundo, que essa pessoa não é semianalfabeta; terceiro, que essa pessoa não é de mau caráter. Tentar interagir com essa pessoa sem verificar isso é um risco de conversar com uma pessoa com um destes defeitos ou um risco de cair numa armadilha de manipulação psicológica. Uma interação semelhante a uma conversa com um intercâmbio de ideias ou de informações será a disputa da fala de um ser humano de mente normal contra a logorreia de um desequilibrado mental semianalfabeto (ou, com sorte, contra uma pessoa farsante).

Apesar de esta exposição ser sobre falas e escritos (e um tanto sobre comunicação de outras formas), a abordagem não é sobre debate de ideias, não é sobre a vida universitária, não é um rascunho de observatório de imprensa e nem mesmo sobre a vida em cidades grandes. A questão é a linguagem oral e escrita do brasileiro comum. Mais exatamente, a manifestação de algo que está acima (ou melhor, abaixo) da expressão de ideias mesmo no que devia ser conversa sobre assuntos grandes.

A diferença de raciocínio e de habilidade de expressão em língua culta que existiu no passado entre o brasileiro médio e a, digamos, elite falante diminuiu muito e está cada vez menor. Não porque o nível do povão está aumentando, e nem tanto por causa da popularização da internet que traz mais popularização da expressão de ideias e da circulação de informações e conhecimentos; mas principalmente porque essa elite falante e a elite em geral está ela mesma se aproximando do povo medíocre quando não está recebendo alguns indivíduos desta parte da população. Sim, eu me refiro às cotas sociorraciais e as cotas para mulheres. Ah, mulheres de verdade! Também existe aqui e ali uma cota LGBT ou alguma preferência de seleção para LGBT para cargos públicos, mas essa parte da população é minoria. Em qualquer país da América, as mulheres são cerca de metade da população e os não-brancos são, se não maioria, uma parte considerável. Portanto, em um país destes (não só no Brasil), a simples preferência por uma mulher ou um não-branco para uma vaga em posição de destaque é a promoção da mediocridade. Mas isso é uma particularidade recente, e até isso mostra, hoje com mais clareza, que uma coletividade não pode ter uma elite virtuosa e um povo néscio, ou uma elite inteligente e amante da sabedoria ao lado de um povo inculto e animalesco.

E isso que eu disse pode levar alguns leitores a me encaixarem na "extrema direita" e na "elite branca". E até isso tem a ver com o assunto que eu estou introduzindo aqui. Sim, eu sou uma mulher branca, sem vergonha. Ops, sem vergonha de ser branca, mas também me chamam de sem vergonha com razão.

02) Introdução - parte 2: notas sobre o analfabetismo

Analfabetismo é o desconhecimento da associação dos signos da linguagem humana entre si e com a realidade. Signo é a "ligação associativa entre o significado e o significante: signo linguístico" (Dicio Dicionário Online de Português). Significante é a "imagem acústica ou manifestação fônica do signo linguístico" (Dicio Dicionário Online de Português). Não saber ler ou escrever na língua nativa é só a imagem caricata do analfabetismo. Outro aspecto caricato é essa situação na língua nativa (fora os idiomas que não têm escrita). Chamo a sua atenção para que eu mencionei a linguagem humana, não a língua nativa, porque um imigrante que desconhece o idioma do país onde está não é considerado analfabeto, exatamente porque este imigrante pode, a partir do conhecimento do idioma nativo, aprender o idioma local. O aprendizado é mais difícil se o idioma local e o idioma nativo do imigrante usam alfabetos diferentes, como o latino e o grego, ou se um deles ou ambos são ideográficos, como o mandarim. Mas os idiomas em geral são aplicações da linguagem humana, que associa signos e significantes a objetos do mundo real. Por isso é possível o dicionário bilíngue, porque os signos de cada idioma se associam a um mesmo objeto extralinguístico, ou, numa função metaliguística, têm funções equivalentes em seus respectivos idiomas. E isso não desaparece quando uma palavra não tem uma palavra ou uma expressão correspondente no outro idioma, e é incorreto dizer que a palavra não tem tradução: a palavra tem significado, e o significado é traduzível.

Mas o analfabetismo não é exatamente o resultado da opressão socioeconômica. No máximo, foi uma obra repressiva de reinos passados (incluído o reino da Igreja Católica Apostólica Romana) da qual algumas pessoas amantes da verdade tiveram dificuldades para escapar. O analfabetismo é em primeiro lugar, mesmo nestes contextos, uma deficiência mental e moral, o desprezo ao que é superior, ao que é grande, ao que é duradouro, à comunhão com a verdade. Como consequência, desprezo à linguagem humana. Não é por acaso que a divisão entre Pré-História e História foi a invenção da escrita, nem que os primeiros usos da escrita foram feitos por povos desenvolvidos (a escrita foi um meio para o desenvolvimento intelectual e cultural, do qual uma das consequências foi a prosperidade econômica e outra foi mais aplicação da escrita). Para produzir o esquecimento disso, corre este discurso de que o analfabetismo é obra maligna dos ricos, em vez de pequenez de outros pobres que estes impõem aos outros sempre que podem. Nós tivemos no passado analfabetos denunciando alfabetizados à Inquisição, nós temos no Brasil do século XXI moradores de favelas tratando outros moradores que lêem livros como esquisitos.

Para os analfabetos e os semianalfabetos, o universo verbal pode ganhar uma vida própria independente da realidade ou pode ser o próprio mundo real. Para estes, a parte mais sofisticada da linguagem fica reduzida a gatilhos emocionais e extravasões emocionadas. Ah, e os analfabetos e os semianalfabetos entendem a linguagem animal, que é a linguagem como voz de comando ou como produtora de impacto no receptor, como o máximo da linguagem humana, porque esta linguagem tem efeitos "rápidos" e "práticos". A frase "as palavras têm poder" é uma ideia de analfabetos e semianalfabetos, porque as palavras foram feitas para serem SOBRE a realidade, não PARA ela. A magia é analfabetismo aplicado. Eu até poderia demonstrar essa frase com dados conhecidos, mas eu posso ser presa.

