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quinta-feira, 26 de março de 2015

Sobre o preço da desonra, o respeito aos mais velhos e a salvação do país

Abigail Pereira Aranha

Olá, meus amigos e minh@s inimig@s! Vou começar com dois exemplos recentes, aqui do Brasil, de que quando alguém tem de escolher entre a desonra e a guerra e prefere a desonra, acaba fazendo guerra à honra e "morrendo" na guerra. O primeiro: o governo Dilma Rousseff quis abafar as notícias sobre corrupção e o desempenho horrível do governo em geral e, com a ajuda dos jornais comprados pelas verbas estatais, usou uma picuinha que uma deputada do partido do governo, Maria do Rosário, criou com um deputado de oposição, Jair Bolsonaro, para distorcer uma fala dele. Ele disse que SE FOSSE estuprador, não a estupraria porque ela não merece. O jornal Zero Hora, de Porto Alegre, mandou um certo Gustavo Foster para entrevistar o deputado, com perguntas como "esse discurso [dizer que uma mulher NÃO merecia ser estuprada, vejam só] não trata a mulher como objeto e acaba perpetuando uma cultura de estupro?" (http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014/12/bolsonaro-diz-que-nao-teme-processos-e-faz-nova-ofensa-nao-merece-ser-estuprada-porque-e-muito-feia-4660531.html). A entrevista inteira parecia um bullying para um blogue feminazista. Isso foi dia 10 de dezembro. Em 2006, primeiro mandato de Lula, Olavo de Carvalho comentou sobre a censura a um artigo dele que devia ter sido publicado no mesmo Zero Hora: "Infelizmente, acabarão entendendo isso demasiado tarde, quando perceberem o que Lula quer dizer com 'democratização dos meios de comunicação'" (http://www.olavodecarvalho.org/semana/061029zh_censurado.html). No dia 27 de janeiro, cerca de um mês e meio depois daquela entrevista, a RBS - Zero Hora Editora Jornalística S. A. se tornou alvo de um processo do Ministério Público Federal do Trabalho. E a procuradora é Paula Rousseff Araújo, filha da presidente da República já no segundo mandato. O caso está em http://radiovox.org/2015/01/29/filha-de-dilma-rousseff-coloca-em-acao-censura-da-midia. O segundo: "Aprovação de Dilma cai a 16% no Nordeste, região onde teve maior vantagem nas eleições" (http://www.brasilpost.com.br/2015/03/18/dilma-aprovacao-nordeste_n_6893364.html). Esclarecendo para quem não é do Brasil, a região Nordeste e a região Norte são as mais pobres do Brasil e as mais "beneficiadas" por programas de assistência social do governo federal. Nos dois casos: sabe o que eu acho? Eu acho é pouco. A honra não se vende, a desonra é que empresta a juros.

Tivemos manifestações populares em dezenas de cidades do Brasil pedindo o impeachment da dona Dilma Rousseff, mas não compartilho o otimismo de muita gente contrária ao governo do PT porque, com todas as críticas, cada vez mais até de gente que votou no PT, o PT ganhou a quarta eleição seguida. Bom, na verdade, não ganhou, a eleição foi fraudada, com algumas urnas com defeito no teclado, outras que não aceitavam o voto no candidato dito da oposição e até urnas trocadas depois da votação. Mas se não foram 54 milhões e meio de votos, foram quantos? 20 milhões? Ainda é gente pra caramba. E foi preciso haver uma série de problemas econômicos, morais e políticos noticiados até nos grandes veículos comprados pelo dinheiro de publicidade estatal para o PT começar a ter medo de perder uma eleição, aquela para o quarto mandato seguido.

E mais uma coisa que eu gostaria de chamar à atenção: o sinal da salvação de um país que se afundou na estupidez e na desonra é a geração anterior sentir vergonha diante da atual.

Bom, eu já disse por aqui que eu sou contra a família, mas eu não tive o costume de atacar muito. A educação que ganhamos na família tradicional quer que a gente veja velhos como sábios com autoridade. Sabedoria e autoridade são grandezas morais firmadas na sanidade mental, no amor à virtude, no amor à verdade, na autenticidade. Uma feiosa semiletrada que nunca teve um orgasmo na vida e mal é tolerada pelo marido prova que desconhece o que é autoridade quando confunde isso com aterrorizar crianças pequenas que ela devia preparar para o mundo, ou quando reconhece autoridade em uma pessoa mais velha não muito menos estúpida e derrotada do que ela mesma. Na melhor das hipóteses, quem valoriza a família como fonte de valores morais generaliza a própria experiência de pais que mostraram com um estilo de vida que moral é mais que fobia do sexo oposto e medo de regras que não parecem valer para mais ninguém. A valorização da família é a idolatria à estupidez e à mediocridade. Ah, e eu tive uns casos quando eu tinha 15, 16 anos de gente da família querendo que eu seguisse aquele costume arcaico de pedir a benção de tias e primas mais velhas. E como algumas já não tinham muita simpatia por mim pelas verdades que eu dizia e pela minha vida de fornicação, aí eu zoava: "tomar uma benção sua eu não quero, prefiro dividir as minhas". Aliás, dos antissocialistas brasileiros, talvez o grupo mais eficiente seja a famosa Real, concentrada em antifeminismo, desenvolvimento pessoal e, a maioria, no "marriage strike" (greve de casamento). Este grupo é ridicularizado por feministas e capachos porque defende a família tradicional mas menciona procurar as prostitutas em vez de tentar ter uma namorada. Aí está o ponto: se os guerreiros da Real não questionassem a viabilidade do namoro moderno e do casamento tradicional, pelo menos nas condições de hoje, seriam mais um grupo inexpressivo de moralistas isolado até nas igrejas tradicionais no mundo físico e perdido na blogosfera e nas redes sociais no mundo virtual.

Ah, e nós podemos ver as pessoas desinteressadas pela política que não suportam um minuto de conversa decente sobre questões de interesse geral, mas conseguem conversar uma hora no ônibus, no celular ou com uma pessoa conhecida ao lado, sobre inferninhos da sua vida limitada e ridícula. OK! Vamos ver quando ESTAS pessoas virem a "vida delas" piorar. Vamos ver a cara da pobretona gorda que comemora a filha fazendo pós-graduação assistindo aula pela internet, depois de entrar na universidade pelo sistema de cotas, quando souber que o Brasil sumiu da lista das 200 melhores universidades do mundo. Vamos ver quando as empresas estrangeiras tiverem caído fora do Brasil ou só tiverem estrangeiros nos cargos decisivos, e a filha do velhote contador de estórias sexuais não conseguir trabalho. Vamos ver quando o cidadão que usa o Facebook pra postar "o que quer", mas tem mais o que fazer além de discutir política, quando não puder dizer o que alguém não quer. Para estes, todo castigo é pouco. Vamos ver quando os alienados de meados de 2014 quiserem fazer as manifestações que os liberais-fascistas-cristãos-fundamentalistas-estupradores-gays-homofóbicos fizeram neste trimestre, e o bando que fazia ou compartilhava piadinhas mal feitas e calúnias contra quem pensa diferente for toda a imprensa e todo o alto escalão dos tribunais. Eu já tenho dito mesmo que nós que estamos malhando ferro frio temos de nos preparar para sumir das ruas. Se pudermos, sumir deste país.

Agora vamos imaginar a nossa geração quando a sanidade do país voltar ao normal. O sobrinho-neto da lésbica doente que fez algum protesto feminista bizarro vai dever tanto respeito à tia-avó quanto o meu sobrinho-neto vai ter por mim? E o policial, como vai contar aos netos que ficou metade da carreira liberando bandidos e prendendo gente de bem, além de fazer papel de pistoleiro a reboque de calúnia de vadia em delegacia de mulheres? E o jornalista, vai encher o peito pra dizer que trabalhou naquele jornal, naquela revista ou naquele canal de televisão como mais um subintelectual difamando as poucas pessoas honradas no intervalo da filosofia da banalidade? O beneficiário de programas assistenciais, a mãe do universitário cotista ou o funcionário público, vai dizer ao filho ou ao neto que votava no partido que destruiu o Brasil para garantir o que pensava que estava ameaçado se outro partido ganhasse? Entendeu agora a parte da valorização da família como idolatria à estupidez e à mediocridade? Ah, onde estão os cubanos que eram pelo menos adolescentes no começo do governo Fidel Castro? Ou os chineses do começo do governo Mao Zedong? Quais deles que estão vivos hoje ou que morreram uns vinte ou quarenta anos depois apoiaram o governo ou eram alienados políticos? Como eles encararam os filhos e netos depois de ver a porcaria para a qual talvez tenham contribuído diretamente? Quantas pessoas de países em ditaduras que destroçaram o seu país e as suas vidas particulares MERECERAM o sofrimento por que passaram?

Foi pela vergonha que a Alemanha ex-nazista foi melhor que a Rússia ainda soviética ou os países árabes ainda islâmicos. Tá bom, a vergonha foi por ter perdido a Segunda Grande Guerra. Mas chegou. O Nazismo alemão ou o Fascismo italiano não foram os piores regimes do mundo, foram aqueles cujas atrocidades reais foram mais divulgadas e comentadas. É bem provável que Hitler e Mussolini tivessem sido mais humanos que Mao Tsé-Tung, ou Stalin, ou os governantes dos países islâmicos da sua época. Mas se o mundo repudia o Nazismo da Alemanha e o Fascismo da Itália sem repudiar os respectivos países, é porque os próprios países rejeitaram a reverência a esta época passada. Quando o Muro de Berlim foi derrubado, foi porque a Alemanha não era mais nazista como a Rússia ainda era União Soviética, a Península da Arábia ainda só tinha Israel de não-muçulmano, a China ainda era socialista, ou Cuba ainda era socialista.

O pior de um país derrubar um governo esquerdista, de expulsar essa turma para o mural da vergonha, é a vergonha de chamar a própria grandeza de espírito de volta para a vida nacional. A vergonha de chamar as pessoas íntegras caluniadas e destruídas de volta à economia produtiva. A vergonha de não ter o que oferecer a essas pessoas além de uma missão hercúlea e o reconhecimento que nunca devia ter sido negado. A vergonha de reconhecer o valor de profissionais que nunca puderam crescer como mereciam ou que foram derrubados de suas carreiras para chefes idiotas e colegas sem talento estarem em seus lugares. A vergonha de perceber que um "vídeo íntimo", portanto fora do local de trabalho, foi mais importante para demitir e negar emprego a uma mulher do que ela ser uma lésbica socialista de qualificação medíocre. A vergonha de pessoas pelo menos lúcidas terem recebido deboche ou perseguição por preverem o mal desnecessário com décadas de antecedência.

Os jovens do governo militar brasileiro são os pais ou avós dos jovens de hoje, e já nos disseram que a geração deles lutou pela liberdade que temos hoje. Os jovens típicos de hoje, quando tiverem netos, devem ouvir dos netos que eles, os netos, estão lutando para reconstruir o país e a liberdade que os avós tiveram e ajudaram a destruir.

sábado, 21 de março de 2015

Mulheres Contra o Feminismo e o Feminismo contra elas - parte 4: vinte anos de silêncio

Abigail Pereira Aranha

Era 1992 quando Pat Robertson disse: "A agenda feminista não é sobre os direitos iguais para as mulheres. Trata-se de um movimento político socialista, anti-família, que encoraja as mulheres a deixar seus maridos, matar seus filhos, praticarem bruxaria, destruir o capitalismo e se tornarem lésbicas" ("Equal Rights Initiative in Iowa Attacked", Washington Post, 23 de agosto de 1992, http://en.wikiquote.org/wiki/Pat_Robertson). Até hoje há muita gente citando isso como se o pastor tivesse dito uma grande asneira, mas o pior é que ele estava muito certo. E também era começo da década de 90 quando começou a Terceira Onda do Feminismo. Nossa, também era nessa época que acabou a União Soviética! Mas por que, então, as igrejas não denunciavam o Socialismo e o Feminismo na década de 90?

Bom, pessoal, tenho que insistir: as igrejas cristãs tradicionais nunca foram obstáculo para o Feminismo, nem mesmo no século XIX. O padrão de relacionamento de marido e mulher é o de Cristo e a igreja, para dar um exemplo. E quando o Socialismo estava se consolidando, ele se infiltrou também nas igrejas, mesmo as tradicionais, fora os "ventos de doutrina" especialmente da década de 60 pra cá. Os socialistas no poder formal puderam corromper a igreja. No caso brasileiro, chegamos ao ponto de termos o PRB (Partido Republicano Brasileiro), ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, apoiando a ex-guerrilheira esquerdista lesbonazista Dilma Rousseff na eleição para a Presidência da República no ano passado, em troca de um cargo para um pastor em um ministério. Aliás, essa Igreja Universal também tem um jornal próprio, Folha Universal, e tem parte no Portal R7, ambos se tornaram amontoados de banalidades e esquerdismo.

Como eu nasci em 91, os mais velhos sabem melhor que eu: evangélicos e protestantes de igrejas tradicionais viram dinossauros nas próprias igrejas por defenderem condutas, ideias e até doutrinas que eram regra 30 ou 40 anos atrás. No caso católico, o Papa Francisco I disse que "as pessoas homossexuais têm dons e qualidades a oferecerem à comunidade cristã"[1]. Que p@%%# é essa, véi?! Está certo que a Igreja Católica não é homofóbica, ou não teria sobrado nenhum homossexual nos países cristãos, mas a Bíblia diz que os homossexuais não entram no Céu (Rm 1:26-27, 1 Co 6:10).

Então, o esquerdismo entrou na igreja, e esta pôde brincar de bater em espantalhos: o mundo perdido de 90% de cristãos, a grande empresa que tem pacto com o Diabo, a igreja evangélica que racha e um grupo acusa o outro de ser do Diabo, meninos de menos de 10 anos viciados em pornografia, etc. E também a luta contra a "pornografia" que inclui qualquer mulher com roupa curta em programas e comerciais de televisão. Ah, e pelo que ouvimos de conversas de mulheres evangélicas (especialmente das igrejas novas, mas cada vez mais das tradicionais), Satanás está muito interessado em infernizar vadias antipáticas que tentam esconder o passado podre na igreja e múmias subempregadas com sonhos consumistas.

Talvez você tenha visto uma peça da propaganda contra a prostituição e a pornografia dizendo que uma mulher nestas atividades é uma filha ou uma irmã de alguém. Com uma frase, mulheres tradicionalistas e mulheres feministas concordam: "Coito heterossexual é a pura, formalizada expressão de desprezo pelo corpo das mulheres"[2]. Quem faz campanha contra a prostituição e a pornografia, tentando mostrar argumentos contrários, acaba mostrando sua própria gimnofobia psicótica, mostrando como vê a heterossexualidade em si como imunda, mesmo que não seja uma feminista das lésbicas mais nojentas. Mas isso nos mostra mais. Para as mulheres tradicionalistas, inclusive muitas antifeministas, uma mulher é sujeita a outro homem (pai ou irmão) para NÃO fazer sexo com um homem que presta. Para as mulheres feministas, essa mulher é livre, mas também para NÃO fazer sexo com ele. E para os dois grupos, essa mulher, uma mulher que faça um comercial com pose e roupa sensuais, ou uma mulher prostituta ou da indústria adulta não deve ser LIVRE PARA, deve ser LIBERTA DE oferecer sexo ou mostrar o corpo para este homem. Aliás, eu já trouxe o caso em 2013, mostrado por um amigo do Facebook: lideranças femininas evangélicas se uniram à lesbofeminista Gail Dines para censurar a pornografia no Canadá. Como disse o humorista brasileiro Millor Fernandes, "democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim".

Até o começo dessa década, homens e mulheres inteligentes de bom caráter se uniam às feministas só porque as mulheres antifeministas, no pouco que se manifestavam, faziam parecer que a luta era das mulheres igrejeiras arcaicas anorgásmicas, mesmo as mais simpáticas, contra feministas que eram lésbicas bizarras mas ainda falavam bem, algumas pregando liberdade sexual só para afrontar o Cristianismo. Então, eu mesma, ateia e defensora da putaria, fiz um blogue modesto contra o Feminismo e a mediocridade do universo feminino, ainda em meados da década de 2000. E até 2011, parece que eu fui a única mulher no Brasil a escrever sobre esses assuntos com frequência, talvez também em inglês ou em espanhol, com meu blogue em outros idiomas.

Mas se toda a diferença entre a mulher cristã tradicional e a geração perversa é alguns cacoetes, uma antissexualidade neurótica e um discurso em que ela própria mal acredita, ela vai ser descartada no médio prazo pelo próprio movimento socialista. E é aí que entram as Mulheres Contra o Feminismo. E já erram feio pregando contra uma suposta putaria incentivada pelo Feminismo. A maior mulher pregadora contra a família e a castidade no Brasil sou eu!

Outro detalhe, que o leitor pode não ter notado: já percebeu que as mulheres antifeministas costumam ser novas, uns 20 ou 30 anos? Uma feminista pode alegar que as Mulheres Contra o Feminismo não eram nascidas na década de 60, e ela estará certa. Mas as mães eram. Quando o Pat Robertson disse aquela citação, a mãe estava mais ou menos com a idade da filha hoje. O que ela achou na época, se ela encontrava pregadores assim? Onde estão as mães enquanto as filhas publicam cartazes "eu não preciso do Feminismo" nas redes sociais? Explicando melhor: se eu, sendo mulher, acreditava em 2006 que não podia ficar quieta no meu canto vendo a pobreza de espírito das mulheres em geral, e eu nem sabia muito de Feminismo e misandria, porque as mães das Mulheres Contra o Feminismo acham que podem? Explicando melhor ainda: o que as mães das Mulheres Contra o Feminismo estão DEIXANDO DE DIZER sobre o Feminismo?