Dois efeitos comuns do analfabetismo e do semianalfabetismo são confundir aspectos da realidade muito diferentes só porque lhes foram dados nomes parecidos ou o mesmo e o contrário, não perceber semelhanças entre aspectos da realidade semelhantes ou interligados só porque lhes foram dados nomes diferentes. E aqui eu usei a voz passiva. Os nomes "foram dados" por quem? Quem tem ideias de esquerda tem uma lista de quem domina a comunicação de massa, a cultura, a política e a educação; quem tem ideias cristãs conservadoras tem outra lista. Mas no geral, cada indivíduo desta lista tem as mesmas características essenciais, como dominar o idioma (no sentido de conhecimento), ter recursos materiais para conseguir seus objetivos, ter habilidades para usar estes recursos e ter um conhecimento do indivíduo médio do público-alvo. E na linguagem, podemos adaptar aquela frase de Arnold Toynbee sobre política: os que não se interessam pela linguagem serão governados pelos que se interessam. Mas aqui, o desinteresse pela humanidade da linguagem é uma tentativa de domínio político pelo semianalfabeto comum, que serve ao poder de quem o governa.

E visto que o analfabetismo e o semianalfabetismo são a conexão precária entre a fala e a realidade, não apenas o analfabeto e o semianalfabeto têm uma barreira para entender o que é falado a eles, eles também descrevem muito mal a eles mesmos pelo que eles falam, se as palavras forem interpretadas pelo uso de pessoas mentalmente normais. Porque o objeto mais feio que o analfabeto e o semianalfabeto têm para descrever pela linguagem é a sua própria pessoa, feio demais para ser descrito pela linguagem saudável sem comprometer a autoestima. Daí a proposta desta exposição é examinar as falas do brasileiro típico, que geralmente é semianalfabeto mesmo quando tem um nível de instrução superior, pelo que elas manifestam, não pelo que as palavras deles dizem se forem interpretadas no uso culto do idioma.

16) Psicanálise verbal e textual - parte 14: Quando o brasileiro fala de Deus

Rm 2: 24: "Porque, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vós." O texto citado por Paulo é Is 52: 5: "E agora, que tenho eu que fazer aqui, diz o Senhor, pois o meu povo foi tomado sem nenhuma razão? Os que dominam sobre ele dão uivos, diz o Senhor; e o meu nome é blasfemado incessantemente o dia todo." O contexto das palavras do apóstolo Paulo é resumido no verso 23: "Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei?". Aqui, se juntam duas coisas: a pessoa não viver a lei que prega e, por um castigo de Deus, viver no fracasso. Isso dentro da própria Bíblia.

Na nossa experiência brasileira, uma pessoa que fala muito de Deus tem uns 90% de chance de ser pobre e, se for mulher, uns 99% de chance de ter falta de rola. Como naqueles exemplos bíblicos, a pessoa confessa o nome do Deus em que acredita e leva mais gente a fugir dele, se não a duvidar de que ele existe. Que esta pessoa não se dê conta disso, parece loucura. Mas o assunto é este mesmo (a loucura). Com isso, vamos analisar o deus brasileiro, com inicial minúscula porque é o substantivo comum, não o que seria o nome próprio do Deus bíblico.

  1. O deus brasileiro, se faz uma obra na sua vida, é uma obra de desgraça. "Do que há em abundância no coração, disso fala a boca" (Mt 12: 34 b). Aí, você ouve um cristão brasileiro falando e está saindo o quê? Doença, dificuldade financeira, conflito com vizinho, problema familiar, dissabor no trabalho, conflito com outro cristão, negatividade sobre alguém, etc. Se for uma viagem de ônibus urbano de uns 20 ou 30 km, você pode ouvir tudo isso junto, de uma mulher cristã (geralmente é mulher) que está perto conversando com outra pessoa no ônibus ou conversando pelo celular. Nesta imagem, eu trago duas questões. A primeira é que quem crê neste deus (com "d" minúsculo porque é o substantivo comum) continua vendo a vida, principalmente a sua própria, como uma porcaria. Aqui, eu abordo o interior da pessoa. No exterior, eu trago a segunda questão: quem crê no deus brasileiro vive no fracasso e na burrice. Porque se fosse só fracasso sem burrice, o crédulo poderia pensar que algo está errado e no mínimo ter uma fé com inteligência e com decência de qualidade de vida (sim, alguns cristãos conseguem).
  2. O deus brasileiro é tudo na vida de quem não tem nada. Ouvir um brasileiro comum falar o nome de Deus quase aleatoriamente (geralmente é uma mulher) me lembra a música "O Beco", d'Os Paralamas do Sucesso: "descobri mil maneiras de dizer o teu nome: com amor, com ódio, urgência ou como se não fosse nada" (é só os versos, a música não fala de Deus). Fora algo como "só Jesus na causa" que sai no meio de mais uma reclamação da vida, a pessoa diz que espera em Deus quando conta que está doente, sem dinheiro ou com alguma peleja; a pessoa diz que tem a companhia de Deus quando está solteira, com pouco contato com os filhos ou voltando do trabalho à noite (e geralmente é mulher); e por aí vai. Antes da Igreja Católica Apostólica Romana, era consenso mundial de que deus de fracassado ou de escravo era um deus morto. Inclusive o Velho Testamento da própria Bíblia sinaliza pra isso, por exemplo, na luta de Davi e Golias (eu voltarei a este caso): o deus mais forte faria o lutador dele vencer o do outro.
  3. O deus brasileiro salva a sua ficha, não o seu espírito. Vou citar dois textos bíblicos muito citados pelos "crentes". Cl 2: 13 b e 14 (Almeida Revista e Atualizada): "vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz". Mq 7: 19: "Tornará a apiedar-se de nós; sujeitará as nossas iniquidades, e tu lançarás todos os seus pecados nas profundezas do mar". O problema é que quem foge de conta a pagar é caloteiro e quem quer apagar o passado é vadia. E por que quase ninguém cita 1Pe 2: 12? "Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem". Quando o crente no deus brasileiro cita que "não há um justo, nem um sequer" (Rm 3: 10), ele não está dizendo que a humanidade tem uma natureza pecaminosa da qual pode e precisa ser salva; ele (ou ela, geralmente é mulher) está confessando num ato falho analfabeto que ele mesmo (ou ela mesma) é uma pessoa moralmente pobre com incapacidade moral e mental de imaginar uma pessoa decente, e, por esta incapacidade, não consegue conceber uma mudança interior e exterior pra melhor. Nisso, esta pessoa projeta na espécie humana inteira sua própria iniquidade e, olhando para o próprio interior, não consegue, ironicamente, imaginar a salvação do Novo Testamento. Há pessoas que se dizem cristãs e não acreditam em ex-homossexual, ex-prostituta ou ex-bandido. 1Co 6: 9 a 11 na Almeida Revista e Atualizada, 10 e 11 na Almeida Corrigida Fiel (vou mudar a redação pra mostrar melhor o ponto): alguns de vós fostes impuros, idólatras, adúlteros, efeminados, sodomitas, ladrões, avarentos, bêbados, maldizentes, roubadores; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.
  4. O deus brasileiro é um ídolo doméstico de "loser" do Terceiro Mundo. Na história de Davi contra Golias (1Sm 17), Davi chamou pra si uma batalha de Deus. E não vice-versa, como é o entendimento comum hoje. Quem trata este relato como uma alegoria sobre as porciúnculas da vida empobrecida (não só financeiramente) de um terceiro-mundista medíocre é um pregador para terceiro-mundistas medíocres ou o é ele mesmo. Vou pegar outro exemplo, o de Daniel: ele foi para a cova dos leões porque ele teve uma vida correta mais uma vida religiosa com Deus (Dn 6), mas o brasileiro apequenado vê a cova dos leões como um símbolo da sua vida apequenada no seu bairro horroroso. Vários outros textos da Bíblia são tratados assim por quem diz que a segue: em vez de terem um Deus que as faz crescer (aqui eu me referi à pessoa do deus bíblico), essas pessoas têm um deus (substantivo comum com inicial minúscula) na medida de sua própria estreiteza de mente. Ironicamente, quem hoje usa o nome de cristão transforma o Deus bíblico naquele ídolo da anedota de Is 44: 10 a 17 (vou pegar alguns trechos): "O carpinteiro (...) o faz à semelhança de um homem, segundo a forma de um homem, para ficar em casa. (...) Escolhe dentre as árvores do bosque; planta um olmeiro, e a chuva o faz crescer. (...) Então serve ao homem para queimar; e toma deles, e se aquenta, e os acende, e coze o pão; também faz um deus, e se prostra diante dele; também fabrica uma imagem de escultura, e ajoelha-se diante dela, (...) e se inclina, e roga-lhe, e diz: Livra-me, porquanto tu és o meu deus."
  5. O deus brasileiro é o marido da mulher que odeia sexo. A parte mais enfatizada nas igrejas cristãs do século XXI é a sexualidade, mais exatamente a antissexualidade. Melhor ainda, a aversão à heterossexualidade, porque existem as igrejas LGBTQIA+. Um momento! O "A" é de "assexual", então todas as igrejas são pro "A". Então, eu preciso me arrepender da minha vida sexual com homens, mas não precisaria me arrepender se eu fosse lésbica, porque eu não teria espaço nas igrejas tradicionais, mas teria uma igreja pra mim. A mulher brasileira comum é feia de rosto, horrorosa de corpo, pobre e infeliz. E o Brasil é o maior país católico do mundo (em número de fiéis), e quase todo o país era católico quando as nossas avós tinham a nossa idade. Sim, a moral antissexual foi feita pra mulher feia, de corpo esquisito, pobre, infeliz e invejosa. Para ela, é revigorante uma moral em que ser uma mulher fisicamente agradável aos homens é ser uma mulher sexualmente ativa e ser uma mulher sexualmente ativa faz ir pro Inferno. Para ela, é lisonjeador um preconceito em que uma mulher bonita ou sexualmente ativa é burra, não confiável, frívola ou, com a entrada da mulher no trabalho não-doméstico, pouco profissional.
  6. O deus brasileiro é o deus da inveja. Inveja dos pobres medíocres em relação aos ricos, dos terceiro-mundistas medíocres em relação ao Primeiro Mundo, dos semianalfabetos em relação às pessoas cultas e inteligentes, dos velhos em relação aos jovens, das vacas em relação às mulheres bonitas, cultas e agradáveis. Vários textos bíblicos são muito lembrados para serem distorcidos no sentido da inveja dos farsantes fracassados.
  7. O deus brasileiro é a esperança de vitória na luta contra a estrutura da realidade. Contra a realidade das leis descobertas pelas ciências, os milagres. Contra a realidade do bom senso, as unções divinas de pessoas notoriamente desqualificadas em postos políticos e de decisão. Contra a realidade da insignificância, o discurso da perseguição por inveja e da eleição. Contra a realidade da falta de bom testemunho, a salvação invisível (só Deus vê). Contra a realidade, a loucura e o desprezo contra a inteligência.

Ah, eu preciso lembrar que eu sou ateia. Eu convidaria você pessoa cristã ou de outra religião para o Ateísmo, mas eu vou ficar feliz se eu contribuir para você se tornar uma pessoa religiosa mais inteligente, mais louvável e com mais qualidade de vida. Mas eu tenho outra artimanha para levar homens para o Ateísmo, que é a minha sensualidade e a minha sedução, que fazem os homens duvidarem do valor da castidade. Bom, eu estou exagerando aqui, o meu poder de sedução é muito ruim, eu sou só muito oferecida, e por isso mesmo eu até espanto alguns homens, como leituristas da CEMIG e da COPASA que eu recebi pelada no portão de casa.

17) Psicanálise verbal e textual - parte 15: A tentativa de explicação histórica

Sim, a origem disso está, em parte, na origem do próprio Brasil. Em linhas gerais, muitos portugueses que vieram contrariados, outros portugueses que vieram pensando em riqueza fácil e os negros que vieram escravos, todos em um país que nasceu pra mandar ouro, madeira e produtos agrícolas pra Europa. Então, gente frustrada em um país enorme sem graça, com talvez uma minoria muito pequena um pouco melhor porque conseguia alguma comodidade nesse contexto (dessa minoria muito pequena, a maioria de portugueses, espanhóis, ingleses ou brasileiros a serviço de Portugal). E aparentemente, quase ninguém com uma inteligência filosófica excepcional ou com genialidade artística foi exilado da Europa pro Brasil, e se alguém assim nasceu e se criou no Brasil Colônia, teve a probabilidade quase total de ter sido subvalorizado ou assassinado pela inveja popular local. Assim, o ambiente humano e físico do Brasil convidava ao ódio ou ao desprezo contra a realidade. Ah, e maioria católica, quase totalidade da população até não muitas décadas atrás. Você pode ser cristão, mas deve estar atento pra que o Catolicismo Romano glorifica a miséria, o sofrimento e a vida chata.

Mas não era o desconhecimento de outro estilo de vida que convidava ao ódio contra a realidade e ao menosprezo da produção da inteligência humana entre os cidadãos comuns (ops, a maioria não era de "cidadãos", era rural). Era exatamente o contrário, era o conhecimento, mesmo que em uma noção vaga, de que um mundo melhor é possível. Ops! Eu usei aqui um jargão de esquerdistas do século XXI, mas na sequência, deixo a pergunta: se o Brasil desenvolver uma cultura de autoestima brasileira mais valorização da Geografia Física do território, esta autoestima vai produzir desenvolvimento nacional e evolução pessoal coletiva? E deixo a resposta: não, porque isso mesmo seria só mais um aspecto do mesmo problema, a negação da realidade.