E, por fim, Mulheres Contra o Feminismo não são Mulheres Ativistas pelos Direitos dos Homens. Elas são contra o Feminismo também porque esse está transformando em vergonha ser homem e honesto e fazendo as mulheres vítimas umas das outras como poucas eram dos piores homens. Aliás, um caso da semana anterior à que eu escrevi esse texto: "Dona de bar manda estuprar vizinha e liga perguntando 'se ela gostou'" (O Tempo, 16/03/15, http://www.otempo.com.br/cidades/dona-de-bar-manda-estuprar-vizinha-e-liga-perguntando-se-ela-gostou-1.1009535), a vítima havia dado queixa à polícia contra a mulher dona do bar no dia anterior (13) por perturbação de sossego. O que isso tem a ver com Feminismo? "Nós" queremos expulsar os homens da política e dos altos cargos dizendo que as mulheres são anjos. As Mulheres Contra o Feminismo querem voltar à década de 90, quando tinham o bom do "machismo" e o bom do Feminismo. Se não fosse a liberdade que o próprio universo feminino se dá de mostrar o seu pior, as mulheres tradicionalistas antifeministas seriam ainda mais desprezadas. E elas podem ter chegado tarde: o Feminismo pode estar dispensando as mulheres como o Socialismo fez com os proletários.

NOTAS:

[1] "Concílio de bispos pede que a Igreja 'aceite e valorize' os homossexuais", El País, 13/10/2014, http://brasil.elpais.com/brasil/2014/10/13/internacional/1413213817_924058.html

[2] Andrea Dworkin, "Intercourse" (1987), cap. 7, "Occupation/Collaboration", http://en.wikiquote.org/wiki/Andrea_Dworkin

Questo testo in italiano senza filmati di dissolutezza in Men of Worth Newspaper / Concrete Paradise: Donne Contro il Femminismo e il Femminismo contro di loro - parte 4: 20 anni di silenzio, http://avezdoshomens2.blog.com/2015/03/24/donne-contro-il-femminismo-e-il-femminismo-contro-di-loro-parte-4
Questo testo in italiano con filmati di dissolutezza in Periódico de Los Hombres de Valía / Paraíso Tangible: Donne Contro il Femminismo e il Femminismo contro di loro - parte 4: 20 anni di silenzio, http://avezdoshomens2.blogspot.com/2015/03/donne-contro-il-femminismo-e-il.html
Eso texto en español sin peliculas de putaría en Men of Worth Newspaper / Concrete Paradise: Mujeres Contra el Feminismo y el Feminismo contra ellas - parte 4: veinte años de silencio, http://avezdoshomens2.blog.com/2015/03/24/mujeres-contra-el-feminismo-y-el-feminismo-contra-ellas-parte-4
Eso texto en español con peliculas de putaría en Periódico de Los Hombres de Valía / Paraíso Tangible: Mujeres Contra el Feminismo y el Feminismo contra ellas - parte 4: veinte años de silencio, http://avezdoshomens2.blogspot.com/2015/03/mujeres-contra-el-feminismo-y-el.html
This text in English without licentiousness movies at Men of Worth Newspaper / Concrete Paradise: Women Against Feminism and Feminism against them - part 4: twenty years of silence, http://avezdoshomens2.blog.com/2015/03/24/women-against-feminism-and-feminism-against-them-part-4
This text in English with licentiousness movies at Periódico de Los Hombres de Valía / Paraíso Tangible: Women Against Feminism and Feminism against them - part 4: twenty years of silence, http://avezdoshomens2.blogspot.com/2015/03/women-against-feminism-and-feminism.html
Texto original em português sem filmes de putaria no A Vez das Mulheres de Verdade: Mulheres Contra o Feminismo e o Feminismo contra elas – parte 4: vinte anos de silêncio, http://avezdasmulheres.blog.com/2015/03/21/mulheres-contra-o-feminismo-e-o-feminismo-contra-elas-parte-4
Texto original em português com filmes de putaria no A Vez dos Homens que Prestam: Mulheres Contra o Feminismo e o Feminismo contra elas - parte 4: vinte anos de silêncio, http://avezdoshomens.blogspot.com/2015/03/mulheres-contra-o-feminismo-e-o.html

quarta-feira, 18 de março de 2015

Pornografia e censura: artigos excelentes, 2 de Mercedes Carrera e um do dr. Marty Klein

Olá, meus amigos e minhas inimigas! Aqui vou colocar sequencialmente três textos excelentes, de dois autores, mostrando que a censura contra a pornografia torna-se uma censura geral: "Mercedes Carrera's #ImmoralSupport - Moral Panic: Pornography and Gaming" (#SuporteImoral de Mercedes Carrera - Pânico Moral: Pornografia e Jogos) e "Mercedes Carrera's #ImmoralSupport Vol.2: God Save the Porn (and the Games)!" (#SuporteImoral de Mercedes Carrera Vol. 2: Deus salve o pornô - e os Jogos), ambos da pornstar Mercedes Carrera!; e "British Re-Invent The Wheel - and Fail" (Reinventar da roda - e fracasso - britânico), do dr. Marty Klein. O texto do dr. Marty Klein mostra resultados inesperados do bloqueio de sites na Inglaterra em nome de livrar as crianças do sexo, entre eles o bloqueio "da página de Claire Perry, o membro do Parlamento que fez campanha com tanto destaque para a nova lei". Como disse o humorista brasileiro Millor Fernandes, "democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim". Eu recomendo também "Banned in the British Library" (Banido na Biblioteca Britânica), de Daniel Pipes, em http://www.danielpipes.org/14262/british-library, no qual ele mostra que a rede wi-fi da Biblioteca Britânica permite sites antissemitas mas bloqueia páginas contra o terror islâmico, como a dele, rotulando-os com algo como "intolerância" ou "sites adultos" (tradução em português em http://www.midiasemmascara.org/artigos/internacional/europa/15133-2014-04-17-21-12-34.html). Mas eu não reproduzi o texto aqui para não abusar da paciência do leitor. Copiei esses três textos na mesma postagem, embora a leitura seria um pouco longa, para que você possa ver o paralelo. Vou explicar melhor na próxima postagem.

Beijos.

Abigail Pereira Aranha

#SuporteImoral de Mercedes Carrera - Pânico Moral: Pornografia e Jogos

"Mercedes Carrera's #ImmoralSupport – Moral Panic: Pornography and Gaming", 30 de novembro de 2014 10:09, http://therealpornwikileaks.com/mercedes-carreras-immoralsupport-moral-panic-pornography-gaming

Por Mercedes Carrera

Se alguns de vocês foram assistir minhas atividades no Twitter, verão que eu estou envolvida ativamente na comunidade de jogos, e muitas vezes a conversa inclui a revolta do consumidor que utiliza a hashtag #GamerGate. Enquanto mais informações podem ser obtidas no http://www.gamergate.me do que eu poderia consolidar em um artigo, eu gostaria de destacar alguns pontos importantes que, se a pessoa está envolvida em jogos ou não, afetam a indústria pornô.

A indústria adulta tem sido, por anos, um bastião da liberdade de expressão e dos direitos da Primeira Emenda, não importa o quão controversa (ver este artigo para uma análise interessante da questão). Enquanto a pornografia pode ser um tabu ou simplesmente desagradável para muitos, é uma parte aceita e considerável do conteúdo visto na web e do comércio. Tem sido argumentado por aqueles que se opõem à pornografia que a visualização desse conteúdo tem um efeito adverso sobre a sociedade, em especial no que diz respeito à violência sexual. No entanto, um estudo concluiu-se que além de não haver nexo de causalidade entre a pornografia e estupro, na verdade o oposto pode ser verdade. Enquanto esta informação pode ser irritante para os muitos os assim chamados e auto-ordenados bastiões morais da sociedade, isso prova que os pioneiros da liberdade de pornografia têm estado certos o tempo todo, e agora não há dados para apoiar as suas reivindicações.

A comunidade de jogos há anos tem enfrentado polêmica e reclamações semelhantes. Atualmente jogos são censurados em todo o mundo, em grande parte por conteúdo violento, embora conteúdo sexual seja muitas vezes mal visto também. Mais uma vez, porém, perguntamos, quais são as estatísticas dando suporte ao nexo de crime violento com jogos violentos? É verdade que há um nexo de causalidade entre jogos e violência? Estudos recentes indicam que não. De fato, o estudo citado não encontrou nenhuma causa visível afinal entre os videogames violentos e a violência no mundo real. Além disso, estudos anteriores descobriram que os videogames violentos podem de fato reduzir a violência do mundo real criando uma espécie de tomada psicológica para impulsos violentos. Soa familiar?