Mas por que relacionar o nosso presente com um passado tão distante, e que parece tão diferente? Começo a resposta invertendo a pergunta: por que tantas vezes alguém volta ao mesmo passado para trazer questões inexistentes ou respostas erradas para questões atuais? E ainda no começo, uma outra observação: quem foge do passado é vadia. Ops! Também vieram muitas mulheres de má fama pro Brasil na colonização. Agora chego ao ponto: a fuga da visão dos vícios do passado junto com a visão errada do passado com clichês do presente é uma fuga da confissão de pecados que poderia levar à salvação. Eu sou ateia, eu uso aqui essa imagem da salvação para levar ao princípio da imagem. Não por acaso, o Brasil como povo faz hoje o contrário dos países que deram certo, que podem ou puderam mostrar ciência, tecnologia, urbanismo, literatura, artes ou (o que é errado) estrutura bélica: os brasileiros, como causa e consequência do pouco sucesso como nação, entraram agora na onda de que "o melhor do Brasil é o brasileiro". Este foi o slogan de uma campanha publicitária do governo federal em meados do ano 2000, e nem entro na questão de que o presidente na época era o Lula eleito por pessoas interessadas em ganhar dinheiro público, desde assistência social de menos de meio salário mínimo até milhões de superfaturamento de obras, porque isso é só um sinal do problema principal, que não começou ali. E nesta onda mental de "o melhor do Brasil é o brasileiro", nós temos mães solteiras de voz irritante e corpo esquisito que se acham gostosas; nós temos mulheres usando a palavra "resiliência" em redes sociais e em tatuagens que os entendedores verão como um "pobre" escrito na testa; nós temos pessoas negras que posam como vencedoras porque conseguiram um diploma via sistema de cotas ou tiveram alguma outra vitória contra o racismo do século XIX; e por aí vai, e "nós" também comemoramos, como se o mundo estivesse descobrindo quem nós somos, cada entrada de um brasileiro ou do Brasil como quase uma nota de rodapé da vida mundial (nos pouquíssimos sucessos nos esportes, no cinema ou no meio acadêmico, por exemplo). E a fuga da verdade leva, depois da burrice, à neurose e à loucura.

Introdução à psicanálise textual de brasileiros
No A Vez das Mulheres de Verdade No A Vez dos Homens que Prestam

parte 1 SEM PUTARIA:

https://avezdasmulheres.blogspot.com/2025/01/introducao-psicanalise-textual-parte-1.html

parte 1 COM PUTARIA:

https://avezdoshomens.blogspot.com/2025/01/introducao-psicanalise-textual-parte-1.html

parte 2 SEM PUTARIA:

https://avezdasmulheres.blogspot.com/2025/01/introducao-psicanalise-textual-parte-2.html

parte 2 COM PUTARIA:

https://avezdoshomens.blogspot.com/2025/01/introducao-psicanalise-textual-parte-2.html

parte 3 SEM PUTARIA:

https://avezdasmulheres.blogspot.com/2025/02/introducao-psicanalise-textual-parte-3.html

parte 3 COM PUTARIA:

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parte 4 SEM PUTARIA:

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parte 4 COM PUTARIA:

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parte 5 SEM PUTARIA:

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parte 5 COM PUTARIA:

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quarta-feira, 7 de maio de 2025

Notas sobre falsas acusações de crime sexual de homem contra mulher (e um pouco sobre Otávio Mesquita e um homem anônimo de Mateus Leme)

Abigail Pereira Aranha

1) Introdução

O caso da ex-assistente de palco Juliana Oliveira versus o apresentador Otávio Mesquita no mês de março é mais um exemplo do que eu procuro mostrar desde o começo do meu trabalho na internet: o absurdo ou o chocante são sinais e consequências do que é considerado normal. Este caso específico tende mais a ser um tiro no pé da denunciante que um dano para o acusado: denúncia de estupro com quase 10 anos de atraso, a gravação em vídeo do crime que não existiu está circulando na internet e clichês de lesbofeminista chata que, além de lesbofeminista, é africanista (logo, mais chata ainda). Ou a Juliana vai voltar pro esquecimento menor do que saiu, ou a máquina progressista, tentando aproveitar o caso, vai levar mais homens a evitar mulheres em relacionamentos interpessoais em geral, não só para sexo.

Dois erros um tanto simétricos foram comuns neste caso e em outros casos recentes de falsa acusação de crime sexual (de homem contra mulher): o primeiro erro, do lado lesbofeminista progressista, é o de que o homem vítima de falsa acusação é inocentado daquilo que não fez por ser rico e homem (geralmente branco); o segundo erro, de alguns dos chamados "red pill", é o de que quando casos como este atingirem homens do topo da sociedade, incluindo políticos ou seus familiares, algo vai melhorar. O erro nestes raciocínios, especialmente no segundo, é que é exatamente por ser privilegiado ou ter alguma visibilidade social que um homem atrai as piores falsas acusações (porque elas sempre são feitas para ganho financeiro ou destruição de reputação); e também nas duas linhas de raciocínio, mas especialmente na primeira, o erro de concluir que um homem pode ser inocentado de acusação de crime sexual por ser homem é que ele não seria acusado se não fosse homem. E aí, novamente, o mal aceitável entre a população geral gera o caso particular do mal escandaloso. Mas que mal aceitável?

Bom, eu já observei o caso com essa visão desde o começo, mas você pode não ter se dado conta disso mesmo com o que eu expliquei há pouco. Aí me veio no mesmo dia em que eu vi as primeiras notícias, na seção de notícias aqui do Opera do meu celular, um caso de menos de 10 dias antes: um homem foi morto acusado de estupro em Mateus Leme, uma cidade da região metropolitana de Belo Horizonte. O caso foi noticiado no jornal O Tempo, de Belo Horizonte, e na própria reportagem a mulher disse que o sexo foi consensual, apesar de que uma testemunha disse que ela disse ao marido (um dos autores do homicídio) que não foi. Este foi um caso entre anônimos e não deve render muito mais matérias jornalísticas, mas até este foi atípico: um caso de falsa acusação de crime sexual (de homem contra mulher) que foi descoberto, noticiado e, aparentemente, até punido juridicamente como falsa acusação. Então, eu vou desenvolver as minhas observações que eu já fazia sobre aquele caso mais famoso pedindo a sua atenção para aquele caso menos conhecido.

2) É uma questão de liberdade antissexual da mulher

O que levou várias mulheres a acusar homens de estupro ou assédio sexual em denúncias falsas com poucas provas ou sem provas é essencialmente a mesma coisa que animou homens anônimos do povo a agredir ou matar outros homens culpados ou acusados desses crimes contra mulheres: a ideia de que estes crimes são dignos da pior punição possível. Ou, mais exatamente, a ideia de que contra o sexo e a heterossexualidade masculina, valem as piores censuras, represálias e penalidades possíveis.

Não basta que as mulheres em geral tenham corpos e rostos semimasculinos, vozes cacofônicas e comportamentos desestimulantes (inclusive sexualmente): o contato de um homem com uma exceção, uma mulher com alguma feminilidade, precisa ser disciplinado na melhor das hipóteses ou criminalizado na pior, não só no aspecto (heteros)sexual, mas especialmente por causa dele. Dada a demonização do sexo que foi terrível até meados do século XX (e eventualmente, a demonização da mulher que é fisicamente agradável, comportamentalmente atrativa e sexualmente disponível aos homens), é quase um mistério pra mim que uma mulher tivesse filhos suficientes para a população não parar de crescer. Pra você também?

O combate à violência sexual não é para dar à mulher o direito de recusar sexo com um homem específico, nem para defender uma propriedade de um homem, como argumentam alguns esquerdistas; é para dar às mulheres o status social para limitar a heterossexualidade do universo masculino à sua própria libido ridiculamente baixa. Ops! Eu transei com 352 homens! Quando eu conto a minha experiência, alguns dizem que eu sou fake de homem inventando estórias, outros dizem que eu sou ninfomaníaca, outros dizem até que eu sou feminista. Mas eu sou só uma mulher normal (uma mulher hétero com certa integridade moral e mental).

Mas se o LGBT-Feminismo progressista é o contrário da sociedade católico-protestante da primeira metade do século XX, vamos observar que o contrário (e também a negação) de A e B não é, necessariamente, não-A e não-B, pode ser A e não-B ou pode ser B e não-A. Nós vimos no episódio da Juliana que se a moralidade tradicional de fundo cristão ataca a heterossexualidade, o Feminismo Hétero nem sempre a defende (eu estou quase inventando o termo aqui, não existe um Feminismo Hétero como existe um Feminismo Gordo ou um Feminismo Negro).

3) Ser mulher é o que uma mulher quiser, menos ser mulher

Os direitos antissexuais da mulher, tanto os que ela ganha quanto os que ela reivindica, vêm de um outro direito que ela também ganhou: o de oferecer menos que o mínimo em troca do máximo de todos. Homens aterrorizados e mal formados pela figura materna trabalharam nisso ao longo da História, contentando-se com mulheres semimasculinas cumprindo porcamente um papel reprodutivo e de criação de filhos.

Estes homens ainda conseguem reconhecer e se deliciar com a feminilidade física ou comportamental de uma mulher quando conseguem encontrá-la diante deles. Então, a união de homens amestrados e mulheres sem atrativos físicos ou de mentalidade promove a vilificação da mulher com corpo feminino ou atitudes femininas, assim como a vilificação da heterossexualidade masculina; daí, assim como a mulher sensual ou "oferecida" é desprezada ou (literalmente) demonizada, o homem que manifesta sua heterossexualidade diante de uma mulher (mesmo semimasculina) é "inconveniente". Isso parece o básico das boas maneiras, mas se um homem não me disser que gostou de mim, como ele vai me comer? E se ele me fizer a proposta e eu não disser "sim" ou se eu mesma não fizer a proposta pra ele, como ele vai me comer? Bom, eu não considerei a hipótese de eu fazer a proposta a um homem e ele me dizer "não" porque isso é exceção, mesmo que isso esteja ficando cada vez mais comum porque o homem não se sente seguro ou tem uma certa raiva daquela mulher ou do universo feminino em geral. E sim, eu já recebi dezenas de "não" de homens do meu dia-a-dia. Mas já dei também, e muito mais. Ops! Eu dei centenas de "não", mas já dei centenas de "sim" também.

Enquanto a diferença entre uma mulher em um ambiente predominantemente masculino e um homem neste ambiente é esta mulher fazendo uma imitação caricatural dos homens, está tudo bem para progressistas e conservadores. Mas se a diferença (ou uma das diferenças) é esta mulher não esconder curvas visivelmente distintas do corpo masculino ou ter uma postura positiva para a aproximação masculina, as mulheres conservadoras podem tratá-la como pecaminosa e as mulheres lesbofeministas podem tratá-la como uma mulher que se objetifica.

Para a mulher conseguir direitos como mulher ou para conseguir algo que o homem tem sendo mulher, ela parte de alguma diferença entre mulher e homem. Se a igualdade da mulher em relação ao homem é algo a ser buscado, é porque mulheres e homens são diferentes, mesmo se a causa da desigualdade for uma construção social como argumentam os esquerdistas (afinal, a diferença que é usada na discriminação deve existir antes da própria discriminação). E para que a igualdade ou a desigualdade entre homens e mulheres possa ser percebida, é preciso que homens e mulheres sejam distinguidos. E qual é a diferença entre homem e mulher? Bom, a diferença é cromossômica, mas se manifesta principalmente nisso que você pensou. Então, não é por acaso que quando se fala em mulheres conquistando ou tentando conquistar espaço em ambientes predominantemente masculinos, é comum que um dos assuntos ou um dos tipos de experiências relatadas seja relacionado ao sexo, como assédio sexual ou olhar sexual vindo dos homens. Também não é por acaso que não é incomum que mulheres que dão falsos relatos de assédio sexual ou falam de objetificação da mulher na sociedade (o que sempre é falso) sejam de beleza medíocre e corpo semimasculino: essas mulheres fazem uma imaginação louca da atratividade que lhes falta. E as duas coisas não são por acaso porque, enquanto elas apontam para um distintivo feminino, elas sabem, ao contrário do que as lesbofeministas dizem, que os homens em geral estão prontos para protegê-las da demonstração da heterossexualidade masculina.