Recentemente, a comunidade de jogadores tem sido acusada de ser cheia de nada além de "misóginos", e, ironicamente, os adversários desta supostamente "misógina, em grande parte masculina comunidade de jogos", (não é verdade, a propósito: cerca de metade de todos os gamers são mulheres) são o mesmo tipo de feministas radicais que foram opostas à pornografia há tempos. Estas radicais são discrepantes mesmo na comunidade feminista por sua falta de inclusividade e ódio àqueles que estão fora da sua linha de ideias. Mesmo negando os dados dos estudos citados anteriormente (como frequentemente fazem com a pornografia), esses mesmos grupos estão citando bases morais, ameaças ilusórias aterrorizantes para a sociedade e alegações infundadas de que os videogames, de alguma forma promovem a "supremacia masculina". Ironicamente, a última vez que o feminismo assumiu uma causa contra a sociedade que tem tão pouco fundamento foi projeto de estimação do movimento sufragista impondo temperança sobre a sociedade, ou seja, proibição. E enquanto subgrupos da terceira onda do feminismo podem não gostar muito de pornografia, devido a várias leis e interpretações de direitos e liberdade de expressão, ela não vai embora tão cedo.

No entanto, estamos vendo agora que as mesmas feministas radicais que tinham seus olhos sobre a pornografia agora também estão de olho nos jogos, e com bases de julgamento moralista semelhantes. Mais uma vez negando prova em contrário, a acusação neste momento é semelhante àquela contra pornografia: que os jogos apoiam as míticas estruturas "misóginas e patriarcais" em que muitas feministas radicais gostam de imaginar que elas vivem dentro para apoiar as suas patologias de vitimização internalizadas. Mas será que estamos vendo uma verdadeira reação a jogos, ou pouco mais que um grupo cujos membros secretamente odeiam todos os homens e gostariam de censurar quaisquer actividades que homens normais, típicos poderiam desfrutar e das quais encontrar realização? Se a lente através da qual esses grupos estão vendo o jogo é do ponto de vista do ódio ou medo de um gênero inteiro, é importante que tais preocupações expressas pelo referido subgrupo sejam entendidas a partir do contexto de medo e ódio e não tratada como verdades academicamente investigadas.

Shirtgate -- Dr. Matt Taylor wore this shirt, gifted to him by the woman who designed it

Shirtgate - Dr. Matt Taylor usava esta camisa, oferecida a ele pela mulher que a desenhou

Recentemente, vimos grupos feministas radicais reagirem com extrema virulência a uma camisa que o cientista sênior dr. Matt Taylor estava vestindo na televisão no dia em que a missão Rosetta desembarcou da nave espacial Philae no cometa 67P. Felizmente, além da gritaria histérica da harpia não-cientista dos "guerreiros da justiça social", a comunidade da Internet ficou amplamente estarrecida com o tratamento que o dr. Taylor recebeu por suas escolhas de moda.

Dr Taylor brought to tears during what should have rightly been his moment of glory

Dr. Taylor levado às lágrimas durante a tempestade feminista durante o que deveria ter sido justamente o seu momento de glória

Feministas de capital como Dr. Christina Sommers rapidamente e academicamente refutaram a falsa retórica sobre camisas manterem as mulheres fora da ciência. E como este artigo foca tão justamente, em relação ao #ShirtGate, estamos vendo fascismo camuflado como ideologia de esquerda (nota da tradutora: em inglês, "liberalism" é esquerdismo).

Como uma ex-engenheira que trabalhou em programas de satélites espaciais, foi entristecedor ver um dia tão importante de realização científica ofuscado pela mesquinha polícia da moda do feminismo radical negativa ao sexo. Camisas na moda com garotas pin-up sexys nunca me mantiveram fora da STEM (Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática), e me parece que, talvez, aqueles que não brilhantes o suficiente para cortá-la em ciências exatas estão ávidos por palhas para explicar sua própria inépcia. Ironicamente, a camisa vestida pelo dr. Taylor foi projetada especialmente para ele, como um presente de aniversário e para a boa sorte, por uma amiga solidária.

(Em resposta a isso, e devido a um interesse geral em ciência e tecnologia, a comunidade de jogadores está agora provisoriamente planejando o lançamento de um satélite sob a bandeira dos jogos, da liberdade e da libertinagem. Na verdade, a missão deve ir, vou estar combinando meus dois assuntos favoritos - pornô e espaço - doando os proventos de tema de jogo pornô para a missão. Para saber mais sobre este projeto acesse www.spacechan.org.)

Estejam cientes, companheiros partidários da liberdade de expressão e pornógrafos que vivem na expressão criativa completa: esta fluência societal deve continuar, podemos não só estar vendo camisas da moda censurados em cientistas, mas muitas outras formas de expressão consideradas "indecente" ou "misóginas" tais como jogos e pornografia sob fogo e restritas. Podemos estar vendo a gênese da proibição 2.0, e desta vez ela não terá a conotação culturais interessantes de um bar clandestino no centro de Chicago. Em vez disso, ela irá rastejar para as liberdades fundamentais de entretenimento que você desfruta em sua própria casa; e para aqueles de nós na indústria adulta, em nosso local de trabalho. Isso nos faz lembrar dessa citação prolífico: "quando o fascismo vem à América, estará envolvido na bandeira e levando uma cruz". No entanto, desta vez ele virá envolto em liberalismo e carregando mandatos sobre o pós-modernismo e pânico moral.

mercedes carrera

Sobre Mercedes Carrera:

Membro de carteirinha da IllumiNaughty, Mercedes é muitas vezes conhecida como: Alta Sacerdotisa da Depravação, BasedMILF e Vagabunda da Mídia Social. Ela é uma engenheira de carteirinha, gamer, pornógrafa, vadia, menina de bom tempo e toda irritante para as feministas radicais anti-sexuais. Ela gosta de xadrez e pode beber absinto como ninguém.

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mercedes carrera

#SuporteImoral de Mercedes Carrera Vol. 2: Deus salve o pornô (e os Jogos)!

"Mercedes Carrera's #ImmoralSupport Vol.2: God Save the Porn (and the Games)!", 06 de dezembro de 2014 12:17, http://therealpornwikileaks.com/mercedes-carreras-immoralsupport-vol-2-god-save-porn-games

Por

Deus Salve o Pornô (e os Jogos)! e Outras Reflexões Sobre Censura

Se você ler o meu artigo da semana passada intitulado "Moral Panic: Pornography and Gaming" (#SuporteImoral de Mercedes Carrera - Pânico Moral: Pornografia e Jogos), examinei a tendência social atual na direção da censura. Quando escrito, o artigo foi em grande parte referenciando as conversas que eu vinha observando em mídias sociais e plataformas principais de notícias sobre a censura, mas eu não tinha idéia de que o artigo atingiria tão perto de casa, e tão rapidamente ser relevante, mesmo profético. Na semana seguinte à da publicação vimos tanto a censura da pornografia quanto a de jogos, eventos que examinarei abaixo.

Em 2 de dezembro de 2014, o Reino Unido decidiu censurar certas formas de pornografia. Esta não foi a primeira vez que o Reino Unido se aventurou em censurar a pornografia, no entanto, é certamente um passo para trás em uma época em que, dado o nosso progresso tecnológico, pareceria ser socialmente progressista. Na verdade, a lista de atividades proibidas no Reino Unido pornô diz algo como um mandato da era vitoriana e parece visar especificamente as atividades que tradicionalmente derivam prazer para as mulheres tais como a ejaculação feminina e face sitting. Além disso, ela também tem como alvo "bizarro" e tradicionalmente atividades "queer", como a palmada, fisting, e caning. Mas o mais potencialmente problemático é a inclusão interessante da disposição: "A penetração de qualquer objeto 'associado à violência'". Dadas tentativas anteriores do feminismo radical de igualar toda atividade sexual pênis em vagina a estupro, a inclusão de tal linguagem provisória é extremamente preocupante, dadas as tendências recentes na direção do extremismo feminista. É esta legislação um precursor para proibir todas as formas de pornografia pênis em vagina? Enquanto tal pergunta pode parecer uma idéia absurda, a proibição de atividades femme-domme em grande parte benignas, assim como face sitting leva à pergunta: quem está por trás da proibição e por quê? E qual é o fim do jogo desta tendência social?

gta v

Imagem de Grand Theft Auto V

Além disso, esta semana, tanto Target quanto Kmart Australia decidiram puxar Grand Theft Auto 5 de suas prateleiras. Citando uma petição online com 40.000 assinaturas, Target AU se dobrou à pressão da petição citando GTA 5 como "... um jogo de contusão, matança e horrível violência contra as mulheres." A omissão da petição em fazer referência à violência contra os homens é particularmente notória, e faz com que seja fácil deduzir que grupo de policiamento moral estava por trás do impulso para a censura. Enquanto a violência representada na GTA5 pode não ser do agrado de todos (como caning e fisting pode não ser a xícara de chá de todos), há um tremendo abismo entre ser ofendido por um produto e negar o referido produto para outras pessoas com base em sua própria questão de gosto. Mesmo que GTA possa ser violento (e, de fato, há cenas de brutalidade e violência, daí a controvérsia sobre a série desde a sua criação), a questão mais premente é a de fluência da censura. Outro tom interessante deste nível de policiamento moral é a percepção de que as mulheres como um todo são incapazes de lidar com cenas de violência e os homens são incapazes de separar os videogames da realidade. E se isso de fato é o caso, ou pelo menos a percepção de alguns membros específicos do lobbying da agenda focada, será, então, que não parece que seu próximo passo será uma censura mais profunda de jogos, então a mídia e, eventualmente, livros, arte e academia, tudo em nome de "proteger as mulheres"?

censorship

Ora, no caso da última, ela já está a acontecer. De acordo com o artigo anterior:

"O que uma sociedade de estudantes 'pole fitness', a música 'Blurred Lines', o jornal The Sun, um cartaz anunciando uma bola de verão, e revistas de rapazes têm em comum? Todos eles foram proibidos de universidades do Reino Unido em razão que promovem a objetificação sexual das mulheres. Sugerir que algo objetifica mulheres parece ser a justificativa No.1 para ultraje moral entre uma minoria vocal de ativistas estudantis, e isso quase sempre resulta em censura no campus."