4) Uma introdução sobre a origem das falsas denúncias de crimes sexuais, com algumas notas sobre a Virgem Maria e o combate à sexualidade

Quando uma falsa acusação de crime sexual feita por uma mulher contra um homem é descoberta e exposta publicamente como tal, nós costumamos ouvir uma ou duas mulheres feministas e até alguns antifeministas conservadores (homens e mulheres) dizendo que esta denúncia falsa prejudica as vítimas dos casos similares verdadeiros. Mas por que mais pessoas conservadoras se preocupam com este desserviço lesbofeminista que o próprio movimento lesbofeminista? Dizer que o movimento LGBT-feminista tem uma força motriz própria que não tem relação com demandas reais das mulheres e das lésbicas do povo de verdade é só parte da explicação, e até esta parte sinaliza para o ponto principal: a sociedade que é chamada pelos esquerdistas de tradicional, conservadora, patriarcal, etc é mais um alicerce que faz o movimento ser possível que uma estrutura com a qual ele não é viável. O Movimento de Direitos Humanos dos Homens e Meninos precisa mais de mudanças na sociedade que o movimento LGBT-feminista. Vou explicar melhor pegando este assunto das denúncias de crimes sexuais (de homem contra mulher) e o assunto da heterossexualidade.

O menino é ensinado a defender e a reverenciar as mulheres a partir da figura da mãe, o que só é ignorado pelas lésbicas psicóticas que falam em "cultura do estupro". E falando em reverência, o maior ramo do Cristianismo, o Catolicismo Romano, tem uma cópia mal feita da deusa Semíramis como a mãe virgem do Filho de Deus; e isso é uma imagem rápida da combinação da aversão ao sexo com a veneração da figura feminina. E a aversão ao sexo é especialmente do universo feminino. Se as mulheres são e eram ligeira maioria entre os católicos, isso vem de elas serem igualmente ligeira maioria da população total, especialmente quando uma pessoa quase não tinha a permissão de não ser católica; mas as mulheres tendem a ser mais devotas que os homens. Esta dedicação também acontece nos outros ramos do Cristianismo, mas chamo a atenção para a Igreja Católica Apostólica Romana por causa da figura da deusa mãe virgem. Somos levados a crer que para a mulher católica, a Virgem Maria é um ídolo. Bom, os evangélicos acreditam que a Virgem Maria é um ídolo, mas eu digo "ídolo" no sentido das celebridades do setor de artes e entretenimento.

E vamos observar que se o Catolicismo Romano trouxe pelo menos uma divindade feminina do Paganismo, trouxe uma deusa mãe virgem; não uma deusa notável pela beleza e pela heterossexualidade como Afrodite, que tinha festivais para receber homenagens por isso (ops!). Os cultos com orgias e prostituição sagrada no Império Grego e no Império Romano deviam ser só para a elite, porque aquilo também era para invocar fertilidade nas terras e nas criações de animais. Mas o Catolicismo Romano foi feito para ser religião anestésica de plebeus fracassados, a Igreja Católica Apostólica Romana foi feita para ter uma membresia miserável, feia, analfabeta e infeliz, como era há uns 60 ou 100 anos ou como é a das igrejas neopentecostais hoje. E uma igreja de miseráveis tem uma teologia miserável, uma igreja de fracassados tem uma teologia de fracasso, uma igreja de pessoas apequenadas tem uma teologia apequenada. E na casa da miséria, do fracasso, da pequenez de espírito e da feiura, há inveja e doença mental, que inclui o horror ao que é belo, elevado, grande e firme. Ops! Assim, com uma pérola que me permite ser vista como uma depravada ninfomaníaca, eu voltei à questão do terror com a aproximação masculina.

E foi neste contexto que o menino recebeu sua educação. A educação formal na escola pública também, mas especialmente a educação no ambiente doméstico e na sua vizinhança. É neste contexto que o menino aprende sobre o que ele supostamente é e sobre como uma mulher medíocre (incluindo a mãe dele) deve supostamente ser tratada. Não faz muito tempo, a grande maioria dos cristãos do mundo era de católicos (eram 90% ou mais da população do Brasil, por exemplo). Então, o crescimento do percentual de protestantes e evangélicos não prejudicou muito, e nem prejudicará, a imagem da mulher plebeia de terras periféricas que foi a mãe virgem do Filho de Deus, ou a imagem do sexo como o pecado original; assim, o Cristianismo como um todo sempre vai preservar a ideia de que a heterossexualidade é um pecado capital que justifica até pecados menores contra ela, como a ira, a censura e o linchamento.

5) As falsas acusações de crimes sexuais de homem contra mulher prejudicam mais o Conservadorismo que o Feminismo

Volto à fala dos homens conservadores antifeministas e das mulheres conservadoras antifeministas de que as mulheres feministas que fazem denúncias falsas de crimes sexuais contra homens prejudicam as vítimas de crimes similares verdadeiros. Esta fala mostra que os conservadores querem que estas denúncias sejam levadas a sério como verdade autoprovada, mas algumas mulheres loucas desastradas estragam tudo. Os conservadores acusam a militância lesbofeminista de os homens estarem cada vez menos se casando e cada vez mais evitando proximidade com mulheres, por causa da facilidade de acusar um homem de assédio sexual, importunação sexual ou estupro. Estes conservadores, especialmente as mulheres conservadoras, estão dizendo isso porque a merda fedeu, mas só começaram a se manifestar, praticamente todas, no fim da Terceira Onda do Feminismo, que durou do começo dos anos 1990 até 2012. Quando o antifeminismo começou a se manifestar, este cometeu duas grandes falácias que podem ser explicadas pelo interesse próprio de esconder a colaboração do denunciante com a coisa denunciada. A primeira falácia é expor as bizarrices político-jurídicas em nome da mulher e casos abomináveis do universo feminino considerando apenas a Quarta Onda do Feminismo, retrocedendo no máximo até o fim dos anos 1960, quando começou a Segunda Onda do Feminismo, como se antes estivéssemos na Terra Prometida. A segunda falácia é, além de culpar a militância feminista, acusar as mulheres feministas de uma liberalidade heterossexual muito maior do que a que elas têm (sem deixar de acusá-las de promover a homossexualidade e de tratar a aproximação do homem como crime sexual) e, nessa liberalidade, abrir a bo... a caixa de Pandora.

Está certo que as mulheres feministas não se parecem com a mulher do povo de verdade, tanto nos erros de umas quanto nos acertos de outras, e nem parece que a militância feminista tem contato com mulheres normais. Mas por que não aplicar, então, aquela frase de Napoleão Bonaparte, "nunca interrompa seu inimigo enquanto ele estiver cometendo um erro"? Porque os erros do LGBT-Feminismo vêm dos erros do Conservadorismo. Um sinal disso é que se a mulher feminista radical não é segura para um homem se aproximar, a mulher conservadora antifeminista não parece melhor o suficiente para um casamento.