Evidentemente, a necessidade de se sentir "confortável" é mais importante para os estudantes de hoje do que a permissão para o discurso. De fato, até mesmo mais do que ir para o silêncio, este artigo os descreve adequadamente como "estudantes de Stepford". De fato, o autor Brendan O'Neill tem isto a dizer sobre esta geração:

"Dar olhares petrificados em salas de aula ou sub-repticiamente policiar brincadeiras movidas a cerveja no bar universitário. Eles se parecem com estudantes, se vestem como estudantes, cheiram a estudantes. Mas seus cérebros de estudantes foram substituídos por cérebros desprovidos de senso crítico e programados para estar em conformidade [...] qualquer um que passou mais de cinco minutos em sua companhia vai saber que esses estudantes estão muito mais interessados em fechar o debate do que em abri-lo."

Em algum lugar ao longo do caminho na sociedade, presumivelmente devido à prática da geração "millennial" (no dicionário Merriam-Webster, "millennial" é "uma pessoa nascida nos anos 1980 ou 1990 - usualmente no plural" - nota da tradutora) de "troféus de participação" e do complexo de titulação que acompanha tais atividades, a cultura jovem de pensamento rebelde tradicionalmente agora está muda. Na história, foi dado como certo que a cultura jovem iria empurrar os limites de gerações anteriores, socialmente, economicamente e tecnologicamente. No entanto, a condução dos "millennials" dos ideais culturais atuais são muito menos rebeldes do que as gerações anteriores. Alguns, como este autor, afirmam que os mercados econômicos ruins e falta de emprego levam os "millennials" a serem mais focados no empreendedorismo e no coletivismo. Alguns argumentariam que isso é simplesmente um resultado de fraqueza devido ao mimo excessivo nas mãos de pais Baby Boomers.

Seja qual for a razão, a tendência geral na sociedade parece ser no sentido de assegurar que ninguém seja "ofendido" por materiais, e essa tendência está espalhando seus tentáculos em áreas criativas. Durante anos, a academia tem se ajoelhado em reverência às preferências dos social-liberais, então uma tendência a tentar relacionar o menor denominador comum e atender àqueles facilmente ofendidos tem sido esperado nessa arena e tem se tornado cada vez pior ao longo do tempo. E, dado o que vemos no Reino Unido recentemente, enquanto é uma surpresa que os conservadores morais têm determinado que atacar a pornografia é mais importante do que abordar questões de desigualdade social e de falência social que atualmente assolam o Reino Unido, não é surpreendente que os legisladores obscureçam questões verdadeiras com questões moralistas.

mercedes carrera

O que é mais interessante, entretanto, é que esse aperto social atual se assemelha à Horseshoe Theory (Teoria da Ferradura) comumente discutida na ciência política. Esta teoria sustenta que a extrema esquerda e a extrema direita são extremamente semelhantes na ideologia social. Por ter tais linhas moralistas inflexíveis, os grupos extremos de ambos os lados têm muito pouca tolerância para pensamento e opiniões livres ou divergentes. Ambos os extremos do espectro também são autoritários na natureza e desejam maior controle do governo (ou seja, a censura) para alcançar os objectivos de silenciar o descontentamento.

Observando a história, descobrimos que fluxo e refluxo de sociedades e elementos autoritários são de fato de natureza cíclica. Como H.L. Mencken mais perspicazmente ponderou:

A cabeça do rei é cortada, e a tirania dá caminho para a liberdade. A mudança parece péssima. Então, pouco a pouco, a face da liberdade endurece, e não por muito tempo é a velha face da tirania. Em seguida, outro ciclo e outro. Mas, sob o jogo de todos esses opostos há algo fundamental e permanente - a ilusão fundamental que os homens podem ser governados e ainda serem livres.

H.L. Mencken, The American Credo: A Contribution Toward the Interpretation of the National Mind (O Credo Estadunidense: uma Contribuição para a Interpretação da Mente Nacional)

Portanto, o verdadeiro assunto de interesse aqui não é a violência de um videogame ou a natureza lasciva de várias formas de pornografia. A questão é que está se tornando cada vez mais socialmente aceitável impor as próprias preferências e sentimentos de alguém sobre os outros, e de ditar quais mercadorias podem estar disponíveis para a sociedade em um mercado comercial. Quando determinamos policiar os pensamentos, e arte, de outras pessoas, em vez de educar as pessoas a fazer escolhas responsáveis por si mesmas, vamos acabar com nada mais do que uma sociedade dependente de deficientes mentais. Como resultado da restrição da liberdade, a liberdade de pensamento e de expressão, vamos ficar com uma sociedade em que a estagnação se apoderou, se enraizou em todos os campos seja comércio ou academia. Estejam cientes, meus amigos: se os eventos desta semana são um indicador de nosso futuro, temos de lutar contra essas tiranias em casa e fora dela. Desta vez, essas batalhas não serão por terrenos ou por ouro e prata, mas pelas últimas sobras de liberdades dentro dos recessos de nossas mentes.

mercedes carrera

Sobre Mercedes Carrera:

Membro de carteirinha da IllumiNaughty, Mercedes é muitas vezes conhecida como: Alta Sacerdotisa da Depravação, BasedMILF e Vagabunda da Mídia Social. Ela é uma engenheira de carteirinha, gamer, pornógrafa, vadia, menina de bom tempo e toda irritante para as feministas radicais anti-sexuais. Ela gosta de xadrez e pode beber absinto como ninguém.

Siga Mercedes no Twitter.

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Reinventar da roda - e fracasso - britânico

"British Re-Invent The Wheel - and Fail", 29 de dezembro de 2013 06:10, http://sexualintelligence.wordpress.com/2013/12/29/british-re-invent-the-wheel-and-fail

Pelo dr. Marty Klein

Para nossos primos britânicos:

Você não precisavam ter se incomodado.

Quando o seu primeiro-ministro David Cameron anunciou sua intenção de "proteger os jovens" exigindo aos seus ISPs impor filtros de internet obrigatórios sobre os seus clientes, nós estadunidenses já sabíamos o que ia acontecer.

Veja, nós tentamos isso há muito tempo, e isso falhou miseravelmente - exatamente como vocês estão agora. Nosso Congresso propôs a sua primeira lei de filtragem internet como essa por todo o caminho lá em 1995, e tem frequentemente tentado controlar o material "prejudicial para menores", mesmo criminalizando a "pornografia infantil virtual" que não envolve nenhuma criança real. E para receber financiamento federal, bibliotecas e universidades estadunidenses devem instalar sistemas de bloqueio de computador (alguns dos quais bloqueiam este blog, por sinal), cujas listas negras são segredos corporativos protegidos.

Naquela época, muitos de nós previmos os resultados - que os filtros seriam excessivamente amplos e perturbadores. Não surpreendentemente, foram bloqueadas páginas que se referem ao câncer de mama, orientação sexual e estupro. O site do congressista Dick Armey foi bloqueado, como foi o do Condado de Middlesex. E http://www.Maplesoccer.org foi colocado na lista negra porque descrevia equipes para "meninos menores de 12 anos".

Suas tentativas britânicas de censurar a internet estão criando os mesmos resultados. Um de seus ISPs bloqueou o acesso ao site para a Catedral de St. Mary, em Glasgow, o blog do seu reitor. Um segundo ISP bloqueou o acesso a sites de caridade, incluindo ChildLine, a NSPCC e o Samaritans. Outros sites bloqueados incluem a Biblioteca Britânica, Biblioteca Nacional da Escócia, você é o seu Parlamento.

E o seu melhor bloqueio inesperado de todos é o da página de Claire Perry, o membro do Parlamento que fez campanha com tanto destaque para a nova lei. Como se sente, Claire? Oh, seu site é legítimo e não deve ser censurado? É assim que os proprietários de cada um de todos os outros sites bloqueados se sentem. Quando simples imagens estão em questão, o perigo está nos olhos de quem vê. Alguns diriam que um legislador que não confia na democracia ou em britânicos adultos é bastante perigoso.

Mesmo que os filtros de internet pudessem ser perfeitos - o que não podem ser - seu uso ainda é um problema em países democráticos. A democracia exige o livre fluxo de informações. A democracia exige que o governo confie seu povo. A democracia exige que as pessoas, não o governo, decidam o que elas mesmas querem acessar. Filtros de Internet são terroristas domésticos.

Eu estive em países com filtragem de internet obrigatória, como a China. E eu acabei de voltar de Burma, onde até há apenas dois anos atrás, eles não se incomodavam com os filtros - apenas regulavam quem poderia possuir um computador e um modem. Vocês querem estar no mesmo clube de censura que China e Irã?

Meus primos britânicos, se vocês quiserem proteger os jovens, abordem os perigos reais que eles enfrentam: mandar mensagens de texto enquanto andam de bicicleta, mandar mensagens de texto durante a escola, mandar mensagens de texto de pessoas em vez de aprender a falar com elas, assistir a esportes em vez de praticá-los.

E eu fiz menção de mensagens de texto andando de bicicleta? É a atividade individual mais perigosa do ensino médio nos Estados Unidos. Eu nunca deixaria meu filho jogar futebol de alta escola, mas seu perigo empalidece em comparação com os perigos de dirigir enquanto manda mensagem de texto - o que pelo menos 1/3 das crianças americanas fazem. Quais são os dados britânicos sobre este assunto?

Pornô? Sim, as crianças aprendem as coisas erradas sobre sexo com ele, mas há uma grande abordagem, de não-censura, para esse problema. É chamada de paternidade - falar com as crianças sobre sexo. Aparentemente, vocês britânicos precisam de mais disso. Eu sei que nós estadunidenses precisamos.

This selection with the original texts in English: http://avezdoshomens2.blog.com/2015/03/18/pgraphy-and-csorship-excellent-articles or http://avezdoshomens2.blogspot.com/2015/03/pornography-and-censorship-excellent.html
Esta seleção traduzida para o português: http://avezdasmulheres.blog.com/2015/03/18/pgrafia-e-csura-artigos-excelentes ou http://avezdoshomens.blogspot.com/2015/03/pornografia-e-censura-artigos.html
Questa selezione traducida al italiano: http://avezdoshomens2.blog.com/2015/03/19/pgrafia-e-csura-ottimi-articoli o http://avezdoshomens2.blogspot.com/2015/03/pornografia-e-censura-ottimi-articoli-2.html
Esa selección traducida al español: http://avezdoshomens2.blog.com/2015/03/20/la-pgrafia-y-la-csura-excelentes-articulos o http://avezdoshomens2.blogspot.com/2015/03/la-pornografia-y-la-censura-excelentes.html

sábado, 14 de março de 2015

Do perfil da Abigail: obrigada aos meus amigos pelo carinho




Eu vejo três coisas boas em ser mulher: não gostar de mulher, poder gostar de homem que presta e poder dar pra eles um pouco das alegrias que eles merecem e as outras mulheres não querem dar.

Obrigada aos meus amigos pelo carinho.

Fundo: rua 13 de Maio, Campinas, São Paulo, Brasil


I see three good things in being a woman: not being attracted to women, being able to be attracted to men of worth and being able to give them a bit of joys they deserve and the other women do not want to give.

Thanks to my friends for your tenderness.

Background: 13 de Maio street, Campinas, São Paulo, Brazil



Veo tres cosas buenas de ser mujer: no sentirme atraída por las mujeres, poder ser atraída por los hombres de valía y poder darles un poco de las alegrías que ellos merecen y las otras mujeres no quieren darles.

Gracias a mis amigos por su ternura.

Fondo: Calle 13 de Maio, Campinas, São Paulo, Brasil



Io vedo tre cose buone in essere una donna: non essere attratta da donne, essere in grado di essere attratta da uomini di valore ed essere in grado di dare loro un po' di gioie che loro meritano e le altre donne non le vogliono dare.

Grazie ai miei amici per vostra tenerezza.

Sfondo: Via 13 de Maio, Campinas, São Paulo, Brasile

Abigail Pereira Aranha

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domingo, 8 de março de 2015

Mal da Vaca Louca ameaça as feministas de morte

Abigail Pereira Aranha


Folha de São Paulo, 24/02/15: "Mulheres sofrem ameaças de estupro ao defender feminismo na internet". A foto à direita é uma montagem de foto da ativista lesbonazista brasileira Lola Aronovich, que é citada na matéria, sobre foto de Thomas James Ball. Veja sobre o caso Thomas James Ball em http://archive.lewrockwell.com/grigg/grigg-w219.html, traduzido em http://canal.bufalo.info/2011/12/quando-o-estado-quebra-um-homem

Olá, meus amigos e minh@s inimig@s! No mês passado, vi a notícia de que mulheres feministas estão sendo ameaçadas de morte por defenderem o Feminismo no portal UOL, numa das primeiras chamadas da página principal. A chamada era para uma reportagem da Folha de São Paulo, um dos maiores jornais do Brasil. Fui procurar um texto do Yahoo! Brasil falando de ameaças de morte contra a ativista feminazista disfarçada de professora universitária Lola Aronovich, achei duas matérias. Uma é da revista Info da editora Abril ("Ação na internet denuncia ameaças contra blogueira", 10/01/15, http://info.abril.com.br/2015/01/acao-na-internet-denuncia-ameacas-contra-blogueira.shtml). O artigo foi copiado da esquerdopata Agência Brasil. A outra matéria é do jornal O Globo intitulada "Lei Maria da Penha reduz em 10% morte de mulheres por violência doméstica", onde ela é entrevistada. Mas eu não vi esta matéria no jornal O Globo, achei no blogue da Pastoral da Mulher de Belo Horizonte (http://pastoraldamulherbh.blogspot.com/2015/03/lei-maria-da-penha-reduz-em-10-morte-de.html).

Mais provas, achadas por acaso, do que eu já ia dizer: o movimento feminista está espalhado na vida normal do Brasil (para ser reducionista). O portal UOL, o portal Yahoo e o portal da editora Abril têm seções femininas. O Yahoo entregou uma seção de sexualidade, Preliminares, a uma lesbofeminista androfóbica que pensa que "todo homem é uma ameaça até que deixe de ser" (http://br.mulher.yahoo.com/blogs/preliminares/6-passos-para-se-aproximar-uma-mulher-sem-110347666.html). Nós somos um país machista que tem uma Secretaria de Políticas para as Mulheres na Presidência da República, a secretaria e a presidência chefiadas por mulheres lesbofeministas. Ah, se lembram de quando eu comentei aqui a matéria que a revista Época fez sobre o Masculinismo, de duas páginas de texto a contragosto, com uma chamada no canto da capa onde o destaque era uma reportagem sobre GORDURA, onde uma entrevista com o editor do A Voice for Men Brasil foi OMITIDA? Quem não viu, pode ver em http://avezdasmulheres.blog.com/2014/08/09/revista-epoca-publica-materia-criminosa-sobre-o-masculinismo. Pois é, lá está, de novo, a sra. Lola, a líder skinhead opinando sobre o Movimento Negro. E o portal da revista Época tem o blogue Mulher 7 por 7, com 7 princesas escrevendo sobre "tudo".

Pois quanto mais "as mulheres ganham espaço", mais "as mulheres" não suportam o espaço dos outros. Eu já mostrei no blogue A Vez das Mulheres de Verdade alguns casos no Facebook de mulheres pregando ódio aos homens ou debochando da violência de mulheres contra homens. Mas o Facebook aceita as denúncias DELAS para penalizar páginas e perfis cristãos e antifeministas. Há alguns meses, algumas feministas da Marcha das Vadias abriram uma petição no AVAAZ, já apagada, para retirar outra petição pedindo o enquadramento penal da marcha. No Brasil, "as mulheres" montaram e divulgaram em 2011, com a divulgação de Lola Aronovich, uma falsificação do blogue do Silvio Koerich, principal blogue antifeminista da época, para provar ao público que ser antifeminista é defender o estupro, o racismo, a "pedofilia" e maus tratos a animais. Se o verdadeiro Silvio nunca teve 100.000 acessos por dia, como o blogue da Lola tem ou já teve, isso mostra o pavor feminista a qualquer contrariedade visível. Mas se há três ou quatro anos atrás, as feministas só podiam responder à crítica usando uma farsa pueril como silviokoerich.com, hoje mal passam de ofender e bloquear o autor de dois ou três comentários fulminantes no Facebook.

Aliás, você pode ver no meu perfil no Facebook (abigail.pereira.aranha.91) que os meus amigos quase todos são cristãos tradicionais de direita, e eu sou ateia, anarquista e libertina. E eu já disse para alguns deles: eu consigo defender a putaria nos perfis de vocês, mas não consigo criticar as mulheres em um fórum feminista.

Mas ainda temos uma coisa pior: essas mulheres feministas são no mínimo universitárias. Como fazer um país com redações de jornais, tribunais, corpos docentes de universidades, até balcões de lojas lotados de mulheres que não suportam duas ou três verdades na cara?