A mulher mediana de hoje pode não ser uma lesbofeminista, mas não é visivelmente diferente. Ela não é visivelmente uma mulher com o caráter suficiente para não acusar falsamente um homem de crime sexual, e talvez ela possa mesmo entender um assédio sexual ou uma importunação sexual onde eles não existiram. Esta mulher com quem talvez se possa manter um contato formal como colega de trabalho, atendente de comércio, cliente ou vizinha não será uma mulher com quem um homem pode pensar em se casar e ter filhos. Isso mesmo se ela se mostrar uma devota cristã.

Nisso, nós teremos (aliás, já temos agora) uma baixa do número de casamentos e uma baixa do número de filhos por mulher. Isso sinaliza para o fim dos sonhos conservadores de muitas mulheres de uma sociedade ainda de maioria nominalmente cristã, sonhos como se apoiar em um marido que ganha bem. Mas a própria sociedade conservadora fica abalada. Uma população produtiva esgotando dinheiro e tempo fora do trabalho para cuidar de uma grande parcela de idosos é um dos problemas. Um outro possível problema é ter uma vida de competência profissional e integridade moral atrapalhada por uma falsa acusação de crime sexual ou pelo suporte a um homem próximo que foi acusado. Mais um problema, que vem deste, é a crise moral geral, com a impressão ou a percepção, de um lado, de que a honestidade e o mérito não têm o valor que deviam e, do outro lado, de que é possível ascender na vida profissional ou na posição socioeconômica sem qualidades técnicas ou intelectuais à altura. E mais um problema, agora para os cristãos conservadores: suas igrejas vão acabar como comunidades e, antes disso, no sentido moral. Já foi reconhecido por vários escritores cristãos, já no século passado, que o que as igrejas cresciam parcamente na época era com os filhos dos membros; e vários escritores cristãos, ainda no século passado, denunciaram o que várias igrejas toleravam ou chamaram para dentro para crescerem numericamente ou não perderem muitos membros, e isso incluiu o Feminismo; e fora das igrejas, a pose de que a igreja é baluarte moral já não convence mais. Tudo isso sem o problema das falsas acusações de crimes sexuais e sem o medo, dos homens, de estas falsas acusações acontecerem dentro das igrejas (igrejas no sentido de comunidades); mas sem a reputação de que estas falsas acusações não venham a ser frequentes em breve ou que não sejam frequentes agora, ou que, mesmo sem elas, valha a pena se casar com uma "mulher de Deus".

O Cristianismo e o Conservadorismo criaram os homens capazes de agredir ou matar o consorte que teve uma postura não autorizada com uma mulher, e com isso criaram a casa do Feminismo que faz denúncias falsas de crimes sexuais de homens contra mulheres. Agora, os conservadores precisam limpar a porcaria que fizeram sem ir pra lixeira junto. A esquerda, dona do LGBT-Feminismo atual, conseguirá se salvar da porcaria que aproveitou já pronta ou que ela mesma produziu, tanto ouvindo as mulheres do povo de verdade quanto reprimindo-as com o poder que veio com as ondas do Feminismo.

Apêndices

"Otávio Mesquita rebate acusação de estupro por ex-humorista do SBT". Splash, UOL, 27 de março de 2025. Disponível em https://www.uol.com.br/splash/noticias/2025/03/27/otavio-mesquita-rebate-acusacao-de-estupro-por-ex-humorista-do-sbt.htm

Otávio Mesquita rebate acusação de estupro por ex-humorista do SBT

De Splash, no Rio

27/03/2025 20h14

Otávio Mesquita usou o Instagram para se pronunciar sobre a acusação de estupro por Juliana Oliveira, ex-assistente de palco do The Noite, durante gravação da atração de Danilo Gentili, em abril de 2016.

O que aconteceu

Mesquita diz estar "muito triste" ao ser surpreendido com uma acusação de estupro. Ele chama o que motivou a denúncia de "brincadeira" combinada com o elenco do programa.

Esse programa foi o ar há, repito, há quase 10 anos, né? E nesse período todo não houve nenhum registro de desagravo ou reclamação. Nem mesmo no dia da gravação houve alguma reclamação ou pedido, que alguém falasse: "Ah, não quero que isso vá para o ar, que essa brincadeira não fosse exibida". Isso é absurdo, né? Aliás, sinto muito se essa cena combinada com o elenco do programa foi mal interpretada, né?.

- Otávio Mesquita

Juliana Oliveira abriu representação criminal no MP-SP (Ministério Público de São Paulo) contra Otávio Mesquita por estupro. Humorista foi assistente de Danilo Gentili por 11 anos e alega que foi alvo de atos libidinosos sem consentimento. No programa disponível no YouTube, é possível ver Juliana Oliveira sendo tocada nos seios após a chegada de Otávio Mesquita, que ingressa ao palco de ponta-cabeça, pendurado por um cabo.

Em contato com Splash, a defesa de Juliana alega que a jurisprudência atual aponta que "a prática de atos libidinosos configura estupro", ainda que não haja penetração. No vídeo, enquanto Juliana tenta retirar os equipamentos de segurança de Mesquita, ele a segura e simula movimentos de sexo.

Leia o pronunciamento na íntegra:

"Pessoal, seguinte, sempre venho aqui com felicidade alto-astral que vocês conhecem, né? Mas hoje eu estou realmente muito chateado, muito triste, aliás, bom, todo mundo sabe que fui surpreendido com uma acusação de estupro, gente. Olha que loucura isso. Eu demorei para entender tudo do que se tratava, no fim percebi que esta acusação era sobre uma brincadeira na abertura do programa do Danilo Gentili que foi tudo combinado aí de uma maneira informal, onde eu participei, aliás, como convidado, em 2016. Olha isso, o tempo que foi isso, mas enfim", iniciou.

"Esse programa foi o ar há, repito, há quase 10 anos, né? E nesse período todo não houve nenhum registro de desagravo ou reclamação. Nem mesmo no dia da gravação houve alguma reclamação ou pedido, que alguém falasse: "Ah, não quero que isso vá para o ar, que essa brincadeira não fosse exibida". Isso é absurdo, né? Aliás, sinto muito se essa cena combinada com o elenco do programa foi mal interpretada, né?