Mesmo com todo o poder opressivo, ou por isso mesmo, as mulheres feministas estão ganhando cada vez mais a antipatia das mulheres do povo real. Os homens também estão descobrindo o antifeminismo que a grande imprensa quer enterrar, ou apenas se desinteressando pelas mulheres. Mesmo que os assassinatos de mulheres no Brasil fossem por a vítima "ser mulher", são 9% do total geral de homicídios, e eu insistiria no que eu já disse algumas vezes: perto de todas as canalhices do universo feminino, em especial da militância lésbica, a misoginia é residual. O mesmo para a ginofobia, que é medo mas não é ódio. Mas parece que o antifeminismo está crescendo entre as mulheres mais do que entre os homens. Só um movimento ter uma oposição cada vez maior entre quem ele supostamente defende já é mau sinal. E o movimento feminista já entrou em outra fase: a da luta das vacas loucas contra as mulheres psiquiatricamente saudáveis, das mulheres repulsivas contra as mulheres femininas, das mulheres parasitas contra as produtivas, das lésbicas contra as mulheres heterossexuais não-reprimidas.

E os desentendimentos não são só entre mulheres antifeministas e mulheres feministas. Você pode ver até uma conversa em um ônibus com uma mulher reclamando de outra mulher que é chefe, colega de trabalho, professora. Só os homens feministas acreditam que mulheres no poder significa um governo de deusas benevolentes.

E aí entram as "ameaças de morte" contra mulheres feministas. Ui, ameaçada de morte por defender os direitos das mulheres. Quando vai ser o atentado a tiros contra o UOL, que tem o UOL Mulher e o Blogay, como aconteceu no Diário do Amazonas? Já espalharam cartazes contra a sra. Lola Aronovich na Universidade Federal do Ceará como fizeram com o prof. Antônio Zumpano na Universidade Federal de Minas Gerais por ele ter criticado o Feminismo? Vá lá! Quem vai matar a sra. Lola? Um "mascu" que destruiu uma feminazi que chegou com falácias e ataques pessoais em um fórum antifeminista, já que nos fóruns das feministas só as democratas comentam? Ou o único fake que fez dois comentários contrários no blogue dela sem ser bloqueado? E se ela for mesmo assassinada? Estamos numa cultura de estupro e misoginia, cacete! Não pode acontecer uma comoção nacional! Se acontecer, e se o criminoso for descoberto e punido com o rigor da lei, vai ficar provado que homens assassinos e agressores de mulheres são uma minoria repudiada pelo restante da população masculina. Aí, o Feminismo só vai sobreviver com uma divisão de classes psiquiátrica no país: entre as pessoas que conseguem perceber a contradição entre ser misógino e repudiar um assassinato de uma mulher por misoginia e as que não conseguem.

E estava eu visitando o blogue Escreva Lola Escreva e a postagem mais recente era "Feministas estão tão cercadas pelo abuso online que algumas começam a desistir" (http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2015/03/feministas-estao-tao-cercadas-pelo.html). Uma pérola de Jill Filipovic, escritora política sênior que fala sobre questões feministas na Cosmopolitan e ex-editora do blog Feministe: "Eu ainda não descobri como passar o dia todo me preparando contra as críticas -- e não apenas críticas, mas as coisas realmente horrendas que as pessoas dizem para você e sobre você. E, em seguida, ir para casa e 30 minutos mais tarde ser uma pessoa emocionalmente disponível e normal". No século XIX, mulheres eram queimadas vivas em galpões e o Feminismo crescia; hoje, as feministas começam a desistir porque são atacadas por... críticas. O seu Dia Internacional da Mulher é feliz e você não sabe, lésbica idiota. Hua, hua, hua, hua, hua!

Apêndice

Lola Aronovich, 06/03/2015. Feministas estão tão cercadas pelo abuso online que algumas começam a desistir Disponível em http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2015/03/feministas-estao-tao-cercadas-pelo.html.

Feministas estão tão cercadas pelo abuso online que algumas começam a desistir

Não me canso de repetir: a internet é uma ferramenta maravilhosa para que muita gente tenha voz para tentar mudar o mundo, mas também é um espaço cheio de oportunidades para que covardes anônimos ataquem minorias.

Nana Queiroz

Já passou da fase de nós feministas considerarmos os insultos, ameaças, e toda tentativa de silenciamento como "normal", "ossos do ofício". Não, não é normal um bando de misóginos de chans (fóruns anônimos) mandarem pacotes com esterco para a Ana Freitas, uma jornalista que escreveu um texto sobre nerds e machismo (e foi atacada por nerds machistas para provar que ela tinha total razão). 

Juliana de Faria

Não é aceitável que tantos caras asquerosos possam nos ameaçar impunemente. Quando isso vai parar? Quando um deles cumprir uma ameaça e alguma de nós for estuprada e/ou morta? 

Pedi para a querida Lidiany traduzir este artigo de Michelle Goldberg que saiu no Washington Post. Ele fala da realidade americana, que não está muito diferente da nossa. 

Jessica Valenti é uma das feministas mais bem sucedidas e visíveis de sua geração. Como colunista do The Guardian, seu rosto aparece regularmente na primeira página do site. Ela escreveu cinco livros, um dos quais foi adaptado para um documentário, desde a fundação do blog Feministing. Ela dá palestras em todo os EUA. E afirma que, por causa do assédio incessante que escritoras feministas enfrentam online, se ela pudesse começar novamente, iria preferir ser completamente anônima. "Não sei se eu faria isso usando o meu nome real", ela diz que fala às jovens que estão interessadas ​​em escrever sobre feminismo. "Não são apenas as preocupações com a segurança física, mas as consequências emocionais" do constante e incessante abuso.

Este é um momento estranho, contraditório para o feminismo. Por um lado, nunca houve tanta demanda por vozes feministas. Estrelas pop como Beyoncé e Taylor Swift vestiram com orgulho o manto feminista, incentivadas por fãs online. Depois de anos sendo desprezado pela grande imprensa, o movimento agora é uma obsessão editorial: Faça Acontecer, de Sheryl Sandberg, Não Sou Uma Dessas. de Lena Dunham, Bad Feminist, de Roxane Gay, e Yes Please, de Amy Poehler, estão nas listas dos mais vendidos, às vezes no topo da lista. 

"Histórias sobre preconceito de raça e gênero chamam atenção de grandes audiências, tornando a política de identidade um centro de lucro de confiança em uma indústria de mídia assolada pela insegurança", Jonathan Chait escreveu recentemente na revista New York -- uma proposição que teria sido impensável uma década atrás.
Anita Sarkeezian

Por outro lado, enquanto a mídia digital tem amplificado vozes feministas, tem também cobrado um alto preço psíquico. Pede-se para as mulheres contarem suas histórias, mas elas estão sendo ferozmente punidas quando o fazem. Algumas -- em especial as mulheres que têm a audácia de criticar o sexismo no mundo dos videogames -- tiveram que deixar suas casas ou foram forçadas a cancelar aparições públicas. Anúncios falsos que solicitam sexo violento foram publicados em seus nomes. E claro, o assédio no Twitter nunca pára. 

Roxane Gay,Bad Feminist

"Ser insultada e ameaçada online é parte do meu trabalho", disse Lindy West, que trabalhava no Jezebel, recentemente em "This American Life". Jamia Wilson, diretora-executiva do grupo de defesa feminista Women, Action and the Media (Mulheres, Ação e Mídia), acrescenta: "Isso realmente pode afetar a maneira como as pessoas se sentem sobre si mesmas".

Jamia Wilson

As feministas do passado enfrentaram críticas raivosas, cartas ao editor e até mesmo protestos. Mas é mais difícil escapar do ódio incessante, violento, sarcástico e sexualizado que suas sucessoras absorvem. Para as mulheres não brancas, abuso racial vem junto com o sexismo. "Recebi ameaças de estupro racializadas que não acho que iria necessariamente receber se eu fosse branca", diz Wilson. "Um monte de coisas sobre anatomia -- anatomia das mulheres negras". Ela fala sobre o abuso online na terapia. "Há trauma, especialmente relacionado com as ameaças de morte e de estupro", diz ela. Eventualmente, esse abuso continuado acaba mudando as pessoas -- tanto como elas vivem quanto como elas trabalham.

Em seu memorável livro Backlash [leia inteiro aqui, traduzido], Susan Faludi descreveu as mensagens culturais anti-feministas da década de 80 como um "processo gradualmente implacável" que "serviu para agitar ansiedades particulares das mulheres e quebrar suas vontades políticas." O backlash online de hoje pode ser ainda mais esgotante. Ele enfraquece a moral e leva ao esgotamento."Você não pode ser chamada de puta dia sim, dia não por 10 anos e não ter um impacto muito sério em sua psique", diz Valenti, que pensa em desistir "o tempo todo." Quanto tempo pode esta geração de feministas aguentar?

Mulheres audaciosas, é claro, têm sido alvos de raiva e desprezo há tempos. Em 1969, quando Marilyn Webb falou sobre o feminismo em uma manifestação contra a guerra em Washington, muitos dos homens que estavam ouvindo se enfureceram, gritando para que ela saísse e exigindo que ela fosse puxada para baixo e estuprada. As feministas da Segunda Onda regularmente lidaram com a hostilidade do mundo real dos homens de esquerda, que seria inconcebível hoje. 

Nona Willis Aronowitz, editora no Talking Points Memo, é filha da reverenciada escritora feminista Ellen Willis, que escreveu para publicações como o Village Voice e The New Yorker. "Esqueça  comentaristas aleatórios online -- as pessoas que trabalhavam com ela nessas publicações eram totalmente sexistas", diz Aronowitz. Os funcionários, Willis escreveu uma vez, regularmente se referiam a suas colegas do sexo feminino como as "feministas stalinistas."

Desta forma, as histórias hoje sobre abusos na internet inevitavelmente levantam clichês sobre calor e cozinhas -- demandas para que as mulheres endureçam e desenvolvam uma casca grossa. Polêmicas e ativismo, afinal, são atividades relativamente cômodas. Ler "tweets virtuais asquerosos" é muito melhor do que ser "um imigrante sem documentos tentando alimentar sua família nos Estados Unidos, ou alguém que é injustamente encarcerado, ou qualquer uma das questões nas quais trabalhei," reconhece Sally Kohn, colunista do Daily Beast que anteriormente era a única contribuinte de esquerda feminista lésbica na Fox News, tornando-a um alvo especial para trolls.

No entanto, ainda que as mulheres tentem ignorar o abuso, ele pode derrubá-las, diz Aronowitz. Algumas jovens escritoras têm dito a ela, mais ou menos brincando, que se sentem com PTSD (transtorno de estresse pós-traumático). "Elas não vão escrever sobre isso novamente porque têm medo do ódio online?"

De fato, algumas não vão. Em 2013, a ativista pró-escolha Jaclyn Munson escreveu sobre ter ido disfarçada a um centro anti-aborto. Logo um stalker lhe enviou ameaças de morte. Ele a assustou tanto, que ela começou a dormir com as luzes acesas. Um ano atrás, exausta e esgotada, ela parou de escrever online, excluiu sua conta no Twitter e agora planeja ir para a faculdade de direito, o que ela espera que irá ajudá-la no seu trabalho com as questões sobre as quais ela se preocupa de forma mais segura, menos exposta. "Estava se tornando emocionalmente esmagador estar nas linhas de frente o tempo todo", diz ela.

Agora as coisas estão diferentes com a existência de misoginia organizada, com grupos de homens que estão com raiva da organização do movimento feminista, como os Men’s Rights Movement (movimento pelos direitos masculinos) e Gamergate, uma rede difusa de entusiastas do videogame furiosos com os protestos contra o sexismo na indústria. Nos anos 80 e 90, "a cultura mainstream da mídia era mais anti-feminista. Isso era quando diziam que o feminismo estava morto, todas as mulheres só querem casar, esse tipo de coisa", diz a colunista Katha Pollitt, uma colega minha no Nation. "Mas os masculinistas, Gamergate, isso é novidade. São grupos de homens incrivelmente enfurecidos que se encontraram uns nos outros".

Talvez, Pollitt diz, seja "um sinal de nosso sucesso" que a reação anti-feminista seja principalmente digital. Mas quando misóginos online decidem alvejar uma mulher em particular, eles muitas vezes têm acesso a uma quantidade sem precedentes de informações pessoais sobre ela. "Na época em que tudo era apenas impresso, você escrevia seu artigo, mas não havia fotografias de si mesma em todos os lugares", diz Pollitt. "As pessoas não sabiam onde você morava, não sabiam nada sobre a sua vida privada. É totalmente diferente agora".

Uma vez que uma mulher se torna alvo de um grupo de direitos dos homens, como  A Voice for Men, o fórum misógino do Reddit, The Red Pill, ou mesmo apenas uma de conta de direita no Twitter como Twitchy, ela será soterrada pelo ódio. O ataque, além de assustar o alvo, serve como um aviso para espectadoras. Jill Filipovic, uma escritora política sênior que fala sobre questões feministas na Cosmopolitan, diz que recentemente tentou convencer uma amiga a se candidatar a um cargo público. "Há várias razões pelas quais eu não gostaria de fazer isso, mas uma delas é que eu sigo você no Twitter, eu vejo o que as pessoas dizem para você. Eu nunca poderia lidar com isso", sua amiga lhe disse.

Muitas pessoas não conseguem. Ano passado, a ativista pelo direito ao aborto Lauren Rankin desistiu de escrever online e principalmente no Twitter, porque as ameaças e insultos se tornaram cansativos demais. Ela continua a servir no conselho da ONG pelos direitos reprodutivos, A Is For, e se depara com os manifestantes anti-aborto como uma voluntária acompanhante para clínicas, mas já não se envolve publicamente. "Eu não gosto da ideia de que eu estava com medo e fui intimidada para sair da internet", diz ela. "Mas acho que me reorganizei sobre por que faço o que faço, de forma que eu possa manter a minha sanidade mental. Infelizmente, isso não envolve tanto a internet".

Filipovic, ex-editora do blog Feministe, diz que, apesar de ter engrossado sua casca ao longo dos anos, a necessidade diária de se preparar contra os ataques online fez com que ela mudasse. "Eu duvido muito mais de mim mesma. Você lê tantas vezes que você é uma pessoa terrível e idiota que é muito difícil não começar a acreditar que talvez eles vejam algo que você não enxerga". Ela também acha mais difícil baixar a guarda. "Eu ainda não descobri como passar o dia todo me preparando contra as críticas -- e não apenas críticas, mas as coisas realmente horrendas que as pessoas dizem para você e sobre você. E, em seguida, ir para casa e 30 minutos mais tarde ser uma pessoa emocionalmente disponível e normal".

Enquanto isso, a criadora do Feministe, Lauren Bruce, já não tem mais qualquer presença online. "Eu tive que desistir dessa parte, a fim de viver o resto da minha vida", diz ela. "A fim de trabalhar, ter uma boa família e me sentir emocionalmente completa, eu não poderia continuar nesse ambiente tóxico."

Sandra Fluke

As mulheres que querem enfrentar esse ambiente tóxico passam por um dilema. Online, a maneira mais fácil de entregar a sua mensagem é torná-la pessoal. De Lena Dunham a Sandra Fluke e Emma Sulkowicz, todas as figuras feministas mais proeminentes dos últimos anos abriram suas vidas para o público. Artigos em primeira pessoa escritos por mulheres atraem muitas visitas. "Eu tentei orientar algumas poucas jovens escritoras", diz Jessica Valenti. "Elas estavam encontrando dificuldades para conseguir publicar seus primeiros artigos, então disse a elas para escreverem algo sobre suas vaginas, e de repente as portas se abriram."

Essa auto-revelação, no entanto, atrai uma grande quantidade de sadismo. Considere o site para mulheres xoJane, especializado em narrativas em primeira pessoa. Ser publicada lá pode ser uma grande oportunidade, mas as escritoras raramente duram muito tempo no site. "Nós as trazemos pra cá, as desenvolvemos, elas são capazes de fazer o seu nome e deixar sua marca online, e na primeira oportunidade elas vão para algum lugar mais seguro, como a mídia impressa", diz Emily McCombs, editora executiva do site. "Parte disso é definitivamente não conseguir aguentar o assédio".

Ela mesma decidiu que seu próximo trabalho não será online -- ou seja, será longe da ação. "Como resultado da escolha de ser uma escritora online, eu tenho que ler mensagens diretas de trolls nas minhas redes sociais me dizendo como eu sou feia e gorda todos os dias", diz ela. "Existem fóruns inteiros na internet onde grupos inteiros de pessoas discutem o quanto estou envelhecendo mal. Você não consegue aturar isso por muito tempo. Eu já vi muitas mulheres neste setor ficarem esgotadas".

Questo testo in italiano senza filmati di dissolutezza in Men of Worth Newspaper / Concrete Paradise: Morbo della Mucca Pazza minaccia femministe di morte, http://avezdoshomens2.blog.com/2015/03/08/morbo-della-mucca-pazza-minaccia-femministe-di-morte
Questo testo in italiano con filmati di dissolutezza in Periódico de Los Hombres de Valía / Paraíso Tangible: Morbo della Mucca Pazza minaccia femministe di morte, http://avezdoshomens2.blogspot.com/2015/03/morbo-della-mucca-pazza-minaccia.html
Eso texto en español sin peliculas de putaría en Men of Worth Newspaper / Concrete Paradise: Enfermedad de la Vaca Loca amenaza las feministas de muerte, http://avezdoshomens2.blog.com/2015/03/08/enfermedad-de-la-vaca-loca-amenaza-las-feministas-de-muerte
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This text in English without licentiousness movies at Men of Worth Newspaper / Concrete Paradise: Mad Cow Disease threats feminists with death, http://avezdoshomens2.blog.com/2015/03/08/mad-cow-disease-threats-feminists-with-death
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Texto original em português sem filmes de putaria no A Vez das Mulheres de Verdade: Mal da Vaca Louca ameaça as feministas de morte, http://avezdasmulheres.blog.com/2015/03/08/mal-da-vaca-louca-ameaca-as-feministas-de-morte
Texto original em português com filmes de putaria no A Vez dos Homens que Prestam: Mal da Vaca Louca ameaça as feministas de morte, http://avezdoshomens.blogspot.com/2015/03/mal-da-vaca-louca-ameaca-as-feministas.html
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