Mas enfim, mas eu digo para vocês, nunca, nem perto de ser tratada como estupro, crime gravíssimo. Isso não. Aliás, tomarei as medidas aqui para defesa da minha honra e também da minha família, né? Porque afinal de contas, lembrei, aliás, inclusive, para jornalista que publicou essa matéria, o fato de que a minha ex-mulher na época, olha isso gente, ela estava na plateia com o meu filho. Como é que eu ia fazer uma bobagem dessa, né?

Tudo foi ao ar há quase 10 anos e hoje nasce aí essa essa acusação caluniosa contra mim, gente. Que absurdo isso, né? Então, sinto muito, se exagerei na brincadeira, agora vendo o vídeo com o olhar dos tempos atuais, sei que não repetiria isso, né? Porque naquela época podia brincar muito, mas enfim. A distância entre o que aconteceu no palco e um estupro é gigantesca mesmo, é absurdo isso.

Bom, encaminhei o problema aqui para os meus advogados e confesso a vocês que vou manter vocês todos informados disso que aconteceu, que lamento mesmo, mas você sabe quem é o Otávio Mesquita ao longo desses 65 anos de idade, 40 quase de televisão, que sempre fui uma pessoa muito brincalhona e sempre respeitei todo mundo, nunca tive nenhum processo, mas agora tô meio chateado".

"Idoso é morto após ser flagrado na cama com mulher casada na Grande BH". O Tempo, 19 de março de 2025. Disponível em https://www.otempo.com.br/cidades/2025/3/19/idoso-e-morto-apos-ser-flagrado-na-cama-com-mulher-casada-na-grande-bh?dicbo=v2-J5exelc

Idoso é morto após ser flagrado na cama com mulher casada na Grande BH

Inicialmente, marido e irmãos da mulher foram informados sobre estupro, mas após idoso ser morto, ela contou que relação foi consentida

Por Lucas Gomes

Publicado em 19 de março de 2025 | 07:56

Um idoso de 61 anos foi morto com 10 facadas no peito e ainda teve a mandíbula quebrada na tarde dessa terça-feira (18 de março) em Mateus Leme, na região metropolitana de Belo Horizonte. O crime aconteceu após o idoso ser flagrado nu com uma mulher casada no bairro Jardim Serra Azul. O caso circulou no bairro como um suposto estupro, versão desmentida pela mulher após o homicídio.

O corpo do idoso foi encontrado caído na alameda Ipê Roxo com várias perfurações. A perícia indicou que o homem teve a mandíbula quebrada, provavelmente por um soco forte, e que os ferimentos foram causados por uma faca com lâmina grande.

A Polícia Militar (PMMG) foi acionada e foi informada, inicialmente, que o crime teria sido motivado por uma rixa do idoso com um suspeito por desentendimento em data passada. Esse suspeito estava na companhia de outro homem, que apesar de apresentarem nervosismo, foram encaminhados para a delegacia, mas liberados posteriormente.

Durante o registro do boletim de ocorrência, a polícia foi informada que instantes antes do crime a vítima estava em um bar com uma mulher e outro homem. O dono do bar relatou que, depois, outros dois homens chegaram e foram atrás do idoso depois de ele ir embora.

Boatos apontam suposto estupro

Nas proximidades da casa da mulher, uma testemunha contou que o idoso teria mantido relações sexuais com a vizinha, mas que a mulher teria dito ao marido que foi estuprada. Na casa da mulher, os militares conseguiram ouvir o marido ameaçar o filho, dizendo que a criança “estava inventando história e queria que ele morresse”. O menino, de 10 anos, estava assustado com a ameaça do pai, momento em que os militares chamaram no imóvel e foram recebidos pelo suspeito.

A criança estava com a boca sangrando e tinha um pano para estancar o sangramento. Durante a ocorrência, o homem deu três versões para o machucado da criança, mas ele acabou preso por tortura contra o filho. Ele chegou a dizer que a criança levou um soco na boca na escola, depois que o menino sangra quando faz sol, sendo que estava à noite e chovendo, e por fim disse que houve um acidente doméstico.

Sobre o homicídio, o homem disse desconhecer o fato e que a mulher saiu com os irmãos para buscar pinga. Ele entrou em contradição várias vezes sobre um ferimento que tinha no rosto e ficou bastante nervoso quando os policiais perguntaram sobre o suposto estupro.

A mulher foi encontrada no bairro com os irmãos. Uma faca de 22 cm foi encontrada na cintura dela. Apesar de o objeto aparentar ter sido lavado, ainda foram encontrados pontos de sangue. A mulher e um irmão relatou que não sabiam nada sobre o homicídio.

Mulher garante relação consensual

Outro irmão, entretanto, relatou aos policiais o que teria ocorrido. Segundo ele, uma sobrinha contou para os tios que “um velho estaria abusando da mãe dentro de casa”. Os irmãos foram até a residência da mulher e encontraram ela e o idoso nus. Houve uma discussão, o idoso chegou a ser agredido e, ao ser mandado embora, pediu para não fazerem covardia com ele.

Depois, todos foram para a rua e fizeram uma emboscada contra o idoso. O marido da mulher deu um soco no rosto do idoso e deu chutes na vítima com a ajuda de um cunhado. O marido da mulher pegou a faca da mão do cunhado e desferiu cinco facadas no tronco do idoso, em seguida o cunhado deu mais três golpes na vítima. O outro irmão contou aos policiais que não concordou com a ação e pediu para os suspeitos pararem.

Após o crime, todos foram para a casa da mulher, que lavou a faca e começaram a beber. Durante a bebedeira, a mulher contou ao marido que não foi estuprada, mas que manteve relação com o idoso com total consentimento, o que gerou uma briga entre o casal.

O Conselho Tutelar foi acionado, uma vez que o casal tem quatro filhos, que ficaram sob a guarda da vizinha. A mulher, os dois irmãos e o marido foram presos por homicídio. O marido ainda foi preso por tortura contra um filho, uma vez que há indícios que ele espancou a criança.

Texto original em português sem vídeos de putaria no A Vez das Mulheres de Verdade: "Notas sobre falsas acusações de crime sexual de homem contra mulher (e um pouco sobre Otávio Mesquita e um homem anônimo de Mateus Leme)", https://avezdasmulheres.blogspot.com/2025/05/notas-sobre-falsas-acusacoes-de-crime.html
Texto original em português com vídeos de putaria no A Vez dos Homens que Prestam: "Notas sobre falsas acusações de crime sexual de homem contra mulher (e um pouco sobre Otávio Mesquita e um homem anônimo de Mateus Leme)", https://avezdoshomens.blogspot.com/2025/05/notas-sobre-falsas-acusacoes-de-crime.html
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